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RESUMAO EDUCACAO ESPECIAL

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AULA 01
Os efeitos da exclusão são, algumas vezes, irrecuperáveis e causam danos ao sujeito e ao grupo social. Veja a seguir as consequências dos danos nos seguintes aspectos: psicológicos, econômicos, políticos e culturais.
No sistema educacional orientado pelo modelo inclusivo, todas as crianças devem estar matriculadas em escolas regulares e frequentando classes comuns.
AULA 02
Nos anos 80, a filosofia da integração e normalização norteou o trabalho neste campo, defendendo a ideia de que a pessoa com deficiência tem o direito de usufruir as condições de vida e escolarização comuns aos demais alunos.
Na antiguidade: O poder decisório sobre o destino dos povos era estabelecido pela nobreza e a prática do extermínio da pessoa com deficiência chegava a ser aceita por alguns grupos sociais como sendo uma atitude comum, sem implicar danos morais ou problemas éticos. A rejeição e o abandono daqueles que se desviavam do padrão de normalidade devido a limitações funcionais eram justificados pelo receio de que aquele mal fosse transmitido para o restante da população. A deficiência era vista como doença contagiosa ou castigo divino, como uma maldição dos deuses que puniam esse tipo de indivíduo e sua família por alguma razão oculta e desconhecida, e “as crianças deficientes até eram sacrificadas, porque eram percebidas como estorvos ou como manifestações demoníacas, que precisam ser segregadas, excluídas ou eliminadas” (Carvalho, 2003, p.22).
Na Idade Média: Sob a influência dos dogmas cristãos, a sociedade passa a suportar o convívio com pessoas doentes, deficientes, mentalmente afetadas e a prática do extermínio passa a ser condenada, uma vez que, segundo a Igreja Católica, todas as pessoas são criaturas de Deus e têm direito à vida. Neste período, os sentimentos de piedade e caridade permeiam a relação e o trato que a sociedade estabelece com os deficientes, que passam a ser concebidos como seres inferiores. Mantidos à margem do convívio social, sem trabalho ou renda, viviam da caridade de outros cidadãos, que os tratavam com desprezo e pena, como um ser desqualificado, incapaz e improdutivo.
No século 16: não ocorrem alterações sociais significativas que contribuam para a revisão do comportamento altamente desfavorável, estigmatizante e excludente em relação ao convívio da pessoa com alguma deficiência no meio social.
No século 18: Somente no século XVIII, vamos encontrar as primeiras iniciativas voltadas para o desenvolvimento de um trabalho de ação educativa junto às pessoas com alguma deficiência, criado a partir da tese de que, por meio da estimulação direta, seria possível obter algum resultado na aprendizagem e na adequação do comportamento desejável. As primeiras instituições criadas para o abrigo de pessoas com deficiência surgem com objetivo assistencialista e se caracterizam como locais para confinamento e não para tratamento ou aprendizagem. A pessoa era retirada do convívio social, separada de sua família e da comunidade, e internada em conventos, asilos, manicômios, etc. Ainda nos dias de hoje, podemos observar a influência deste paradigma da institucionalização, entendido aqui como um conjunto de ideias, valores e ações que contextualizam as relações sociais, orientando práticas no campo da saúde e da educação. A prática, ainda vigente, de encaminhar o aluno com deficiência para o espaço da escola especial, traz a marca desta concepção de institucionalização, ou seja, da criação de espaços diferenciados destinados ao atendimento exclusivo de crianças, jovens ou adultos com deficiências.
No século 20: Somente no século XX, após os anos 60, esse paradigma da institucionalização começa a ser criticado, devido à sua ineficiência e inadequação na recuperação ou preparação das pessoas com necessidades educacionais especiais para a vida em sociedade. Surgem diferentes serviços, oferecidos pelas escolas especiais, entidades assistencialistas e centros de reabilitação, e novos recursos são criados na tentativa de oferecer condições para que o aluno com necessidades especiais de aprendizagem alcance os mesmos resultados esperados dos demais alunos. Nas décadas de 1980 e 1990 aparecem os conceitos de inclusão e inclusão total (Godoy, 2002) e o projeto educacional, construído a partir do paradigma de serviços e da ideia de que os alunos com necessidades especiais de aprendizagem devem percorrer etapas para alcançar as condições de frequentar a escola regular, que passa a receber duras críticas. Os resultados alcançados com a proposta de integração são questionados porque, efetivamente, não é atingido o objetivo principal de inserir o aluno no ensino regular, após este ter passado pelas etapas e serviços especializados que teriam como função prepará-lo para tal integração. Na maioria dos casos, os alunos permaneciam à parte do sistema regular de ensino, durante toda a sua trajetória escolar, sem nunca alcançarem os níveis exigidos pelo sistema educacional para inserção em classe comum de uma escola regular.
De acordo com o documento elaborado a partir da Conferência Mundial de Educação Especial (1994), o princípio fundamental da escola inclusiva veio reafirmar o direito da criança à educação e, ao mesmo tempo, estabelecer mecanismos de participação e controle social na formulação e na implementação de políticas para a inclusão. Esta conferencia ficou conhecida como: Declaração de Salamanca.
AULA 03
No campo educacional, o movimento da educação inclusiva assegura o direito à educação a todos os alunos, independentemente de suas características ou necessidades especiais.
LDB 4.024/61: fica explicita a preocupação do poder público com a educação especial no país.
Conselho Nacional de Ed. Especial CENESP: foi criado por decreto, em 1973, com o intuito de funcionar como representação do poder público neste campo especifico da educação.
Lei 5.692/71: Introduz a visão tecnicista em relação ao aluno com deficiência no contexto escolar e sugere a implementação de técnicas e serviços especializados para seu atendimento.
Constituição Federal de 1988: Recomenda o “atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular de ensino” (art. 208).
Declaração de Salamanca: Redigida em 1994, por cerca de cem países reunidos em conferência internacional apoiada pela UNESCO, realizada em Salamanca, na Espanha, como um importante marco na luta pelos direitos humanos, pela igualdade de oportunidades para todas as pessoas e pela participação social efetiva da pessoa com deficiência como cidadão. Após a Declaração de Salamanca, o movimento de educação inclusiva ganha força e vários países passam a orientar suas ações tendo como base os princípios e as propostas redigidas e assinadas em comum acordo. Neste documento, diferentes países defendem a ideia de que o sistema educacional deve organizar-se de forma a atender a todos os alunos, onde o sistema de segregação de alunos com necessidades educacionais especiais em instituições especializadas não é recomendado.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, publicados em 1998, reafirmam a intenção do governo em trabalhar neste sentido, e também as orientações do MEC e da Secretaria de Educação Especial, que determinam “o direito ao acesso ao ensino público, preferencialmente na rede regular de ensino, a toda e qualquer criança com necessidades educacionais especiais”.
O governo procura implementar a educação inclusiva, através das políticas educacionais instituídas, por meio da legislação (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/96; Lei 7.853/89), de documentos norteadores (Resolução do CNE/CEB nº 2/2001 que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, entre outros) e de ações, que procuram garantir o acesso e permanência do aluno com necessidades educacionais especiais no ensino comum.
De acordo com o Parecer CNE/CEB nº 13/2009, que trata das “Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial”, a educação especial é uma modalidade de educaçãoque não tem caráter substitutivo à escolarização comum do aluno com deficiência física, intelectual, sensorial, do aluno com transtornos globais de desenvolvimento e do aluno com altas habilidades. Segundo este parecer, o AEE- Atendimento Educacional Especializado- deve ser oferecido a este aluno de forma complementar ao ensino comum, em turno inverso ao da escolarização, com o objetivo de garantir seu acesso à educação comum e de disponibilizar os serviços, apoios e recursos que complementam a formação deste aluno nas classes comuns da rede regular de ensino.  
Ao longo da história da Educação Especial no Brasil, observamos que algumas instituições foram pioneiras em relação ao trabalho voltado para pessoas com deficiência. Nesse contexto, podemos afirmar que a fundação do INES - Instituto Nacional de Educação de Surdos, no Rio de Janeiro foi: um fato importante porque fundou a primeira instituição especializada no Brasil, na área de educação da pessoa surda.
Ao longo da história da Educação Especial no Brasil, observamos que algumas instituições foram pioneiras em relação ao trabalho educacional voltado para alunos com deficiência. Nesse contexto, podemos afirmar que a fundação do Instituto Benjamin Constant no Rio de Janeiro foi: Foi um fato importante já que é considerado como a primeira instituição especializada no Brasil, na área de deficiência visual.
AULA 04
O Atendimento Educacional Especializado deverá utilizar os recursos de Tecnologia Assistiva no ambiente escolar necessários para o trabalho pedagógico com o aluno com deficiência física. A Tecnologia Assistiva é definida como:
“um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência” (Bersch, 2006, p.2).
O desenvolvimento global da criança com paralisia cerebral pode ser afetado em outros aspectos, como a consequência das dificuldades que ela possa vir a ter na percepção e nas relações com o meio, com o outro e consigo própria. As disfunções motoras decorrentes da paralisia cerebral podem afetar o desenvolvimento psicológico da criança, como também, podem provocar atrasos e alterações na linguagem e motricidade, devido aos reflexos involuntários que a criança não consegue inibir. Seu desenvolvimento cognitivo pode ser afetado e prejudicado em função de sua dificuldade em atuar sobre o mundo físico, decorrente de suas limitações sensório-motoras e de linguagem, o que pode vir a comprometer o desenvolvimento das capacidades lógicas, de interação e de domínio das práticas culturais, que vão desde as atividades da vida diária até o domínio da leitura e da escrita. A dificuldade de comunicação e expressão e o domínio da língua falada e escrita podem terminar por prejudicar as interações sociais e o movimento de integração e inclusão social. Excluída do convívio social, essa criança pode desenvolver um baixo conceito de autoestima e perder a motivação para intercambiar experiências e estabelecer interações, o que repercutirá na sua vida adulta.
AULA 05
Nosso objetivo será refletir sobre como a escola e o educador pode criar, adaptar e oferecer as estratégias e atividades pedagógicas adequadas que atendam às necessidades do aluno com baixa visão ou cegueira incluído na escola regular. O aluno necessita de um ambiente estimulador, de mediadores, de materiais e propostas que explorem sua forma particular de percepção e contribuam para seu aprendizado, comunicação e socialização. A cegueira é compreendida como: “uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente” (Sá, 2007, p.15). Pode ser: congênita (desde o nascimento) ou adquirida posteriormente. O convívio entre alunos videntes, alunos cegos ou com baixa visão na escola inclusiva, interagindo no espaço escolar e compartilhando da experiência coletiva de construção de conhecimento, exigirá uma revisão das práticas pedagógicas convencionais que, muitas vezes, enfatizam os estímulos visuais e as imagens como meios e mediações do processo de ensinar e aprender. O aluno com cegueira deve ter acesso ao aprendizado do Sistema Braille de leitura e escrita. E também aos diferentes recursos adaptados e facilitadores do processo de ensino-aprendizado, tais como: sorobã, maquetes, livro acessível, recursos tecnológicos. O Sistema Braille é um código universal de leitura e escrita que é usado pela pessoa cega inventado por Louis Braille, na França, em 1825. A escrita braille pode ser realizada através do uso de uma reglete e punção, através de uma máquina de escrever braille ou de meios informáticos, que agilizam seu processo de produção e impressão.
AULA 06
A proposta inclusiva se baseia no reconhecimento do direito e da capacidade de todo ser humano de construir conhecimento, no respeito às diferenças e na valorização da diversidade. Requer a reformulação da prática pedagógica, a recusa da padronização do processo de ensino-aprendizado e a diversificação de atividades no cotidiano escolar. A deficiência intelectual é compreendida como uma “incapacidade caracterizada por limitações significativas tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, expresso em habilidades conceituais, sociais e práticas” (Paulon & Freitas & Pinho, 2005). A concepção atual abandona a ideia de que a deficiência intelectual é uma característica absoluta expressa somente no indivíduo, que pode ser categorizada através de graus de comprometimento intelectual, medidos com a aplicação de testes de inteligência. Essa nova perspectiva procura compreender a pessoa com deficiência intelectual levando em consideração suas interações com o contexto sociocultural e os sistemas de apoio que necessita. O conceito de zona de desenvolvimento proximal apresentado por Vygotsky traz uma visão prospectiva de desenvolvimento e ressalta a importância do papel mediador do educador e do próprio grupo naquilo que o aluno pode vir a aprender e no que pode vir a ser. Segundo seu pensamento, o processo de aprendizagem se constitui no social e é mediado pelo encontro entre diferentes sujeitos, na pluralidade característica das relações humanas. Vygotsky compreende a aprendizagem humana como um processo onde o homem constrói conhecimento no compartilhar da vida intelectual daqueles que o rodeiam, interagindo socialmente e aprendendo com os outros.
Zona de desenvolvimento proximal: fica entre o real e potencial.
Ao refletir sobre o desenvolvimento da criança, Vygotsky (2000, p.75) afirma que “todas as funções do desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e depois no nível individual; primeiro, entre pessoas (interpsicológica), e depois no interior da criança (intrapsicológica)”. A partir do conceito de zona de desenvolvimento proximal, podemos compreender a importância do outro no processo de aprendizagem. Segundo Vygotsky, é preciso avaliar tanto aquilo que a criança consegue realizar sozinha quanto o que faz com a ajuda do outro para estabelecermos o nível evolutivo e de desenvolvimento da criança. Este outro que interage no processo de aprendizagem tem o papel de mediador e atua como agente de seu desenvolvimento. É de grande importância colocar essas questões em destaque quando tratamos da constituição da subjetividade da pessoa com deficiência, uma vez que o fato de ser visto e categorizado como pessoa com deficiência é uma condição que, em si, já pré-estabelece e define um determinado lugar social para esse sujeito. Quando esse sujeito, por sua vez, vê a si mesmo como alguém que se desvia da norma, reconhecendo-se e apropriando-se dessa condição que lhe é dada por um outro, de ser deficiente, isso influenciará em todos os aspectos de sua vida social, na forma como vivenciará suas experiências subjetivas e de inserção social. A mediação do educador é essencial para que o aluno com deficiênciaintelectual possa enfrentar e superar o estigma da deficiência, construindo uma autoimagem positiva. Ao se recusar a aceitar a imagem de si próprio, construída a partir de um olhar estigmatizante e preconceituoso, o sujeito abre outras perspectivas de visão, de construção do diálogo e de interação social que contribuem para a superação do estigma da deficiência e para o efetivo reconhecimento social e pessoal de suas potencialidades e de seu valor. É na relação com o outro que o olhar sobre si mesmo pode ser revisto e transformado, e a mediação do educador, da comunidade escolar e da família são referenciais básicos para esse processo.
Resumindo: Vimos que, a mediação pedagógica para o aluno com deficiência intelectual deve priorizar a investigação, o planejamento e a implementação das medidas de apoio que o educando necessita. Para isto, a escola deve avaliar suas reais limitações no funcionamento intelectual, no comportamento adaptativo expresso em habilidades conceituais, sociais e práticas. As propostas educacionais devem contemplar aspectos relacionados ao desenvolvimento da linguagem, constituição da identidade, relações sociais, independência na locomoção e preparação para o trabalho. O perfil do apoio que deve ser oferecido ao educando com deficiência intelectual varia de tipo e intensidade e depende da avaliação das habilidades adaptativas de cada indivíduo.
Um aluno com deficiência intelectual apresentou dificuldades para acompanhar o trabalho pedagógico e a professora da turma buscou auxilio na coordenação que solicitou uma professora itinerante. Esse procedimento está de acordo com a proposta: inclusiva da educação.
AULA 07
Para garantir a efetiva inclusão escolar, esse aluno deve frequentar a classe regular de uma escola comum e o atendimento educacional especializado, no turno oposto à escolarização regular. O atendimento especializado deve oferecer apoio e suporte para o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), o ensino em Libras e o ensino da Língua Portuguesa. A educação bilíngue busca inserir a pessoa surda no cenário social, ao mesmo tempo em que, reconhece Libras como a primeira língua e como principal meio de comunicação da comunidade surda.
Três tendências educacionais marcaram: a oralista, comunicação total e o bilinguismo.
Nem sempre a proposta de ensino bilíngue foi reconhecida como a mais adequada para o aluno com surdez. Segundo Lopes (2007), o enfoque clínico-reabilitador e oralista se impôs durante muito tempo. As primeiras tentativas de educação de alunos surdos, ocorridas no século XVI, baseavam-se nos métodos de ensino oralista e na proposta de desmutização da pessoa surda.
Oralismo: A tendência pedagógica baseada no ensino oralista tem como objetivo capacitar a pessoa com surdez para que utilize a língua da comunidade ouvinte na modalidade oral, como única forma de comunicação e expressão. Essa abordagem renega a língua de sinais como possibilidade linguística e focaliza o trabalho no treino de uso da voz e nos exercícios de leitura labial.
Comunicação total: A proposta baseada na comunicação total defende a ideia de que a pessoa surda deve utilizar todos os recursos disponíveis para comunicação. Explora a combinação da linguagem gestual visual, os textos orais, os textos escritos e as diversas formas de interação social. Segundo Sá (1999), essa abordagem não valoriza a Língua de Sinais e desfigura a estrutura da mesma.
Bilinguismo: Já a abordagem educacional por meio do bilinguismo tem como objetivo o ensino de duas línguas distintas: a Língua de Sinais e a língua da comunidade ouvinte. Essa tendência pedagógica reconhece a Libras como primeira língua do surdo. Ganha força no cenário social e educacional brasileiro, a partir do Decreto 5.626/05 que regulamentou a lei de Libras. De acordo com Damázio (2007, p.20), “esse decreto prevê a organização de turmas bilíngues, constituídas por alunos surdos e ouvintes onde as duas línguas, Libras e Língua Portuguesa são utilizadas no mesmo espaço educacional. Também define que para os alunos com surdez a primeira língua é a Libras e a segunda é a Língua Portuguesa na modalidade escrita”.
No contexto da educação inclusiva, a superação de barreiras linguísticas e educacionais depende de propostas que respeitem as especificidades e características do aluno, suas diferentes formas de ser, aprender e estar no mundo. Sendo assim, concluímos que as questões que envolvem a educação da pessoa surda exigem a implementação de políticas educacionais que reconheçam e respeitem a diferença surda e contribuam para a construção de uma escola e sociedade menos excludente.
Resumo da aula: A surdez é compreendida clinicamente como uma redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons que uma pessoa apresenta, devido a fatores que afetam o aparelho auditivo. O grau da surdez, a idade ou estágio em que ocorreu, a forma de comunicação que a pessoa utiliza, dentre outros aspectos, precisam ser considerados no processo de construção da proposta pedagógica que atenda às necessidades do aluno surdo.
O reconhecimento da educação inclusiva como melhor alternativa para a escolarização do aluno com surdez decorre da valorização das diferenças no convívio social e do potencial de cada ser humano se desenvolver na interação com a diversidade humana e em ambientes heterogêneos de aprendizagem.
Nessa perspectiva, a educação bilíngue LIBRAS/Português busca inserir a pessoa surda no cenário social, reconhecendo LIBRAS como a primeira língua e principal meio de comunicação da comunidade surda. 
Dentre as escolas especializadas no trabalho junto ao aluno surdo, destacamos como pioneiro o trabalho desenvolvido no: INES Instituto Nacional de Educação de Surdos.
AULA 08
O aluno com transtornos globais do desenvolvimento e sua escolarização 
O trabalho pedagógico adequado deve valorizar as interações de grupo, as leituras e manejos adequados das regras sociais dentro de um espaço estimulador e desafiante para o aluno. Neste contexto, o aluno encontrará um ambiente que promove seu bem-estar, equilíbrio emocional e oportunidade de estabelecer interações sociais significativas e desenvolver seu processo de aprendizagem e construção de conhecimentos.
De acordo com o art. 4º da Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009, o aluno com TGD é incluído como público-alvo do serviço de Atendimento Educacional Especializado, que deve ser oferecido como apoio e suporte ao aluno matriculado em classe comum de escola regular.
Os alunos com transtornos globais de desenvolvimento são caracterizados como aqueles que “apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação”.
Algumas estratégias de ensino podem facilitar o trabalho no contexto escolar inclusivo e, dentre elas, destacamos a necessidade de elaboração de um Plano Individualizado de Ensino para o aluno com transtornos globais de desenvolvimento. Esse plano deve ser elaborado em conjunto, envolvendo a participação da escola, da família e de outros profissionais envolvidos com o aluno, e deve conter tanto objetivos acadêmicos quanto objetivos funcionais. Dentre os objetivos funcionais, deve-se abranger o desenvolvimento de habilidades sociais; habilidades na linguagem/comunicação perceptiva e expressiva; habilidades cognitivas (atenção, processamento de informações); comportamentos adaptativos (controle do estresse, independência, convívio em grupo); habilidades sensoriais (MARTINS & PIRES, 2008).
AULA 09
O Aluno com altas habilidades/superdotação
No Brasil, o processo educacional do aluno com altas habilidades deve construir uma proposta pedagógica com base no modelo de enriquecimento e não de segregação. Assim, o aluno com altas habilidades deverá: ser inserido na classe comum de escola regular efrequentar o atendimento educacional especializado no turno oposto ao da escolarização regular.
AULA 10
Projetos educacionais na perspectiva da educação inclusiva 
No campo da educação, autores como John Dewey (a partir de 1900), Viktor Lowenfeld (a partir de 1939) e Herbert Read (a partir de 1943), influenciados pelo movimento da Escola Nova, publicaram importantes obras que destacam a contribuição da Arte na Educação, numa perspectiva de valorização da livre expressão. Foi a partir daí que observamos o surgimento de algumas experiências de artistas e educadores que marcaram a trajetória da arte/educação no Brasil e sua relação com o campo da educação especial. Segundo Azevedo (2002), o projeto da Escola Nova, surgido nos anos 20/30, no Brasil foi inovador, uma vez que “propunha uma nova concepção de educação enfocando, na relação ensino-aprendizagem, o aluno, a liberdade de expressão, a experimentação, e, de certa maneira, o “aprender fazendo”“. Também foi importante o Movimento de Escolinhas de Arte do Brasil para a revisão dos pressupostos teóricos e metodológicos que norteavam o campo da Educação Especial. Esses foram os primeiros espaços de trabalho com arte que incluíram alunos com e sem necessidades especiais trabalhando juntos. Ao discutir a importância e o significado da Arte para a Educação, Viktor afirma que a Arte é vital na educação, uma vez que, a criação artística é “um processo complexo em que a criança reúne diversos elementos de sua experiência, para formar um novo e significativo todo”. No processo de criação, a criança revela sua forma de pensar, sentir e perceber (Lowenfeld, 1977, p.13). Segundo o autor, a atividade artística mobiliza a capacidade de procurar e descobrir respostas, levando à descoberta de novas perspectivas e formas de compreensão de si mesmo, do outro e do meio. O trabalho de Arte/Educação na perspectiva de uma educação inclusiva envolve a pesquisa de uma proposta de ensino da Arte que abarque o campo multissensorial, explorando o potencial expressivo e de criação de cada um dos educandos, independentemente de suas limitações ou necessidades especiais. No contato com as linguagens artísticas e com os materiais e técnicas criadoras, e a partir da mediação do educador e da interação entre os alunos, é possível buscar novas organizações do cotidiano e a investigação sobre o potencial inclusivo da arte como experiência de interação, socialização e aprendizagem compartilhada.
Quais seriam autores clássicos que fundamentaram o diálogo da arte com a educação na realização de projetos aqui no Brasil? ViKtor Lowenfeld e Herbert Read.
Anóxia no parto: Falta de oxigênio em algum momento causando lesão cerebral.

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