Buscar

Diagnóstico Bucal - Resumo Biópsia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO TEÓRICO: 
AULA DE TÉCNICAS DE COLETA DE MATERIAL – BIÓPSIA
Prof.ª Ana Flávia Schueler
PARA IDENTIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO ADEQUADO DE QUALQUER LESÃO
Quando um crescimento anormal de tecido é identificado, diversos passos ordenados são realizados para identificar e caracterizar a lesão com o objetivo de instituir o tratamento adequado.
ANAMNESE + EXAME FÍSICO DETALHADOS
EXAME RADIOGRÁFICO
 EXAMES LABORATORIAIS (quando indicado)
BIÓPSIA (quando indicado)
Biópsia: É um procedimento clínico que consiste na remoção de um fragmento de tecido vivo com a finalidade de diagnóstico, por exame microscópio.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES DAS BIÓPSIAS
Suspeita de lesões malignas e potencialmente malignas: Lesões vermelhas, brancas, leucoeritroplásicas ou ulceradas dependendo da história clínica, Lesões pigmentadas, dependendo da história clínica, Lesões que apresentem um crescimento rápido, Lesões desconhecidas em área de alto risco para o desenvolvimento do câncer de boca: assoalho de boca e língua.
Confirmar diagnóstico clínico.
Para excluir um diagnóstico e tranquilizar o paciente e familiares (preocupação excessiva – cancerofobia).
Qualquer crescimento ou lesões persistentes de etiologia incerta presente por mais de 10 – 14 dias.
Lesões que não respondem ao tratamento após 10 – 14 dias. 
Lesões persistentes na gengiva/ periodonto
Lesões intraósseas que estão aumentando de tamanho
Todo tecido excisado de rotina deve ser enviado para análise histopatológica: 
Gengivectomia, 
Hiperplasias para preparo protético,
 Lesões apicais em progressão, 
Lesões ósseas 
Classificação das Biópsias: 
Biópsia incisional: Retirada de parte da lesão.
Lesões difusas (pode ser necessário biopsiar diversas áreas)
Lesões com suspeita de malignidade, 
Lesões grandes ( quando há necessidade de diagnóstico definitivo antes de planejar a remoção completa da lesão)
Biópsia excisional: Remoção completa da lesão.
Lesões pequenas, isoladas e provavelmente benignas.
TÉCNICAS DE BIÓPSIA – INSTRUMENTAIS UTILIZADOS: 
Bisturi: principalmente lâmina de bisturi n 15.
Punch: instrumento bastante utilizado em dermatologia, cilindro oco com lamina circular na extremidade. Pode se usar em qualquer área na cavidade bucal, mais útil no palato, língua e gengiva e também para reabrir área de implante para confecção de prótese. O diâmetro pode variar de 2-8 mm
Pinça Saca bocado: Indicada para áreas de difícil acesso, porém visíveis clinicamente como os 2/3 posteriores da língua, palato mole, arco palatoglosso, Desvantagem: esmaga parte do tecido que prejudica o exame histopatológico. Parte ativa em forma de concha e outra extremidade cortante. Muito usada em ginecologia e otorrinolaringologia. 
Curetas alveolares: bastante utilizada em lesões císticas em lesões que apresentem uma cavidade. 
Bisturi elétrico: Afeta as margens da lesão, prejudica a análise histopatológicas. 
Laser cirúrgico: Afeta as margens da lesão, prejudica a análise histopatológicas.
ETAPAS DO PROCEDIMENTO CLÍNICO DE BIÓPSIA: 
Antissepsia local: bochecho com clorexidina 0,12% antes do procedimento
Anestesia: Bloqueio anestésico local é preferível à anestesia infiltrativa. A anestesia infiltrativa pode auxiliar no controle do sangramento. Ao realizar a infiltração anestésica, infiltrar ao redor da lesão e não na lesão para evitar a produção de artefatos. 
Diérese: Incisão. Indica-se realizar em tecidos moles duas incisões em forma de elíptica de tal forma que venham convergir em profundidade.
Hemostasia: Controle do sangramento
Exérese: Cirurgia propriamente dita / Remoção
Síntese: Sutura
PUNÇÃO:
Procedimento prévio a biópsia
Objetivo: Para descartar lesão de origem vascular e definir se a lesão é sólida ou cística.
Tipos de líquidos:
Lesão Vascular: Sangue
Lesão cística: Citrino, Marrom, Transparente, Turvo
Mucocele/ rânula: Saliva
Abscessos: Pus
Biópsia por congelação
Exame Transoperatório que serve para análise microscópica durante o ato cirúrgico.
Serve para: 
Analisar as margens de uma lesão maligna ou analisar lesão suspeita de malignidade.
Tomar decisões cirúrgicas
Exemplo de como funciona: O tecido removido é enviado imediatamente por congelação com auxílio de um CRIOSTATO para avaliação histopatológica. Caso positivo se amplia as margens com paciente ainda anestesiado, poupando de outro ato cirúrgico.
Citologia esfoliativa – citopatologia
Método que examina as células superficiais do epitélio;
Não requer anestesia.
Fixar imediatamente em álcool (detalhes celulares se perdem rapidamente)
Auxilia na detecção de tumores malignos de origem epitelial, doenças virais, fúngicas e bacterianas;
Biópsia por agulha - PAAF
PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina)18G ou BAAF 22/25 G.
Modalidade de exame citopatológico;
Estudo das células colhidas por meio de uma agulha fina e um sistema a vácuo, acoplados a uma seringa;
NÃO substitui histopatologia, mas é um método auxiliar importante;
Método diagnóstico rápido, auxiliar no direcionamento da conduta terapêutica, diferenciando a natureza da lesão:
INFLAMATÓRIA X NEOPLÁSICA
BENIGNA X MALIGNA
Ind: Lesões palpáveis e profundas de difícil acesso
Muito utilizada em região de cabeça e pescoço, como em tireoide, linfonodos, glândulas salivares maiores
Lesões suspeitas de malignidade
Áreas mais significativas: Áreas vermelhas 
Lesões ulceradas: Áreas centrais (úlcera) mostram somente necrose e inflamação . Risco de : Laudo falso-negativo ou inconclusivo.
Buscar área na periferia da lesão.
Uso do Corante vital: AZUL DE TOLUIDINA (TAT)
Teste azul de toluidina (TAT)
O corante tem afinidade por tecidos com aumento das mitoses celulares: por maior concentração de ácidos nucléicos (DNA / RNA – citoplasma);
VANTAGEM: Rápido, fácil e baixo custo.
DESVANTAGEM: 
Pode corar também tecidos inflamados e áreas de neoplasias benignas;
Determina a extensão da lesão apenas em superfície e não em profundidade;
Falsos-positivos: Dorso de língua, áreas ulceradas e área de carúnculas;
Falsos-negativos: áreas de carcinomas infiltrativos recobertos por mucosa íntegra.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES: 
Coloração in vivo;
Sugere áreas de displasias epiteliais, carcinomas in situ e precocemente invasivos;
Acompanhamento clínico de lesões cancerizáveis;
Seleção de áreas para a realização de biópsias;
Monitorização de pacientes com tratamento prévio por câncer bucal.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Solução aquosa de Azul de Toluidina a 1%;
Ácido acético a 1%;
Gaze;
Cotonete
TÉCNICA:
Bochecho com água para a remoção inicial de resíduos por 20 seg;
Aplicação do Ácido acético a 1% com cotonete no local a ser estudado – 20 seg;
Seca-se o local;
Aplica-se o Azul de Toluidina a 1% (1 min),
Remoção do excesso do corante com gaze;
Ácido acético a 1% novamente;
Secagem do local e observação.
CONSIDERAÇÕES:
TAT: não tem finalidade diagnóstica. Apenas orienta na escolha da área a ser biopsiada, funcionando como auxiliar do exame físico;
Não deve substituir o exame clínico detalhado, o levantamento da história médica e a indicação de biópsia quando necessário.
Lesões Ulceradas e Lesões vesiculobolhosas
O diagnóstico se faz através de características histopatológicas da região perilesional.
REQUISIÇÃO HISTOPATOLÓGICA:
Identificação do paciente;
Breve relato clínico: Descrição da lesão, localização, tempo de evolução, sintomatologia, procedimentos prévios;
Observações transoperatórias (resistência do tecido, drenagem de secreção - aspecto;
Hipóteses de diagnóstico;
Envio de outros exames complementares
CUIDADOS COM A PEÇA
Frasco devidamente identificado
Evitar comprimir com a pinça: artefato
Evitar dilacerar o tecido
Remover sangue 
Acondicionamento em frasco com fixador formol a 10%
Peça totalmente submersa no formol
Estender a lesão sobre um pedaço de papel auxilia a não enrolar a peça e a não perder fragmentos pequenos
CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS
Normalmente os mesmos cuidadospara Cirurgia Oral Menor (exodontias).
Dor: SOS Prescrição de analgésicos como dipirona, paracetamol. 
Repouso e orientação quanto a alimentação nas primeiras 48 horas.
Higiene bucal e prescrição de clorexidina tópica até a remoção da sutura.
Pequeno sangramento: pressionar com gaze.
Retorno em 1 semana para remoção de sutura.
Cicatriz geralmente quase imperceptível.
Esclarecer ao paciente que o Fragmento de tecido removido será submetido a exame microscópio (histopatológico) = Laudo Histopatológico.
Entregar o laudo ao paciente com os devidos esclarecimentos sobre o resultado.

Outros materiais