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DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR (8 MESES) – O que podemos esperar? Uma criança de oito meses se encontra na primeira infância e esse período é marcado por um intenso processo de maturação neurológica Os principais eventos que ocorrem nessa fase são: proliferação, migração e diferenciação neuronal, além da sinaptogênese e o processo de mielinização A neuroplasticidade na criança se configura justamente por essas etapas O tronco cerebral, mais desenvolvido, é responsável pelos reflexos As áreas sensoriais e motoras desenvolvem-se rapidamente e são responsáveis pela capacidade que o bebê tem de discriminar sons de diferentes frequências e identificar cheiros Com 8 meses as crianças começam a engatinhar e ensaiar para andar (cerca de 1 ano) Essas conquistas estão intimamente relacionadas com o crescimento do cerebelo e a intensificação da mielinização É nesse momento em que a criança começa a intensificar seu processo de aprendizagem e memória, assim como o perigo físico Por exemplo o choque elétrico ou uma queimadura em algo quente, ali ela entende que não é para tocar mais (KKKKK) Quanto a visão, ela já deve ser capaz de reconhecer um rosto familiar e sorrir socialmente, identificando a mãe Na fala, ela já é capaz de balbuciar algumas palavras e sílabas, por conta do desenvolvimento motor do córtex frontal ESTRUTURAS DO CÓRTEX E LOBO OCCIPITAL A divisão do córtex cerebral, hoje, é classificada de acordo com a citoarquitetura de Brodmann no que se refere as áreas sensitivas, que são predominantes nessa região A divisão funcional do córtex se dá por: Áreas de projeção (áreas primárias) – recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e motricidade Relação com paralisias, alterações de sensibilidade Áreas de associação (áreas secundárias ou terciárias) – relacionadas com funções psíquicas complexas Alterações nos níveis psíquicos Área visual do córtex Se encontra nos lábios do sulco calcarino (área 17 de Brodmann) É nessa área que chagam fibras do tacto geniculo-calcarino originadas no corpo geniculado lateral Estímulos elétricos na área 17 produzem alucinações visuais (círculos brilhantes) Um jato de luz filiforme pode produzir respostas específicas na região 17: A metade superior da retina projeta-se no lábio superior do sulco calcarino, enquanto a metade inferior se projeta no lábio inferior do sulco calcarino A parte posterior da retina se projeta na parte posterior do sulco calcarino Dessa forma, pode-se concluir que existe ligação entre a retina e o córtex cerebral Na área de associação (secundária) relacionada à visão, o lobo occipital é o principal responsável, porém hoje se sabe essa área se estende até ao lobo temporal Occipital – 18 e 19 de Brodmann Temporal – 20, 21 e 37 de Brodmann A importância de conhecer essas diferentes classificações das regiões do córtex está na identificação de alterações clínicas, como a presença de alterações primárias e secundárias que por vezes pode ocorrer separadamente Para uma associação completa, o indivíduo depende de duas etapas: sensação e interpretação Durante a etapa de sensação há a identificação sensorial do objeto e assimilação, tomando consciência do que é aquilo – cor, tamanho, forma, entre outros; depende da área de projeção A etapa de interpretação (gnosia) depende das áreas de associação e está relacionada ao ato de comparar com um os conceitos do objeto na memória do indivíduo e que repercuta finalmente na sua identificação. Então, a área primária está relacionada com a capacidade de ver e “tomar forma”, enquanto a área secundária requer uma associação mais complexa da forma desse objeto Portanto, algumas alterações na área secundária fazem surgir as agnosias visuais. Esse defeito faz com que o paciente não consiga identificar o objeto pela visão, apesar de conseguir enxerga-lo Existem ainda as agnosias visuais de linguagem (visual-verbal), em que o indivíduo perde totalmente a capacidade de reconhecer os símbolos visuais que constituem a linguagem escrita ou falada. São chamadas as afasias A PERCEPÇÃO E O OLHO HUMANO É preciso entender que o processo de migração da luz depende de alguns fatores, dentre eles Ultrapassar as lentes dos olhos (córnea e cristalino) Ultrapassar os humores do olho Em ambos momentos a luz sofre refração, além disso ela também será absorvida por células pigmentadas que absorvem parte da luz Os vasos presentes na retina também são responsáveis pela absorção, principalmente da lux refletida pela esclera interna do olho A camada de células fotorreceptoras (cones e bastonetes) são as mais externas, portanto a luz precisa atravessar todas as outras camadas até chegar nelas e por isso sofre muitas “perdas” por conta das reflexões e absorções Porém, existe uma região no olho em que há a maior acuidade visual, a fóvea da retina Isso porque nela os fotorreceptores estão mais unidos A retina possui origem embriológica da vesícula prosencefálica, portanto compõe o SNC Os fotorreceptores não células epiteliais diferenciadas E os gliócitos retinianos não são de tecido nervoso também A retina possui uma região denominada disco óptico, que irá fazer a imersão da retina no crânio e condensá-la em nervo óptico, fazendo a ligação com o encéfalo O olho humano é um órgão extremamente sensível no ser humano. Isso porque ele é dotado da capacidade de posicionamento automático que permite a continuidade da emissão de estímulos ao centro nervoso através do controle dos mm extraoculares Esses mm ficam responsáveis por pequenas variações do foco das imagens e isso permite que o impulso continue sendo propagado Caso haja um estilo a um ponto fixo na retina ou paralisações totais nos mm extraoculares, há uma adaptação e o impulso é parado O controle de movimentos é feito por 3 pares específicos: III (oculomotor), IV (troclear) e VI (abducente) Os olhos se movimento de algumas formas Movimentos sacáricos são quando há uma movimentação rápida e independente de objetos externos Movimentos de seguimento são através do acompanhamento do movimento de alguém objeto Movimento conjugado, quando os dois olhos se movem no mesmo sentido e velocidade Disjuntivos, quando se movem em sentidos diferentes Radiais, quando o eixo de desloca angularmente a qualquer sentido Torcionais quando o eixo é fixo e há somente rotação As regiões do SNC que estão envolvidas nesse processo são subcorticais, incluindo o colículo superior no mesencéfalo, que recebe aferências da retina e envia axônios diretamente aos núcleos dos nervos cranianos O olho possui também algumas musculaturas lisas, que são responsáveis pelo controle da forma do cristalino, uma das principais lentes do olho Esse controle se faz através do relaxamento ou contração desse músculo. Fisiologicamente o cristalino se encontra esticado, portanto, uma contração estimulada vai diminuir a tensão nele mesmo e então ele se curva mais Portanto, a contração do mm provoca um relaxamento na zônula. Isso acontece porque as fibras são da zônula são dispostas inversamente no corpo ciliar O cristalino, portanto, irá conferir a capacidade de focalização automática da imagem pelo olho
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