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Direito Internacional Aula 1

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30/03/2017
1
AULA 1
(Direito Internacional Público)
PROF. ALVARO GOUVEIA
FONTES DO DIREITO 
INTERNACIONAL
Convencionais e Não Convencionais
(Convenção de Viena, 1969 – Decreto 
7.030/2009)
Estatuto da Corte Internacional de 
Justiça 
(Decreto 19.841/45)
• Artigo 38
– 1. A Corte, cuja função é decidir de acordo com o
direito internacional as controvérsias que lhe
forem submetidas, aplicará:
• a) as convenções internacionais, quer gerais, quer
especiais. que estabeleçam regras expressamente
reconhecidas pelos Estados litigantes;
• b) o costume internacional, como prova de uma
prática geral aceita como sendo o direito;
• c) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas
Nações civilizadas;
• d) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões
judiciárias e a doutrina dos publicistas mais
qualificados das diferentes Nações, como meio
auxiliar para a determinação das regras de direito.
COSTUME INTERNACIONAL
• Conceito
– Prática de aceitação geral aceita como sendo
Direito.
– O Direito Internacional, em seus primórdios, era
essencialmente costumeiro.
• Teses sobre o costume
– Voluntarista: baseia-se no acordo tácito entre os
Estados e apenas aqueles que manifestaram o
acatamento ao costume estão vinculados.
– Objetiva: as regras costumeiras são
manifestações sociológicas que obrigam os
sujeitos do Direito Internacional em sua
totalidade.
30/03/2017
2
COSTUME INTERNACIONAL
• Elementos
– Material: repetição, ao longo do tempo, de um
certo modo de proceder (ação ou omissão) ante
determinada situação fática.
– Subjetivo: convicção da correção e necessidade
do procedimento, por ser justo e jurídico.
(costume x cortesia internacional)
• Ônus da prova
– É da parte que dele deseja beneficiar-se, a qual
deve provar a sua existência e sua oponibilidade
à parte adversária.
• Não há hierarquia entre costumes e
tratados. Um tratado pode derrogar
um costume, bem como um costume
pode derrogar um tratado (desuso).
TRATADOS INTERNACIONAIS
• Conceito: acordo formal entre sujeitos de
Direito Internacional Público, destinado a
produzir efeitos jurídicos, regulado pelo
Direito Internacional (art. 2º, da
Convenção de Viena de 1986)
– Caracterizados por sua forma e não pelo
seu conteúdo, que é variável.
• Características
– Formal e celebrados por escrito
(Viena/1969, art. 2º, I, a)
– Firmado por sujeitos de Direito
Internacional
TRATADOS INTERNACIONAIS
• Competência Negocial (Viena/1969, art. 7º)
– Estados
• Chefes de Estado e de Governo
(representatividade originária): ambos são
competentes, independentemente do sistema
constitucional interno.
• Plenipotenciários (representatividade derivada)
– Ministro das relações exteriores (todas as
matérias)
– Chefe de missão diplomática: embaixador
(apenas para tratados bilaterais entre
acreditante e acreditado)
– Possuidores de carta de plenos poderes:
expedida pelo Chefe de Estado e destinada
ao governo co-pactuante.
TRATADOS INTERNACIONAIS
• Competência Negocial (Viena/1969, art.
7º)
– Organizações Internacionais
• Secretário-Geral: funcionário que encabeça
o quadro administrativo de uma
Organização Internacional sob a autoridade
de uma Assembléia-Geral.
• Ex: acordo de sede ONU e Suíça (1946).
30/03/2017
3
TRATADOS INTERNACIONAIS
• Classificação
– Número de partes
• Bilateral: duas partes
• Multilateral: três ou mais partes
– Procedimento
• Bifásico: assinatura (prenunciativo) +
ratificação (definitivo)
• Unifásico: assinatura (definitivo)
TRATADOS INTERNACIONAIS
Assinatura Ratificação
Termina uma negociação, 
fixando e autenticando o texto 
do acordo.
Ato unilateral com que o sujeito 
do D.I., signatário de um tratado, 
exprime definitivamente, no 
plano internacional, sua vontade 
de obrigar-se.
Durante o período que situa-se 
entre a adoção do texto do 
tratado e a expressão plena do 
consentimento, o instrumento 
adotado não vincula os 
signatários, somente para fins do 
art. 18 da Convenção de Viena de 
1969 (princípio da boa-fé).
Características:
•Discricionária: sem prazo 
definido
•Irretratável: salvo se houver 
retardamento injustificado do 
tratado pela outra parte (art. 
18, b, Viena, 1969)
•Expressa: comunicação 
formal, escrita (carta de 
ratificação) ou oral (encontro 
de Chefes de Estado), à outra 
parte do animus contrahendi.
TRATADOS INTERNACIONAIS
• Sistema Brasileiro de Aprovação de
Tratados (CRFB/88)
– Art. 49, I: competência exclusiva do
Congresso Nacional para resolver
definitivamente sobre tratados gravosos ao
patrimônio do país.
– Art. 84, VIII: competência do Presidente da
República para celebrar tratados, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional.
TRATADOS INTERNACIONAIS
Fase
Internacional
Fase Interna Fase 
Internacional
Fase Interna
Negociação e
assinatura do
Tratado.
O Presidente pode:
a) mandar arquivar se o texto for insatisfatório;
b) determinar mais estudos, dentro do Poder Executivo;
c) submeter o texto à aprovação do Congresso Nacional.
Se o presidente encaminhar o texto ao Congresso:
a) remete o inteiro teor do tratado + exposição de
motivos, por meio de Mensagem ao CN;
b) a matéria é discutida e votada, separadamente, na
Câmara dos Deputados e depois no Senado Federal. Se
aprovada por ambas, põe-se termo ao processo. Se a
Câmara desaprovar, nem segue para o Senado;
c) A aprovação do Congresso se expressa via Decreto
Legislativo do Presidente do Senado, publicado no DOU;
d) Em caso de desaprovação do texto do tratado é feita
simples comunicação ao Presidente da República,
mediante Mensagem.
Em caso de
aprovação interna,
o Presidente pode
ratificar o tratado.
Em caso de
ratificação, pode
(deve) dar-se a
promulgação do
tratado pelo
Executivo por meio
de Decreto,
publicado no DOU.
OBS: antes da
Ratificação, o CN
pode se retratar e
revogar o decreto
legislativo que
aprova o tratado.
Ex: Decreto
legislativo n° 20/62,
que revogou o de n°
13/59.
30/03/2017
4
TRATADOS INTERNACIONAIS
• Adesão (Viena/1969, art. 15)
– Conceito: ato unilateral que expressa a
vontade de um sujeito de D.I. em tornar-se
parte, havendo ou não negociado e firmado
o acordo, em um tratado multilateral
aberto vigente.
– Regra: tratado “fechado” à adesões.
• Exceção: previsão expressa no corpo do tratado.
– A adesão deve dar-se em ato único e
definitivo, com a apresentação da carta de
adesão ao depositário do tratado.
TRATADOS INTERNACIONAIS
• Aplicação
– Uma parte não pode invocar as
disposições de seu direito interno para
justificar o descumprimento de um
tratado (Viena/1969, art. 27)
– Um tratado não cria obrigação nem
direitos para terceiros, sem o seu
consentimento (Viena/1969, arts. 34 e
35)
TRATADOS INTERNACIONAIS
• Extinção dos tratados
– Por ab-rogação: intenção de terminar o
tratado é comum às partes por ele
obrigadas. (Viena/1969, art. 54)
– Por vontade unilateral: caso de Denúncia
(Viena/1969, art. 56)
• Características:
– É expressa por notificação ou carta, dirigida
ao co-pactuante (tratados bilaterais) ou ao
depositário (tratados multilaterais);
– É retratável até o término do “pré-aviso”,
período entre a denúncia e a total
desobrigação do denunciante das normas do
tratado, cuja duração é de 12 meses;
TRATADOS INTERNACIONAIS
• Extinção dos tratados
– A superveniência de uma norma imperativa de
direito internacional (Jus cogens –
Viena/1969, art. 53).
• “Art. 53. É nulo um tratado que, no momento de sua
conclusão, conflite com uma norma imperativa de
Direito Internacional geral. Para os fins da presente
Convenção, uma norma imperativa de Direito
Internacional geral é uma norma aceita e
reconhecidapela comunidade internacional dos
Estados como um todo, como norma da qual
nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser
modificada por norma ulterior de Direito
Internacional geral da mesma natureza.”
• Ex: normas de tutela dos direitos humanos, proteção
do meio ambiente, proscrição de armas de
destruição em massa, etc.
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TRATADOS INTERNACIONAIS NO BRASIL
(STF, HC 87.585/TO e RE 466.343/SP)
CRFB/88 e Tratados do art. 5º, §3º 
da CRFB/88 
(tratados equivalentes a EC’s)
Tratados que versem sobre direitos 
humanos, mas não obedeçam ao 
requisito formal do art. 5º, §3º da 
CRFB/88 (tratados supralegais)
Demais Tratados e Leis
(lex posterior derogat priori)
Domínio Marítimo do 
Estado
Convenção de Montego Bay (1982)
e 
Lei 8.617/1993
Mar Territorial
• É a faixa de mar que se estende desde a linha
de base até uma distância que não deve
exceder 12 milhas marítimas da costa
(contadas da baixa-mar) e sobre a qual o
Estado exerce a sua soberania, com a
limitação da passagem inocente (art. 3º).
– Passagem inocente ou inofensiva: aquela que não
prejudica a paz, a boa ordem e a segurança do
Estado costeiro. É reconhecida aos navios
mercantes e de guerra estrangeiros, flanqueando a
costa ou tomando o rumo da mesma. Deve ser
contínua e rápida. Os submarinos deve navegar na
superfície (arts. 17 a 21).
Mar Territorial
• Direitos do Estado costeiro: de polícia
(regulamentação aduaneira, da navegação e
sanitária).
• Se um navio estrangeiro viola as leis ou
regulamentos do Estado costeiro, qualquer navio de
guerra pode persegui-lo, exercendo o direito de
perseguição (hot pursuit – art. 111).
– Tal direito só poderá ter início de execução quando o navio
culpado se encontre em águas internas, no mar territorial
ou na zona contígua, podendo se estender pelo alto-mar
(contanto que não tenha se interrompido). Mas deverá
cessar quando o navio perseguido entre no seu mar
territorial ou o de outro Estado.
• A soberania do Estado costeiro estende-se também
ao espaço atmosférico (não sujeito ao direito de
passagem inocente) e ao solo e subsolo recoberto
por estas águas (art. 2º, 2).
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Mar Territorial
• Jurisdição penal do Estado costeiro
sobre navios estrangeiros :
– De guerra: encontram-se isentos da
jurisdição local;
– Mercantes (art. 27):
• Quando o delituoso ato produz
conseqüências sobre a ordem territorial do
estado costeiro;
• Se foi requerida pelo capitão ou cônsul do
Estado de bandeira do navio;
• Para repressão ao tráfico de drogas.
Zona Contígua
• É uma segunda faixa, adjacente ao
mar territorial e, em princípio de igual
extensão, na qual o Estado costeiro
tem a prerrogativa de tomar medidas
de fiscalização em defesa de seu
território e de suas águas (alfândega,
imigração, saúde, etc).
– O art. 33 da Convenção de 1982 prevê que
ela não poderá ir além das 24 milhas
marítimas contadas da linha de base do
mar territorial.
Zona Econômica Exclusiva (ZEE)
• É uma faixa adjacente ao mar territorial,
que se sobrepõe a zona contígua, cuja
largura máxima é de 188 milhas
marítimas contadas do limite exterior
daquele, com o que se perfazem 200
milhas a partir da linha de base (art. 55 e
57 da Convenção de 1982)
Zona Econômica Exclusiva (ZEE)
• Direitos do Estado costeiro:
– Soberania para fins de exploração e
aproveitamento, conservação e gestão dos
recursos naturais existentes na água, no leito e no
subsolo;
– Jurisdição sobre a ZEE para preservação do meio
marinho, investigação científica e instalação de
ilhas artificiais (art. 56 da Convenção de 1982).
• Direitos dos demais Estados:
– Navegação: mais extensa do que a simples
passagem inocente;
– Sobrevôo: que não é permitido sobre águas
territoriais;
– Colocação de cabos ou dutos submarinos.
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Plataforma Continental
• Conceito
– É a parte do leito do mar adjacente à costa. Nela o
Estado costeiro exerce direitos soberanos de
exploração dos recursos naturais (art. 77, 1).
• Extensão
– O limite exterior da plataforma continental coincide
com o da zona econômica exclusiva (200 milhas a partir
da linha de base – art. 76, 1), a menos que o “bordo
exterior da margem continental (limite da área dos
fundos marinhos) esteja ainda mais distante. Neste
caso, o bordo será o limite da plataforma, desde que
não ultrapasse a extensão total de 350 milhas (art. 76,
5).
Plataforma Continental
• Direitos do Estado Costeiro
(Exclusivos)
– Exploração e aproveitamento dos recursos
naturais, vivos e não vivos, das águas
sobrejacentes ao leito do mar, bem como
produção de energia a partir da água,
correntes e dos ventos. (art. 56)
• Direitos dos demais países (art. 58)
– Colocação de cabos ou dutos submarinos
– Navegação e aeronavegação
Carta das Nações Unidas
(Decreto 19.841/1945)
OBJETIVOS (Artigo 1)
 Manter a paz e a segurança internacionais;
 Desenvolver relações amistosas entre as
nações;
 Realizar a cooperação internacional para
resolver os problemas mundiais de caráter
econômico, social, cultural e humanitário,
promovendo o respeito aos direitos
humanos e às liberdades fundamentais;
 Ser um centro destinado a harmonizar a
ação dos povos para a consecução desses
objetivos comuns.
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PRINCÍPIOS (Artigo 2)
• Igualdade soberana de todos seus membros;
• Obrigatoriedade dos membros em cumprir de
boa fé os compromissos da Carta;
• Resolução de controvérsias internacionais por
meios pacíficos, sem ameaças à paz, a
segurança e a justiça internacional;
• Abster-se em suas relações internacionais de
recorrer à ameaça ou ao emprego de força
contra outros Estados;
• Dar assistência às Nações Unidas.
MEMBROS
• Todas as nações amantes da paz que
aceitarem os compromissos da Carta e
que, a critério da Organização,
estiverem aptas e dispostas a cumprir
tais obrigações (Artigo 4).
• O Membro das Nações Unidas que
houver violado persistentemente os
Princípios contidos na presente Carta,
poderá ser expulso da Organização
pela Assembleia Geral mediante
recomendação do Conselho de
Segurança (Artigo 6).
PRINCIPAIS ÓRGÃOS
• ASSEMBLEIA GERAL – Artigos 9 a 22 
• CONSELHO DE SEGURANÇA – Artigos 23 a 32
• CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL – Artigos 
61 a 72
• CONSELHO DE TUTELA – Artigos 86 a 91
• CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA – Artigos 
92 a 96
• SECRETARIADO – Artigos 97 a 101
Assembleia Geral
• É constituída por todos os Estados
membros. (Artigo 9º)
• Decisões (Artigo 18)
– Questões importantes: maioria de 2/3.
– Outras questões: debatidos por maioria de
2/3, decisões tomadas por maioria dos
membros presentes e votantes.
• Cada membro da Assembleia Geral
tem direito a um voto. (Artigo 18,1)
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Assembleia Geral
• Funções (entre outras – Artigos 10 a 16)
– Recomendar medidas para a solução pacífica de qualquer
situação, qualquer que seja sua origem, que lhe pareça
prejudicial às relações amistosas entre as nações
(inclusive nas que resultem da violação dos dispositivos da
Carta da ONU).
– Eleger os dez membros não-permanentes do Conselho de
Segurança, os 54 membros do Conselho Econômico e
Social e os membros do Conselho de Tutela que são
eleitos.
– Participar com o Conselho de Segurança na eleição dos
juízes da Corte Internacional de Justiça; e, por
recomendação do Conselho de Segurança, nomear o
Secretário-Geral.
– Examinar e aprovar o orçamento das Nações Unidas,
determinar a cota de contribuições que cabe a cada
membro e apreciar os orçamentos das agências
especializadas.
Conselho de Segurança
• Constituição (Artigo 23)
– 15 membros: cinco permanentes e dez membros
não-permanentes,eleitos pela Assembleia Geral
por dois anos, cada um com direito a um voto.
• Quorum (Artigo 27)
– Matérias Procedimentais: voto afirmativo de 9
membros.
– Demais matérias: voto afirmativo de 9 membros,
incluindo os votos dos 5 membros permanentes
(regra da "unanimidade das grandes potências",
também chamada de "veto“).
Conselho de Segurança
• Funções (entre outras)
– Determinar a existência de ameaças à paz ou atos
de agressão e recomendar as providências a
tomar. (Artigo 39)
– Solicitar aos membros a aplicação de sanções
econômicas ou outras medidas que não impliquem
emprego de força, mas sejam capazes de evitar ou
deter a agressão. (Artigo 41)
– Empreender ação militar contra um agressor.
(Artigo 42)
– Recomendar a admissão de novos membros as
Nações Unidas e as condições sob as quais os
Estados poderão tornar-se partes do Estatuto da
Corte Internacional de Justiça. (Artigo 4º, 2 e
Artigo 93, 2)
Corte Internacional de Justiça 
(CIJ)
• Competências
– Consultiva: pareceres emitidos por solicitação da
Assembleia Geral ou Conselho de Segurança e pelos
demais órgãos da ONU ou entidades especializadas,
devidamente autorizados pela Assembleia Geral. (Artigo
96)
– Contenciosa: decide todas as questões que lhe sejam
por Estados (Estatuto da CIJ, Artigo 34, 1),
especialmente os previstos na Carta da ONU ou em
tratados em vigor.
• Todos os membros da ONU são membros da CIJ.
(Artigo 93)
– Os Estados que não forem membros da ONU poderão se
submeter à CIJ, nas condições determinadas pela
Assembleia Geral, por recomendação do Conselho de
Segurança. (Artigo 93, 2)
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10
Corte Internacional de Justiça 
(CIJ)
• Formação
– É composta por 15 juízes chamados
“membros” da Corte. (Artigo 3º do
Estatuto da CIJ)
• São eleitos pela Assembleia Geral e pelo
Conselho de Segurança em escrutínios
separados. (Artigo 8º do Estatuto da CIJ)
– O mandato dos juízes é de nove anos,
podendo haver reeleição. (Artigo 13 do
Estatuto da CIJ)
• Não podem os juízes dedicar-se a outras
atividades durante o exercício de seu mandato.
(Artigos 16 e 17 do Estatuto da CIJ)
Secretariado
• Função (Artigo 99)
– Chamar a atenção do Conselho de Segurança
para qualquer assunto que a seu ver ameace
a paz e a segurança internacionais.
• Formação
– Seu chefe é o Secretário-Geral, que é nomeado
pela Assembleia Geral, seguindo recomendação do
Conselho de Segurança (Artigo 98)
– Dirige um quadro internacional de funcionários,
nomeado pelo Secretário-Geral, confirme regras
estabelecidas pela Assembleia Geral. (Artigo 101)
Órgãos das relações 
entre Estados
Relações Diplomáticas
(Convenção de Viena de 1961 – Decreto 56.435/1965)
e 
Relações Consulares
(Convenção de Viena de 1963 – Decreto 61.078/1967)
Distinções
Missões Diplomáticas
(Viena/1961)
Repartições Consulares
(Viena/1963)
• Órgãos de representação 
política permanente dos 
Estados em território 
alheio.
• Órgãos de representação 
econômica/comercial 
permanente dos Estados em 
território alheio.
Imunidades
• Da missão diplomática 
(arts. 22, 24, 25, 27, 28)
• Dos agentes 
diplomáticos (art. 31)
• Criminal: só aceita a 
exceção da renúncia, 
por parte do governo do 
agente.
Imunidades
• Da repartição consular (arts. 
28 a 39)
• Dos representantes consulares 
(arts. 40 a 57)
• Criminal: Gozam de
inviolabilidade pessoal, salvo
em caso de crime grave,
decidido por autoridade
judiciária competente.
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Imunidade dos Bens dos 
Sujeitos de Direito 
Internacional no Brasil
Imunidades dos Bens dos Estados no 
exterior e Execução de Julgados
• Para a fase de conhecimento (STF, Ag. Reg. no RE
222.368-4/PE)
– Há imunidade para os atos de império ou de autoridade
soberana.
– Não há imunidade para os atos de gestão ou de direito
privado.
• Para a fase de Execução
– Imunidade dos bens das missões diplomáticas e
repartições consulares ligados à função representativa
do Estado acreditado (art. 22, 3 da Convenção de 1961
e art. 31, 4 da Convenção de 1963).
– Não há imunidade para bens estranhos à sua própria
representação diplomática ou consular e que estejam
no Estado de foro (Convenção das Nações Unidas sobre
Imunidades Jurisdicionais dos Estados e seus Bens –
Nova York, 2005, art. 19).
Imunidades dos Bens da ONU e 
Execução de Julgados
• TST, OJ 416 da Seção de Dissídios Individuais,
Subseção 1 (SDI-1), de 14/02/2012
– “As organizações ou organismos internacionais gozam de
imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por
norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico
brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito
Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados.
Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na
hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade
jurisdicional”.
• STF, RE 578.543/MT e no RE 597.368 (Informativo 706)
– Seção 2 da Convenção sobre Privilégios e Imunidades das
Nações Unidas (Decreto 27.784/50)
• “A Organização das Nações Unidas, seus bens e haveres,
qualquer que seja sua sede ou o seu detentor, gozarão da
imunidade de jurisdição, salvo na medida em que a
Organização a ela tiver renunciado em determinado caso.
Fica, todavia, entendido que a renúncia não pode
compreender medidas executivas”.
MERCOSUL 
(Mercado Comum do Sul)
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12
Noções Gerais
• Criado pelo Tratado de Assunção
(1991, Decreto 350/1991).
• Dotado de personalidade jurídica de
Direito Internacional (art. 34 do
Protocolo de Ouro Preto de 1994,
Decreto 1.901/1996) e, por isso, é
capaz de realizar os atos necessários
para alcançar os seus objetivos (art.
35 do Protocolo de Ouro Preto).
• As decisões dos órgãos do Mercosul
serão tomadas por consenso e com a
presença de todos os Estados-parte
(art. 37 do Protocolo de Ouro Preto).
Estados Participantes
• Estados Membros
– Argentina, Brasil,
Paraguai, Uruguai,
Venezuela.
• Estados Associados
• Colômbia, Bolívia,
Chile, Equador, Peru.
• Estado Observador
– México
Estados Associados
• São eles: Bolívia (1996), Chile (1996),
Peru (2003), Colômbia (2004) e Equador
(2004).
• O associado firma com o Mercosul um
acordo bilateral denominado Acordos
de Complementação Econômica.
– Conteúdo
• Cronograma para a criação de uma zona de
livre-comércio com os países do Mercosul e
uma gradual redução de tarifas entre o
Mercosul e países da Comunidade Andina.
– Participam como convidados nas reuniões
dos órgãos do Mercosul e efetuam
convênios sobre matérias comuns.
Estrutura
• Conselho do Mercado Comum (CMC)
• Grupo Mercado Comum (GMC)
• Comissão de Comércio do Mercosul (CCM)
• Parlamento do Mercosul
– Protocolo de 2005 (Decreto nº 6.105/2007)
• Foro Consultivo Econômico-Social (FCES)
• Secretaria Administrativa do Mercosul
(SAM)
• Tribunal Permanente de Revisão
– Protocolo de Olivos, 2002 (Decreto nº
4.982/2004)
30/03/2017
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Mercosul
• O Conselho do Mercado Comum, o
Grupo Mercado Comum e a
Comissão de Comércio do Mercosul
são órgãos com capacidade
decisória e de natureza
intergovernamental (art. 2° do
Protocolo de Ouro Preto).
Mercosul
• Tribunal Permanente de Revisão
– Criado pelo Protocolo de Olivos (2002).
– É uma instância jurisdicional permanente que
garante a correta interpretação, aplicação e
cumprimento dos instrumentos jurídicos
fundamentais do processo de integração.
– Pode se reunir como primeira e única instância ou
como tribunal recursal de pronunciamento
proferido por um Tribunal Arbitral Ad Hoc (arts. 19,
23 e 17 do Protocolo de Olivos).
– Também emite Opiniões Consultivas (art. 3 do
Protocolo de Olivos)
– Também pode estabelecerMedidas Excepcionais
de Urgência, consoante Resolução do Conselho do
Mercado Comum (CMC/DEC nº 23/2004).
Mercosul
• Fontes jurídicas (arts. 42 e 43 do Protocolo de
Ouro Preto)
– Tratado de Assunção, seus protocolos e os
instrumentos adicionais ou complementares;
– Acordos celebrados no âmbito do Tratado de
Assunção e seus protocolos;
– Decisões do Conselho do Mercado Comum*
– Resoluções do Grupo Mercado Comum*
– Diretrizes da Comissão de Comércio do
Mercosul*
• *Caráter obrigatório e, quando necessário, deverão
ser incorporadas à ordem jurídica dos Estados-parte.

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