Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FISIOTERAPIA NO TCE • DEFINIÇÃO: Traumatismo Crânio-Encefálico conceitua-se como qualquer agressão que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo.(NITRINI, 2005) • EPIDEMIOLOGIA: Países desenvolvidos é a principal causa de morte em crianças e adultos jovens. 4 ª causa de morte nos E.U.A. E.U.A. a cada 5 minutos 1 pessoa morre e outra fica incapacitada 50.000 morrem anualmente de TCE 80.000 lesões resultam em incapacidades Homens>mulheres 2:1 Idade entre 15 e 24 anos • Segundo a OMS avalia que 1 a cada 4-9 pessoas sofre a cada ano lesões incapacitantes. • Valores acima de 40% de internações a depender do hospital estudado, por trauma mecânico. • ETIOLOGIA: Acidentes com veículos motores(automóveis e motos)- 50% Quedas – 21% Violência- 12% Esportes e atividades recreativas- 10% Abuso infantil – 64% por TCE’s em crianças. Rede Sarah- 1º acidentes 2º violência • MECANISMO DA LESÃO: Golpes diretos= lesões por golpe = lesões por contra-golpe Objetos perfurantes Lesões na cabeça e pescoço • FISIOPATOLOGIA DA LESÃO: 1. Lesões ou danos primários: - decorrente da ação da força agresora(acelereação,desacelereação,forças rotacionais,objetos perfurantes) resultam= laceração do tecido,compressão,tensão,cisalhamento ou uma combinação. a. fraturas b. contusões e lacerações do cérebro c. lesão axonal difusa(LAD) 2.Lesões ou danos secundários: - decorrentes logo ou após um certo período do trauma Resultam de: a. Aumento da PIC b. Hipóxia cerebral ou isquemia c. Hemorragia intracraniana d. Desequilíbrio eletrolítico e ácido-base e. Infecção secundária a feridas abertas f. Convulsões • ALTERAÇÕES APÓS TCE: 1. SNA : taxa e regularidade dos pulsos, aumento da temperatura, pressão sanguínea, suor excessivo, salivação e secreção sebosa. 2.Motoras,funcionais,sensoriais e perceptivas: Decorticação x Descerebração Hemiplegia ou monoplegia Reflexos anormais Tônus: hipo ou hipertonia Espasticidade Distúrbios motores de tempo, sequência e coordenação:aréas cerebelares Perda do equilíbrio e da sensação Afasia, disartria, disfagia e dificuldades motoras visuo-espaciais e perceptivas. * sinais assimétricos cerebelares e piramidais * alterações podem ser uni ou bilaterais 3. Consciência /Coma: Alerta Concussão leve Letargia Esturpor/Torpor Desorientação Coma (Escala de Glasgow) Morte cerebral PARÂMETRO RESPOSTA OBSERVADA ESCORE ABERTURA OCULAR Abertura espontânea 4 Estímulos verbais 3 Estímulos dolorosos 2 Ausente 1 MELHOR RESPOSTA VERBAL Orientado 5 Confuso 4 Palavras inapropriadas 3 Sons ininteligíveis 2 Ausente 1 MELHOR RESPOSTA MOTORA Obedece a comandos verbais 6 Localiza estímulos 5 Retirada inespecífica 4 Padrão flexor 3 Padrão extensor 2 Ausente 1 4. Cognitivas,personalidade e comportamentais Distúrbios da função intelectual, memória Irritação,raiva,atenção diminuída,perda do raciocínio,comportamentos sociais inadequados • COMPLICAÇÕES: - Úlceras de décubito ou escaras - Contraturas e /ou deformidades - Infecções - Problemas pulmonares - Epilepsia pós-traumática - Ossificação heterotópica - TVP • Avaliação clínica: Exame de crânio e coluna Grau de consciência(ECG) TCE leve- 13 a 15 moderado- 9-12 severo- 6 a 8 muito grave-3 a 5 morte cerebral =3 Tamanho e reatividade das pupilas: tamanho: miose x midríase comparação: isocoria x anisocoria respostas à luz: reflexo fotomotor consensual • Padrão respiratório: Normal Cheyne-stokes Hiperpnéia neurogênica Em salvas Motricidade oculocefálica: manobra dos olhos de boneca • Atividade músculo-esquelética: Déficits motores Posturas patológicas Ausência de atividade motora EXAMES COMPLEMENTARES: - R X simples de crânio :AP E PERFIL - TC - RNM - EEG - Monitorização da PIC= valores até 20mmHg • TRATAMENTO CLÍNICO: - Antibióticos - Cirurgias - Drenagem cirúrgica - Controle da HIC * • AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 1. Histórico : lesão,trabalho,lesões anteriores,nível educacional 2.Dados do paciente/família:metas do paciente e família,fatores socio-econômicos e pessoais 3.Outras avaliações dos membros da equipe da saúde 4. Testes e medições: A. Revisão dos sistemas 1. Circulatório/respiratório 2. Tegumentar 3. Músculoesquelético 4. Sistema Nervoso: a. Sensorial b. Motor 1.Deficiências simples:Tônus Força Flexibilidade Velocidade Resistência 2.Deficiências complexas: Sinergias básicas Modificação das sinergias Reações antecipatórias Uso de feedback 3. Incapacidades c.Visão d.Vestibular 5.SNA : intestino e bexiga 6. Cognitivo 7.Linguagem 8.Emocional • TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: Fase aguda- hospitalar Objetivos: - Promover uma boa função respiratória - Prevenir contraturas e deformidades e complicações secundárias -Tratar as anormalidades de movimento e de tônus muscular • Conduta: Alongamento passivo e lento Exercícios de ADM Mobilização intra -articular Exercícios de fortalecimento* Posicionamento(rolos,travesseiros, cunhas, espumas) Exercícios e alongamentos respira- tórios Reeducação funcional respiratória Propriocepção( tapping de pressão)* Treino de sentar levantar* Treino de reações de equilíbrio sentado e descarga de peso* Método Kabat* Órteses (punho, tornozelo)=colocadas no mm. em posição alongadaou neutra=estira os elementos do tec.conjuntivo e adição de sarcômeros às fibras musculares. • Fase ambulatorial: Objetivos: os mesmos acima -Proporcionar um equilíbrio, coordenação, postura corretas -Maximizar toda habilidade remanescente -Proporcionar uma independência funcional e qualidade de vida. • Conduta: Eletrotermoterapia: Tens, calor superficial,FES Crioterapia Mecanoterapia:prancha ortostática,espaldar bicicleta.... Método Bobath Método Kabat/FNP PRM Método Rood Biofeedback Fisioterapia Aquática e/ou atividades de lazer Treino de AVD’s com atividades funcionais e uso de órteses adaptadas. Treino de transferências Treino de marcha Exercícios aeróbicos(bicicleta,caminhada) Orientações ao cuidador e família e adaptações para casa.
Compartilhar