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Antimicrobianos e Terapêutica Tetraciclinas - Mecanismos de ação Inibidores de ribossomos bacterianos Inibem a síntese proteica bacteriana Inibem a multiplicação bacteriana Ação bacteriostática Espectro de ação Antibióticos de amplo espectro Bactérias Gram+ e Gram– Clamídeas Riquétsias Protozoários Farmacocinética Absorção Bem absorvidas pela via oral e vias parenterais Absorção oral diminuída com: Administração com leite Soluções contendo cálcio, zinco, alumínio, magnésio e ferro. Distribuição Distribuição por todos os compartimentos com exceção de SNC Doxiciclina Boa distribuição intracelular Ehrlichia Eliminação Eliminação na forma ativa pelos rins Duração de efeito/frequência de administração Tetracilinas – Farmacocinética Efeitos adversos: Irritação tecidual Administração oral: Vômito Diarreia Administração parenteral SC/IM: Dor local Deposição em osso e dentes Necrose tubular aguda Hepatotoxidade Distúrbios da microflora intestinal Mecanismos de Resistência às Tetracilinas Inativação do antibiótico, destruição da cadeia principal. Penetração do antibiótico na bactéria é reduzida. Quinolonas – Mecanismos de ação Inibem a replicação e transcrição do DNA bacteriano Ação bactericida Espectro de ação Quinolonas de primeira geração Ácido nalidíxico Pouco utilizada na medicina veterinária Pequeno espectro de ação Quinolonas de segunda geração (fluorquinolonas) Amplo espectro Atuam sobre gram+ e gram- Enrofloxacina (medicina veterinária) Norfloxacina Ciprofloxacina Farmacocinética Absorção Bem absorvidas pela via oral e vias parenterais Absorção diminuída quando associadas à soluções contendo ferro, zinco, manganês e cálcio. Distribuição Ampla por todos os tecidos Incluindo ossos e SNC Distribuição intracelular Brucela e Mycoplasma Eliminação Biotransformação hepática Eliminação renal e biliar Interações medicamentosas Varfarina Metixantinas Efeitos adversos Paniculites Alta concentração Veículo ruim Artropatias Erosão na cartilagem articular Animais jovens de crescimento rápido Potros Farmacologia Duração de efeito/frequência de administração Mecanismos de resistência Devido ao uso indiscriminado Alteração do sítio de ligação Diminuição da permeabilidade do antibiótico na bactéria Metronidazol Não existe uma classe específica Possui a ção bactericida Eficaz contra MO anaeróbicos e protozoários Administração oral ou IV Infecções da cavidade oral, perianal e laceração por mordida Base da antibioticoterapia racional Identificação e caracterização do patógeno: Cultura Identificação da sensibilidade antimicrobiana: Antibiograma Obtenção de concentrações efetivas do agente no local da infecção Posologia adequada Conhecimentos farmacocinéticos Frequência de administração Via de administração Dose Duração do tratamento Necessidade de associação de antimicrobianos Verificar efeitos adversos do antimicrobiano em situações específicas Terapia de suporte Melhorar a capacidade de superar a infeção Antibioticoterapia - 10falhascomuns Diagnóstico incorreto Escolha incorreta do antimicrobiano Resistência ao antimicrobiano Falta de associação de antimicrobiano Paciente imunossuprimido Associações incorretas Bactericida + bacteriostático Posologia incorreta Via de administração errada Dose ou intervalos incorretos Efeitos adversos causados pelo antimicrobiano Contraindicações não respeitadas Interações com outros elementos Tratamento de suporte inadequado Antibióticos Bactericidas e Bacteriostáticos Classificação: Bactericida Penicilinas Cefalosporina Sulfa + trimetropim Metronidazol Quinolonas Aminoglicosídeos Classificação: Bacteriostáticos Sulfonamidas Tetraciclinas Cloranfenicol Macrolídeos Associações de Antibióticos Infecções graves Infecções por mais de um agente etiológico Minimizar resistência Promover sinergismo Tratamento de pacientes imunossuprimidos Regra geral Bactericida + bactericida = sinergismo Bacteriostático + bacteriostático = antagonismo Exceção: sulfa + trimetropim Bactericida + bacteriostático = antagonismo Exemplos: Penicilinas + aminoglicosídeos Penicilinas + metronidazol Metronidazol + cefalosporina Principais aine’s utilizados em medicina veterinária Não seletivos Flumexim meglumine (Banamine®) Cão/gato/cavalo: 1,1 mg/kg IV, IM 24 horas 3 dias Efeitos adversos Cetoprofeno (Ketofen®, Ketojet®, Profenid®) Cão: 2m/kg SC, IV, VO. Gato: 2mg/kg SC, VO. Equinos: 2mg/kg IV–preferencialmente, IM 24 horas Menos ulcerogênico que o flumexim e a fenilbutazona Mais potente em analgesia que a fenilbutazona (50-100) Associado a aumento de sangramento e hematomas no pós-operatório Fenilbutazona (Equipalazone®) Infecções ósseas e articulares, cólicas agudas e afecções de tecidos moles – 4mg/kg IV. Eficácia e baixo custo (pouca margem de segurança) Cães e equinos: meia-vida entre 3-8 horas e 8-12 horas Associado à toxicidade da medula óssea–pancitopenia? Capacidade de aumentar reabsorção de sódio e cloretos Contraindicado: nefropatas, hepatopatas e cardiopatas e em felinos Seletivos (menor intensidade de efeitos adversos) Carprofeno (Rymadil®, Carproflan®) Para cães: 4mg/kg, 24 horas Uso crônico permitido* Não apresentou efeitos adversos significativos – 2meses Não interferiu na hemostasia – 4 dias antes do procedimento Analgésico satisfatório OSH Para gatos: 4mg/kg – dose única Efeitos gastrointestinais em tempo prolongado VO Seguro: 5 dias Analgesia em OSH Para equinos: Alterações ósseas e articulares – meia vida 22 horas Vedaprofeno (Quadrisol®) Para cães e equinos Ação anti-inflamatória, analgésica e antipirética. Dores musculo esqueléticas e tecidos moles Apresentação em gel palatável Efeitos adversos: ulcerações, redução no apetite e letargia Evitar em animais desidratados, hipovolêmicos e com hipotensão Meloxicam (Maxican®, Bioflac®, Meloxivet®) Para cães 0,2mg/kg – primeira dose, após 0,1mg/kg Uso prolongado IV, IM, SC e VO Analgesia OSH Não interferiu significativamente na hemostasia Para gatos 0,1mg/kg – primeira dose, após 0,05mg/kg Máximo de 4 dias IV, SC e VO Analgesia OSH e oniectomia Antipiréticos Acetominofen/paracetamol (Tylenol®) Não utilizar em gatos: hepatotóxico Cães: 10-15mg/kg VO, 8 horas Dipirona (Finador®, AnalgexV®, D-500®) Pode ser associada a outros AINE’s 25mg/kg IV, IM, VO Cães: 8 horas Gatos: 24-48 horas Choque anafilático em hipersensíveis (IV) Anti-inflamatórios esteroidais Introdução Glândulas adrenais ou suprar-renais Todos os vertebrados Porção cortical: síntese de hormônios esteróides, apartir do colesterol Hormônios esteróides Mineralocorticóides – aldosterona (zona glomerulosa) Glicocorticoides – cortisol (hidrocortisona) e corticosterona (zona fasciculata) Esteroides sexuais – andrógenos e estrógenos (zona reticulata) Aldosterona: equilíbrio hídrico Glicocorticoides: metabolismo de carboidratos e proteínas Os esteroides naturais possuem ambos e feitos Glicocorticoides sintéticos Possuem ação anti-inflamatória e imunossupressora foi ampliada, assim como a atividade metabólica; A atividade mineralocorticoide diminuída ou excluída; Esteroides e a duração dos efeitos Hidrocortisona e cortisona: rápido e potência menor Betametasona e dexametasona: são potentes e possuem longa duração Prednisona, prednisolona, metilprednisolona e triancinolona: intermediário. Fisiologia São sintetizados e liberados quando necessário; Estímulo: CRH–hormônio liberador de corticotropina e ACTH–hormônio adrenocorticotrófico ou corticotropina. Age sobre as adrenais Fatores ambientais, assim como psicológicos–estimular a liberação de CRH Mineralocorticóides não sofrem influencia da ação CRH e ACTH, do eixo hipotalâmico-hipofisário. São controlados pelo sistema renina-angiotensina Mecanismo de ação Interação com receptores: Glicocorticoides Mineralocorticóides Esteroides sexuais Hormônios tireoidianos devido a lipossolubilidadeAtravessam a membrana celular e se ligam as proteínas receptoras no interior do núcleo Expressão gênica Receptores em “todos” os tecidos Podem induzir ou inibir a transcrição gênica A transcrição gênica leva a síntese de RNAm–síntese de proteínas específicas Parte dos efeitos dos glicocorticoides deve-se a sua interação (inibitória) comum ativador do mecanismo de DNA O ativador se liga ao local de síntese de determinados RNAm e está associado a indução de vários genes, com os da colagenases, interleucina 2, receptor da IL-2 e da cicloxigenase Inibição da síntese de mediadores da inflamação: citocinas, quimocinas, moléculas de adesão e metabólitos do ácido araquidônico–prostaglandinas, troboxanos e leucotrienos. Síntese de substâncias anti-inflamatórias–lipocortina-1 Efeitos fisiológicos e farmacológicos (glicocorticóides) Efeitos metabólicos gerais Diminuição da captação de glicose pelas células Estimulação da gliconeogênese Aumento da glicemia Diminuição da síntese proteica e aumento da sua degradação (músculo esquelético) Efeito lipolítico Desequilíbrio de cálcio corporal Inibição da síntese de ADH Estimulação direta sobre ingestão de água Efeitos mineralocorticóides: retenção de sódio e água e excreção de potássio Efeitos nos sistemas orgânicos Aumento das secreções gástricas Diminuição da atividade de fibroblastos: cicatrização Hiperqueratose Hiperpigmentação Aumento da reabsorção óssea Supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal Interferem na síntese de outros hormônios: TSH, GH, FSH, LH, prolactina) Efeitosantiinflamatórioseimunossupressores Inibição das respostas inflamatórias aguda e crônica Redução da migração de neutrófilos do plasma para o foco inflamatório Diminuição da atividade de neutrófilos e macrófagos Diminuição da atividade de linfócitos-T Síntese de lipocortina Inibição da ação da fosfolipase A2 (pelalipocortina) Inibição da síntese de diversos mediadores pró-inflamatórios Efeito estabilizador de membranas lisossômicas* Efeitos indesejáveis (glicocorticóides) Efeitos no sistema imune Imunossupressão e maior suscetibilidade à infecções Efeitos reprodutivos Indução do parto na fase final da gestação em ruminantes e equinos Efeitos teratogênicos na fase inicial da gestação Abortos em cadelas Indicações (glicocorticóides) Insuficiência adrenal Dose de reposição Doenças imunomediadas Doenças autoimunes (20 X a dose de reposição) Anemia hemolítica Trombocitopenia autoimune Lúpus eritematoso sistêmico Isoeritrólise neonata lequina Doenças imunomediadas Alergias (10 X a dose de reposição) Dermatites alérgicas Reações a picadas de animais peçonhentos Doenças brônquio-pulmonares Traumas articulares (dose antiinflamatória) Traumas e edemas cérebro espinhais (doses elevadas) Choques (doses elevadas) Hemorrágico, hipovolêmico e séptico Contra-indicações (glicocorticóides) Doenças infecciosas Hemorragias e perfurações no trato digestório Diabetes mellitus Doenças renais Cardiopatias Pancreatites Aspectos farmacológicos (glicocorticóides) Fosfato e succinato (veículos): IV, IM (ação rápida e de curta duração) Acetato, diacetato, tebulato: depósitos SC ou IM (2-14 dias) Acetonida: depósitos SC ou IM (semanas a meses) Pivalato: depósito SC ou IM (semanas a meses) Biotransformação e excreção Biotransformação: fígado, onde ocorrem os processos de oxidação redução, hidroxilação e conjugação. Maioria é inativado Cortisona e prednisona Excreção: rins, mas parte dos corticosteroides metabolizados é adicionada à bile e excretada pela rota intestinal. Apresentações (glicocorticóides) Hidrocortisona: Solu-Cortef® Prednisona: Meticorten® Prednisolona: Delta-Cortef® Metilprednisolona: Solu-Medrol®,Depo-Medrol® Triancinolona: Vetalog® Flumetasona: Flucort® Dexametasona: Azium® Batametasona: Betasone® Efeitos fisiológicos e farmacológicos (mineralocorticorticóides) Participam do equilíbrio hidroeletrolítico Estimulam a retenção de sódio, a secreção de potássio e a retenção hídrica nos rins Liberação é regulada pela angiotensina II e pelas concentrações plasmáticas de sódio e potássio Indicações (mineralocorticorticóides) Terapia de reposição Hipernatremia Hipocalemia Hipertensão Apresentações (mineralocorticorticóides) Desoxicorticosterona: Percorten® – IM Fludrocortisona: Florinef® – VO Anti-histamínicos Histamina Mediador da anafilaxia (hipersensibilidade imediata–tipo I) Mediador da inflamação aguda Estimula a secreção gástrica Receptores histaminérgicos: H1, H2, H3 e H4 H1: efeitos anti-inflamatórios, vasodilatação e bronco constrição H2: secreção de HC l H3: interferência com neurotransmissores Glutamato, ácido gama-aminobutírico, noradrenalina, serotomina, entreoutros. H4: estrutura molecular semelhante ao H3, mas os processos bioquímicos ainda não esclarecidos. Amazenagem e liberação da histamina Sintetizada e armazenada em mastócitos e basófilos sob a forma de grânulos; Altas concentrações em pele, pulmões e trato digestório – fígado; Neurônios do SNC–histamina: neurotransmissor (ciclo de sono vigília) Liberação: mecanismo não imunológico (reações anafilactóides) Mecanismos imunológicos (anafilaxia e alergias) Reações anafilactóides Traumas (mecânico, térmico, químico) Mediadores da inflamação (substância P, bradicinina e sistema complemento –C3a e C5a); Bloqueadores neuromusculares (atracúrio) Morfina Toxinas e venenos Contrastes radiográficos Anafilaxias e alergias Hipersensibilidade tipo I (interação antígeno-anticorpo IgE) Sensibilização prévia pelo antígeno: gera produção de IgE Ocorre a partir da segunda exposição: IgE ligadas a receptores na membrana dos mastócitos Anafilaxia Picadas de insetos (na medicina veterinária) Agentes causadores Antibióticos IM ou SC-IV Anti-inflamatórios não asteroidais (raro) Toxinas e venenos Insulina Heparina (grande quantidade) Anestésicos locais Corantes de comprimidos Efeitos farmacológicos da histamina Muco cutâneos Respiratórios Cardiovasculares Trato digestório SNC Muco cutâneos (H1) Comum em face Urticária Edema Prurido Respiratórios Edema de laringe (H1) Aumento das secreções (H1) Bronco constrição (H1) Dispnéia Tosse Contração da musculatura lisa Musculatura lisa-vasodilatação Cardiovasculares Hipotensão (H1) Vaso dilatação Taquicardia Síncope Choque Baixa perfusão arterial Tratamento Fluido terapia e inotrópico/vasopressor: vasoconstrição e aumento da força de contração Efeitos centrais Vias histaminérgicas: termo regulação, saciedade e ciclo de sono vigília Antagonistas H1: sono Trato digestório: Náuseas Vômito Diarreia–contração Congestão hepática: acúmulo de sangue no fígado; Estimula a secreção de HCl e pepsina no estômago (H2); Secreção também é regulada pela acetilcolina e gastrina; Antagonistas H1 Inibição da atividade constritora sobre a musculatura lisa não vascular (pulmões); Diminuição da atividade vasodilatadora, diminuição da permeabilidade vascular e prevenção do edema Depressão central Alguns apresentam efeitos anti-muscarínicos Atropina: bocaseca; taquicardia Vômito de cinetose Sedação leve Prevenção da cinetose (vômito); Utilizados em alergias e reações anafilactóides leves Pouco eficazes na anafilaxia grave Associados à adrenalina e glicocorticoides Prometazina (Fenergan): sedação Dimenidrato (Dramin): efeito antiemético Difenidramina (Benadril): efeito antimuscarínico–“secura de boca” 2ª geração: Astemizol (Hismanal), Terfenadina (Teldane) – pouca sedação Clorfeniramina (Polaramine) Antagonista H2 Cimetidina (Tgamet) e Ranitidina (Antak) Nizatidina e famotidina – 2ª geração Tratamento e prevenção de úlceras gástricas e duodenais causadas pela administração de AINE’s Ocorre redução do volume de suco gástrico e concentração de íons (H+)
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