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Anotações DIREITO CIVIL IV

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Corato Direito Civil IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato Direito Civil IV 
Aula 1: 16/02/2017 
 
Direto Civil IV – Direito das coisas 
Prof. Suejane Nicacio 
Localizando-se! 
Os direitos reais estão previstos no Código Civil de 2002: 
No artigo 1225. 
A pose pode ser estudada do artigo 1196 ao 1224 
 
 
TÍTULO II 
Dos Direitos Reais 
CAPÍTULO ÚNICO 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1.225. São direitos reais: 
I - a propriedade; 
II - a superfície; 
III - as servidões; 
IV - o usufruto; 
V - o uso; 
VI - a habitação; 
VII - o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII - o penhor; 
IX - a hipoteca; 
X - a anticrese; 
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; 
XII - a concessão de direito real de uso. 
 
 
Ler: 
Autores 
Flavio Tartuce 
Carlos Roberto Gonçalves 
Nelson Rosenvald e Cristiano Chaves 
Eduardo de Oliveira Leite 
Maria Helena Diniz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posse não é um direito real, mas faz parte dele. 
Corato Direito Civil IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direitos Obrigacionais ou Pessoais Direitos Reais 
Quanto aos sujeitos 
Ativo é o credor e Passivo é o devedor. 
Os sujeitos são determinados ou 
determináveis. 
Ativo é o objeto e é sempre determinado. 
Passivo são todos que não são donos do 
objeto, ou seja, é indeterminado. 
Porém, pode se tornar determinado 
quando o Ativo tem seu direito de 
propriedade agredido. 
Para alguns autores, o sujeito passivo só se 
mantem como indeterminado até que 
ocorra a violação do direito do sujeito ativo, 
momento em que passa a ser identificado 
dentro da coletividade o sujeito passivo. 
 
 
Quanto ao objeto 
Prestação, de dar, fazer e não fazer. Coisa, que pode ou não se tornar um bem. 
Bem material e imaterial, (Bem é tudo que 
pode ser apreciado economicamente, Bem 
imaterial, por exemplo, o direito autoral). 
Patrimônio. 
 
 
Quanto à eficácia 
Efeito entre as partes (inters pars), 
podendo se estender a terceiros. Ex.: 
Seguro de vida. 
Tem efeito contra todos (erga omnes), que 
não exerçam ou não possam exercer sobre a 
coisa o direito real. 
 
Quanto a criação 
Indeterminada Determinados por lei, hoje estabelecidos 
no artigo 1225/CC. 
 
 
 
 
Obrigações Propter Ren (próprio da coisa, ob rem = da coisa, mistas = ambulatoriais) 
Só se torna persona se o credor aceitar (credor que fornece serviços essenciais). 
 
 
Relação Jurídica 
Objeto 
Sujeito Ativo Sujeito Passivo 
Corato Direito Civil IV 
Clausula de eficácia real 
Protege o cumprimento do contrato, gerando eficácia erga omnes, para isso a clausula 
deve estar averbada no registro (RI). 
 
Classificação dos Direitos reais 
Quanto a titularidade 
Direito real sobre coisa própria (propriedade); 
Direito real sobre coisa alheia (Todos os demais direitos reais arrolados no art.1225, CC). 
Quanto a finalidade 
Direito real de uso, gozo e fruição (usufruto, uso e habitação, servidão e superfície); 
Direito real de garantia (penhor para móveis e para imóveis a hipoteca e anticrese); 
Direito real de aquisição (direito do promitente comprador do imóvel). 
Quanto a limitação 
Direito real ilimitado ou pleno, a propriedade reúne em si todos os atributos do domínio. 
Direito real limitado, sobre tudo que não é propriedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato Direito Civil IV 
Aula 2: 23/02/2017 
 
 
Distinção entre posse, detenção e propriedade 
Posse 
O possuidor, exerce de fato ou não os poderes inerentes ao proprietário: 
Direito de usar 
Direito de fruir ou gozar 
Direito de reivindicar 
CC 
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos 
poderes inerentes à propriedade. 
 
Detenção 
O detentor ou fâmulo de posse, denominado gestor da posse, detentor dependente ou 
servidor da posse, tem a coisa apenas em virtude de uma situação de dependência 
econômica ou de um vínculo de subordinação (ato de mera custódia). A lei ressalva não 
ser possuidor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, 
conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens e instruções suas. 
CC 
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, 
conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. 
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao 
bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário. 
 
Propriedade 
Aquele que tem a posse ou não, mas que tem o direito erga omnis de dispor do bem. 
CC 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do 
poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
 
 
Teorias sobre a posse, sua natureza jurídica. 
 
Teoria subjetiva - Savigny Teoria objetiva - Ihering 
Usucapião é o único instituto brasileiro que 
usa essa teoria. Do artigo 1238 ao 1242, CC 
e 1260 e 1261, CC. 
Teoria adotado pelo Código Civil 
Brasileiro. 
 
Posse é dividida em dois elementos 
Corpus, coisa sobre a qual se exerce a posse (objetivo). 
Animus, vontade que liga o sujeito a coisa (subjetivo). 
O possuidor, é aquele que se mantém 
vinculado a coisa porque deseja ser o dono 
dela. 
Possuidor é todo aquele que exterioriza 
um comportamento como se dono fosse, 
mesmo que não seja e nem pretenda ser. 
CC, Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, 
sem interrupção, nem oposição, possuir como 
seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, 
independentemente de título e boa-fé; 
podendo requerer ao juiz que assim o declare 
por sentença, a qual servirá de título para o 
registro no Cartório de Registro de Imóveis. 
 
 
CoratoDireito Civil IV 
Classificações da posse 
Posse direta 
Exercendo domínio sobre a coisa, o contato físico, real, concreto, imediato sobre a coisa 
ou a possibilidade de exercer tal contato. 
Posse indireta 
Título ou vinculo jurídico que mantem o dono ligado a coisa mesmo que outrem exerça 
sobre ela a posse direta. 
 
Posse justa 
É isenta de vícios. 
Posse injusta 
Quando presentes os vícios (violência, clandestinidade ou precariedade). 
 
 Posse violenta 
É a obtida por meio de esbulho, for força física ou violência moral (vis). A doutrina tem o 
costume de associá-la ao crime de roubo. Exemplo: movimento popular invade 
violentamente, removendo e destruindo obstáculos, uma propriedade rural produtiva, que 
está sendo utilizada pelo proprietário, cumprindo a sua função social. 
 Posse clandestina 
É a obtida às escondidas, de forma oculta, à surdina, na calada da noite (clam). É 
assemelhada ao crime de furto. Exemplo: movimento popular invade, à noite e sem 
violência, uma propriedade rural que está sendo utilizada pelo proprietário, cumprindo a 
sua função social. 
 Posse precária 
É a obtida com abuso de confiança ou de direito (precário). Tem forma assemelhada ao 
crime de estelionato ou à apropriação indébita, sendo também denominada esbulho 
pacífico. 
Exemplo: locatário de um bem móvel que não devolve o veículo ao final do contrato. 
 
Posse de boa fé 
Analise do animus, desconhece o vício da posse. 
Posse de má fé 
Sabedor de vicio na posse. 
 
Posse nova 
Até um ano e um dia, é a possibilidade da concessão de mandado liminar para restaurar 
a posse do legitimo possuidor. 
Posse velha 
Mais de um ano e um dia de posse. 
 
Posse ad interdicta 
É aquela que ainda admite o uso dos interditos possessórios, também chamados de 
ações possessórias típicas, pois o possuidor injusto ou legitimo pode ser retirado da posse. 
Posse ad usucapionem 
É aquela em que o possuidor já consolidou os requisitos necessários para o uso capi, não 
admitindo-se que seja retirado da posse pelo uso de uma ação possessória típica. 
 
• Requisitos para usucapir 
Pose pelo prazo previsto em lei: 
Artigos, 1238, 1242, 1240, 1239 e 1240 do CC; 
Meios de prova: 
Testemunhas; 
Provas documentais (pagamentos de impostos, taxas, fotos e etc.); 
Depoimento pessoal; 
Pericia. 
 
Corato Direito Civil IV 
Posse exclusiva 
É a posse de um único possuidor, de pessoa que tem a coisa em seu poder, 
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real. Ex.: o direito dos cônjuges sobre as 
coisas. 
Composse 
Trata-se de posse comum, pela qual, duas ou mais pessoas exercem, 
concomitantemente, poderes possessórios sobre a mesma coisa, onde cada qual exerce 
posse sobre parte ideal ou sobre parte certa do todo, (Art.1.199, CC). 
(É a possibilidade de exercício de poder sobre a coisa em igualdade de condições por 
dois ou mais sujeitos distintos.) 
CC 
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos 
possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obra nova é a obra em curso, onde cabe ação demolitória, 
procedimento ordinário; 
Obra velha é a obra em fase de acabamentos. 
Corato Direito Civil IV 
Aula 3: 02/03/2017 
 
 
Natureza jurídica da posse 
Savigny – Posse é um fato e ao mesmo tempo um direito (natureza mista ou eclética). 
Fato, quando considerada em si mesma. 
Direito, quando repercute no mundo jurídico, incidindo em outros institutos como 
precedente lógico. 
Ihering – A posse é um direito, pois é intrínseca a todos os direitos reais enumerados no 
artigo 1225, CC e como traz consequências para o mundo jurídico é direito e não um fato. 
Clovis Beviláqua – Posse é apenas um fato, pois se ela trouxer desdobramento ela é 
direito, mas nem sempre o traz, sendo assim sua origem, essência e continuidade será 
sempre um fato. 
A posse existe no mundo antes da propriedade, afinal a posse é um fato que está na 
natureza, enquanto a propriedade é um direito criado pela sociedade; os homens primitivos 
tinham a posse dos seus bens, a propriedade só surgiu com a organização da sociedade e 
o desenvolvimento do direito. 
 
Conceito de posse: é o estado de fato que corresponde ao direito de propriedade. 
Não sendo a posse um direito, a propriedade é mais forte do que a posse. Pode-se dizer 
que a posse é uma relação de fato transitória, enquanto a propriedade é uma relação de 
direito permanente, e que a propriedade prevalece sobre a posse (súmula 487 do STF: será 
deferida a posse a quem tiver a propriedade). 
 
 
Efeitos da posse 
Direito aos frutos 
Enquanto o possuidor estiver de boa-fé terá direito a perceber os frutos da coisa, por ser 
condição natural o acessório seguir a sorte do principal, segundo o princípio da gravitação 
jurídica. Na forma do artigo 1216, CC o possuidor de má-fé responde pelos frutos colhidos e 
percebidos a partir da caracterização da má-fé. 
Os frutos que não foram colhidos dolosamente (São aqueles que deveriam ter sido 
colhidos mas não foram) pelo possuidor trazem prejuízo do proprietário e por isso também 
serão indenizáveis, artigos 1215 e 1216, CC. 
Tipos de frutos: 
Os frutos percipiendos, são aqueles que deveriam ter sido colhidos, mas não o foram. 
Colhidos (naturais) ou percebidos (industriais e civis), são os frutos já destacados da coisa 
principal, mas ainda existentes; 
Pendentes, são aqueles que ainda se encontram ligados à coisa principal, não tendo 
sido, portanto, destacados; 
Estantes, são os frutos já destacados, que se encontram estocados e armazenados para 
a venda; 
Consumidos, que não mais existem. 
 
CC 
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os 
civis reputam-se percebidos dia por dia. 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, 
por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às 
despesas da produção e custeio. 
Corato Direito Civil IV 
O possuidor de boa-fé não responde pelos danos que a coisa sofrer estando em sua 
posse, salvo se ele próprio o deu causa, artigo 1217, CC. 
CC 
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa. 
 
Em contra partida o possuidor de má-fé responde pela perda ou deterioração da coisa 
ainda que acidentais, salvo se provar que o mesmo teria ocorrido se estivesse na posse de 
outrem, artigo 1218, CC. 
CC 
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, 
salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando elana posse do reivindicante. 
 
 
Direito às benfeitorias 
A benfeitoria é analisada sempre em relação a coisa. 
 Necessárias 
Possuidor de boa-fé tem direito a ser ressarcido. 
O possuidor de má-fé será ressarcido apenas pelas benfeitorias necessárias. 
 Úteis 
Possuidor de boa-fé tem direito a ser ressarcido. 
 Voluptuárias 
Possuidor de boa-fé tem direito a levanta-las "jus tolendi". 
 
Tratando-se de locação, rege a relação possessória a lei 8245/91, que contem norma 
especifica autorizando que haja no contrato cláusula expressa, que verse sobre o dever de 
não indenizar o locatário que realizar bem feitoria de qualquer modalidade. 
Assim, mesmo que o artigo 1219, CC determine o direito do possuidor de ser ressarcido, só 
prevalecerá nos contratos que transfiram a posse sem locação, por ser norma geral que só 
se aplica na falta de norma especifica. 
CC 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, 
quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e 
poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
 
Direito à retenção 
Ao possuidor de boa-fé é garantido o direito de reter a coisa "jus retentionis" até que lhe 
seja feito o ressarcimento devido. 
O possuidor de má-fé embora tenha direito de ressarcimento não tem direito de reter a 
coisa como garantia de ser ressarcido. 
 
Direito aos interditos possessórios 
 Ação de reintegração 
(Esbulho, é quando o possuidor for privado de contato com a coisa.) 
A ação de reintegração tem como pressuposto o esbulho, ou seja, tem como 
pressuposto que o autor tenha sido desapossado do bem. 
Como na ação de manutenção de posse, caso o esbulhador possua melhor posse que o 
esbulhado, existe uma condição à ação de reintegração de posse: que a posse do 
esbulhado date de mais de ano e dia. Porém, isto se torna desnecessário tendo o 
esbulhado melhor posse que o esbulhador (entenda-se por "melhor" a posse fundada em 
justo título; se ambas forem fundadas em justo título ou não houver justo título, a posse mais 
antiga; se ambas as posses forem da mesma data, a posse atual). 
Corato Direito Civil IV 
Assim, também como na ação de manutenção de posse, o procedimento aplicado a 
essa espécie de ação depende da data do esbulho (CPC, art.924): 
- se o esbulho for de menos de ano e dia: o procedimento a ser aplicado é o sumário, 
regido pelo CPC, arts.920 ao 931; 
- se o esbulho for de mais de ano e dia: o procedimento a ser aplicado deve ser o 
ordinário. 
No procedimento sumário, o possuidor postula ao juiz que lhe expeça mandado liminar 
de reintegração, devendo provar, porém (art.927): 
1. a existência de posse sua e sua perda; 
2. a ofensa contra a posse, ou seja, o esbulho; 
3. a data do esbulho. 
O procedimento ordinário não perde seu caráter possessório (CPC, art.924). 
 
 Ação de manutenção de posse 
(Turbação, é quando o possuidor tem um contato diferente ao anterior com a coisa, seja 
por ser restringido, ou incomodado ou molestado.) 
A ação de manutenção de posse tem como pressuposto a turbação, ou seja, tem como 
pressuposto que o possuidor, no exercício da sua posse, tenha sofrido embaraços, mas sem 
perdê-la. 
Caso o turbador possua melhor posse que o turbado, existe uma condição à ação de 
manutenção de posse: que a posse do possuidor atual date de mais de ano e dia. Porém, 
isto se toma desnecessário tendo o possuidor atual melhor posse que o turbador (entenda-
se por "melhor" a posse fundada em justo título; se ambas forem fundadas em justo título ou 
não houver justo título, a posse mais antiga; se ambas as posses forem da mesma data, a 
posse atual). 
O procedimento aplicado a essa espécie de ação depende da data da turbação (CPC, 
art.924): 
- se a turbação for de menos de ano e dia: o procedimento a ser aplicado é o sumário, 
regido pelo CPC, arts.920 ao 93l; 
- se a turbação for de mais de ano e dia: o procedimento a ser aplicado deve ser o 
ordinário. 
No procedimento sumário, o possuidor postula ao juiz que lhe expeça mandado liminar 
de manutenção, devendo provar, porém (CPC, art.927): 
1. a existência da sua posse e sua continuidade; 
2. a ofensa contra a posse, ou seja, a turbação; 
3. a data da turbação. 
O procedimento ordinário não perde seu caráter possessório (CPC, art.924). 
 
 Interdito proibitório 
(Visa resguardar, diante da ameaça ou fundado receio, evitar que aconteça um 
esbulho ou turbação em momento próximo.) 
O interdito proibitório tem como pressuposto ameaça de turbação ou esbulho (v.g., 
cartaz na frente do terreno dizendo o bem é de posse do Fulano, estando o Beltrano está 
na posse do bem). Consiste em uma defesa preventiva da posse pelo possuidor, a qual está 
ameaçada. O possuidor postula ao juiz que lhe expeça mandado proibitório, cominando 
multa pecuniária para o caso de descumprimento, devendo provar, porém: 
1. a existência da sua posse, posse direta; 
2. a ameaça de ofensa contra a posse, seja turbação, seja esbulho. 
As ações acima, são típicas, diferente das ações de emissão de posse. 
Corato Direito Civil IV 
Ação de emissão na posse 
É uma ação autônoma pois destinasse a conferir a posse aquele que apesar de ser proprietário, 
nunca exerceu a posse direta sobre a coisa. Sua natureza jurídica é reivindicatória. 
O contrato de alienação fiduciária não permite que o credor (aquele que financia) se emita na 
posse, em caso de não recebimento do pagamento (das parcelas), restando a possibilidade de 
alienação em Hasta Publica, popularmente chamado erroneamente de leilão. 
Quem compra pode adquirir o imóvel que esteja em posse de outro (o antigo devedor), para 
reclamar a posse é usada uma ação de emissão da posse, aquela para quem nunca esteve na 
posse da coisa. 
 
 
 
 
 
 
CC 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação (ação de manutenção 
de posse), restituído no de esbulho (reintegração de posse), e segurado de violência iminente, se tiver 
justo receio de ser molestado (interdito proibitório). 
 
 
NCPC 
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do 
pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. 
 
Quando entrando com uma ação possessória típica, se no momento da sentença a 
situação fática sendo outra, que a sentença seja dada para proteger a situação no 
momento que ela foi proferida e não no momento em que a ação foi proposta. Isso é 
chamado de fungibilidade das ações possessórias típicas, onde pode ser convertido o 
pedido de uma no momento da sentença na proteção de outra, só se aplicado quando 
autorizadas pelo legislador. Não se pode converter uma ação reivindicatória por uma ação 
possessória ou uma ação possessória em uma reivindicatória, simplesmente por não serem 
autorizadas pela legislação, porém as possessórias típicas podem se fungirem umas pelas 
outras, pois os requisitos processuais e as condições da ação de uma são idênticas da outra 
ou a diferença se encontra na situação fática quese quer proteger no momento da 
propositura da ação. 
Toda ação possessória típica tem a função te proteger a posse. 
Exemplo: invasão da fazenda do ex-presidente da república, Fernando Henrique 
Cardoso. 
 
“O princípio da fungibilidade das ações possessórias típicas encontrasse protegido pelo 
artigo 554, NCPC (920, CPC antigo). Tal princípio permite que o juiz preste a decisão 
correspondente a situação fática no momento da sentença, qual a ação proposta tiver seu 
objeto esvaziado pelo fatos ocorridos no curso da demanda. Está conversão para as ações 
possessórias típicas cujos pressupostos processuais são idênticos, na forma dos artigos 561 e 
568, NCPC” 
 
NCPC 
Art. 561. Incumbe ao autor provar: 
I - a sua posse; 
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; 
III - a data da turbação ou do esbulho; 
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de 
reintegração. 
 
Art. 568. Aplica-se ao interdito proibitório o disposto na Seção II deste Capítulo. 
 
Leilão para bens moveis; 
Hasta pública (praça) para bens imóveis. 
Corato Direito Civil IV 
“A ação de emissão na posse não sofre a incidência do princípio da fungibilidade 
porque sua natureza é reivindicatória e não possessória, inclusive não se encontra prevista 
dentro dos procedimentos especiais de jurisdição contenciosa, pois seu procedimento é 
comum ordinário. 
A emissão na posse integra o juízo petitório nos interditos possessórios, integra o juízo 
possessório independente do título de proprietário. “ 
 
O locatário é legitimado para ação possessória. 
 
Quando a posse é nova o juiz pode determinar a expedição de mandado liminar como 
artigo 562, NCPC, visando reestabelecer a posse em favor de quem a reivindica antes 
mesmo da citação e contestação do réu. 
NCPC 
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do 
mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique 
previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada. 
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a 
reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais. 
 
Direito a autotutela da posse 
A auto defesa da posse só é admitida nos moldes do artigo 1210, §1º, CC, quando a 
repulsa for imediata a agressão da posse usando meios moderados para reestabelecer a 
posse. A auto defesa está dividida em: 
Legitima defesa, nos casos de turbação 
Desforço imediato, para os casos de esbulho. 
 
Havendo excessos o possuidor que se utiliza da auto tutela responderá por perdas e 
danos. 
A auto defesa é uma exceção à regra que não admite a justiça com as próprias mãos 
(exercício arbitrário das próprias razões). 
A jurisprudência admite que a autotutela seja exercida por 3º e também pelo detentor 
que tem natureza de possuidor degradado por lei, famulo da posse ou enviado da posse. 
 
É permitido por lei o exercício da própria razão a legitima defesa da posse e o desforço: 
CC 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, 
e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. 
§ 1.º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto 
que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou 
restituição da posse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato Direito Civil IV 
Aula 4: 09/03/2017 
 
Efeitos da posse continuação 
Direito à aquisição da propriedade por usucapião 
Modo originário da aquisição da propriedade 
 
Conceito de usucapião 
Modo originário de aquisição da propriedade ou da posse: 
É aquele que não decorre de atos de tradição de um titular a outro. 
Modo derivado é aquele que decorre de atos de tradição de um possuidor ou 
proprietário precedente à outro. 
Observação 
Segundo Caio Mario da Silva Pereira, em posição minoritária, usucapião é modo 
derivado de aquisição da propriedade e não originário, sustenta que a propriedade teve 
um titular preexistente que por sentença reconheceu a propriedade ao possuidor, logo a 
eficácia erga omnes. Demonstrada na certidão do imóvel, ostenta um titular anterior que 
não transferiu voluntariamente o domínio sobre a coisa, mas por decisão judicial, sendo 
compelido a isso. 
 
Elementos 
 Elemento objetivo 
Corpus, objeto a ser usucapido. 
 Elemento subjetivo 
Animus, intenção de ser dono da coisa. 
 Lapso temporal 
É variável de acordo com a modalidade de usucapião, com mínimo de 2 e máximo de 
15 anos. 
 Inercia do proprietário 
Não se manifestar para reaver a coisa que é possuída por outrem. 
 Presunção de abandono (relativa) 
Ocorre pela falta de contato com a coisa 
 
Natureza jurídica 
Modo originário de aquisição da propriedade, segundo a corrente majoritária. 
 
Natureza da sentença 
Declaratória. 
CC 
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, 
adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o 
declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. 
“Usucapião em defesa” 
O réu da ação de usucapião tem a declaração de que ele é o proprietário, porque o 
autor não consegue provar a sua titularidade. 
 
Espécies de usucapião 
 Usucapião extraordinária 
CC 
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, 
adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o 
declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. 
Corato Direito Civil IV 
É a com maior lapso temporal previsto em lei para usucapião, não exige justo título nem 
boa-fé, bastando o decurso de 15 anos de posse mansa, pacífica sem oposição do 
proprietário, associado ao animus domini. 
O termo interrupção previsto no artigo induz a interpretação de que as causas que 
interrompem a prescrição também se aplicam para impedir a consolidação da 
usucapião, assim, parte da doutrina afirma que usucapião é prescrição aquisitiva para o 
possuidor, que reúne os requisitos para se tornar proprietário. 
 
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver 
estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. 
A posse com finalidade de moradia ou destinação de caráter produtivo, permite que o 
prazo de 15 anos caia para 10 anos, situação conhecida como “posse trabalho”, 
privilegiando a função social da propriedade, garantida pelo Artigo 5º, XXIII, CRFB/88. 
 
 Usucapião ordináriaJusto título; 
Cessão de direito; 
Promessa de compra e venda; 
Doação; 
Cessão de direitos Inter vivos. 
Tais títulos devem ser realizados com boa-fé entre as partes, tornando-se nulo pela 
simulação ou anuláveis em razão de vícios que atingem a manifestação de vontade. 
CC 
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo 
título e boa-fé, o possuir por dez anos. 
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, 
onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que 
os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e 
econômico. 
CC 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 
 
 Usucapião especial rural 
CC 
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco 
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares, 
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a 
propriedade. 
Os requisitos deste artigo são cumulativos, diverso dos artigos 1238, pú e 1242, pú, em que a possuidor 
estabelece moradia ou investimento de caráter econômico. 
OBS. 
As modalidades especial rural e urbana, já eram previstas na CRFB/88 artigos 191 e 183, 
e por isso alguns autores entendem que a denominação correta seria usucapião 
constitucional rural. Devido a sua origem anterior a previsão do CC. 
 
 Usucapião especial urbana 
CC 
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros 
quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua 
família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
§ 1.º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, 
independentemente do estado civil. 
§ 2.º O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma 
vez. 
Difere apenas no local e dimensões, mas os requisitos devem ser cumulativos. 
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Aula 5: 16/03/2017 
 
 
 
 Usucapião especial familiar ou entre cônjuges ou entre companheiros 
CC 
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, 
com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja 
propriedade dívida com ex-cônjuge ou ex companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia 
ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano 
ou rural. 
§ 1.º O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
§ 2.º (Vetado.) 
 
 Usucapião coletiva 
Artigo 10 do estatuto da cidade lei 10257/01 
Art. 10. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupadas por 
população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não 
for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas 
coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. 
§ 1o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu 
antecessor, contanto que ambas sejam contínuas. 
§ 2o A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual 
servirá de título para registro no cartório de registro de imóveis. 
§ 3o Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da 
dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, 
estabelecendo frações ideais diferenciadas. 
§ 4o O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo deliberação 
favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização 
posterior à constituição do condomínio. 
§ 5o As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por maioria de votos 
dos condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes. 
 
Só é possível a aplicação em imóveis da área urbana, com dimensões maiores de 250m², 
e com ações movidas por pessoas de baixa renda. 
Sua modalidade extraordinária está presente no artigo 1238, CC 
CC 
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, 
adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o 
declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. 
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver 
estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. 
 
Sua modalidade ordinária no artigo 1242, CC 
CC 
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com 
justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. 
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, 
onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que 
os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e 
econômico. 
 
 
Regimes de bens em espécie 
Regime da comunhão universal (ou total) de bens 
Em regra, ao final do casamento todos os bens anteriores ao matrimonio e os constituídos 
na sua constância serão objeto de meação (divisão por 2) 
Exceção: 
Os bens que constam no artigo 1668, CC não formam patrimônio comum. 
CC 
Art. 1.668. São excluídos da comunhão: 
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I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; 
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição 
suspensiva; 
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem 
em proveito comum; 
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; 
V - os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. 
 
Regime da comunhão parcial de bens 
Em regra, os bens anteriores ao casamento serão patrimônio particular de cada cônjuge, 
os bens onerosamente adquiridos durante o matrimonio serão patrimônio comum. 
Exceções: 
CC 
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por 
doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; 
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos 
bens particulares; 
III - as obrigações anteriores ao casamento; 
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversãoem proveito do casal; 
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; 
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; 
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 
 
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento. 
 
Regime da separação total de bens obrigatória ou legal 
Nas hipóteses do artigo 1641; 
CC 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; 
II - da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
Os que infringirem o artigo 1523; 
CC 
Art. 1.523. Não devem casar: 
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e 
der partilha aos herdeiros; 
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois 
do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; 
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a 
pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as 
respectivas contas. 
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas 
suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, 
respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do 
inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo. 
Exemplo 
Uma viúva meeira do patrimônio, com dois filhos, se ela se casa novamente, sem ter feito 
o inventário, num regime de comunhão total, ela irá dividir com o novo cônjuge a parte 
dela e dos filhos, o artigo acima evita tal situação. 
Os maiores de 70 anos; 
Os que dependerem de suprimento judicial para casarem. 
 
Regime da separação total de bens convencional ou facultativa 
Se comprarem em nome do casal, havendo indicação do quanto cada um contribuiu, 
ao final do casamento, cada cônjuge terá direito ao valor correspondente a sua quota. Na 
ausência de indicação da quota contributiva de cada cônjuge, haverá a meação. 
 
Regime da participação final nos aquestos 
São três blocos patrimoniais: 
 Patrimônio comum 
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Adquiridos onerosamente durante o casamento, em nome de ambos os cônjuges. 
 Patrimônio particular comunicável 
Adquirido onerosamente durante o casamento em posse de um só dos cônjuges, mas ao 
final o outro tem direito aos aquestos. 
 Patrimônio particular incomunicável 
Os bens anteriores ao casamento, os bens recebidos por doação ou herança e os bens 
sub-rogados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Usucapião de bens moveis 
Ordinária 
CC 
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, 
com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade. 
 
Extraordinária 
CC 
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, 
independentemente de título ou boa-fé. 
 
 
Soma das posses (tempo de posse) 
Por união 
Ato Inter vivos; 
Translativos enquanto os titulares estão vivos. 
Por sucessão 
Ato mortis causa; 
Decorrem da morte do possuidor precedente. 
 
 
Modos de aquisição da posse 
Se dá pelo exercício da posse direta, se comportando como se dono fosse. 
A posse direta pelo título de que se faz presumir o direito a ter exercício da posse. 
Adquire-se a posse em nome próprio ou por interposta pessoa. 
 Em nome próprio 
A posse considera-se adquirida a partir do contato físico com a coisa. 
 Por interposta pessoa 
 Com poderes de representação, o contrato de mandato. 
 Sem poderes de representação, a gestão de negócios. 
 
 
Observação 
Quando a aquisição da posse se dá por interposta pessoa com poderes de 
representação conferidos pelo legitimo possuidor, considera-se adquirida, a partir do 
momento que o legitimo possuidor entra em contato com a coisa. 
Sendo recebida a coisa por quem não tenha poderes de representação, considera-se a 
posse no momento da entrega ao legitimo possuidor, que ao receber ratifica os atos do 
gestor de negócios se o legitimo possuidor se recusar a receber a coisa, não se configura a 
posse. 
 
É possível usucapir na modalidade patrimônio comum. 
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Transmissão da posse 
Tradição para bens móveis 
Transcrição para bens imóveis 
 
 Real 
Quando o próprio objeto é entregue. 
 Ficta 
Não acontece de fato. 
Constituti-possessório 
Cláusula contratual mediante a qual o alienante (vendedor) transmite a posse da coisa alienada 
ao nome do comprador, embora continue a deter o bem; desprendimento de posse. 
 Simbólica 
É a que se traduz através de um instrumento. 
Transmissão da posse ficta 
• Constituti-possessório 
É uma tradição ficta, eis que de fato não ocorre transferência da posse ao possuidor 
precedente ao seu sucessor. O que ocorre é uma inversão no animus do possuidor. 
Configura-se quando o possuidor em nome próprio passa a possuir em nome alheio. 
O possuidor pleno passa a ser possuidor apenas direto. 
 
Constituti-possessório 
Trata-se da operação jurídica que altera a titularidade na posse, de maneira que, aquele 
que possuía em seu próprio nome, passa a possuir em nome de outrem (Ex.: eu vendo a 
minha casa a Fredie e continuo possuindo-a, como simples locatário). Contrariamente, na 
traditio brevi manu, aquele que possuía em nome alheio, passa a possuir em nome próprio 
(por exemplo é o caso do locatário, que adquire a propriedade da coisa locada). 
 
• Traditio brevi manu 
Ocorre quando o possuidor em nome alheio passa a possuir em nome próprio, ou seja, 
o possuidor restrito passa a ser possuidor pleno. 
 
Perda da posse 
Um dos motivos para perda da posse é quando não se dá uma função social para o 
bem. 
CC 
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia 
dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido. 
CC 
Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, 
ao qual se refere o art. 1.196. 
 
 Ato involuntário 
Contra a vontade do legitimo possuidor. 
Exemplo: desapropriação, esbulho, turbação... 
 Ato Voluntario 
Com concordância do possuidor. 
Exemplo: atos de alienação, abandono da residência. 
 
 
 
 
 
 
Corato Direito Civil IV 
Aula 6: 23/03/2017 
 
 
Propriedade 
Conceito 
CC 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito dereavê-la do 
poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
 
Propriedade é direito real pelo qual o titular tem os atributos inerentes ao domínio, ainda 
que não sejam exercidos, é o mais amplo dos direitos reais, porque confere ao sujeito a 
possibilidade de usar, fruir ou gozar, dispor e reivindicar. 
 
Características 
Propriedade é direito constitucionalmente adquirido pelo artigo 5º, XXII /CRFB. 
CRFB 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 
A propriedade também deve atender a uma função social, como razão determinante 
da manutenção do direito de propriedade, na forma do art. 5º, XXIII/ CRFB combinado com
o art. 1228, §1º e §2º/CC. 
CRFB 
Art. 5º 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
CC 
Art. 1.228. 
§ 1.º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e 
sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a 
fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a 
poluição do ar e das águas. 
§ 2.º São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam 
animados pela intenção de prejudicar outrem. 
 
Propriedade é um direto pleno, também chamado ilimitado, porque não admite 
intervenções alheias, salvo se autorizadas pelo dono ou determinadas por normas de ordem 
pública como por exemplo: 
Desapropriação, expropriação ou retomada particular para fins de uso temporário. 
 
Sequela (para onde o bem vai, o direito real de garantia o acompanha.) 
É a identificação que adere a coisa caracterizando-a, a diferenciando das demais 
semelhantes a ela, e vinculando-a ao proprietário. 
Sequela é um gravame que recai sobre a coisa, como por exemplo comprar um imóvel 
hipotecado. 
STJ 
Súmula 308 - A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à 
celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel. (Súmula 
308, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 30/03/2005, DJ 25/04/2005 p. 384). 
 
Propriedade é dotada de ambulatoriedade, que é a capacidade da propriedade 
mudar de um titular pra outro, levando as características, às características inerentes e 
adquiridas da coisa. 
Ambulatoriedade é a possiblidade de sair das mãos de um titular para outro, carregando 
com sigo os gravames que recaem sobre a coisa. 
Corato Direito Civil IV 
No tocante ao Princípio da Ambulatoriedade, esse versa que todos os ônus inerentes à 
coisa, acompanham a mesma ainda que transferido o direito real sobre ela, ou seja, 
transfere-se a coisa e com ela também os seus ônus (sejam tributários, taxas condominiais, 
ou ainda parcelas inadimplentes). 
 
Portanto, institui o art. 1345, do Código Civil que: “o adquirente de unidade responde 
pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios”. 
 
Perpetuidade 
Significa que o proprietário pode ficar vinculado a coisa enquanto for está a sua 
vontade, salvo nas hipóteses de perda da propriedade determinadas por lei. 
Elasticidade 
Significa que os atributos do domínio podem se manter reunidos nas mãos do proprietário 
ou serem transferidos a terceiros de acordo com seu interesse, podendo regressar para suas 
mãos ao final da convenção firmada. Exemplo: uso fruto, locação. 
 
Função social 
O Código Civil, é claro ao dispor que o direito de propriedade deve ser exercido em 
consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam 
preservados a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio 
histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas (art. 1228 do CC). 
Embora o dispositivo não afirme expressamente, é óbvio que o proprietário também não 
pode, sob pena de violar a função social da propriedade, contaminar o solo do bem 
imóvel do qual é dono. 
Portanto, a propriedade deve ser utilizada como instrumento da produção e circulação 
de riquezas, para moradia ou produção econômica, não podendo servir de instrumento 
para a destruição de bens ou valores caros a toda a sociedade como é o caso do meio 
ambiente sadio e equilibrado. 
 
Modos de aquisição da propriedade imóvel 
Acessão natural, formação de ilhas 
CC 
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários 
ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes: 
I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos 
fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas 
partes iguais; 
II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos 
ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado; 
III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos 
proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram. 
 
 Aluvião (lento e imperceptível) 
CC 
Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao 
longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos 
marginais, sem indenização. 
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-
se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem. 
 
 Avulsão (abrupto e ostensivo) 
Em face da regra do artigo.1251/CC, quanto a indenização cabível ao proprietário 
desfalcado a jurisprudência tem admitido que só será aplicada se decorrer de conduta 
culposa por omissão, porque não se pode responsabilizar sem o cumprimento integral dos 
requisitos do ato ilícito (conduta, nexo e dano) 
CC 
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a 
outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem 
indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado. 
Corato Direito Civil IV 
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção 
de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida. 
 
 Álveo (abandonado) 
É o leito do rio que seca. 
Decorre de fatos alheios à vontade humana, independente do comportamento 
humano. 
CC 
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem 
que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que 
os prédios marginais se estendem até o meio do álveo. 
 
Acessão artificial 
Ocorre quando existe intervenção humana para acrescer sobre o solo o próprio bem 
principal. 
Observação 
A acessão artificial faz presumir que a plantação ou construção valorizou 
consideravelmente o solo, invertendo-se o critério do acessório que passa a ser o própriobem principal, evento denominado acessão invertida. 
Plantações; 
Construções; 
O artigo1258/CC, Presume-se o abandono pela inércia do proprietário. 
CC 
Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não 
superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se 
o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor 
da área perdida e a desvalorização da área remanescente. 
Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé 
adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da 
construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave 
prejuízo para a construção. 
 
Transcrições do título aquisitivo no registro imobiliário (averbação) 
Prenotação, é o primeiro ato. 
Observação 
 O ato contratual por si só não gera propriedade imobiliária que exige averbação do 
título aquisitivo no registro imobiliário competente, em razão da localização do imóvel. É um 
procedimento administrativo que se inicia pelo ato de prenotação, cuja a eficácia será ex 
tunc, ainda que transcorra longo prazo até encerrar o procedimento. 
 
CC 
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de 
Imóveis. 
§ 1.º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel. 
§ 2.º Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o 
respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel. 
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este 
o prenotar no protocolo. 
 
Usucapião 
Vide as aulas anteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modos de aquisição da propriedade móvel 
Perda da propriedade 
Benfeitoria é melhoramento que se faz na coisa principal, sendo considerado acessório; 
Acessão é fazer surgir o próprio bem natural, por ser modo de aquisição da 
propriedade imóvel. 
Corato Direito Civil IV 
Aula 7: 30/03/2017 
 
 
Modos de aquisição da propriedade móvel 
Usucapião 
 Extraordinária, 5 anos de posse. 
CC 
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, 
independentemente de título ou boa-fé. 
 
 Ordinária, 3 anos de posse tendo justo título e boa-fé. 
CC 
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, 
com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade. 
Ocupação 
Toda vez que se toma posse de um objeto que não tem dono, ou foi abandonado por 
um dono. 
Diferente de descoberta, que é encontrar coisa alheia que, por lei, deve ser restituída ao 
dono. 
CC 
Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa 
ocupação defesa por lei. 
 
Achado do tesouro 
Requisitos cumulativos 
CC 
Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido 
por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente. 
Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado por ele, ou em 
pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado. 
Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o tesouro será dividido por igual entre o descobridor e o 
enfiteuta, ou será deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor. 
 
Confusão, comistão e adjunção 
 Confusão: Mistura de líquidos ou substâncias de mesma natureza que criam um novo 
elemento; 
 Comistão: Mistura de sólidos que criam um novo elemento; 
 Adjunção: Toda vez que se sobrepõe as substâncias criando um elemento novo, mas 
sendo possível identificar as substâncias individualmente. 
CC 
Art. 1.272. As coisas pertencentes a diversos donos, confundidas, misturadas ou adjuntadas sem o 
consentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo possível separá-las sem deterioração. 
§ 1.º Não sendo possível a separação das coisas, ou exigindo dispêndio excessivo, subsiste indiviso o todo, 
cabendo a cada um dos donos quinhão proporcional ao valor da coisa com que entrou para a mistura ou 
agregado. 
§ 2.º Se uma das coisas puder considerar-se principal, o dono sê-lo-á do todo, indenizando os outros. 
Art. 1.273. Se a confusão, comissão ou adjunção se operou de má-fé, à outra parte caberá escolher entre 
adquirir a propriedade do todo, pagando o que não for seu, abatida a indenização que lhe for devida, ou 
renunciar ao que lhe pertencer, caso em que será indenizado. 
Art. 1.274. Se da união de matérias de natureza diversa se formar espécie nova, à confusão, comissão ou 
adjunção aplicam-se as normas dos arts. 1.272 e 1.273. 
 
Especificação 
Ocorre quando alguém trabalha a matéria prima e cria uma espécie nova. 
CC 
Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta será 
proprietário, se não se puder restituir à forma anterior. 
Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma precedente, será do especificador 
de boa-fé a espécie nova. 
Corato Direito Civil IV 
§ 1.º Sendo praticável a redução, ou quando impraticável, se a espécie nova se obteve de má-fé, 
pertencerá ao dono da matéria-prima. 
§ 2.º Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura e outro qualquer 
trabalho gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do especificador, se o seu valor exceder 
consideravelmente o da matéria-prima. 
 
Tradição 
Modo pelo qual se transfere a propriedade móvel. 
CC 
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição. 
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo constituto 
possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontra em poder de 
terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico. 
Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade, exceto se a coisa, 
oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for transferida em circunstâncias tais que, ao 
adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar dono. 
§ 1.º Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir depois a propriedade, considera-se realizada a 
transferência desde o momento em que ocorreu a tradição. 
§ 2.º Não transfere a propriedade a tradição, quando tiver por título um negócio jurídico nulo. 
 
 
Perda de propriedade 
CC 
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade: 
I - por alienação; 
II - pela renúncia; 
III - por abandono; 
IV - por perecimento da coisa; 
V - por desapropriação. 
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão 
subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis. 
Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o conservar emseu 
patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, 
três anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas 
circunscrições. 
§ 1.º O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como 
bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer que ele se localize. 
§ 2.º Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, quando, cessados os atos de 
posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais. 
 
Renúncia = abdicação 
No direito sucessório temos a renúncia abdicativa ou própria, abrindo mão em favor do 
monte sucessório. E a renúncia translativa ou imprópria, abrindo mão em favor de certa e 
determinada pessoa ou pessoas. Na translativa, importa 2 atos consecutivos = aceitação 
seguida de cessão ou doação. 
Observação 
A análise superficial do artigo 1276, pode gerar a interpretação equivocada de que a 
perda da propriedade será imediata pelo simples fato do proprietário não pagar os 
impostos que recaem sobre a coisa. A perda só ocorrerá se forem esgotadas as vias de 
defesa na esfera administrativa sem que o proprietário se manifeste. Por que somente assim 
haverá cumprimento dos princípios constitucionais da ampla defesa e o contraditório. 
O parágrafo 2º do artigo 1276, CC será considerado inconstitucional se o proprietário não 
tiver a possibilidade de se defender sobre a presunção do abandono. 
 
 
Restrições 
Limitações privadas ao direito de propriedade. 
 
 Resolúvel 
Subordinada a uma cláusula resolutiva. É a cláusula que extingue a propriedade. 
 
Corato Direito Civil IV 
 Revogável 
As causas da revogação são previstas em lei. 
Por exemplo, na doação, por inexecução do encargo ou ingratidão do donatário. 
 
 Fiduciária 
Fidúcia significa, em confiança ou em garantia. 
Quando for garantida pelo próprio objeto de aquisição. 
Mas o direito não é reaver o bem para si, pois depois de reaver o bem ele deve ser 
alienado em hasta pública. 
Observação 
Na propriedade fiduciária a relação jurídica é triangular e não linear. Porque a 
transferência do domínio só ocorre após cumpridas as prestações cujo o inadimplemento é 
garantido por um terceiro, chamado agente ou credor fiduciário. Se o contrato não for 
adimplido o credor fiduciário não pode ficar com o objeto para si, devendo aliena-lo em 
hasta pública para reaver o credito bem como restituir ao devedor fiduciário o valor que 
havia pago. A propriedade imóvel garantida por alienação fiduciária é prevista no decreto 
lei 911/69 combinada com art. 204/CC e lei 9514/97. A propriedade fiduciária dos bens 
móveis é prevista nos artigos 1361 A 1368 B /CC 
 
 Fideicomissária. 
Fideicomisso é forma de substituição testamentaria utilizada exclusivamente para 
contemplar prole eventual (não necessariamente a própria prole). 
A partir do artigo1951, e engloba quem ainda será concebido. 
Art.1800, §4º/CC a concepção deverá ocorrer em até 2 anos após a morte do testador. 
3 são os personagens. 
CC 
Art. 1800 
§ 4.º Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o herdeiro esperado, os bens 
reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos. 
 
 Fideicomitente, que é o testador 
 Fiduciário, ele é um proprietário resolúvel. 
 Fideicomissário, conceptual, prole eventual, que é o verdadeiro destinatário 
segundo o testador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato Direito Civil IV 
Aula 8: 06/04/2017 
Revisão, Suejane não compareceu. 
 
 
Aula 9: 13/04/2017 
Não houve aula 
 
 
Aula 10: 20/04/2017 
Correção dos casos concretos 
 
 
27/04/2017 
AV1 
 
04/05/2017 
Revisão AV1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato Direito Civil IV 
Aula 11: 11/05/2017 
 
 
 
Direitos Reais Sobre Coisa Alheia 
Direito Real de Superfície 
Conceito 
Direito real sobre coisa alheia pelo qual o proprietário permite a outrem plantar ou 
construir em seu imóvel do domínio só ocorre após cumpridas as prestações cujo o 
inadimplemento é garantido 
 
Previsão legal 
Inicialmente era previsto pelo estatuto da cidade, Lei 10257/01 Art.21 a 24. Com o 
advento do atual código civil, teve previsão semelhante, porém com aplicabilidade mais 
abrangente, porque refere-se a imóveis urbanos e rurais, enquanto que o estatuto da 
cidade refere-se apenas a imóveis urbanos. 
 
Proprietários distintos sobre o mesmo bem principal, sendo que cada um é dono de uma 
parte, um é dono do solo e outro da plantação ou construção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características 
 Direito real sobre coisa alheia; 
 Temporário, todo direito é temporário, exceto o de propriedade; 
 Pode ser gratuito ou oneroso; 
 Transmite-se por carga sucessória aos herdeiros das partes e, no caso dos herdeiros 
do superficiário, até o tempo previsto para encerrar o contrato; 
 É solene, exige instrumento público, por escrito; 
 Exige averbação no RI para ser caracterizado como direito real; 
 Tem como partes: 
 Nu proprietário, dono do solo, do terreno; 
 Superficiário, ou fundieiro, aquele que planta ou constrói na propriedade alheia. 
 
Superfície sem averbação só faz direito entre as partes, é possível vender um imóvel com 
gravame de superfície, desde que haja clausula de preferência, assim como o direito de 
alienar a superfície, durante o contrato de superfície, também deve ter o direito de 
preferência, para o proprietário do solo. Ninguém pode se opor a venda da superfície, é um 
direito erga omnis, a impugnação da venda só seria possível se não fosse respeitado o 
direito de preferência. 
 
Contrato de superfície só possibilita alienar de forma onerosa, a adoção (alienação 
gratuita) depende da anuência do proprietário do solo. 
 
 
Constituição 
 Por ato entre vivos 
Através de instrumento público averbado no RI. 
Propriedade e um direito perpetuo, por só acaba por vontade do 
proprietário ou por razão legal. 
Corato Direito Civil IV 
 Por ato mortis causa 
Através de direito hereditário manifestado em testamento (em qualquer das 
modalidades: público, cerrado ou particular) também exige averbação no RI, senão tem 
apenas a característica contratual. 
Encargos que recaem 
Sobre o imóvel, devem ser suportados pelo superficiário. 
 
Direito de preferência 
Se qualquer das partesdesejar vender o seu direito real será possível faze-lo desde que 
dê a preferência a outra parte. 
 
Extinção por 
 Advento do termo de sua duração 
Não havendo prazo estipulado o tempo máximo é de 20 anos. 
 
 Consolidação 
Quando numa mesma pessoa figurar o Nu Proprietário e o Superficiário. 
 
 Distrato 
Forma consensual entre as partes. 
 
 Rescisão 
Exige motivação pelo dono do solo. 
 
 Renuncia 
Ato de abdicação por parte do beneficiário e aplica-se para atos inter vivos e mortis 
causa (superficiário). 
Não exige motivação. 
 
 Desapropriação 
A indenização e repartida proporcionalmente entre o nu proprietário e o superficiário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O desuso e o desvio da finalidade para o qual a superfície foi 
constituída, são hipóteses que autorizam a resolução do contrato de 
superfície, por clausula expressa ou tácita. 
Corato Direito Civil IV 
Aula 12: 18/05/2017 
 
 
Direitos Reais Sobre Coisa Alheia Continuação 
Usufruto 
Conceito 
Direito real sobre coisa alheia pelo qual ocorre o desmembramento dos atributos do 
domínio entre dois titulares distintos, o usufrutuário, o que tem o direito de uso e fruição e o 
nu proprietário quem mantem o direito de dispor e reivindicar. 
 
Características 
 Direito real sobre coisa alheia; 
 Personalíssimo, uso e fruição são conferidos a quem o Nu Proprietário assim desejar; 
 Intransmissível aos herdeiros do “Usufrutuário” em razão da sua morte. Já o herdeiro 
do Nu Proprietário recebe uma propriedade restrita; 
 Temporário, pois será exercido pelo tempo descrito no documento constitutivo, 
sendo entre pessoa jurídica pelo prazo máximo de 30 anos, se não houver estipulação de 
prazo para a pessoa física, será vitalício, vidual; 
 
CC 
Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis: 
III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela 
perdurar, pelo decurso de 30 (trinta) anos da data em que se começou a exercer; 
 
 Solene, devendo ser averbado no RI se este for seu objeto imóvel e no registro de 
títulos e documentos se tiver por objeto bem móvel; 
 Inalienável, porque o direito de dispor se mantém com o Nu Proprietário; 
 Impenhorável, pois se o direito de fruição for retido como garantia de execução o 
uso fruto deixa de cumprir sua finalidade; 
 
Classificação 
Quanto ao objeto 
Próprio 
Quando recai sobre bens infungíveis, os inconsumíveis; 
Improprio 
Também nomeado como quase usufruto, é quando tem por objeto bens fungíveis, 
consumíveis. 
 
Quanto a origem 
Convencional 
Decorre de um acordo (convenção) entre as partes, sem limite de sujeitos nas partes, 
Usufrutuário e Nu Proprietário; 
Legal 
É aquele que decorre de expressa previsão legal, Art.1689/CC e Lei 8971/94 artigo 2º. 
 
CC 
Art. 1.689. O pai e a mãe, enquanto no exercício do poder familiar: 
I - são usufrutuários dos bens dos filhos; 
II - têm a administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade. 
 
LEI No 8.971, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994. 
 Art. 2º As pessoas referidas no artigo anterior participarão da sucessão do(a) companheiro(a) nas 
seguintes condições: 
I - o(a) companheiro(a) sobrevivente terá direito enquanto não constituir nova união, ao usufruto 
de quarta parte dos bens do de cujos, se houver filhos ou comuns; 
Corato Direito Civil IV 
II - o(a) companheiro(a) sobrevivente terá direito, enquanto não constituir nova união, ao usufruto 
da metade dos bens do de cujos, se não houver filhos, embora sobrevivam ascendentes; 
III - na falta de descendentes e de ascendentes, o(a) companheiro(a) sobrevivente terá direito à 
totalidade da herança. 
 
Judicial 
Determinado por sentença, quando o juízo fraciona o dominis entre dois ou mais titulares. 
 
Quanto à extensão 
Parcial 
Quando recai sobre parte do patrimônio, de bem individualizado dentro do acervo 
patrimonial do Nu Proprietário, é comum ser instituído sobre a forma de legado. 
CC 
Art. 1.921. O legado de usufruto, sem fixação de tempo, entendesse deixado ao legatário por 
toda a sua vida. 
 
Total/Universal 
É aquele que recai sobre a universalidade patrimonial do Nu Proprietário, mesmo que 
uma fração do todo. 
 
Quanto à duração 
Temporário 
Quando está submetido a um prazo convencionado entre as partes ou quando a lei 
impõe o prazo de duração máximo para pessoas jurídicas. 
Vitalício 
Aquele que dura enquanto o Usufrutuário viver. 
 
Quanto ao exercício 
Sucessivo 
Quando o instituidor nomeia dois ou mais sujeitos, para exercerem o uso fruto em 
períodos distintos e sucessivos entre si. Que não se exige que os Usufrutuários sejam herdeiros 
um do outro podendo recair sobre sujeitos sem qualquer relação de parentesco. 
Num 1º momento, nomeia um Usufrutuário, e ao fim deste em um 2º momento outro 
Usufrutuário, de forma sucessiva. Independente dos Usufrutuários serem herdeiros entre si. 
Simultâneo 
Dois ou mais Usufrutuários nomeados simultaneamente. No caso de morte de um dos 
Usufrutuários, os demais mantem inalteradas as suas partes, pois não absorvem a parte do 
falecido. 
O direito se extingue com a morte do Usufrutuário, voltando para o Nu Proprietário. Para 
que a parte seja absorvida deve ser de forma expressa. 
CC 
Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em 
relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão desses 
couber ao sobrevivente. 
 
Constituição 
 Quanto à solenidade 
Através de instrumento público averbado no RI, no coso de bens imóveis ou; 
Por averbação no registro de títulos e documentos, sendo bens móveis. 
 
 Quanto à forma de fracionamento dos atributos do domínio 
1ª hipótese, o proprietário reserva a nua propriedade para si e transfere o Usufruto a 
terceiro; 
Corato Direito Civil IV 
2ª hipótese, o proprietário transfere a nua propriedade para terceiro e reserva o 
usufruto pra si; 
3ª hipótese, o proprietário transfere a um sujeito a nua propriedade e a outro sujeito o 
usufruto, sem reservar para si qualquer parcela do domínio. 
 
Extinção por 
 Advento do termo de sua duração 
Sendo entre pessoa jurídica pelo prazo máximo de 30 anos, se não houver estipulação 
de prazo para a pessoa física, será vitalício, vidual; 
 
 Consolidação 
Quando numa mesma pessoa figurar o Nu Proprietário e o Usufrutuário; 
 
 Morte do Usufrutuário 
 
 Distrato 
Forma consensual entre as partes; 
 
 Desuso 
Que faz presumir que não há necessidade nem de Uso ou Fruição; 
 
 Resolução 
Quando há descumprimento do contrato, ele deve ser tecnicamente resolvido; 
 
 Desapropriação 
 
 Destruição do objeto sobre o qual recai o Usufruto 
Observação 
Na forma do

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