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Resumo - Dentística

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Capitulo 1 – Nomenclatura e Classificação das Cavidades
( Nomenclatura: São termos usados para comunicação entre profissionais da mesma área. Na odontologia é importante para compreender o preparo das cavidades.
( Cavidades: São os preparos dos dentes.
	Denominadas:
	- De acordo com o nº de faces: 1 – Simples, 2 – Composta, 3 – Complexa;
	- De acordo com a face envolvida: Ex. Cavidade Mesio-oclusal (MO)
( Planos Dentários:
- Horizontal: Perpendicular ao eixo longitudinal do dente.
- Vestíbulo-lingual: Plano paralelo ao eixo longitudinal do dente. Divide o dente em M e D.
- Médio-distal: Plano vertical e paralelo ao longo eixo do dente. Divide o dente em V e L.
( Partes Constituintes da Cavidade: Paredes, ângulos diedros, triedros e cavosuperficial.
- Paredes: Limites internos da cavidade.
	- Circundantes: Paredes laterais da cavidade.
	- De Fundo: Assoalho da cavidade, sendo axial (perpendicular ao eixo longitudinal do dente) ou pulpar (paralela ao eixo longitudinal do dente).
- Ângulos Diedros: União de duas paredes da cavidade.
	- Do 1º grupo: União de paredes circundantes. Ex: Vestíbulo-gengival.
	- Do 2º grupo: União de 1 parede circundante com 1 de fundo. Ex: Vestíbulo-pulpar.
	- Do 3º grupo: União de duas paredes de fundo. Ex: Áxio-pulpar.
- Ângulos Triedros: União de três paredes da cavidade. Ex: Vestíbulo-pulpo-axial.
Obs: Exceção na classe III (Ângulos diedros e triedros incisais).
- Ângulo Cavosuperficial: União das paredes da cavidade com a superfície externa do dente.
( Classificação das Cavidades:
- Finalidade:
	- Terapêuticas: Visa à reconstrução morfológica, funcional e estética dos dentes.
	- Protética: Para que as restaurações apóiem e retenham as próteses fixas ou removíveis.
- Etiológica:
	- Cavidades de cicatrículas e fissuras.
	- Cavidades de superfícies lisas.
- Artificial:
	- Classes I, II, III, IV e V.
	- Classe I: Cavidades preparadas em regiões de má-coalescencia de esmalte, cicatrículas e fissuras, na face oclusal de pré-molares e molares; 2/3 oclusais da face vestibular de molares e na face lingual dos incisivos superiores; ocasionalmente na face palatina de molares superiores.
	- Classe II: Cavidades preparadas nas faces proximais de pré-molares e molares.
	- Classe III: Cavidades preparadas nas faces proximais de incisivos e caninos, sem remoção do ângulo incisa.
	- Classe IV: Cavidades preparadas nas faces proximais de incisivos e caninos, com remoção e restauração do ângulo incisal.
	- Classe V: Cavidades preparadas no terço gengival da face vestibular e lingual de todos os dentes.
	- Classe VI*: Cavidades preparadas nas bordas incisais e pontas de cúspides.
Capitulo 2 – Princípios Gerais do Preparo Cavitário
1 – Forma de Contorno: Define a área a ser incluída no preparo. Deve englobar todo tecido cariado e áreas suscetíveis à cárie a serem restauradas. Deve considerar a extensão da cárie, a extensão de conveniência (detalhes anatômicos do dente) e idade do paciente.
2 – Forma de Resistência: Característica dada à cavidade para que as estruturas remanescentes e a restauração possam resistir às forças mastigatórias.
3 – Forma de Retenção: Forma dada à cavidade para torná-la capaz de reter a restauração, evitando seu deslocamento.
4 – Forma de Conveniência: Visa possibilitar a instrumentação adequada da cavidade e a inserção do material restaurador.
5 – Remoção da Dentina Cariada Remanescente: Remoção da dentina cariada após as fases prévias do preparo.
6 – Acabamento das Paredes e Margens de Esmalte: Remoção de prismas de esmalte fragilizados, pelo alisamento das paredes internas de esmalte da cavidade, ou no acabamento do ângulo cavossuperficial. Realizado com instrumentos manuais cortantes ou rotatórios.
7 – Limpeza da Cavidade: Remoção de partículas remanescentes nas paredes cavitárias para a colocação do material restaurador. Realizada com jatos de água ou solução de hidróxido de cálcio.
Capitulo 3 – Instrumentos Operatórios
Os instrumentos operatórios podem ser agrupados em:
- Instrumentos cortantes rotatórios;
- Instrumentos cortantes manuais;
- Laser;
- Sistemas sônicos e ultra-sônicos;
- Sistema jato-abrasivo.
( Instrumentos Cortantes Manuais: Usados para clivar, cortar e planificar as estruturas dentárias, ou ainda, complementar a ação dos instrumentos rotatórios. As cavidades acabadas com esses instrumentos demonstram redução da infiltração marginal. Podem ser simples ou duplos. São constituídos por cabo, intermediário e lamina (ponta ativa). Tipos:
	- Cinzel: Usado para clivar e aplainar o esmalte. Ainda pode ser reto, monoangulado, biangulado ou de Wedelstaedt.
	- Enxada: Usada para alisar as paredes da cavidade.
	- Machado para esmalte: Usado para clivar e aplainar esmalte.
	- Machado para dentina: Usado para fazer retenção incisal em cavidades de classe III.
	- Recortador de margem gengival: Usado para arredondar o ângulo axio-pulpar em cavidades de classe II.
	- Formador de ângulo: Usado para acentuar ângulos diedros e triedros.
	- Colher de dentina: Usada para remoção do tecido cariado.
( Instrumentos Cortantes Rotatórios: Classificados em dois grupos:
	- Por corte: Brocas.
 	- Por desgaste: Pontas diamantadas, pedras montadas em carborundo e outros abrasivos.
( Brocas: Apresentam 3 partes: haste, intermediário e ponta ativa. Constituídas de aço ou carbide. Podem ser:
	- Esféricas: Usadas para remoção de dentina cariada e acesso em dentes anteriores. Ex: ¼, ½, 2, 4 e 6.
	- Cilíndricas: Usadas para confeccionar paredes circundantes paralelas e avivar ângulos diedros. Ex: 556 e 56.
	- Tronco-cônicas: Usadas para confeccionar sulcos ou canaletas, e também retenções em cavidades para amálgama. Ex: 245 e 699.
	- Cone-invertido: Usadas para fazer retenções adicionais e planificar a parede pulpar.
	- Roda: Usadas para fazer retenções em cavidades de classe V.
Obs: As esféricas, cilíndricas ou tronco-cônicas podem ser lisas ou picotadas. As de cone-invertido e roda são brocas de fissura.
( Preensão dos instrumentos: Devem ser empunhados de forma a obter o máximo de rendimento e o mínimo de desgaste do operador. Existem duas formas de empunhar os instrumentos:
	- Posição de escrita: Mais usada e versátil, pode-se exercer grande pressão ou atuar com extrema delicadeza. Na superfície superior utiliza-se a posição de escrita invertida.
	- Posição digitopalmar: Usada quando for necessária mais força do que a produzida com a posição de escrita. Útil na remoção de estrutura dentária debilitada.
Capítulo 4 – Isolamento do Campo Operatório
O Isolamento pode ser absoluto ou relativo.
( Isolamento Absoluto: Dique de borracha.
- Vantagens:
	- Retração e proteção dos tecidos moles para um melhor acesso à área a ser operada;
	- Melhor visibilidade do campo operatório;
	- Condições adequadas para inserir e condensar o material restaurador;
	- Proteção do paciente contra aspiração e deglutição dos instrumentos ou matérias restauradores.
	
- Materiais usados:
	- Dique de borracha: O dique deve incluir no mínimo dois dentes à distal daquele que será tratado até o canino do hemiarco oposto. Em dentes anteriores isola-se de pré-molar à pré-molar do hemiarco oposto.
	- Porta dique de borracha: Arco de Young.
	- Perfurador de lençol de borracha: Métodos de perfuração: Divisão em quadrantes, marcação na boca, mordida em cera e carimbo.
	- Grampos: Usados para fixar o lençol nos dentes. 200~205: molares, 206~209: pré-molares, 210~211: dentes anteriores.
	- Pinça porta grampos: Palmer.
	- Fio dental: Para fazer as amarrias.
( Isolamento Relativo: Feito com um algodão. Não recomendado, apenas quando não for possível a realização do isolamento absoluto.
Capitulo 6 – Cavidade de Classe I
( Características:
- Broca 556:
	- Paredes circundantes paralelas entre si.
	- Ângulos diedros do 1º e 2º grupodefinidos.
	- Parede pulpar planar perpendicular ao eixo longitudinal do dente.
	- Ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel.
	- Abertura vestíbulo-lingual na região do ístimo com ¼ de distancia entre os vértices das cúspides correspondentes.
- Broca 245:
	- Paredes circundantes convergente para a oclusal.
	- Ângulos diedros do 1º e 2º grupo arredondados.
- Parede pulpar planar perpendicular ao eixo longitudinal do dente.
	- Ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel.
	- Abertura vestíbulo-lingual na região do ístimo com ¼ de distancia entre os vértices das cúspides correspondentes.
Capítulo 16 – Acabamento e Polimento das Restaurações
O polimento é realizado após 48 h da condensação. Iniciado com as brocas multilaminadas.
- Polimento Inicial: Realizado com taça de borracha ou escova de Robinson juntamente com as pastas abrasivas à base de pedra-pomes fina. Na face proximal usa-se tiras de lixa com granulação fina impregnadas com a pasta abrasiva.
- Polimento Final: Obtido com uma pasta de óxido de zinco e álcool 96º Gl, aplicada com taças de borracha ou escova de Robinson.
Capitulo 17 – Cavidade de Classe V
( Características:
- Parede axial convexa;
- Paredes circundantes ligeiramente expulsiva;
- Ângulos internos do 1º grupo arredondados, enquanto do 2º grupo são definidos;
- Ângulo cavossuperficial livre de prismas e sem bisel;
- Retenções adicionais nas paredes gengival e oclusal.
Capitulo 18 – Cavidade de Classe III
( Características:
- Envolvimento conservador;
- Forma de contorno triangular;
- Parede axial paralela ao eixo longitudinal do dente;
- Retenções adicionais em forma de orifício no ângulo triedro incisal e em forma de sulco junto ao diedro áxio-gengival.
Preparos Cavitários Atípicos (Têm o formato da cárie em questão)
- Cavidades Atípicas: Slot Horizontal; Slot Vertical.
- Cáries Incipientes: Tipo de cavidade indicada. Defini-se com a remoção da cárie. Quando somente o esmalte estiver comprometido pela cárie.
- Dentina deve ser preservada sempre.
- Geralmente o material utilizado em cavidades atípicas é o cimento iônomérico ou resina composta.
- Preparos minimamente invasivos.
Classe II Atípica – Cavidade Ocluso Proximal (Pré-molares e molares)
Capítulo 11 – Vernizes e Forradores Cavitários
( Complexo Dentino-Pulpar
- Esmalte: Indolor.
- Dentina: Microscopicamente parece uma esponja. Isolante térmico para que o dente não sofra com a temperatura. Isolante elétrico.
- Polpa: Hidrata e mineraliza o dente. Sinaliza quando o dente estiver lesado.
( Protetores do Complexo Dentino-Pulpar
Vernizes Cavitarios e Bases Forradoras: Materiais utilizados como substitutos da dentina removida para que a polpa não sofra alterações permanentes que leve ao tratamento endodôntico.
( Verniz Cavitário: Utilizado para o vedamento da dentina (de seus canalículos) para que não ocorra penetração de íons metálicos do amálgama, para impedir a penetração de ácidos provindos da base forrada que poderá promover alterações na polpa. A camada de verniz deve ser aplicada 2 ou 3 vezes. O verniz não tem função de isolante térmico e é composto de resina copal mais solvente (o comumente utilizado é a cetona – volátil).
- Para restauração rasa: Só utiliza verniz na cavidade e depois o amálgama.
- Para restaurações médias e profundas: Verniz + base + amalgama.
( Base Forradora (dentina artificial): Vai substituir a dentina lesada; as mais utilizadas são Ionômero de vidro, Óxido de Zinco e Eugenol modificado, Hidróxido de Cálcio, e Cimento de Fosfato de Zinco.
- Ionômero de Vidro: Material jovem, mas muito utilizado. Composto por um pó (Composto de vidros cerâmicos, íons flúor e cálcio, e íons OH, o que confere grande adesividade ao dente) e um líquido (acido poliacrílico, o que torna o cimento mais fácil de manipular e da grande adesividade do composto ao dente).
- Óxido de Zinco e Eugenol: Composto por pó mais líquido. O óxido de zinco tem função cicatrizante, bactericida. O eugenol tem efeito anódino (sedativo) e pode causar mortificação pulpar (pulpite). Também é utilizado com cimento cirúrgico para ser colocado sobre um sofrimento cirúrgico.
- Cimento de CaOH: Tem função de estimular a formação de dentina secundária (reparadora) obliterando os canalículos dentinários para que não ocorra alterações pulpares em decorrência de componentes de bases forradoras como ZnPO4 e na presença de íons metálicos da amálgama.
( Vidrion – Forramento	Espátula 36		( Óxido de Zinco	Espátula 36
1 Pó – 1 Líquido	20’ a 30’- tempo		 Pó + Líquido = massa de vidraceiro
(Aglutinação)
( Fosfato de Zinco – Forramento	Espátula 24
10’ 10’ 10’
10’ 10’ 10’ 
	- Vernizes Cavitários: 
	A. Composição: Resina natural ou sintética + solvente (éter). Quando o verniz é aplicado ao preparo cavitário, o solvente evapora, deixando uma película resinosa e fina.
	B. Aplicações: 1. Selamento dos canalículos dentários expostos e a proteção da polpa contra a irritação de agentes químicos dos materiais restauradores. Recomenda-se sua aplicação antes dos cimentos que contêm ácido fosfórico, amalgama e ouro; e depois de preparos contendo CaOH, cimentos de óxido de Zn ou carboxilato e eugenol. 2. Reduz a infiltração marginal e a possibilidade de descoloração dentária ao redor de restaurações de amálgama. 3. Protege as restaurações de silicato contra a desidratação quando é aplicado um dique de borracha. 4. Isolante elétrico (de ação temporária) em tratamentos de choque galvânico ou eletro cirurgias em locais adjacentes a restaurações metálicas. Obs: Não são isolantes térmicos.
	C. Manipulação: Aplicado em camada fina e contínua. Pegar com a pinça uma pequena compressa de algodão, imergir esta no verniz e pintar todas as paredes cavitárias. Fazer duas aplicações, com intervalo de 15~20 s para secagem do verniz.
	D. Produtos Comerciais: Copalite, Cavity Varnish, Caulck Varnish e Cavaseal.
	
	- Bases Forradoras (dentina artificial):
	A. Composição: 1. Líquidos (CaoH ou óxido de Zn). 2.Sistema de duas pastas (base + catalisador); quando misturadas formam um fluído que escoa e solidifica rapidamente.
	B. Aplicação: 1. Deve-se passar apenas no tecido dentinário, pois se passados nas margens seus aditivos dissolvem-se nos fluidos bucais, resultando em uma camada porosa, com permeabilidade aumentada. 2. Empregados em cavidades profundas, onde são prováveis exposições pulpares (película de 0,5 a 1 mm), exercendo influências terapêuticas sobre a polpa, por estimular a formação de dentina secundária 3. Representam uma barreira contra irritantes que se desprendem do material restaurador ou provenientes de infiltração marginal. 4. Os forradores líquidos básicos (CaOH) neutralizam o ácido fosfórico, protegendo a polpa, e o eugenol (óxido de Zn) apresenta efeito paliativo (analgesia) sobre a polpa.
	C. Propriedades: Os materiais sobre a forma de pasta são resistentes, bons isolantes térmicos e elétricos.
	D. Produtos Comerciais: Dycal, Cavitec, Hydrex (pasta); Hydroxyline, Chembar, Hypo-Cal (líquido).
	- Cimentos de Fosfato de Zn:
	A. Aplicações: 1. Cimentação de incrustações em liga fundida, restaurações em porcelana e bandas ortodônticas. 2. Como forrador cavitário para proteger a polpa de estímulos mecânico, térmico, ou elétrico.
	B. Composição: Pó: Óxido de Zn. Líquido: Acido ortofosfórico.
C. Manipulação: O pó é adicionado ao líquido em pequenas porções. Uso de espátula nº 24 e placa de vidro.
D. Vantagens: Manipulados com facilidade e durabilidade clínica média. Resistência e espessura da película podem ser obtidas controlando a relação pó/líquido.
E. Desvantagens: Fragilidade, solubilidade em ácidos orgânicos e fluidos bucais, irritação pulpar, falta de adesão à estrutura dentária (infiltração), ausência de características anticariogênicas.
	
- Cimento de Óxido de Zn – Eugenol:
	A. Aplicações: 1. Cimentação temporária derestaurações. 2. Material de restauração temporária (IRM). 3. Forramento cavitário.
	B. Composição: 1. Pó: Óxido de ZN. Líquido: Eugenol.
	C. Manipulação: Óxido de Zn é lentamente umidecido pelo eugenol. Aspecto de massa de vidraceiro. Uso de espátula nº 36 e placa de vidro.
	D. Funções: Óxido de Zn: Efeito cicatrizante e bactericida. Eugenol: Efeito anódino (sedativo). Por ter efeito bactericida e pode ser usado como cimento cirúrgico para ser colocado sobre o ferimento cirúrgico.
	E. Vantagens: Bom selamento e resistência à penetração marginal.
	F. Desvantagens: Diminui resistência mecânica e abrasão. Solúvel e desintegra-se nos fluidos bucais. Pouca ação anticariogenica.
	- Cimento Ionomérico de Vidro:
	A. Aplicações: 1. Cimentação. 2. Material de obturação para cavidades resultantes de erosão. 3. Selantes de fossas e fissuras. 4. Forrador.
	B. Composição: Pó: Vidros cerâmicos, íons flúor e grande quantidade de cálcio e íons OH, o que confere grande adesividade ao dente. Líquido: Ácido poliacrílico (ou polimaléico), que torna o cimento mais fácil de manipular e com grande adesividade composto/estrutura dental.
	- Cimento CaOH: Estimula a formação de dentina secundária (reparadora), obliterando os canalículos dentinários para que não ocorra alterações pulpares em decorrência de compostos de bases forradoras como ZnPO4 e de íons metálicos do amalgama.
( Requisitos para um material protetor ideal: Bactericida, biocompatibilidade, isolante térmico, químico e elétrico, resistência a compressão, fácil manipulação, bom escoamento, insolúvel, compatível aos materiais restauradores, adesão aos tecidos duros dentais e melhorar o selamento marginal.
( Fatores que condicionam o agente protetor: Profundidade (rasa – 1mm além da junção amelo-dentinária, média – 1 a 2 mm além, e profunda – 0,5 mm de dentina remanescente), idade do paciente, condição pulpar.
( Indicação dos materiais protetores:
	- Em amalgama: Cavidade rasa (verniz), média (base e verniz) e profunda (CaOH, base e verniz)
	- Em resina: Cavidade rasa e média (adesivos), profuda (CaOH, base e adesivos)
( Técnica: Remoção de toda lesão, lavagem da cavidade com água de cal, secar com filtro de papel e inserção do material protetor e restaurador.
	- Amálgama:
	A. Aplicação: 1. Restaurações em dentes posteriores. 2. Restaurações em dentes anteriores, linguais, pequenas. 3. Núcleos para coroas completas.
	B. Composição: É uma liga de prata, estanho, cobre e zinco misturada ao mercúrio. A mistura resulta numa massa plástica, que endurecendo gradualmente formará uma estrutura polida.
	- Liga Convencional:
	Ag – 68 % (aumenta resistência, reatividade com o mercúrio; diminui escoamento)
	Sn – 28% (aumenta escoamento, V de amalgamação, corrosão; diminui resistência, dureza)
	Cu – 4% (aumenta dureza, resistência, manchas; diminui escoamento)
	Zn – 0~2% (aumenta expansão tardia e corrosão na presença de água, durante a condensação, plasticidade do amalgama triturado)
	- Liga com Alto Teor de Cobre:
	Ag – 60%
	Sn – 27%
	Cu – 13%
	Zn – 0~2% (nem todas ligas contêm zinco)
	- Tipos de partículas da liga: Limalha, esférica, esferoidais irregulares (flocos) e combinação dessas.
	
	- Mercúrio: O mercúrio utilizado é altamente purificado (Esp. nº 6 da ADA).
	C. Preparo:
	- Fases do Amalgama:
	Composição da liga
	Ag3Sn
	Ag2Hg3
	Sn7-xHg
	Nome da fase
	У (gama)
	У1 (gama 1)
	У2 (gama 2)
	Características da liga
	Liga original, que não foi unida ao mercúrio, fase dura e resistente
	Fase frágil, de resistência intermediária
	Fase mole, fraca, responsável por baixa resistência, corrosão e escoamento altos
Formação do amalgama (Liga Ag-Sn): У + Hg ( У1 + У2 + У (mistura = amalgama).
Formação do amalgama (Liga com dispersão): Liga Ag-Sn + Liga eutética Ag-Cu (fase dispersa). Impede a formação de У2 (responsável por corrosão, mancha e degradação marginal menores). У + Hg + (Ag-Cu) ( У1 + У + Cu6Sn5
Relação mercúrio-liga (5-7): Depende do tamanho e forma das partículas da liga. A medida que o mercúrio aumenta, a expansão de presa e escoamento são elevados, e a resistência diminui, podendo aumentar a degradação marginal.
Trituração: Dispensando o Hg e a liga, mistura-se os dois componentes. Gral e pestiolo (60~120 s) e amalgamadores (30 s).
Condensação: Compactar o amalgama e remover todo mercúrio possível. Técnica incremental (em pequenas porções) para melhorar a adaptação nas paredes e margem do preparo. Pressão determinada pelo tamanho da cabeça do condensador (do menor para o maior). O aumento da pressão diminui a expansão de presa e o escoamento, e aumenta a resistência.
Escultura, Brunidura e Polimento: Após 5 min pode iniciar a escultura, definindo a anatomia do dente e removendo o excesso de amalgama nas margens. Brunidura após 24 h, para adaptação nas paredes do preparo, sem gerar calor, através do alisamento com o brunidor. O acabamento e polimento também após 24 h, aumenta a longevidade das restaurações, pois reduz as fratura e corrosão, além de prevenir o acumulo de placa bacteriana.
D. Propriedades
1. Causas de degradação marginal: Excesso Hg, aquecimento das margens na brunidura e polimento, ligas muito pequenas, preparo inadequado (margens biseladas) e escultura inadequada (amalgama alem das margens).
2. Causas de fraturas grosseiras: Preparo inadequado (istmo largo e raso), ausência de polimento e contato prematuro de dentes opostos, sobre amalgama não endurecido.
3. Causas de mancha e corrosão: Dieta alimentar (enxofre) e excesso de У2, devido conteúdo elevado de Sn na liga.
4. Causas de porosidade: Condensação precária, resultante de baixa pressão (ponta grande), excesso de Hg e plasticidade insuficiente, devida subtrituração.
5. Efeitos do tamanho das partículas da liga: Partículas pequenas endurecem rapidamente, não expandem tanto e são mais fáceis de esculpir e polir, mas exigem maior relação Hg-liga e o escoamento é maior. Partículas grandes possuem baixo escoamento, menor relação Hg-liga, mas sua escultura com lisura é mais difícil.
E. Produtos Convencionais: Liga sob forma de pó, comprimidos, ou cápsulas pré-embaladas. Com V de presa rápida e regular.
( Como evitar a expansão tardia e a corrosão? Com isolamento absoluto ou relativo, com controle da salivação através da bomba à vácuo, pois o Zn não pode estar em presença de umidade (saliva).
( Qual liga é mais benéfica? Liga com alto teor de cobre, porque o cobre melhora a resistência à corrosão, o acabamento, o polimento e torna a restauração mais durável. Além do menor escoamento.
( Polimento: previne o acumulo de placa bacteriana, diminui a possibilidade de ocorrer infiltração marginal, diminui ou retarda a oxidação da liga metálica e proporciona conforto ao paciente. 
	- Técnica convencional: acabamento e refinamento da anatomia com brocas multilaminadas, polimento com taças de borracha ou escovas de robinson impregnadas com: pasta de pedra-pomes e água ou pasta de óxido de zinco ou análogos com álcool 96%.
FLÚOR
Mineralizante.
pH > 5,5: reposição mineral dos elementos presentes na saliva (HA – hidróxi apatita), o dente recebe íon (FA – flúor apatita).
pH < 5,5: saliva perde capacidade de reposição mineral, dente ainda recebe Ca++.
pH < 4,5: nem com flúor há reposição dos minerais perdidos.
Paciente com baixa atividade de carie: sem lesões cariosas, recebe água fluoretada sem prescrições, tratamento trimestral.
Paciente com média atividade de carie: com lesões cariosas, recebe água fluoretada e creme dental com flúor, aplicação tópica de flúor, tratamento mensal.
Paciente com alta atividade de carie: lesões generalizadas, recebe água fluoretada e creme dental com flúor, aplicação tópica de flúor, tratamento quinzenal.
Método sistêmico: água fluoretada, sal fluuoretado, comprimidos, leite, açúcar.
Método tópico: aplicação pelos profissionais, bochechos e dentifrícios.
Vantagens:Não requer compliance (compreensão e cooperação do paciente)
Promove remineralização e prevenção da cárie
Pode ser aplicado por auxiliar
Sem riscos de ingestão
Não necessita profilaxia prévia
Fluoreto de sódio 2%:
Mais usado.
Técnica de aplicação por quadrante ou por moldeira.
Vantagem: rápida aplicação.
Desvantagem: não pode ser ingerido.
Flúor fosfato acidulado:
CPOD – Dentes cariados, perdidos e obturados.
Fluoreto estanhoso (escurece os dentes)
Fluoreto de diamino prata (interrompe cáries em decíduos, inibe cáries secundárias, prevenção de cáries em fissuras e dessensibilização da dentina)
Verniz com flúor (reduz 40% das cáries)
Bochechos (reduz 35% das cáries em crianças de 6~14 anos)
Intoxicação aguda
Dores adultos
Dose certamente letal (DCL): 32~64 mgF/Kg
Dose seguramente tolerada (DST): 8~16 mgF/Kg
Dose provavelmente tóxica (DPT): 5 mgF/Kg
Segurança para aplicação tópica de flúor (ATF)
Pouco gel nas moldeiras
Usar sugador
Paciente cuspir de 30~60 s
Toxicologia do flúor
Induzir ao vômito
Administrar substâncias que diminuam a absorção de flúor
Ir ao hospital
Unidades de medida
1 PPM 
1 mgF/lH2O
0,001 mgF/1 mlH2O)
1%
10000 mgF/lH2O
10mgF/mlH2O
SELANTES
O que são selantes?
São materiais plásticos transparentes, brancos ou matizados que pintam as superfícies rugosas dos dentes posteriores. Agem como uma barreira, uma película protetora que, facilitando a limpeza dos restos de alimentos e o controle da placa bacteriana, reduz o risco dessas superfícies cariarem-se.
Por que os selantes são necessários?
Formando uma película protetora, os selantes protegem o dente dos restos alimentares e placa bacteriana, diminuindo o risco de cáries.
Em quem os selantes devem ser aplicados?
Crianças, adolescentes e adultos (desde que o paciente apresente risco de cárie, consuma muito açúcar, consuma medicamentos que diminuam o fluxo salivar ou apresentem manchas pré-cariosas nos sulcos e fissuras).
Existe algum inconveniente?
Não.
Como são aplicados os selantes?
Profilaxia, preparo da superfície rugosa com ácido fosfórico e aplicação do selante seguida de fotopolimerização.
O selante necessita ser reaplicado?
Na verificação periódica nas visitas de retorno, o dentista determinará a necessidade de aplicação, pois a película protetora é desgastada naturalmente durante a mastigação.
Tipos de selantes:
À base de materiais resinoso:	
Cianocrilatos: boa penetração no esmalte, hidrolisados nos fluidos bucais, e por destacarem-se do esmalte necessitam aplicações periódicas.
Poliuretanos: menor retenção no esmalte, reduz 20% das cáries.
Bis-gma: maior retenção (>70%), resistência aos fluidos bucais, reduz 85% das cáries, polimerização por ativação química, luz violeta ou luz visível.
À base de material sílico ou oxi-resinosos:
Policarboxilato de zinco: baixa resistência à abrasão.
Ionômero de vidro: necessidade de odontomia profilática.
Restauração preventiva de resina:
Indicação: tratamento de pequenas lesões cariosas com cavitação e prevenção de novas lesões.
Tipo A: fissuras.
Tipo B: esmalte.
Tipo C: cavidade em dentina.
Cariologia Clínica e a Dentística no Século XXI
A doença cárie e o tratamento restaurador: irreversível, tratamento altamente destrutivo e alcança regiões que ainda não eram normais.
Obs: odontomia profilática significa remover superfícies do dente que ainda não foram acometidas pela doença.
A doença carie está onipresente em todas as populações existentes, é fator responsável pela dor e perda dos dentes, teve forte declínio de prevalência e incidência nos últimos anos – principalmente nos mais jovens (1ª e 2ª infância).
A erradicação da doença: interação muito complexa de múltiplos determinantes, redução na velocidade de desenvolvimento e progressão das lesões cariosas em dentições infantis, postergação da época da vida em que a doença se manifesta clinicamente com lesões cariosas cavitadas e não sua erradicação – ocorre pelo desligamento do paciente da rede pública de saúde em determinada idade.
Infeliz dicotomia: denstística restauradora (rebuscar os procedimentos) x prevenção da cárie e atividades de saúde pública (erradicar a cárie – causa).
Abordagens preventivas contemporâneas antes da dentística invasória: prevenção primária verdadeira (prevenção do contato mãe-filho), prevenção secundária (diminuição do consumo de sacarose, redução da placa bacteriana, higiene bucal, fluorterapia) e prevenção terciária (remineralizaçao – fluorterapia em manchas brancas).
Diagnóstico clínico: opções de tratamento das lesões cariosas. Os índices de face cavitada tem diminuído estrategicamente – CPOD, mas os índices de faces restauradas não tem diminuído na mesma proporção. Estamos restaurando faces de dentes que ostentam sulcos profundos (escurecidos ou não) diagnosticados como duvidosos.
Limitações do diagnóstico convencional das lesões cariosas: a Metáfora do Iceberg. Incapacidade de valorizar a detecção clínica de outros níveis de perdas minerais dentárias, menos severas do que a presença de cavidades em dentina. Principalmente em cáries interproximais, na qual deve-se usar a técnica radiográfica Bite-WIng/Interproximal, e manchas brancas.
Iceberg: em lesões cariosas classe II (LC2) – lesões com cavidade limitada ao esmalte – só se detecta na interproximal através de radiografia.
Importância da detecção das lesões sem cavidade: sua aplicação clínica – prioridade no diagnóstico contemporâneo para evitar o ciclo restaurador repetitivo, onde é apenas tratada a doença, deixando a causa de lado.
As lesões sem cavidades são significativamente mais prevalentes do que as com cavidade. As lesões sem cavidades localizadas nos sulcos e fissuras estão em alto risco de serem invadidas e restauradas.
Quando restaurar e quando deter a doença: manutenção da saúde bucal do paciente difere dos procedimentos restauradores rebuscados, necessita de um protocolo preventivo, a doença pode ser prevenida, gradativamente relaciona-se a fatores culturais, diabéticos e socioeconômicos, relacionada em menor grau a fatores hereditários, mas a verdadeira cura se relaciona à eliminação do risco e não a uma restauração.
Intervenção: preventiva e/ou restauradora frente a uma lesão de cárie, analisar se é uma lesão ativa e se pode ser detida, em caso de dúvida, alterar o ambiente, esperar e reavaliar.
Critérios para o tratamento restaurador: medidas de promoção da saúde bucal a longo prazo – aconselhamento preventivo (medidas de controle da doença) e um procedimento restaurador tão mínimo quanto possível, ou aconselhamento preventivo, apenas, com reavaliação nas reconsultas, ou ainda, nada.
Critérios gerais para o tratamento restaurador: compatibilidade com circunstancias médicas, analisar se a manutenção de determinado elemento dental é fundamental, saber qual o prognóstico do dente a ser restaurado, questionar se o paciente está em concordância com o tratamento.
Critérios específicos para o tratamento restaurador: diagnostico da condição pulpar, extensão em dentina da lesão cariosa, se tentativas não invasivas de deter a lesão fracassaram, avaliar carie secundaria ativa em uma restauração defeituosa, prejuízo da oclusão e função, contornos defeituosos de dentes e/ou restaurações, saúde dos tecidos periodontais (amalgama dentomucososuportado), aparência insatisfatória (dentes anteriores), hipersensibilidade em áreas cervicais, comportamento do paciente frente às intervenções invasivas.
	Procedimentos restauradores: restauração de primeira vez, substituição total de restaurações existentes, substituição parcial (reparo) de restaurações existentes, carie de superfície lisa, carie de cicatrículas e fissuras, defeitos nas margens de restaurações existentes.
	Carie em superfície lisa nas faces V e L: permitem acesso direto para observação e escovação, geralmente restaura-se apenas lesões avançadas,lesões menores são alvos ideais para medidas de promoção de saúde e aplicação caseira.
	Carie em superfície lisa nas faces proximais: lesões incipientes em esmalte geralmente são proservadas, lesões que já atingiram a dentina devem ser tratadas invasiva, porem conservadoramente, estabelecer melhora na condição de saúde bucal ou a substituição das restaurações será questão de tempo.
	Carie em superfície lisa na raiz: mandatória o estabelecimento de protocolo preventivo, nem sempre o procedimento restaurador é aconselhável, materiais restauradores ativos (CIV) tem indicação precisa, a resina é contra-indicada devido a falta de selante, enquanto o amálgama é contra-indicado por causar sensibilidade.
	Caries de cicatrículas e fissuras: diagnóstico mais difícil e menos confiável, a aplicação de selantes de fóssulas e fissuras reduz drasticamente a flora bacteriana viável e a atividade metabólica do tecido cariado, desde que o selante permaneça intacto, pois oblitera o abastecimento de metabólitos, a indicação do tratamento restaurador relaciona-se com a existência de carie significativa em dentina, comunicação física direta para a dentina através do esmalte, cariem dentina visível radiograficamente, suspeita intuitiva genuína que houve propagação da carie e sintomas de dor pulpar que se acredita ser derivada da carie de cicatrículas e fissuras.
	Restaurações defeituosas: prevenção de fenda na margem de uma restauração com presença de carie secundária, indícios claros de sintomas e/ou prejuízo de função ou estética, avaliar criteriosamente a relação custo/benefício, possibilidade de remoção parcial da restauração.
	Considerações gerais: reavaliar é importante, quando os critérios para tratamento restaurador são preenchidos, restaurações não invasivas, controle da doença e medidas de promoção da saúde, lesões não cariosas.
	Quais os preceitos que regem a odontologia contemporânea: conservação máxima de tecido dental sadio e ter em mente que não existe extensão preventiva.
Aspectos Atuais do Preparo das Cavidades em Dentística
Green Van Black – 1908: princípios dos preparos cavitários: extensão preventiva (englobar cicatrículas e fissuras) – áreas suscetíveis à cárie e áreas de autolimpeza.
	Extensão preventiva: gerava grande remoção de estrutura dentária sadia, maior agressão biológica (polpa/periodonto), enfraquecimento do remanescente dentário, alta porcentagem de fraturas, base científica para as cavidades modernas.
Prime – 1928: um apelo para o conservadorismo em procedimentos operatórios.
Modificações: Prime, 1928: menor abertura V-L. Bromer, 1930: paredes V e L convergentes (caixa proximal)/caixa oclusal semelhante de Black. Ward, 1940: paredes divergentes. Markley, 1950: istmo de 1/4 e paredes convergentes. Gilmore, 1964: istmo de ¼ e paredes paralelas. Strickland, 1964: ângulos internos arredondados. Roda, 1972: curva reversa e ausência de retenções adicionais. Mondelli, 1977: cavidade de acordo com a lesão.
Obs: curva reversa de hollemback ( dá maior espessura de ângulo ao amalgama.
Introdução: acondicionamento ácido (Bwonocore, 1955), resinas compostas (Bowen, 1963).
	Vantagens da resina sobre o amalgama: estética, preparo conservador e adesão ao dente.
Preparos conservadores: melhor compreensão da doença carie, conscientização sob prevenção, redução na incidência de carie, melhor tecnologia dos instrumentos, aperfeiçoamento dos materiais odontológicos, preparo cavitário conforme tamanho da lesão cariosa, brocas 329/330/245 – 1014/1015.
Princípios:
	Forma de contorno: limita-se à remoção do tecido cariado, conformação das paredes do preparo, brocas 245, 329 e 330.
	Remoção da dentina cariada: para caries incipientes a forma de contorno já assegura a remoção do tecido cariado. Para caries mais extensas, precisa ser removida antes de se iniciar a forma de contorno. Uso de colheres de dentina, de brocas esféricas (¼, ½, 2, 4 e 6).
	Forma de resistência: paredes convergentes para oclusal e condicionamento acido.
	Limpeza da cavidade: jatos de ar/água, soluções ácidas e remoção da smear layer e ou smear plugs.
Cavidade classe II: em gota, por Elderton.
	
Resinas Compostas
Fotopolimerização
Resinas: polímeros. Composto químico constituído de grandes moléculas orgânicas formadas pela união de varias unidades menores (monômeros) repetidos. Apresenta características de contração, expansão térmica e porosidade. A primeira resina composta foi criada por Bowen, RL, em 1956.
	R. Acrílica (GMA) + R. Epóxica (Bisfenol GA) + R. Acrílica
	Compósito: é um sólido formado por duas ou mais fases distintas.
	Fase orgânica (matriz orgânica) + silano + fase inorgânica
	Matriz orgânica: monômeros, diluentes iniciadores, inibidor, pigmentos, opacificadores.
	Monômeros: Bis-GMA.
	Iniciadores: dão início à reação de polimerização. Por reação física utilizando-se luz, por reação química dos componentes ao serem misturados. Classificação: químico, físico ou dupla ativação.
		Resina de presa química (autopolimerizáveis): pasta base – amina (ativador) + pasta catalisadora - peróxido de benzoíla (iniciador). Demora cerca de 6 horas para ficar dura, é usada em ortodontia para cimentar brékts, usada em bloco único e quanto maior o volume, maior a tensão gerada pela contração. Vantagens: certeza de polimerização e não requer outro material. Desvantagens: dificuldade de inserção incremental, dificuldade de remoção de excessos, inclusão de bolhas, oxidação das aminas terciárias, escultura dificultada, tempo de polimerização longo, a oxidação das aminas terciárias (que sobram) amarelam o dente após 1 ano, chega no máximo a 70% de polimerização do material.
		Resina de presa física (fotopolimerizáveis): Nura Fill (primeira do mercado) – estermetilbenzeno (iniciador) através da luz UV forma radicais livres. Está em desuso devido atividade cancerígena, por ser UV, não era uma luz visível (340 nm), atinge a espessura de 1 mm. Inconvenientes: limitada profundidade de polimerização, lesões de córnea e cristalino ao CD e potencial cancerígeno.
	Luz visível:
	Luz azul (470 nm) ( canforoquinona – material amarelo (iniciador) ( amina orgânica (co-iniciador): estágio excitado ( monômeros (ligações duplas) ( polímeors (ligações simples).
	Resina de presa física e química (dual): em praticamente todos os cimentos resinosos.
	O aparelho ideal precisa adequar a faixa de luz, a potencia e o tempo.
	Aparelhos Fotopolimerizadores:
		1. Luz halógena (semelhante à luz de casa): filamento de tungstênio que emite muita luz e calor, necessitando de um ventilador. É, em ordem, um ventilador + lâmpada (luz) + filtro = luz azul. Espectro de luz (400 a 520 nm). Tempo de vida útil (mais de 100 h). Emissão de calor. Intensidade: 1000 mW/cm².
		2. LED: espectro de emissão de luz (450 a 490 nm) apenas azul. Tempo de vida útil (>300 horas). Baixa emissão de calor.
		3. Arco de Plasma: emite luz de 400 a 500 nm. Alta intensidade de luz (2000 mW/cm²). Menor tempo de ativação. Necessidade de filtro. Produção de calor. Alto custo (R$ 3000). Manutenção especializada.
		4. Laser de Argônio: emite comprimento de onda único (490 nm). Maior intensidade de luz. Menor tempo de exposição. Produção de calor. Alto custo (R$ 5000).
	Técnica de Fotopolimerização:
	Polímeros: contração de polimerização (1,9 a 5% de todo volume).
	Intensidade da luz: alta intensidade ( rápida contração ( polímeros cruzados ( maior penetração. Baixa intensidade ( lenta contração ( polímeros lineares (melhor propriedades mecânicas) ( menor penetração.
	Técnica de fotoativação (independe do aparelho):
Uniforme ou contínua (convencional).
Gradual (Soft Start).
Gradual exponencial (Ramp).
Alto pulso de energia.
Pulso interrompido (Pulse Delay).
Uniforme ou contínua (convencional): aplicação da luz por período continuo. Ex: 400 mW/cm² por 40 s. É a mais utilizada. Rápida polimerização. Induz tensões na interface dente/restauração comprometendo oselamento marginal.
Gradual (Soft Start): Inicia com baixa intensidade de luz por pouco tempo e, em seguida, alta densidade de luz por um período de tempo maior. Tende a aumentar a duração da fase pré-gel. Resultados controversos pela ausência de tempo entre as diferentes intensidades. Utilizar o aparelho afastado por 10 s e mais 30 s perto.
Gradual exponencial (Ramp): controlada pelo aparelho. Dita como a melhor. A luz é aplicada inicialmente em baixa intensidade e aumenta gradualmente ou exponencialmente um intervalo de tempo. Polimerização mais lenta. Maiores possibilidades de escoamento das tensões.
Alto pulso de energia: Não tem serventia. Utilizada em aparelho com o arco de plasma, laser de argônio e algumas lâmpadas halógenas. Altas intensidades de energia 1000-2800 mW/cm² em curtos períodos de tempo (3, 10 ou até 20 s).
Pulso Interrompido (pulse delay): preconizada, mas requer muito tempo. Modo descontínuo de polimerização. Aplicação da luz em pulsos separados. Baseai-se na teoria de que um período sem luz (4 min) permite a resina um maior fluxo molecular, possibilitando maior escoamento das tensões de polimerização. Idealizado para prolongar o período pré-gel para defleção da resina. 
Comparação das técnicas:
	Método
	Modo
	Potencia
	Tempo
	Geração de Tensão
	Uniforme
	Continuo
	Única
	Médio
	Média a alta
	Soft Start
	Continuo
	Varia
	Médio
	Media
	Ramp
	Continuo
	Varia
	Médio
	Media
	Alto pulso
	Continuo
	Única
	Curto
	Alta
	Pulse delay
	Descontinuo
	Varia
	Longo
	Baixa
Compatibilidade: aparelhos x fotoiniciadores.
Comprimento de luz visível (380 a 660 nm), UV (<380 nm), InfraV (>680 nm) e luz azul (470 nm).
Eficiência da fotopolimerização: o espectro de emissão de luz do aparelho deve coincidir com a faixa de absorção de luz do fotoiniciador.
Led de Segunda Geração: é o melhor.
Resinas que não se polimerizam com LEDs: ex-supreme 3M, solitaire 2, etc.
Polímeros: contração de polímeros. Depende do tamanho dos monômeros, quanto maior a partícula, maior a contração. Problemas: fendas na interface, descoloração marginal, carie secundaria, sensibilidade pós-operatória.
Configuração do preparo cavitário (fator C): numero de paredes aderidas divido pelo numero de pares livres. Quanto menor o fator C, melhor. Logo, tem-se fator C para classe0 V, III e I.
Usar técnica incremental: menor numero de parede unidas, mais faces para escoamento.
Volume de resina composta: quanto maior o volume, maior a tensão geral, porem a porcentagem de contração é a mesma.
Estratégia de técnica de polimerização: equilibrar a potencia e tempo. Potencia mínima: 400 mW/cm². Tempo mínimo: 40 s. Densidade de energia: 16 J/cm². Consegue bom polímero e boa profundidade de penetração da luz.
Procedimentos Adesivos Restaurador
	A adesão é efetivada na de dentina pela dentina intertubular. Na superfície da dentina os túbulos estão em menor quantidade, mas tem diâmetro maior. Quanto mais próximo da polpa, pior a adesão, por isso faz-se a proteção pulpar.
	Sistemas adesivos: ácido, primer e adesivo.
Acido: acido fosfórico 30-40% é o mais usado. Serve para desmineralização (limpeza, remove o smear layer, amplia a rugosidade microscópica, aumenta a energia de superfície do esmalte e inicialmente reduz a energia de superfície da dentina. Obs: camada híbrida (interação adesivo/dente, tornando esse complexo mais resistente que os dois separados).
Monômeros resinosos de caráter predominantemente hidrófilo: HEMA, 4-HEMA, MMA/TTB, MDP, Phenyl-P. Diluentes: álcool, H2O ou acetona – voláteis (evaporam e levam H2O junto, restando apenas os monômeros. Esses monômeros do primer: criam caminhos para monômeros adesivos, ampliam a energia de superfície dentinaria, mantêm fibrilas colágenas estendidas, permitem que as porosidades tenham melhor molhamento. Diluentes: mantêm monômeros do primer em solução, reduzem a rugosidade e permitem a evaporação da H2O em troca da infiltração de monômeros.
Adesivos: monômeros resinosos de caráter hidrófobo – Bis-GMA, UDMA, TEGDMA, MDP. Diluente.
Tipos de sistema adesivo:
	Condicionamento ácido total
	Autocondicionantes (melhor na dentina)
	Frasco único (2 passos – ácido, primer+adesivo)
	Primer ácido + adesivo (2 passos)
	Frascos separados (3 passos)
	Todos em um passo
Seqüência prática: ácido (no máximo 15 s em dentina e no mínimo 15 s em esmalte). Lavagem (20 s). Remover o excesso de umidade com bolinha de algodão ou papel absorvente. Primer (normalmente aplicar duas camadas). Aguardar 20 s. Adesivo (2 camadas, aguardando 20 s em cada camada aplicada) – superfície brilhante (adesivo bem colocado na cavidade), jogar um pouquinho de ar (seringa a um palmo de distância por 10 s, para evaporar.
Resina Composta
	Fase orgânica (Bis-GMA, UDMA, Bis-HEMA, TEG-DMA), fase inorgânica (quartzo, vidro de bário, vidro de estrôncio, vidro de zircônio, sílica) e agentes de união ou silanos.
	Matriz orgânica: viscosidade, polimerização e cor – monômeros, diluentes, iniciadores (resinas de presa física – fotopolimerizáveis), inibidor, pigmentos e opacificadores.
	Fase inorgânica: diminuição da contração, diminuição do coeficiente de expansão térmica, radiopacidade, controle de translucidez e dureza superficial.
	Classificação:
		Quanto ao tamanho das partículas (carga): macropartículas, híbridas e microhíbridas – mais resistentes. Micropartículas e nanopartículas – mais estéticas.
		Quanto maior a partícula, maior sua energia de superfície. Quanto menor a partícula, melhor o polimento (nanopartícula).
	Seleção da cor: levar em conta: brilho (valor), intensidade (croma) e tonalidade (matiz).
Matiz: é o nome da cor. Ex: A – Marrom, B – Amarelo, C – Cinza e D – Avermelhados.
Croma: quantidade de pigmento. Ex: azul-marinho.
Valor: é a quantidade de claro e escuro na cor.
Clareamento Dental
	Etiologias das alterações de cor:
		Manchas extrínsecas: café, chá, cigarro, bebidas e alimentos com corante, acumulo de placa (bactérias cromógenas). Tratamento: raspagem e profilaxia corono-radicular.
		Manchas intrínsecas (adquiridas): substrato dental (esmalte ou dentina). Etiologia: ingestão excessiva de tetraciclinas e flúor, traumatismo dental, cárie, tratamento endodôntico mal realizado, matérias restauradores, fisiologia (idade).
			Tetraciclina: associa-se ao cálcio ( ortofosfato-tetraciclina. Grau I e II: amarelamento – basta clareamento. Grau III e IV: clareamento pode ser usado, mas necessita de associação (facetas). Pré-eruptivo e pós-eruptivo (alterações mais discretas que a pré-eruptiva).
			Flúor: manchas brancas~manchas coradas (esmalte rugoso). Podem ter manchas marrons devido às manchas extrínsecas sobre as rugosidades. Machas em dois hemiarcos da mesma arcada.
			Manchamentos oriundos de agentes metálicos: dificilmente serão revertidos por clareamentos.
	Manchas intrínsecas (sistêmicas): porfirismo congênito, ingestão excessiva de flúor e tetraciclina, eritoblastose fetal, amelogenese imperfeita, hipoplasia de esmalte, dentinogenese imperfeita. Não surti efeito o clareamento dental.
	Agentes clareadores:
		Peróxido de hidrogênio (H2O2): o O2 será responsável pelo clareamento. Concentrações de 1,5 a 35% (peridrol).
		Peróxido de Carbamida (H4N2O – H2O2): se degrada em H2O2 e uréia ( CO2 e NH3 (amônia). Concentrações de 10% a 37%. Antimicrobiano.
		Ácido clorídrico (HCl): Concentrações de 9%-36%. Mais abrasivo.
	Métodos de clareamento: dentes com vitalidade pulpar (externo ou extrínseco). Dentes sem vitalidade pulpar (interno ou intrínseco). Ambulatorial (consultório). Caseiro supervisionado (nightguard vital bleaching). Clareamento sem prescrição profissional.
		Caseiro: registro da cor (escala de Vita), moldagem, molde, modelo, placa de silicone, prescrever agente clareador.
	Problema
	Causa
	Sensibilidade dentinária
	Longo tempo de uso e alta concentração do agente clareador
	Dor de cabeça
	Bruxismoou apertamento
	Xerostomia
	Uso de medicamentos
	Irritação dos tecidos moles
	Uso de muito clareador
	Inflamação na gengiva
	Ingestão de clareador
	Diarréia
	Glicerina
	Regressão do clareamento
	Café, chá, tabaco

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