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baixo império história do Direito

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História do Direito
Época do Baixo Império - período pós-clássico
Início – Dioclesiano
Fim –Justiniano I
Representou a decadência política e intelectual, regressão econômica, sofrendo grande influência do cristianismo que transformou vários institutos do direito romano.
Destaque – a divisão de tarefas entre o Pretor e o Juiz ou Árbitro desaparecem.
Resultado:
Valorização dos juristas;
Centralização do poder de julgamento num mesmo órgão;
Novidade do recurso de apelação.
Quando estava dividida entre dois órgãos – Pretor e Juiz – um não poderia rever a decisão do outro. Agora, o juiz era um mandatário do imperador. Este podia rever e corrigir o que havia sido decidido por seu agente. O julgamento do imperador funcionava como um decreto para o caso concreto.
Grande mérito deste período: 
Conservou, por intermédio dos compiladores, a mando de Teodosiano II e Justiniano I, as obras dos jurisconsultos do período clássico.
Justiniano I – Flavius Petrus Sabbatius Iustinianus – 1/05/483 – 13 ou 14/11/527
Era pobre, mas foi nomeado Cônsul por seu tio Justino I e depois nomeado como seu sucessor. Ambicioso, fez com que o Império Bizantino brilhasse. Teve como meta a recuperação da glória de Roma, inclusive no direito em sua época clássica (150 a.C a 284 d.C.)
O Império romano do Oriente – sede em Constantinopla – Bizâncio, atual Istambul, resistiu à queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.) e permaneceu até o século XV. Justiniano determinou a compilação daquilo que de melhor se produziu no período clássico romano (para ele aquilo que se produziu em sua época não tinha valor). Assim, conseguiu recuperar todos os escritos jurídicos da época em que Roma alcançou o seu maior desenvolvimento.
Uma das principais “recolhas” (compilação de textos antigos) foi feita no pós-clássico a mando de Teodosiano II – Código Teodosiano – que continha o texto integral de todas as constituições imperiais romanas – publicado em 438.
Dividido em 16 livros – Constituição imperial e seu autor, datado, com a devida interpretação de cada caso.
No Oriente foi revogado por Justiniano I, que foi o artífice de uma nova publicação denominada Corpus Juris Civilis:
	o Código ( Codex)
	Recolha de leis imperiais que visava a substituir o Código Teodosiano
	o Digesto (Digesta ou Pandectas)
	Enorme compilação de extratos de mais de 1.500 livros escritos por jurisconsultos da época clássica. Praticamente 1/3 do texto é retirado das obras de Ulpiano, Gaio, Papiniano, Paulo, Modestino. Obra gigantesca composta por 50 livros, contém algumas imperfeições e repetições, fatos que não retiram o mérito da compilação
	as Instituições (Institutiones)
	Manual elementar destinado ao ensino do direito, de caráter didático. Segue o plano original do jurisconsulto Gaio. Composto por 4 livros
	as Novelas (Novellae ou leis novas)
	Compêndio das constituições imperiais mais recentes do próprio imperador Justiniano, promulgadas depois da publicação do seu Codex. São em nº de 177.
Principais institutos:
Direito de família
Família era um grupo de pessoas submetidas ao poder do pater famílias. Era bem diferente do que temos hoje. Tinha conotação de patrimônio familiar ou valor econômico.
Casamento
Mais uma relação social do que uma relação jurídica. 
Relação de convivência entre um homem e uma mulher sustentada pela affectio maritalis, com a consciência de que essa união representava um casamento. 
Consciência traz em seu bojo: união vitalícia, monogâmica, comunhão de vida, destinada a gerar descendentes.
Jus civile: o casamento considerado quando os cônjuges são cidadãos romanos ou, ao menos o homem. Somente os filhos desses matrimônios geram cidadãos romanos, submetidos ao pátrio poder e merecedores de legítima após a morte do pai.
A mulher era submetida ao manus, que era o poder marital. O manus permitia o castigo e a repulsa, indo até o direito de vida e de morte. Durante a República, este direito foi limitado pelos censores, não permitindo ao pater famílias certos abusos. Como consequência desse poder, os filhos não tinham capacidade patrimonial. O que ganhava era revertido ao pater famílias. 
As regras não eram jurídicas, mas eram inseridas e acompanhavam a moral vigente. 
No Baixo Império, o casamento passou a ser privado e contratual, consensual, despido de qualquer formalidade.
Casamento sine manum: a mulher fica em seu grupo familiar original. Nesta forma, a mulher permanecia sob a tutela do seu pai (ou tutor, caso o pai tivesse falecido), poderia dispor dos seus bens e receber heranças; em caso de divórcio, o dote não ficaria por completo para o marido.
Casamento cum manum: Através do casamento cum manum a mulher passava da autoridade do seu pai para a do marido. Era uma forma de casamento autocrática, dado que a mulher não tinha qualquer tipo de direito sobre os seus bens nem mesmo sobre a sua própria vida. A sua situação era semelhante a dos filhos sujeitos à patria potestas ou a dos escravos sujeitos à domenica potestas.
Manifestava-se através de três formas: a confarreatio, a coemptio e o usus.
Efeitos do casamento: 
Reconhecimento social da mulher casada;
Os filhos podem continuar a família materna como descendentes;
Dever de fidelidade conjugal (apenas da mulher);
Efeitos patrimoniais.
Fim do casamento: morte, perda da capacidade matrimonial (perda da liberdade, perda da cidadania) ou divórcio.
Divórcio
Na sociedade romana arcaica – apenas como forma de repúdio à mulher pelo marido.
Posteriormente podia acontecer por iniciativa de qualquer dos cônjuges. 
O divórcio da mulher sem culpa somente é reconhecido no século III a.C (esterilidade), e o por iniciativa da mulher é mais recente.
Caso a mulher estivesse submetida à manum – além do divórcio, a anulação do poder marital. No sine manum, o pedido poderia ser feito tanto pelo marido quanto pela mulher – crise de natalidade.
No pós-clássico – período dos imperadores cristãos, vieram restrições, tanto no de comum acordo quanto no unilateral.
Marcos – “o homem não pode separar aquilo que Deus uniu”; Lucas – “quem repudiar a sua mulher e desposar outra comete adultério”.
No direito romano dava-se o nome de concubinato à união permanente de vida e de sexo entre homem e mulher, não reconhecida como matrimônio.
Regime de bens
Havia diferenciação entre os regimes nos casamentos cum manum e sine manum.
Cum manum: todos os seus bens bem como os que o seu pater famílias lhe tivesse dado integravam-se ao patrimônio do marido.
Isto porque a mulher não tinha capacidade patrimonial, pois era filia familias. Somente muda o titular do poder.
Sine manum: os cônjuges viviam sob um regime de separação de bens, marcado pela presença do dote. Durante a duração da sociedade conjugal o marido administrava os bens do casal, mas se houvesse dissolução, deveria restitui-los à mulher.
Na República a mulher não era ‘sujeito de direito’, sua relação era com o pater famílias. Sempre conservou um lugar secundário na sociedade romana, precisava casar para ganhar notoriedade. Não podia obviamente exercer funções secundárias. Mas, poderia possuir patrimônio.
Os filhos menores não são sujeitos de direito e os maiores, como não havia emancipação pela idade, tinham suas aquisições integradas no patrimônio familiar. Os filhos maiores não emancipados eram os alieni juris. 
 O cristianismo mudou muito esse contexto, exercendo grande influência na evolução desse poder. 
Inicialmente – defensor dos fracos, em especial, das crianças. Tornou-se o defensor dos fracos em geral.
Como a igreja não faz distinção entre filhos e filhas, impôs os mesmos direitos e deveres., tanto ao pai quanto à mãe.
Direitos reais
O termo “res” dá origem a palavra real que significa um dos significados do termo coisa. Por isso, direitos reais ou direitos das coisas. 
É tudo o que tem existência, tudo o que existe na natureza, com o direito real relacionado a coisas corporais, individuais e autônomasque podem ser objeto de propriedade. 
Não podem ser objeto de propriedade:
Res divini juris – propriedade dos deuses;
Res publicae – coisas em propriedade do Estado.
As coisas se dividem em: res mancipi – precisam de solenidade para a sua transmissão e res nec mancipi – a transmissão pode se dar pela tradição.
E, por fim, os móveis e imóveis, tangíveis e intangíveis, consumíveis e não-consumíveis, divisíveis, principal e acessórios e, por fim, os frutos.
Posse
Havia distinção entre a propriedade e a posse.
A posse estava ligada a quem tinha poder de fato sobre determinada coisa corpórea; 
A propriedade a quem exercia um poder jurídico absoluto sobre a coisa. 
Segundo o direito civil romano clássico, a aquisição da propriedade precisa de um fundamento, denominado possessio civilis – compra e venda, doação, dote, apreensão de uma coisa abandonada. Significa que a pessoa não somente seja dona, mas tenha vontade de tê-la para si.
A posse estava protegida contra a privação arbitrária e a perturbação por meio de um instituto denominado interdicta, ações com rito especial. Os possuidores ad interdicta eram todos aqueles que tinham a coisa em nome próprio e a vontade de guardar para si, sem reconhecer este direito a outrem.
Propriedade
Poder absoluto e exclusivo sobre a coisa corpórea, em relação imediata entre a coisa e o titular do direito.
Direito mais amplo, podendo ser contraposto pela posse e os direitos reais limitados como o usufruto, o penhor e a servidão. 
É um direito real, podendo ser contraposto contra todos – erga omnes.
Propriedade quiritária- contemplava o direito de utilizar como quiser, de desfrutar e receber os seus frutos, de dispor livremente, era reconhecida apenas para os cidadãos romanos. O domínio era restringido quer no interesse dos vizinhos quer no interesse público. Prevalecia o interesse público sobre o individual
Direitos reais limitados
Servidão: o proprietário ou detentor da posse tem de tolerar determinada intromissão ou se abster de certa atuação própria. Ex. servidão de passagem de acesso a um proprietário que não tenha acesso à uma estrada p.ex.
 
Usufruto: quando alguém detém o direito de usar determinada coisa e receber os seus frutos, independentemente de quem seja o proprietário. Direito personalíssimo do usufrutuário, não sendo transmissível de nenhum modo.
Enfiteuse: propriedade pública dada para uso privado mediante o pagamento de uma renda. Podia ser por prazo determinado ou determinado. Vedava-se a aquisição por usucapião.
Relações pignoratícias: origem do nosso penhor (pignus).
Sucessão
Sucessão testamentária: acordo de vontade, disposição de vontade da pessoa falecida. Revogável, diferentemente da doação.
Ab intestato: quando a lei e o costume supriam a vontade do de cujus.
Novelas 118 e 125 de Justiniano ordenam os herdeiros em quatro classes: descendentes; ascendentes; irmãos ou irmãs consanguíneos; outros colaterais, do lado materno e do lado paterno.
Os herdeiros são chamados à sucessão por graus, um parente mais próximo. Por fim, o fisco tem direito sucessório na herança vacante.
Obrigações
O direito das obrigações romanista atual sofreu forte influência do direito romano. A maior parte dos textos de Justiniano era relativo aos contratos
Contratos
A obligatio era uma relação jurídica entre duas ou mais pessoas pela qual uma delas, o credor teria o direito de exigir certo fato de outro, denominado devedor.
 Diferentemente da nossa realidade, os contratos eram acordos que não geravam obrigações. Para haver obligatio deveria haver fundamento jurídico, não bastando acordo de vontades. 
Reconhecia-se o nexum e o stipulatio, como contratos que deveriam conter formalidades para que se concretizasse. 
Na época clássica ganham força os contratos reais, como o mútuo, o penhor, o depósito e o comodato, onde bastava a entrega da coisa ao devedor, pois a partir da[i resultava em direito de o devedor exigir a devolução.
Também os contratos inominados em que ambas as partes se obrigavam a obrigações equivalentes, também chamados de sinalagmáticos. Uma parte cumpria sua obrigação e a outra parte se obrigava ao adimplemento. A troca era um exemplo.
Outro contrato era o consensual , onde a as partes se obrigavam a trocar determinado bem por direito.
Na época bizantina estabeleceu-se um sistema quatripartido das fontes das obrigações: 
Contratos – venda, troca, locação, mandato, depósito, sociedade, etc.
Delitos – infrações penais;
Quase-contratos – pagamento do indevido e gestão de negócios;
Quase-delitos – responsabilidade aquiliana, responsabilidade civil por culpa, objetiva ou subjetiva.

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