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Apostila - Concurso para Delegado - Juris

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PORTUGUÊS .......................................... 05 
Ortografia ............................................................ 05 
Aspectos Morfológicos ........................................ 08 
Aspectos Sintáticos ............................................. 15 
Sintaxe de Concordância .................................... 20 
Sintaxe de Regência ........................................... 24 
Pontuação ........................................................... 27 
Semântica ........................................................... 29 
Exercícios ........................................................... 31 
 
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA .................. 41 
Constituição do Estado do Maranhão ................. 41 
Lei 6.107/94 – Servidores Públicos do Estado 
do Maranhão ....................................................... 76 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ................. 101 
Introdução ........................................................... 101 
Administração Pública ......................................... 102 
Teoria dos Órgãos Públicos ................................ 105 
Agentes Públicos ................................................ 106 
Dos Poderes Administrativos .............................. 110 
Atos Administrativos ............................................ 114 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL ................. 123 
Poder Constituinte ............................................... 123 
Princípios Fundamentais ..................................... 127 
Dos Direitos Fundamentais ................................. 129 
Da Nacionalidade ................................................ 151 
Dos Direitos Políticos .......................................... 153 
Organização Político-Administrativa ................... 155 
Do Poder Legislativo ........................................... 169 
Do Poder Executivo ............................................ 178 
Do Poder Judiciário ............................................. 182 
Da Ordem Social ................................................. 201 
 
DIREITO EMPRESARIAL ....................... 207 
Introdução ........................................................... 207 
Sociedade Limitada ............................................. 210 
Sociedade Anônima ............................................ 211 
Falência e Recuperação ..................................... 218 
 
 
 
DIREITO PENAL ..................................... 221 
Introdução e Definições ...................................... 221 
Infração Penal ..................................................... 222 
Concurso de Pessoas ......................................... 225 
Excludentes de Ilicitude ...................................... 226 
Exclusão de Culpabilidade .................................. 227 
Imputabilidade Penal .......................................... 227 
Dos Crimes Contra a Pessoa ............................. 228 
Dos Crimes Contra o Patrimônio ........................ 243 
Dos Crimes Contra a Administração Pública ...... 256 
Dos Crimes Contra a Propriedade Imaterial ....... 274 
Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual ............. 275 
Dos Crimes Contra o Sentimento Religioso ........ 278 
Dos Crimes Contra a Família .............................. 278 
Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública ....... 280 
Dos Crimes Contra a Paz Pública ....................... 283 
Dos Crimes Contra a Fé Pública ........................ 284 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL .......... 287 
Sistemas Processuais ......................................... 287 
Inquérito Policial .................................................. 288 
Da Prova ............................................................. 292 
Das Questões e dos Processos Incidentes ........ 305 
Da Jurisprudência e Competência ...................... 307 
Da Ação Penal .................................................... 310 
Prisão Provisória ................................................. 315 
Prisão Temporária .............................................. 319 
Citações e Intimações ......................................... 319 
Processos em Espécie ....................................... 323 
Nulidades e Recursos ......................................... 326 
 
MEDICINA LEGAL ................................. 331 
Conceito e Classificação ..................................... 331 
Legislação ........................................................... 331 
Documento e Relatório Médico-Legais ............... 335 
Corpo de Delito ................................................... 335 
Traumatologia Forense ....................................... 337 
Tanatologia Forense ........................................... 341 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 
29/9/2008, o decreto com o cronograma de implantação do 
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no Brasil. O e-
vento foi realizado na Academia Brasileira de Letras (ABL), 
durante uma sessão solene em homenagem ao centenário 
da morte do escritor Machado de Assis. As mudanças da 
ortografia já entram em vigor em janeiro de 2009 e a im-
plantação do acordo será feita de forma gradual, com um 
período de transição até 2012. Nesse interregno, os con-
cursos públicos e vestibulares vão aceitar as duas formas 
de escrita: a atual e a modificada. A grafia oficial única do 
idioma será implantada também em Angola, Moçambique, 
Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor-
Leste e Portugal. 
Faremos um estudo paralelo entre as regras antigas e 
as novas. Estas serão apresentadas nas observações. 
 
ACENTUAÇÃO 
 
REGRAS BÁSICAS 
 
a) Proparoxítonas: todas são acentuadas 
Ex.: aerólito, bólido, amálgama, arquétipo, ínterim, espéci-
me, ímprobo, azáfama, zênite 
 
b) Paroxítonas: somente as terminadas em: 
• I(s), US, Ã(s), ÃO(s): júri, vênus, imã, órgão 
• R, X, N, L: âmbar, ônix, hífen, réptil 
• UM, UNS, ONS: álbum, prótons, 
• Ditongo gráfico: vício 
Nota: réptil ou reptil; projétil ou projetil 
 
c) Oxítonas: somente as terminadas em: 
• A, E, O(s): marabá, revés, jiló 
• EM, ENS: amém, conténs 
 
Nota: monossílabos tônicos – somente os terminados em 
O, E, A(s) 
Ex.: nós, fé, vá 
Observação: Não houve alteração nessas três regras 
REGRAS ESPECIAIS 
 
a) Regra dos ditongos abertos: acentuam-se todos os vo-
cábulos que apresentam os ditongos ÉU, ÉI, ÓI com timbre 
aberto. 
Ex.: chapéu, panacéia, constrói 
 
Observação: Não se usa mais o acento dos ditongos aber-
tos éi e ói das palavras paroxítonas. 
 
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paro-
xítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras o-
xítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: pa-
péis, herói, heróis, troféu, troféus. 
 
b) Regra do U e do I: acentuam-se os vocábulos que apre-
sentam o U ou o I: 
• tônicos; formando hiato com a vogal anterior; 
formando sílaba sozinhos ou com S. 
Ex.: traíra, egoísta, baú, balaústre 
Obs.: ra-i-nha, la-da-i-nha, mo-i-nho 
 
Observação: Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o 
acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um di-
tongo. 
Baiúca, bocaiúva, feiura 
 
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em 
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. E-
xemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 
 
c) Regra dos hiatos: acentua-se o hiato ÊEM dos verbos 
ler, dar, ver, crer e seus derivados 
 
ele 
lê 
dê 
vê 
crê 
eles 
lêem 
dêem 
vêem 
crêem 
 
ele 
tem 
vem 
retém 
convém 
eles 
têm 
vêm 
retêm 
convêm 
 
PORTUGUÊS 
 
 6 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
Observação Não se usa mais o acento das palavras 
terminadas em êem e ôo(s). 
creem, deem, leem, veem , abençoo , doo, enjoo, magoo, 
perdoo, povoo, , voos, zoo 
 
d) Regrado acento diferencial 
• de tonicidade (acentuam-se as tônicas) 
tu côas, ele côa (verbo) x coas, coa (prep. + art.) 
ele pára (verbo) x para (preposição) 
pôr (verbo) x por (preposição) 
• de tonicidade e timbre: 
 
pélo, pélas, péla (verbo) 
péla (substantivo) 
pêlo, pêlos (substantivo) 
pelo, pela, pelos, pelas (prep. + art.) 
pólo(s) (substantivo) 
pólo(s), póla(s) (substantivo) 
polo(s), pola(s) (prep. arcaica) 
pêra (substantivo) 
pêra (substantivo) 
Pêro (substantivo próprio) 
pero (conjunção arcaica) 
pera (preposição arcaica) 
 
• de timbre 
Ex.: ele pôde (pret. ind.) x ele pode (pres. ind.) 
 
Observação: Não se usa mais o acento que diferenciava 
os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pó-
lo(s)/polo(s) e pêra/pera. 
 
Atenção: 
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é 
a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito 
do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a for-
ma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singu-
lar. 
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é 
verbo. Por é preposição. 
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por 
mim. 
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do 
plural dos verbos ter e vir, assim como de seus deri-
vados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir 
etc.). 
Exemplos: 
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. 
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. 
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. 
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferen-
ciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso 
do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: 
Qual é a forma da fôrma do bolo? 
 
 
 
EMPREGO DO TREMA 
 
Coloca-se trema sobre o U quando: 
• É antecedido das consoantes Q e G; é seguido das 
vogais E e I; é pronunciado e átono. 
Ex.: seqüela, averigüei, tranqüilo, argüição 
 
Observação: Não se usa mais o trema ( ¨ ), sinal colocado 
sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada 
nos grupos gue, gui, que, qui. 
Arguir, bilíngue, aguentar 
 
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estran-
geiras e em suas derivadas. 
Exemplos: Müller, mülleriano. 
 
EMPREGO DE LETRAS 
 
1. Escrevem-se facultativamente: 
Aspecto/aspecto; característico/caraterístico; circuns-
pecto/circunspeto; conectivo/conetivo; contac-
to/contato; corrupção/corrução; corruptela/corrutela; 
espectro/espetro; sinóptico/sinótico; sumptuo-
so/suntuoso; tacto/tato. 
2. O ditongo ou alterna, em alguns vocábulos, com oi: 
Balouçar e baloiçar; calouro e caloiro; dourar e doirar. 
3. Nas formas verbais oxítonas se escreve ão: 
Amarão, deverão, partirão, etc. 
4. Nas verbais anoxítonas se escreve am: 
Amaram, deveram, partiram, etc. 
5. Escreve-se com i a conjugação dos verbos terminados 
em uir: 
Fluir – flui; atribuir – atribui; retribuir – retribui. 
6. Escreve-se com e a conjugação dos verbos terminados 
em oar e uar: 
Abençoar – abençoe; perdoar – perdoe; cultuar – cul-
tue; habituar – habitue; preceituar – preceitue 
7. Escrevem-se com o ou u: 
Mágoa, polir, tábua, jabuti. 
8. Escrevem-se com c ou q: 
Quatorze ou catorze, cinqüenta, quociente ou cociente. 
9. com ch ou x: 
anexim, bucha, cambaxirra, charque, chimarrão, coxia, 
estrebuchar, faxina, flecha, tachar (= notar; censurar), 
taxar (=determinar a taxa; regular), xícara, etc. 
10. com g ou j: 
estrangeiro, jenipapo, genitivo, aragem, gíria, jeito, ji-
bóia, agenda, jirau, laranjeira, lojista, majestade, via-
gem (s.f.), viajem (verbo viajar), etc. 
11. com s, ss, c ou ç: 
 ânsia, anticéptico, boca (cabo de navio), bossa (protu-
berância; aptidão), bolçar (vomitar), bolsar (fazer bol-
sos), caçula, censual (relativo a censo), sensual (lasci-
vo), etc. 
12. com s ou x: 
 espectador (testemunha), expectador (pessoa tem es-
perança), experto (perito; experimentado), esperto (ati-
PORTUGUÊS 
 
7 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
vo), esplêndido, esplendor, extremoso, justafluvial, jus-
tapor, misto, etc. 
13. com s ou z: 
 alazão, alcaçuz (planta), alisar (tornar liso), alizar 
(s.m.), anestesiar, bazar, blusa, buzina, coliseu, come-
zinho, cortês, esfuziar, esvaziamento, frenesi, garcês, 
guizo (s.m.), improvisar, irisar (dar as cores do íris a), 
lambuzar, luzidio, obséquio, sacerdotisa, moroso, xa-
drez, etc. 
14. O x tem som de: 
a) ch: xerife, xícara, ameixa, enxoval, peixe, etc. 
b) cs: anexo, complexidade, convexo, látex, etc. 
c) z, quando ocorre no prefixo exo, ou ex seguido de 
vogal: exame, êxito, êxodo, exotérmico, etc. 
d) ss: aproximar, auxiliar, máximo, proximidade, sin-
taxe, etc. 
e) s final de sílaba: contexto, fênix, pretextar, sexto, 
sexto, textual, etc. 
 
Emprego do hífen com prefixos 
 
Regra básica 
Sempre se usa o hífen diante de h: 
anti-higiênico, super-homem. 
 
Outros casos 
 
1. Prefixo terminado em vogal: 
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antia-
éreo. 
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: an-
teprojeto, semicírculo. 
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: an-
tirracismo, antissocial, ultrassom. 
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, mi-
cro-ondas. 
 
2. Prefixo terminado em consoante: 
• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, 
sub-bibliotecário. 
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunici-
pal, supersônico. 
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteres-
sante. 
 
Observações 
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de 
palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Pala-
vras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem 
hífen: subumano, subumanidade. 
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de 
palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, 
pan-americano etc. 
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo ele-
mento, mesmo quando este se inicia por o: coobriga-
ção, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocu-
pante etc. 
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vi-
ce-almirante etc. 
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que per-
deram a noção de composição, como girassol, ma-
dressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, para-
quedista etc. 
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, 
pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, 
além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, 
pré-vestibular, pró-europeu. 
 
HOMONÍMIA E PARONÍMIA 
 
HOMÔNIMAS 
 
Palavras que têm a mesma pronúncia ou a mesma gra-
fia, ou ambos, mas sentido diferente. São: 
• Homófonas: têm a mesma pronúncia, mas grafia e 
sentido diferentes. 
Acender (atear fogo) e ascender (subir 
Apressar (pôr pressa) e apreçar (dar preço a) 
Cela (cubículo) e sela (arreio) 
• Homógrafas: têm a mesma grafia, mas sentido dife-
rente. 
Colher (substantivo) e colher (verbo) 
Jogo (substantivo) e jogo (verbo) 
• Perfeitas: palavras de mesma grafia e mesma pro-
núncia 
Mente (substantivo) e mente (verbo mentir) 
Amo (patrão) e amo (do verbo amar) 
 
PARÔNIMAS 
 
Palavras com semelhante pronúncia e grafia. 
Área (superfície) e ária (melodia, cantiga) 
Descrição (de descrever) e discrição (modéstia) 
 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
GRAFIA DAS PALAVRAS MAL E MAU 
 
MAU ⇒ é adjetivo ou substantivo (quando se puder substi-
tuir por BOM) 
MAL ⇒ é advérbio, substantivo ou conjunção (quando se 
puder substituir por BEM, APENAS ou LOGO 
QUE. 
Ex.: Não há mal que não se cure. 
 A seleção fez um mau jogo. 
 Mal começou o curso e se sente preparado. 
 
GRAFIA DA PALAVRA PORQUE 
 
POR QUE ⇒ Pode ser: 
a) pronome relativo; 
b) pronome interrogativo; 
c) pronome indefinido 
 
PORTUGUÊS 
 
 8 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
Ex.: As ruas por andei continuam belas. 
 Quero saber agora por que você não veio.Ela não explicou por que não veio. 
PORQUE ⇒ Pode ser: Conjunção subordinativa causal ou 
coordenativa explicativa 
Ex.: O homem caiu porque a luz se apagou. 
 Corra, porque a Polícia vem aí. 
 
PORQUÊ ⇒ substantivo 
Ex.: Há sempre um porquê para tudo. 
POR QUÊ ⇒ pronome interrogativo 
Ex.: Estamos aqui por quê? 
 
PALAVRAS DE GRAFIA DIFÍCIL 
 
A ou HÁ 
 
HÁ: Tempo decorrido (= faz); existe(m) 
Ex.: Não o vejo há dois anos. 
 Nesta sala há muitos alunos. 
 
A: Tempo futuro ou distância 
Ex.: Só o verei daqui a dois anos. 
 Sua casa fica a muitas quadras daqui. 
 
AFIM e A FIM DE 
 
AFIM = parente, afinidade 
A FIM = para 
Ex.: São duas pessoas afins. 
 Ele estudou a fim de passar no Vestibular. 
 
DEMAIS e DE MAIS 
 
DEMAIS = muito 
DE MAIS ≠ de menos 
Ex.: Aquela mulher fala demais. 
 Não tem nada de mais. 
 
ABAIXO e A ABAIXO 
 
ABAIXO = sob, embaixo 
A BAIXO = até embaixo 
Ex.: Fica no andar abaixo do teu. 
 Olhou-me de alto a baixo. 
 
ACERCA DE e HÁ CERCA DE 
 
ACERCA DE = sobre 
HÁ CERCA DE = existe(m) perto de. 
Ex.: Conversávamos acerca de futebol. 
 Há cerca de trinta alunos em sala. 
 
TAMPOUCO e TÃO POUCO 
 
TAMPOUCO = nem 
TÃO POUCO = muito pouco 
Ex.: Não estuda tampouco trabalha 
 Ele estuda tão pouco 
 
CONQUANTO e COM QUANTO 
 
CONQUANTO = embora 
COM QUANTO = com que quantia 
Ex.: Foi aprovado conquanto não estudasse 
 Com quanto dinheiro você saiu de casa? 
 
MAIS e MAS 
 
MAIS = advérbio de intensidade (≠ de menos); pronome 
indefinido 
MAS = conjunção coordenativa adversativa (= porém) 
Ex.: Ele estudou mais que você 
 Ele estudou, mas não foi aprovado. 
 
SENÃO e SE NÃO 
 
SENÃO = substantivo e partícula denotativa ( = apenas, 
somente 
SE NÃO = conjunção subordinativa condicional + advérbio 
de negação (= caso não). 
Ex.: Sua apresentação não teve um senão. (subst.) 
Não se viam senão pássaros. (= apenas) 
 Irei, se não chover. (= caso não) 
 
 
 
 
 
CLASSE DE PALAVRAS 
 
 As palavras, morfologicamente, estão agrupadas em 
dez classes: 
 
FLEXIVAS INFLEXIVAS 
01. Substantivos 07. Preposições 
02. Adjetivos 08. Advérbios 
03. Verbos 09. Interjeições 
04. Pronomes 10. Conjunções 
05. Numerais 
06. Artigos 
 
Substantivos, Adjetivos e Verbos 
1. Substantivos: palavras com as quais denominamos os 
seres. 
2. Adjetivos: palavras com as quais qualificamos os seres 
3. Verbos: palavras com as quais expressamos as ações 
dos seres e os fenômenos da natureza. 
Observe os seguintes exemplos: 
 
 
 
PORTUGUÊS 
 
9 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
1 a) Gosta de sorvete com CREME. 
 b) Comprou um sapato CREME. 
 a. CREME � substantivo (denominação de um 
obj.) 
 b. CREME � adjetivo (qualidade do sapato). 
2 a) É preciso OLHAR com atenção. 
 b) Fixou-se no teu OLHAR. 
 a. OLHAR � verbo (ação de) 
 b. OLHAR � substantivo (denominação; verbo 
substantivado). 
3 a) Sempre foi um homem JUSTO. 
 b) O JUSTO pagou pelo pecador. 
 a. JUSTO � adjetivo (qualidade do homem) 
 b. JUSTO � substantivo (denominação; adjetivo 
substantivado). 
4 a) Era uma pessoa TRISTE. 
 b) Ele tinha muita TRISTEZA. 
 a. TRISTE � adjetivo (qualidade da pessoa). 
 b. TRISTEZA � substantivo (denominação de um 
sentimento) 
 
Obs.: Para estes casos em que o substantivo abstrato é de-
rivado do adjetivo, utilize o seguinte expediente: 
SER ou ESTAR – adjetivos TER – substantivos. 
 
5 a) Ele era um CACHORRO amigo. 
 b) Ele era um amigo CACHORRO. 
 a. CACHORRO � substantivo (denominação de 
um ser). 
 b. CACHORRO � adjetivo (qualidade do amigo). 
 
PRONOMES, ADVÉRBIOS E NUMERAIS 
1 O cantor era alto. (qualifica o substantivo � Adjeti-
vo) A 
2 Ele cantava alto. (modifica o verbo � Advérbio) 
3 Ele cantava muito. (intensifica o verbo � Advérbio) 
Ele era muito alto (intensifica o adjetivo � Advérbio) 
Ele morava muito longe (intensifica outro advérbio � 
Advérbio) 
B 
4 Ele tem muito dinheiro (quantifica o substantivo � 
Pronome 
5 Muitos candidatos se inscreveram (acompanha o 
substantivo � Pronome Adjetivo) 
C 
6 Muitos já desistiram (substitui o substantivo � Pro-
nome Substantivo) 
 
QUE, QUEM, QUAL, QUANTO 
1. Pronome relativo: Relaciona-se com um antece-
dente expresso na oração anterior. 
2. Pronome interrogativo: sem antecedente, traduz a 
idéia de interrogação. 
3. Pronome indefinido: sem antecedente e sem idéia 
de interrogação. 
Exemplos: 1. Conheci o artista a quem todos admiram. 
 2. Quero saber quem vocês admiram. 
 3. Chegou quem vocês admiram. 
 
COMO, ONDE, QUANDO, POR QUE 
1. Pronome relativo: se houver antecedente. 
2. Advérbio interrogativo: se for frase interrogativa. 
3. Advérbio: se não houver antecedente e não for fra-
se interrogativa. 
Ex.: 1. Esta é a rua onde ela mora. 
 2. Onde ela mora? 
 Quero saber onde ela mora. 
 3. Não sei onde ela mora. 
 
 
O, A, OS, AS 
1. Artigo definido: Antecedendo a substantivos. 
Ex.: o livro, a casa, ... 
2. Pronome pessoal: substituindo a ele(s), ela(s), vo-
cê(s) 
Ex.: Não o encontrei. (= a ele); Nós a enviamos pelo 
correio. (= a ela) 
3. Pronome substantivo demonstrativo: substituindo 
aquele(s), aquela(s), aquilo, isto. 
Ex.: Não ouviu o que você disse. (= aquilo); Referiu-
se à que saiu. (= àquele); Levante-se o da direita. 
(= aquele); Passar, todos querem; estudar, ninguém 
o deseja. (= isto) 
4. Preposição essencial: equivalente a até, para, em 
direção, a ... 
Ex.: Fui a até praia. (= até, para); Recomendei-o a 
você. (= para) 
 
PALAVRAS DENOTATIVAS 
1. 
a) só = sozinho � adjetivo 
b) só = somente, apenas � palavra de exclusão 
Ex.: Ela veio só. (= sozinha); Ela só anda a pé (= 
somente). 
2. 
a) mesmo = próprio � pronome adjetivo de-
monstrativo. 
b) Mesmo = inclusive, até � palavra denotativa 
de inclusão. 
Ex.: Ele mesmo fez a reclamação. (= próprio); 
Mesmo a diretoria se enganou. (= inclusive). 
3. 
a) até = em direção a � preposição 
b) até = inclusive � palavra denotativa de inclu-
são 
Ex.: Caminhou até a porta. (= em direção); Até o 
presidente riu. (= inclusive) 
4. 
a) é que = valor enfático (pode ser retirado � lo-
cução de realce 
b) é que = (não pode ser retirado � verbo + con-
junção 
Ex.: Nós é que fizemos o trabalho. (= Nós fizemos o 
trabalho); O certo é que eles não falarão. (= verbo 
ser + conjunção integrante que) 
 
 
PORTUGUÊS 
 
 10 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
PREPOSIÇÕES 
1. Palavras invariáveis cuja função é ligar palavras ou 
orações reduzidas de infinitivo: 
Ex.: Gosto de música. 
 Ele tem certeza de ter feito o melhor. 
2. Além de conectivos, muitas vezes as preposições 
acrescentam uma idéia circunstancial. 
Ex.: Venho de casa. (lugar) 
 Morreu de fome. (causa) 
 Porta de madeira. (matéria) 
 
CONJUNÇÕES 
1. Palavras invariáveis cuja função é ligar orações. 
2. Além de conectivos, acrescentam uma idéia: 
a. Coordenativas: 
I. Aditivas: e, nem, tampouco, mas também 
II. Adversativas: mas, porém, contudo, todavia 
III. Alternativas: ou, quer ... quer, ora ... ora 
IV. Conclusivas: logo, por isso, então 
V. Explicativas: porque, pois, já que, visto que 
b. Subordinativas: 
I. Causais: porque, já que, uma vez que 
II. Comparativas: (do) que, quanto, como 
III. Concessivas: embora, ainda que, mesmo 
que 
IV. Condicionais: se, caso, desde que 
V. Conformativas: conforme, como, segun-
do 
VI. Consecutivas: que (antecedido de tão, 
tal, tamanho, tanto) 
VII. Finais: a fim de que, para que 
VIII. Proporcionais: à proporção que, à medi-
da que 
IX. Temporais: quando, enquanto, logo que 
X. Integrantes: que, se (iniciando orações 
subordinadas substantivas) 
 
PALAVRA PORQUE 
Os conectivos porque, já que, visto que, uma vez que, 
pois, como, que... podem ser:1. Conjunção Coordenativa Explicativa (quando expli-
ca ordem ou suposição feitas pelo sujeito da enun-
ciação). 
Ex.: Saia daí, que você acaba caindo. (ordem: ver-
bo no imperativo) 
 Não reclame, pois a vitória está garantida. 
(verbo no imperativo) 
 Ele deve estar em casa, porque a luz está a-
cesa. (suposição) 
2. Conjunção Subordinativa Causal (quando dá a cau-
sa da ação do sujeito da oração principal). 
Ex.: Ele não caiu, porque ouviu o meu conselho. 
 A grama está molhada, visto que choveu on-
tem à noite. 
 Como está doente, o aluno ficou em casa. 
 
3. Conjunção subordinativa final (quando apresenta a 
finalidade da ação da oração principal. Pode ser 
substituída por “a fim de que”, “para que”) 
Ex.: Implorava aos fiéis porque parassem de julgar. 
 
 
PALAVRA COMO 
Como conectivo pode ser: 
1. Conjunção Subordinativa Causal: (equivalente a 
porque) 
Ex.: Como teve fome, foi à cozinha 
 (Foi à cozinha, porque teve fome) 
2. Conjunção Subordinativa Comparativa (equivalente 
a quanto) 
Ex.: Esforçou-se tanto como nós 
 (Esforçou-se tanto quanto nós) 
3. Conjunção Subordinativa Conformativa (equivalente 
a conforme) 
Ex.: Trabalhou como lhes ensinamos 
 (Trabalhou conforme lhe ensinamos) 
4. Pronome Relativo (substituível por qual e com ante-
cedente) 
Ex.: Desconheço o jeito como ele alcançou a solu-
ção. 
Pode ser ainda: 
5. Substantivo (quando substantivado por um determi-
nativo) 
Ex.: Quero saber o porque e o como de tudo. 
6. Advérbio Interrogativo (em frases interrogativas dire-
tas ou indiretas) 
Ex.: Como você fez? 
 Queria saber como ele fez. 
7. Advérbio de modo (em frases não-interrogativas e 
sem antecedente) 
Ex.: Desconheço como você virá. 
8. Posição (geralmente equivalente à preposição por) 
Ex.: Eu o tenho como um gênio de matemática 
9. Interjeição (em frase exclamativa) 
Ex.: Como te odeiam! 
 
PALAVRA SE 
Como conectivo pode ser: 
1. Conjunção Subordinativa Condicional (equivalente a 
caso) 
Ex.: Só iremos se formos convidados. (= caso se-
jamos convidados) 
2. Conjunção Subordinativa Integrante (introduzindo 
oração subordinada substantiva) 
Ex.: Não sei se ele vem. (Não sei isto – objeto dire-
to) = Oração Subord. Substantiva Objet. Direta.) 
Pode ser ainda: 
3. Pronome apassivador (em oração em que haja obje-
to direto, transformando-se assim em sujeito passi-
vo). 
Ex.: Alugam-se casas. (= casas são alugadas) 
4. Indeterminante do Sujeito (em oração e que não ha-
ja objeto direto, indeterminando o sujeito). 
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11 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
Ex.: Necessita-se de ajudantes. 
5. Pronome pessoal reflexivo (equivalente a si mesmo) 
Ex.: Ele se olhava vaidosamente. (sintaticamente é 
objeto direto) 
6. Pronome pessoal recíproco (equivalente a um ao 
outro) 
Ex.: Eles se abraçaram carinhosamente (obj. dire-
to) 
7. Parte integrante do verbo (em verbos essencialmen-
te reflexivos e que não existem sem a partícula se) 
Ex.: Ele se esforçou muito 
8. Partícula de realce ou expletiva (desnecessária, po-
dendo ser retirada sem alterar o sentido ou função 
dos termos; geralmente com os verbos ir, sair e rir). 
Ex.: Eles já se foram. 
 
PALAVRA QUE 
Como conectivo pode ser: 
1. Conjunção Subordinativa Comparativa (em frases 
comparativas de superioridade ou inferioridade; an-
tecedida de mais ou menos.) 
Ex.: Ela sozinha sabia mais que todos nós juntos. 
 Eles comeram menos sanduíches do que eu. 
2. Conjunção Subordinativa Consecutiva (antecedida 
de tão, tal, tamanho, tanto ou qualquer outro intensi-
ficador). 
Ex.: Ela sabe tanto que todos a respeitam. 
 Possuía tamanho prestígio que ninguém dei-
xava elogiá-la. 
3. Conjunção Subordinativa Integrante: (Introduzindo 
orações subordinadas substantivas) 
Ex.: É preciso que ele estude mais. (Oração Subst. 
Subjetiva) (= é preciso isto / isto (suj.) é preci-
so) 
4. Conjunção Coordenativa Explicativa (equivalente a 
porque) 
Ex.: Feche a porta que está ventando. (= porque 
está ventando) 
5. Pronome Relativo (com antecedente e substituível 
por qual). 
Ex.: Desconheço o livro que ele indicou. (= o qual 
ele indicou). 
Pode ser ainda: 
6. Substantivo (quando substantivado por um determi-
nativo). 
Ex.: Ela possuía um quê especial. 
7. Pronome Substantivo Interrogativo (em frase inter-
rogativa, substituindo um substantivo). 
Ex.: Que você deseja? Queria saber que você fez. 
8. Pronome Adjetivo Interrogativo (em frase interroga-
tiva, acompanhando um substantivo). 
Ex.: Que livro você deseja? 
 Gostaria de saber que atitude ela tomou. 
9. Pronome Adjetivo Indefinido (em frase não-
interrogativa, acompanhando um substantivo) 
Ex.: Desconheço que livros ele indicou. 
10. Pronome Substantivo Indefinido (em frase não-
 
FLEXÕES 
 
FLEXÕES NOMINAIS 
 
 É basicamente o estudo das variações do substantivo 
e do adjetivo quanto às categorias de gênero, número e 
grau. 
 
Flexão de Gênero 
 
 Quanto ao gênero, substantivos e adjetivos dividem-se 
em masculinos e femininos. 
 As desinências de feminino mais freqüentes são: 
 
1. A (em substituição à terminação O): 
menino – menina 
2. A (acrescida à consoante final) 
português – portuguesa 
autor – autora 
3. TRIZ: imperador – imperatriz 
4. INA: herói – heroína 
5. ISA: poeta – poetiza 
6. ESA: barão – baronesa 
7. ESSA: conde – condessa 
8. ÉIA: europeu – européia 
 
Observações: 
a) Os nomes terminados em –ão fazem feminino em –ã, 
ao ou ona: 
alemão – alemã; leão – leoa; valentão – valentona 
b) Os nomes terminados em –e mudam o e em a, entre-
tanto a maioria é invariável: 
monge – monja; infante – infanta 
o dirigente – a dirigente; o estudante – a estudante 
c) Geralmente os adjetivos terminados em –a, –e, –l, –m, 
–r, –s e –z são uniformes: 
o homem artista – a mulher artista; 
o homem elegante – a mulher elegante; 
o homem fútil – a mulher fútil; 
o homem comum – a mulher comum; 
o homem exemplar – a mulher exemplar; 
o homem simples – a mulher simples; 
o homem capaz – a mulher capaz. 
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 12 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
d) Nos adjetivos compostos, apenas o segundo elemento 
admite flexão de gênero: 
questão anglo-americana; cultura grego-romana. 
e) Substantivo usado como adjetivo fica invariável: 
uma recepção monstro. 
f) Há substantivos que formam o feminino só alterando o 
timbre da vogal tônica ou com desinência e alteração 
de timbre: 
avô – avó; formoso – formosa 
g) Há substantivos masculinos cuja forma feminina cor-
respondente apresenta radical diferente: 
Homem – mulher; cavalo – égua; 
h) Há substantivos uniformes (não variam a forma para 
distinguir os gêneros): 
I. Comum de dois: têm a mesma forma para os dois 
gêneros, distinguindo-se por meio do determinati-
vo: 
o jornalista – a jornalista 
II. Sobrecomuns: têm um único gênero gramatical, 
mas podem designar o dois sexos: 
a criança; o indivíduo; a pessoa 
III. Epicenos: têm um único gênero gramatical para 
designar animais irracionais. A distinção de sexo é 
feita através das palavras macho e fêmea: 
O jacaré; a cobra; o rouxinol 
i) Há substantivos que, conforme o gênero, apresentam 
significações diferentes: 
o grama (peso) – a grama (vegetal) 
o cabeça (líder) – a cabeça (membro) 
j) Há substantivos que freqüentemente são utilizados em 
gênero inadequado ou geram dúvidas quanto ao seu 
uso. Observar, por exemplo: 
O champanha; o pulôver; a dinamite 
 
Flexão de Número 
 
 Regras gerais para a formação do plural: 
1. Terminados em vogal ou ditongo, acrescenta-se a de-
sinência s. 
tupi – tupis; troféu – troféus 
2. Terminados em ÃO podem fazer plural em: 
a. ões (a maioria e os aumentativos) 
balão – balões; casarão – casarões 
b. ães (em pequeno número) 
pão – pães; capitão – capitães 
c. ãos (poucos oxítonos e todosparoxítonos) 
irmão – irmãos; órgão - órgãos 
3. Terminados em R, Z e N, acrescenta-se a desinência 
ES. 
mar – mares; rapaz – rapazes 
4. Terminados em M, mudam para NS. 
refém – reféns; álbum – álbuns 
5. Terminados em AL, EL, OL, UL, trocam o L para IS 
canal – canais; pastel - pastéis 
6. Terminados em IL podem formar plural: 
a. em EIS (quando paroxítonos) 
estêncil – estênceis; fóssil – fósseis 
b. trocando L em IS (quando oxítonos) 
funil – funis; barril - barris 
7. Terminados em S 
a. acrescenta-se ES (quando oxítonos ou monossíla-
bos) 
freguês – fregueses; rês – reses 
b. são invariáveis (quando paroxítonos ou proparoxí-
tonos) 
o lápis – os lápis; o ônibus – os ônibus 
 
Plural dos diminutivos 
 
 Coloca-se primeiro a palavra primitiva no plural, obser-
vando que a desinência S só deve ser colocada depois do 
sufixo de diminutivo. 
Ex.: florzinha – flore(s) + zinha + s = florezinhas 
 papelzinho – papei(s) + zinho + s = papeizinhos 
 balãozinho – balõe(s) + Zinho + s = balõezinhos 
 
Plural das palavras compostas 
 
Compostos sem hífen fazem o plural normalmente: 
pontapé – pontapés; girassol – girassóis 
Compostos com hífen podem formar plural: 
1. Variando os dois elementos: 
a. substantivo + substantivo 
couve-flor / couves-flores 
b. substantivo + adjetivo (ou vice-versa) 
amor-perfeito / amores-perfeitos 
c. numeral + substantivo (ou vice-versa) 
sexta-feira / sextas-feiras 
 
2. Variando só o primeiro elemento 
a. compostos ligados por preposição 
pé-de-moleque / pés-de-moleque 
b. compostos de dois ,substantivos, sendo o se-
gundo de valor adjetivo, pois especifica o pri-
meiro 
relógio-pulseira / relógios-pulseira 
Obs.: não confundir este caso com o item 1.a.: reló-
gio-pulseira é um relógio do tipo pulseira; couve-flor 
não é couve do tipo flor. 
 
3. Variando só o segundo elemento 
a. verbo + substantivo 
beija-flor / beija-flores 
cuidado: guarda-chuva (verbo + substantivo) � 
guarda-chuvas; mas guarda-civil (substantivo + 
adjetivo) � guardas-civis. 
b. advérbio + adjetivo 
abaixo-assinado / abaixo-assinados 
cuidado: alto-falante (advérbio + adjetivo) � al-
to-falantes; mas alto-relevo (adjetivo + substan-
tivo) � altos relevos 
c. prefixos + substantivos 
grão-duque / grão-duques 
d. compostos de palavras repetidas (reduplica-
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13 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
ções) 
reco-reco / reco-recos 
e. adjetivo + adjetivo 
greco-latino / greco-latinos 
cuidado: azul-escuro (adjetivo + adjetivo) � 
azul-escuros; mas azul-céu (adjetivo + substan-
tivo) � azul-céu (invariável) 
 
4. Não variando elemento algum 
a. adjetivo + substantivo (cor) 
verde-garrafa / duas blusas verde-garrafa 
b. compostos com palavras invariáveis (verbos, 
advérbios, ...) 
cola-tudo; pisa-mansinho 
c. expressões substantivas 
chove-não-molha 
d. compostos com verbos antônimos 
leva-e-traz 
 
Grau 
 
Graus dos substantivos 
 
1. Normal: casa 
2. Diminutivo: casinha, casebre 
3. Aumentativo: casarão 
 
Observações 
1. O aumentativo e o diminutivo podem ser analítico ou 
sintético: 
a. Analítico: com um adjetivo que indica o aumento 
ou a diminuição. 
Ex.: navio pequeno, campo grande 
b. Sintético: com sufixos nominais 
I. De aumentativos: 
-aça (barcaça), -aço (balaço), -alhão (bobalhão), -
anzil (corpanzil), -ão (garrafão), -aréu (fogaréu), -
arra (naviarra), -arrão (canzarrão), -astro (poetas-
tro), -azio (copázio), -orra (cabeçorra), -az (velha-
caz), -uça (dentuça), ... 
II. De diminutivos: 
-acho (riacho), -cula (gotícula), -ebre (casebre), -
eco (padreco), -ejo (vilarejo), -ela (ruela), -ete (fa-
rolete), -eto (livreto), -ico (namorico), -im (espa-
dim), -(z)inho (pezinho), -isco (chuvisco), -ito (cão-
zito), -ola (bandeirola), -ote (saiote), -ucho (pape-
lucho), -ulo (nódulo), -únculo (homúculo), -usco 
(velhusco), ... 
2. Há aumentativos ou diminutivos com valor pejorativo. 
Ex.: jornaleco, livreco, dramalhão 
3. Há sufixos diminutivos que adquirem valor efetivo. 
Ex.: doidinho, amorzinho 
4. Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo 
não dá à palavra nenhum dos dois graus. 
Ex.: cartaz, papelão, cordão 
5. Há casos em que existe dois diminutivos ou dois au-
mentativos: um popular, outro erudito. 
Ex.: obra: obrinha e opúsculo. 
Graus dos adjetivos 
 
1. Normal 
Ele é alto 
2. Comparativo 
a. de superioridade 
Ele é mais alto do que você. 
b. de inferioridade 
Ele é menos alto do que você. 
c. de igualdade 
Ele é tão alto quanto você. 
3. Superlativo 
a. relativo 
I. de superioridade 
Ele é o mais alto de todos. 
II. de inferioridade 
Ele é o menos alto de todos. 
b. absoluto 
I. sintético 
Ele é altíssimo. 
II. analítico 
Ele é muito alto. 
 
Observação: os adjetivos bom, mau, grande e pequeno 
possuem formas especiais para os graus comparativo e su-
perlativo. 
 
Comparativo de super. Superlativo 
Normal 
analítico sintético absoluto relativo 
bom 
mau 
grande 
pequeno 
mais bom 
mais mau 
mais grande 
mais pequeno 
melhor 
pior 
maior 
menor 
ótimo 
péssimo 
máximo 
mínimo 
o melhor 
o pior 
o maior 
o menor 
 
 Estes adjetivos, quando no grau comparativo de supe-
rioridade, são usados na forma sintética. 
Ex.: Ele é maior do que você 
 A forma analítica só deve ser usada na comparação 
entre duas qualidades, ou seja, entre dois adjetivos. 
Ex.: Esta sala é mais grande do que confortável. 
 
FLEXÕES VERBAIS 
 
Os verbos, basicamente, se flexionam em tempo, mo-
do, pessoa, número e voz. 
 
Tempos e modos 
a) Presente do indicativo: indica um fato real situado no 
momento ou época em que se fala. 
Hoje eu falo, ... eu vendo, ... eu parto 
b) Presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvi-
doso ou hipotético situado no momento ou época em 
que se fala. 
Que eu fale, ... eu venda, ... eu parta 
c) Pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja 
ação foi iniciada e terminada no passado. 
Ontem eu falei, ... eu vendi 
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 14 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
d) Pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cu-
ja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída, 
ou era uma ação costumeira no passado. 
Antigamente eu falava, ... eu vendia 
e) Pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato prová-
vel, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas 
não concluída no passado. 
Se eu falasse, ... eu vendesse 
f) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato 
real cuja ação é anterior a oura ação já passada. 
Eu já falara, ... eu vendera. 
g) Futuro do presente do indicativo: indica um fato real si-
tuado em momento ou época vindoura. 
Amanhã eu falarei, ... eu venderei 
h) Futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possí-
vel, hipotético, situado num momento futuro, mas liga-
do a um momento passado. 
Eu falaria, ... eu venderia 
i) Futuro do subjuntivo: incida um fato provável, duvido-
so, hipotético, situado num momento ou época futura. 
Quando eu falar, ... eu vender 
 
Observação 
1. O Modo Imperativo (exprime ordem, pedido, conselho, 
convite, súplica, ...) é derivado do tempos do presente 
 
 
 
Modo imperativo 
 
Observações: 
1. Não há 1ª pessoa do singular no imperativo afirmativo 
e no imperativo negativo. 
2. A 2ª pessoa do singular e a 2ª pessoa do plural do im-
perativo afirmativo se derivam do presente do indicati-
vo, perdendo o s final. (exceção: verbo ser � sê tu, 
sede vós) 
3. a 3ª pessoa do singular, a 1ª pessoa do plural e a 3ª 
pessoa do plural do imperativo afirmativo e ainda todo 
o imperativo negativo se derivam do presente do sub-
juntivo, sem sofrer alterações 
 
Cuidados: 
a) com o duplo tratamento 
Ex.: Sai daí que você cai. 
 Sai (imperat. afirm. na 2ª pessoa do singular) e 
você (3ªpes. singular) 
b) com a colocação da frase no plural ou no negativo. 
Ex.: Põe no armário! 
 Plural: Ponde no armário! 
 Negativa: Não ponhas no armário. 
 
2. As Formas Nominais são: 
a. Infinitivo: falar, vender, partir 
b. Gerúndio: falando, vendendo, partindo 
c. Particípio: falado, vendido, partido. 
 
Estas formas são denominadas nominais por poderem de-
sempenhar funções de nomes: 
O olhar (substantivo) dela era insinuante. 
É considerado um caso perdido. (adjetivo) 
Recebeu o prêmio chorando. (oração adverbial) 
 
Verbos irregulares 
 
VERBOS EM –IAR E -EAR 
 
passear 
Presente 
Indicativo Subjuntivo 
Passeio 
Passeias 
Passeia 
Passeamos 
Passeais 
Passeiam 
Passeie 
Passeies 
Passeie 
Passeemos 
Passeeis 
Passeiem 
 
odiar 
Presente 
Indicativo Subjuntivo 
Odeio 
Odeias 
Odeia 
Odiamos 
Odiais 
Odeiam 
Odeie 
Odeies 
Odeie 
Odiemos 
Odieis 
Odeiem 
 
copiar 
Presente 
Indicativo Subjuntivo 
Copio 
Copias 
Copia 
Copiamos 
Copiais 
Copiam 
Copie 
Copies 
Copie 
Copiemos 
Copieis 
Copiem 
 
Observações: 
1. Todos os verbos terminados em –ear são irregulares 
2. Os verbos em –iar são regulares, exceto: mediar, ansi-
ar, remediar, incendiar e odiar 
3. Todos os verbos terminados em –ear e os cinco irregu-
lares terminados em –iar apresentam uma ditongação 
(ei) nas formas rizotônicas (1ª, 2ª e 3ª p. do singular e 
3ª p. do plural nos termos do presente.) 
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15 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
4. Nos tempos do pretérito e do futuro, todos estes ver-
bos, regulares e irregulares, suguem o paradigma dos 
verbos da 1ª conjunção. 
 
Emprego do infinitivo 
 
1. Infinitivo impessoal: utiliza-se em locuções verbais 
(Não se flexiona). 
Ex.: Eles podem falar toda a verdade. 
2. Infinitivo impessoal: utiliza-se em orações reduzidas. 
Ex.: Fez tudo para eu reclamar (para que reclamasse) 
 Fez tudo para tu reclamares. 
 Fez tudo para ele reclamar. 
 Fez tudo para nós reclamarmos. 
 Fez tudo para vós reclamardes. 
 Fez tudo para eles reclamarem. 
 
Observações: 
1. Em orações reduzidas introduzidas por uma preposi-
ção, se o sujeito estiver oculto (sendo o mesmo da o-
ração principal), a flexão do infinitivo é facultativa. 
Ex.: Eles vieram para estudarem ou para estudar. 
2. Os verbos causativos (mandar, deixar, fazer, ver, ouvir, 
...) não formam locução verbal na posição de verbo au-
xiliar. Nestes casos pode acontecer o seguinte: 
a. O infinitivo se flexiona obrigatoriamente se o sujei-
to estiver expresso antes do verbo. 
Ex.: Eu mandei os alunos estudarem. 
b. A flexão se torna facultativa se o sujeito estiver 
depois do infinitivo. 
Ex.: Eu mandei estudar ou estudarem os alunos. 
c. A flexão se torna proibida se o sujeito for um pro-
nome pessoal oblíquo átono. 
Ex.: Eu mandei-os estudar. 
 
Atenção: use o gabarito apenas para conferir se acertou ou 
não as questões. Em caso de dúvida, entre em contato com 
o professor da disciplina: elgosil@yahoo.com.br 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA DO PERÍODO SIMPLES. 
TERMOS DA ORAÇÃO 
 
Essenciais 
• Sujeito 
• Predicado 
 
Integrantes 
• Objeto Direto 
• Objeto Indireto 
• Complemento Nominal 
• Predicativo do Sujeito 
• Predicativo do Objeto 
• Agente da Passiva 
 
Acessórios 
• Adjunto Adnominal 
• Adjunto Adverbial 
• Aposto 
• (Vocativo) 
 
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 
 
Dois são os termos essenciais de uma oração: 
• O Sujeito: ser de quem se diz alguma coisa. 
• O Predicado: tudo aquilo que se diz do sujeito. (Tudo 
que não é sujeito). 
 
Exemplo: 
Todos os homens do mundo / precisam de paz. 
sujeito predicado 
 
R.: Todos os homens do mundo (= sujeito), logo, precisam 
de paz. (= predicado) 
 
Classificação do sujeito 
 
1. Sujeito simples: com apenas um núcleo 
Ex.: Aqueles artistas não agradaram ao públicos 
 Sujeito: Aqueles artistas 
 Núcleo: artistas 
 
2. Sujeito Composto: com dois ou mais núcleos 
Ex.: O anão e o palhaço não agradaram ao público 
 Sujeito: O anão e o palhaço 
 Núcleo: anão, palhaço 
 
Observação: podem ser núcleo do sujeito: 
• Substantivos: 
Ex.: Alguns alunos do colégio foram à festa. 
 
• Pronomes pessoais: 
Ex.: Eles já saíram 
 
• Pronomes substantivos: 
Ex.: Todos já saíram. (pron. subst. intef.) 
 Ninguém veio. (pron. subst. indef.) 
 Quem saiu? (pron. subst. inter.) 
 Aquilo desapareceu. (pron. subst. demonst.) 
 Eis o preso que fugiu. (pron. relativo) 
 
• Numerais: 
Ex.: Os dois foram a pé. 
 
• Palavras substantivadas: 
Ex.: O olhar da menina nos cativou. 
 
PORTUGUÊS 
 
 16 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
3. Sujeito indeterminado: é aquele que existe mas não se 
sabe qual é o sujeito. Isto só ocorre em duas situa-
ções: 
a) Oração iniciada por verbo na 3ª pessoa do plural: 
Ex.: Roubaram o meu carro 
 Andam falando mal de você. 
b) Oração com o verbo ligado à partícula SE, inde-
terminante do sujeito: 
Ex.: Precisa-se de ajudantes. 
 Vive-se bem no Rio. 
 
Obs1: Oração sem sujeito: é aquela que apresenta verbo 
impessoal. São verbos impessoais: 
• Verbos que expressam fenômenos da natureza: nevar, 
gear, trovejar, ... 
Ex.: Está chovendo no Paraná. 
• Acidentalmente, o verbo fazer (só quando se refere a 
tempo), o verbo haver (quando se refere a tempo, ou 
quando significa existir ou acontecer), o verbo ser 
(quando se refere a tempo ou lugar). 
Ex.: Faz muito tempo que não nos vemos. 
 Não o vejo há meses. 
 Era aqui que nos encontraríamos. 
 
Obs2: Sujeito oracional: é quando o sujeito de uma oração é 
toda uma outra oração. 
Ex.: É bom / que todos compareçam 
 1ª Oração: É bom 
 2ª Oração: que todos compareçam. 
 (o sujeito é toda a 2ª oração) 
 
Predicado 
 
Predicado verbal 
 
Verbos nocionais: 
� intransitivos 
� transitivos 
� diretos, indiretos, diretos e indiretos 
 
Verbos de ligação 
 São aqueles que ligam o sujeito ao seu predicativo, 
expressando uma idéia de estado ou qualidade. 
 
Sujeito + verbo de ligação + predicativo do sujeito 
Os verbos de ligação e seus vários aspectos: 
• Estado permanente: ser 
• Estado transitório: estar, andar, encontrar-se, achar-
se, viver, ... 
• Estado aparente: continuar, permanecer 
• Mudança de estado: ficar, acabar, virar, tornar-se, 
cair, passar, ... 
Obs.: Não esquecer que estes verbos são de ligação 
somente quando há um predicativo do sujeito. Do con-
trário, tornam-se verbos intransitivos. 
Ex.: O aluno está doente. (suj. + V. L. + Predicativo do 
sujeito) 
O aluno está em casa. (suj. + verbo intrans. + adj. 
adv. de lugar) 
 
Verbos intransitivos 
 São aqueles que têm o sentido completo, isto é, não 
necessitam de complementos verbais. (= objetos) 
 
Ex.: O trem chegou atrasado. 
 Enquanto alguns nascem, outros morrem. 
 Ele não veio à escola. 
 
Verbos transitivos diretos 
 São aqueles que tem o sentido incompleto, ou seja, 
necessitam de um complemento verbal sem preposição o-
brigatória. (= objeto direto) 
Ex.: Ela escreveu uma carta 
 (quem escreve, escreve alguma coisa) 
 Eu o encontrei na praia.. 
 (quem encontra, encontra alguém) 
 
Verbos transitivos indiretos: 
 São aqueles que têm sentido incompleto, ou seja, ne-
cessitam de um complemento verbal com preposição obri-
gatória (= objeto indireto). 
 
Ex.: Eles não obedecem às leis. 
 (quem obedece, obedece a alguma coisa ou a alguém) 
 Ela necessita de compreensão. 
(quem necessita, necessita de alguma coisa ou de al-
guém) 
 
Verbos transitivos diretos e indiretos 
 São aqueles que têm o sentido incompleto, necessi-
tando de um complemento verbal sem preposição (O. D.) e 
de outro complemento verbal com preposição (O. I.) 
 
Ex.: O aluno entregou a queixa ao diretor. 
(quem entrega, entrega alguma coisa (o.d.) a alguém 
(o.i.)) 
 O diretor informou os alunos das datas dos exames.(quem informa, informa alguém (o.d.) de alguma coisa 
(o.i.)) 
 
Predicativos 
 
Predicativo do sujeito 
 
Termo que expressa um estado ou qualidade do sujeito. 
É obrigatório após um verbo de ligação e, eventualmente 
pode aparecer após verbos transitivos ou intransitivos. 
Ex.: 
a) com verbos de ligação: 
Os alunos são estudiosos. 
b) com verbo intransitivo: 
O trem chegou atrasado. 
c) com verbo transitivo direto: 
Meu primo foi nomeado diretor. 
PORTUGUÊS 
 
17 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
d) com verbo transitivo indireto: 
Os torcedores assistiram nervosos à decisão. 
 
Predicativo do objeto 
 
 Termo que expressa um estado ou uma qualidade do 
objeto atribuídos pelo sujeito. 
Ex.: Eles nomearam meu primo diretor. 
O povo elegeu-o senador. 
Coroaram-no imperador. 
Nós o chamamos sábio. (o verbo chamar é T.D. ou 
T.I.) 
Nós lhe chamamos de sábio. (o predicativo do objeto 
pode ser preposicionado). 
 
Classificação do predicado 
 
1. Predicado nominal: expressa uma idéia de estado ou 
qualidade 
 
Estrutura: 
 
Sujeito + V.L. + Predicativo do sujeito 
 
Núcleo: Predicativo do sujeito (é o termo que expressa a 
idéia de estado ou qualidade) 
Ex.: Estes operários são trabalhadores. (V.L. + predicativo 
do sujeito) 
 
2. Predicado verbal: expressa uma idéia de ação. 
Estrutura: 
Sujeito + VI 
 VTD + OD 
 VTI + OI 
 VTDI + OD + OI 
 
núcleo: verbo (é o termo que expressa a idéia de ação) 
 
Ex.: As aves voavam no céu (VI + adj. adv. de lugar) 
 Os animais comem plantas (VTD + ID) 
 As plantas precisam de sol. (VTI + OI) 
O rapaz informou a hora ao transeunte (VTDI + OD + 
OI) 
 
3. Predicado verbo-nominal: expressa uma idéia de ação 
e outra de estado ou qualidade. 
 
Estruturas: 
Sujeito + verbo intransitivo + predicativo do sujeito 
VTD + predicativo do sujeito + OD 
VTI + predicativo do sujeito + OI 
VTD + OD + predicativo do objeto 
VTI + OI + predicativo do objeto 
 
Núcleo: verbo e predicativo 
Ex.: O trem chegou atrasado (VI + predicativo do sujeito) 
Ela vendeu tranqüila suas jóias (VTD + predicativo do 
sujeito) 
Eles assistiram alegres ao jogo (VTI + predicativo do 
sujeito + OI) 
O professor julgou o aluno um sábio (VTD + OD + 
predicativo do objeto) 
O professor chamou ao aluno de sábio (VTI + OI + 
predicativo do objeto) 
 
Obs.: núcleos de predicado. 
• Núcleos verbais: todos os verbos, exceto os de ligação 
• Núcleos nominais: todos os predicativos (do sujeito e 
do objeto) 
 
Termos integrantes 
 
• Objeto direto: complemento verbal sem preposição o-
brigatória. 
Ex.: Este rapaz comprou seu carro aqui. 
Quem compra, compra alguma coisa (= objeto direto). 
Ele comprou seu carro 
 
• Objeto indireto: complemento verbal com preposição 
obrigatória (exigida pelo verbo, que deverá ser transiti-
vo indireto). 
Ex.: Este rapaz se referiu a seu pai 
Que se refere, se refere a alguém (= objeto indireto). 
Ele se referiu a seu pai. 
 
• Complemento nominal: termo preposicionado que 
completa o sentido de nomes (adjetivos, substantivos e 
advérbios) 
Ex.: Este teste foi útil aos candidatos. 
Tudo que é útil, é útil a alguém (= complemento nomi-
nal). Isto foi útil aos candidatos. 
 
• Predicativo do sujeito: termo que expressa um esta-
do ou qualidade do sujeito. Este termo liga-se ao sujei-
to através do verbo. 
Ex.: A menina estava tristonha. 
 
 Após o verbo de ligação, obrigatoriamente, haverá um 
predicativo do sujeito, entretanto é possível haver predicati-
vo do sujeito com verbos que não sejam de ligação. 
Ex.: A menina saiu tristonha de casa 
 
• Predicativo do objeto: termo que expressa um estado 
ou uma qualidade do objeto, atribuídos pelo sujeito. 
Ex.: A crítica considerou este ator o melhor do ano. 
 
• Agente da passiva: termo preposicionado que pratica 
a ação do verbo, quando ele está na voz passiva. 
Ex.: Este trabalho foi feito por mim. 
 
 O sujeito, na voz passiva, sofre a ação do verbo. (= Es-
te trabalho sofre a ação de ser feito) 
PORTUGUÊS 
 
 18 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
 Há, na voz passiva, uma locução verbal, onde o verbo 
auxiliar é o verbo ser. (Locução Verbal = foi feito; Verbo 
Auxiliar = ser mais verbo principal = fazer) 
 O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ati-
va. Eu fiz este trabalho. 
 
Termos acessórios 
 
1. Adjunto adnominal: Termo de valor adjetivo que modifi-
ca um substantivo. Pode ser expresso por: 
• Adjetivos 
Ele era um homem ajuizado. 
• Locuções adjetivas (Termo preposicionado de valor ad-
jetivo ou possessivo) 
Ele era um homem de juízo. 
• Artigos 
Ele era um homem ajuizado. 
• Numerais 
É o primeiro aluno que compra dois livros. 
• Pronomes adjetivos (qualquer pronome que acompa-
nhe um substantivo) 
Este homem comprou seus presentes aqui. 
• Orações adjetivas 
Eis o livro que estou lendo. 
 
2. Adjunto adverbial: Termo de valor adverbial que, deno-
tando uma circunstância, modifica um verbo ou intensi-
fica o sentido deste, de um adjetivo ou de um outro ad-
vérbio. 
Ex.: Ele caminha rapidamente. (= circunstância de 
modo) 
Ele trabalha muito. (= circunstância de intensidade) 
• Advérbios 
Hoje, não veio ninguém aqui. (de tempo, de negação e 
de lugar) 
• Locuções adverbiais 
Tudo foi feito às escondidas. (de modo) 
• Expressões adverbiais 
Morrem de fome. (de causa) 
• Orações adverbiais 
Iremos quando houver dinheiro. (de tempo) 
 
Circunstâncias: 
a) Modo: Caminhava devagar 
b) Tempo: Fez a prova agora. 
c) Lugar: Está longe 
d) Intensidade: Ele é tão estudioso. 
e) Dúvida: Talvez ele venha. 
f) Negação: Ele não vem 
g) Afirmação: Sim, ele virá. 
h) Causa: Por que ele faltou? 
i) Concessão: Ele virá apesar do escuro. 
j) Condição: Nada lê sem óculos. 
k) Finalidade: Ele vive para o estudo. 
l) Instrumento: Desenhava com o lápis. 
m) Companhia: Saiu com os pais. 
n) Matéria: Crucifixos feitos de madeira. 
o) Assunto: Ele falava de você. 
 e outras. 
 
3. Aposto: Termo de caráter nominal que se junta a um 
substantivo (ou equivalente) para explicá-lo, ou para 
servi-lhe de equivalente, resumo, ou identificação. 
Ex.: Mário de Andrade, o líder do nosso movimento 
modernista, morreu em 1945. (= aposto explicati-
vo) 
A cidade de Petrópolis apresenta um clima agra-
dabilíssimo. (= aposto especificativo) 
 
4. Vocativo: Termo através do qual chamamos o ser a 
que nos dirigimos. 
Ex.: Meus senhores, esta é a nossa situação. 
Você, venha até aqui por favor! 
 
Esquema I: 
Obj. indireto x obj. direto preposicionado 
a) OI = Ele gosta dos pais. 
ODP = Ele estima a(os) pais. 
b) OI = Ele obedece a mim. 
ODP = Ele entendeu a mim 
c) OI = Este é o aluno a quem ele se referiu. 
ODP = Este é o aluno a quem ele admira. 
d) OI = Ele aludiu a Vossa Excelência. 
ODP = Ele cumprimentou a Vossa Excelência. 
Obs.: ODP = Puxar d(a) espada. 
 Pegar (d)a caneta. 
 Saber (de) tudo. 
 Cumprir (com) o dever. 
 
Esquema II: 
Objeto indireto x complemento nominal 
a) OI = Eu aludi ao poeta. 
CN = Eu fiz alusão ao poeta. 
b) OI = Eu lhe obedeço. 
CN = Eu lhe sou obediente. 
c) OI = Este é o aluno a quem me referi. 
CN = Este é o aluno a quem fiz referência. 
d) OI = Eu necessito de que me ajude. 
CN = Tenho necessidade de que me ajude. 
Obs: OI = Eu entreguei o livro ao aluno. 
 CN = Eu fiz referência ao aluno. 
 
Esquema III: 
Complemento nominal x adj. adnominal 
a) A.A. = Os meus dois melhores amigos de São Paulo 
chegaram de Brasília. 
b) A.A. = Locuções adjetivas: 
Homem de juízo (= ajuizado) 
Fio de chumbo. (= idéia de matéria) 
c) A.A. = O descobrimento de Cabral (= agente) 
C.N. = O descobrimento do Brasil. (= paciente) 
d) A.A. = Roubaram-lhe a caneta (= idéia de posse) 
C.N. = Isto lhe é favorável. (completa o nome) 
 
PORTUGUÊS19 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
e) A.A. = Este é o aluno cujo livro foi roubado. 
(= posse) 
C.N. = Este é o aluno a quem fiz alusão. 
(= complemento nominal) 
f) A.A. = Este é o aluno a quem fiz alusão. 
(= oração adjetiva) 
C.N. = Sou favorável a que o prendam 
(= complemento nominal) 
 
Esquema IV: 
Termo integrante e acessório da oração 
A. Predicativo do sujeito x adjunto adverbial 
PS: Ela vendeu tranqüila as suas jóias. 
A.Adv.: Ela vendeu tranqüilo as suas jóias. 
B. Adjunto adnominal x adjunto adverbial 
���� A. Adn. = Fiz o trabalho de casa. (= caseiro) 
A. Adv. = Fiz o trabalho em casa. 
���� A. Adn. = Tenho muito dinheiro. 
A. Adv. = Eu trabalho muito. 
C. Adjunto adnominal x predicativo do sujeito 
A. Adn. = Eu ajudei aquele homem gordo. (qualida-
de própria) 
P. Obj. = Eu considero este homem gordo. (qualida-
de atribuída) 
Obs.: O juiz julgou o réu inocente (A. Adn.) culpado 
(P. Obj.). 
D. Adjunto adnominal x aposto 
A. Adn. = Gosto do clima de Petrópolis. (= petropoli-
tano) 
Aposto = Gosto da cidade de Petrópolis. (Petrópolis 
é nome de cidade) 
 
ESTRUTURA DO PERÍODO COMPOSTO 
 
Classificação do período 
� Simples: uma única oração – oração absoluta. 
� Composto: duas ou mais orações 
• Por coordenação – só orações coordenadas 
• Por subordinação – só orações subordinadas 
• Por coordenação e subordinação – orações coor-
denadas e subordinadas. 
 
ORAÇÕES COORDENADAS 
 
A) Sindéticas (iniciadas por conjunções coordenativas) 
I. Aditivas: (iniciadas por: E, nem, tampouco, mas tam-
bém) 
II. Adversativas: (iniciadas por: MAS, porém, contudo, en-
tretanto, ...) 
III. Alternativas: (iniciadas por: OU, ora ... ora, quer ... quer) 
IV. Conclusivas: (iniciadas por: LOGO, portanto, por isso, 
então, ...) 
V. Explicativas: (iniciadas por: PORQUE, pois, já que, vis-
to que, ...) 
B) Assindéticas (sem conjunção coordenativa) 
 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
 
I. Subjetivas (= sujeito oracional) 
 Ex.: É bom que ninguém viaje. 
II. Objetivas diretas (= objeto direto oracional) 
 Ex.: Não sei se eles entenderam tudo. 
III. Objetivas indiretas (= objeto indireto oracional) 
 Ex.: Precisamos de que nos ajudem. 
IV. Completivas nominais (= complemento nominal oracio-
nal) 
 Ex.: Sou favorável a que eles venham cedo. 
V. Predicativas (= predicado do sujeito oracional) 
 Ex.: O ideal é que ninguém falte. 
VI. Apositivas (= aposto oracional) 
 Ex.: A idéia – que todos viajassem – foi bem aceita. 
VII. Agentes da passiva (= agente da passiva oracional) 
 Ex.: O carro foi destruído por quem o comprara. 
Obs.: As orações subordinadas substantivas são introduzi-
das pelas conjunções subordinadas integrantes (QUE e SE) 
ou são justapostas (com pronomes e advérbios interrogati-
vos ou ainda indefinidos). 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 
• Iniciadas por um Pronome Relativo 
• Exercem a função sintática de Adjuntos Adnominais 
• Referem-se a um Substantivo ou Pronome Substantivo 
(antecedente). 
 
I. Restritivas (não necessita de vírcgula no início). Res-
tringem, diminuem, limitam a significação do antece-
dente. 
 Ex.: Aqui, estão os alunos / que serão aprovados. (Nem 
todos os alunos serão aprovados) 
II. Explicativas (obrigatoriamente iniciada por vírgula). Não 
restringem, apenas acrescenta algo próprio do antece-
dente. 
 Ex.: As crianças, / que são os homens de amanhã, / 
merecem nossa atenção. (todas as crianças são os 
homens de manhã) 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 
• Iniciadas pelas Conjunções Subordinativas 
• Exercem a função sintática de Adjuntos Adverbiais. 
 
I. Causais (iniciadas por porque, como, já que, visto que, 
uma vez que, ...) 
Ex.: Retirou-se porque sentiu-se mal. 
II. Comparativas (iniciadas por (do) que, como, quanto, 
assim ,como, ...) 
 Ex.: Ela é bastante mais responsável que você. 
 Obs.: O verbo normalmente fica oculto. 
III. Concessivas (iniciadas por embora, ainda que, mesmo 
que, ...) 
 Ex.: Teria sido melhor, embora não parecesse. 
PORTUGUÊS 
 
 20 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
IV. Condicionais (iniciadas por se, caso, desde que, con-
tanto que, ...) 
V. Conformativas (iniciadas por conforme, como, segun-
do, consoante ...) 
 Ex.: Conforme ficou determinado, eles se retiraram. 
VI. Consecutivas (iniciadas por: que, de forma que, de 
modo que...) 
 Ex.: Tanto era seu esforço que a recompensa veio bre-
ve. 
VII. Finais (iniciadas por: a fim de que, para que, porque,...) 
 Ex.: Explique tudo para que ninguém reclamasse de-
pois. 
VII. Proporcionais (iniciadas por: à proporção que, à medi-
da que, ...) 
 Ex.: Estudávamos mais ao passo que nos distraíamos 
menos. 
XIX. Temporais (iniciadas por: quando, enquanto, mal, logo 
que, sempre que, ...) 
 Ex.: Enquanto estiver ali, estará seguro. 
 
ORAÇÕES REDUZIDAS 
 
• Verbos nas formas nominais: infinitivo, gerúndio, parti-
cípio 
• Não apresentam conectivos. 
Ex.: Recebeu o dinheiro, gastando-o logo após. ( = e gas-
tou logo após) 
 Oração coord. aditiva, reduzida de gerúndio. 
 É importante lutar sempre. (= que se lute sempre) 
 Oração subord. subjetiva, reduzida de infinitivo 
 Encerrada a reunião, muitos se retiraram. (= quando a 
reunião se encerrou, ...) 
 Oração subord. adv. temporal, reduzida de particípio. 
 
 
 
 
 
 A sintaxe de concordância nos ensina que existem 
termos que se flexionam (gênero e número ou pessoa e 
número) para concordarem com outros. 
Ex.: Compre flores lindas 
 
 Aqui o adjetivo lindo flexionou-se em feminino e plural 
para concordar com o substantivo flores, que é feminino e 
está no plural. 
 Esta concordância chama-se nominal, e sua regra bá-
sica é: 
 
O ADJETIVO concorda com o SUBSTANTIVO em GÊ-
NERO e NÚMERO. 
 
Eu e minha irmã compramos flores. 
 Neste caso o verbo comprar apresenta-se na 1ª pes-
soa do plural pois está concordando com o seu sujeito eu e 
minha irmã, que é igual a nós, ou seja, 1ª pessoa do plural. 
Esta concordância chama-se verbal, e sua regra básica é: 
 
 O VERBO concorda com o SUJEITO em PESSOA e 
NÚMERO. 
 
TIPOS DE CONCORDÂNCIA 
 
 Tanto a Concordância Nominal quanto a Concordância 
Verbal podem, além da concordância rigidamente gramati-
cal, ser feitas também atrativa ou ideologicamente. 
 
CONCORDÂNCIA RÍGIDA, GRAMATICAL OU LÓGICA 
 
 É feita de acordo com as normas gramaticais. 
Exemplos: 
1. Vossa Senhoria foi justa. 
(O adjetivo justo está no feminino, singular, porque deve 
concordar com Vossa Senhoria, que é uma expressão fe-
minina e está no singular) 
2. Saíram minha irmã e o namorado. 
(O verbo sair está na 3ª pessoa do plural, porque concorda 
com o sujeito ,composto minha irmã e o namorado, que é 
igual a eles, ou seja, 3ª pessoa do plural) 
 
 
3. Todos voltaram cedo. 
(O verbo voltar está na 3ª pessoa do plural simplesmente 
porque seu sujeito todos é pronome de 3ª pessoa e está no 
plural) 
 
CONCORDÂNCIA ATRATIVA 
 
 É feita por uma questão de proximidade, abandonando 
as regras gramaticais. 
Exemplos 
1. Saiu minha irmã e o namorado. 
(O verbo está concordando unicamente com o núcleo do 
sujeito mais próximo) 
 
2. Muitos de nós descobrimos a solução. 
(O verbo está concordando unicamente com nós. O sujeito, 
entretanto, é muitos de nós, e rigidamente pela gramática 
seria muitos de nós descobriram) 
 
CONCORDÂNCIA IDEOLÓGICA 
 
É feita de acordo com a idéia transmitida pelas pala-
vras, e não por sua forma gramatical. 
 
Exemplos: 
1. Vossa Senhoria foi justo. 
(O adjetivo justo está concordando, não com a forma femi-
nina de Vossa Senhoria, mas com a sua idéia: trata-se de 
um homem) 
PORTUGUÊS 
 
21 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
2. Todos voltamos cedo. 
(O verbo voltar não está concordando com a forma de to-
dos – 3ª pessoa do plural – mas sim com a sua idéia – nós 
–, uma vez que o EU se inclui ao grupo,ou seja, está sub-
entendido) 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
E PRONOMINAL 
 
Regras básicas 
1. O Adjetivo concorda com o substantivo em gênero e 
número; 
2. O pronome adjetivo, o numeral e o artigo também con-
cordam; 
Ex.: As duas meninas compraram estes livros. 
3. O advérbio não se flexiona em gênero e número. 
Ex.: Elas são muito estudiosas. 
 
Casos gerais: 
 Um adjetivo para concordar com dois substantivos 
 
1. Cheios estão o lago e o tanque 
2. Cheias estão a lagoa e a piscina 
3. Cheios estão o tanque e a piscina. 
 
Rigidamente pela gramática temos: 
a) dois substantivos masculinos � adjetivo masculino 
plural 
b) dois substantivos femininos � adjetivo feminino plural 
c) um substantivo masculino e um feminino � adjetivo 
masculino plural. 
Atrativamente, o adjetivo concorda com o substantivo 
mais próximo: 
•••• Cheio está o lago e o tanque 
•••• Cheia está a lagoa e a piscina 
•••• Cheio está o tanque e a piscina 
•••• Cheia está a piscina e o tanque. 
 
Casos especiais: 
1. a) MESMO = próprio (adjetivo) 
 Elas mesmas ficaram chateadas. 
Ela feriu a sim mesma. 
 b) MESMO = até, inclusive (não flexiona) 
 Mesmo eles ficaram chateados. 
Mesmo ele se feriu. 
2. a) SÓ = sozinho (adjetivo) 
 Elas vivem sós. 
 b) SÓ (somente, apenas (não flexiona 
 Só elas não vieram. 
Faltaram só os padrinhos. 
 
3. a) CONFORME = conformado (adjetivos) 
 Eles ficaram conforme com a resposta. 
 b) CONFORME = como (não flexiona) 
 Jogaram conforme foram orientados. 
 
 
4. a) JUNTO (adjetivo) 
 Elas vivem juntas. 
 b) JUNTO A, JUNTO DE (não flexiona) 
 Elas moram junto à ponte. 
Eles ficaram junto de mim. 
 
5. a) ANEXO, INCLUSO (adjetivo) 
 Anexas seguem as fichas. 
Inclusas está uma observação. 
 b) EM ANEXO (não flexiona) 
 Em anexo seguem as fichas. 
Uma observação vai em anexo. 
 
6. a) O MAIS POSSÍVEL (forma rigidamente gramati-
cal) 
 É uma flor o mais bela possível. 
 b) A MAIS POSSÍVEL, OS/AS MAIS POSSÍVEL 
(Concordância atrativa) 
 É uma flor a mais bela possível. 
São flores as mais belas possíveis. 
São lagos os mais lindos possíveis. 
 
7. a) MELHOR = mais bom (advérbio) 
 Estes são os melhores alunos 
Estes atletas são os melhores. 
 b) MELHOR = mais bem (advérbio) 
 Eles fizeram melhor os maus trabalhos. 
Estes casos foram melhor explicados que os outros. 
 
8. a) HAJA VISTA (rigidamente não flexiona) 
 Haja vista as anotações do chefe. 
Haja vista das notas avançadas 
 b) HAJAM VISTA (atrativamente antes de um substanti-
vo plural em preposição) 
 Hajam vista as anotações do chefe. 
 
9. a) BARATO, CARO (quando separados por verbo, po-
dem ser adjetivos ou advérbios) 
 Os livros custam caros. (adjetivo) 
Os livros custam caro. (advérbio) 
 b) SÉRIO (adjetivo ou advérbio) 
 Vamos falar sérios. (adjetivo) 
Vamos falar sério. (= seriamente, advérbio) 
 
10 a) UM E OUTRO + SUBST. SING. + VERBO sing. ou 
plural 
 Um e outro aluno saiu (ou saíram) 
Uma e outra aluna foi aprovada 
 b) NEM UM NEM OUTRO + SUBST. SING. + VERBO 
SING. 
 Nem uma nem outra aluna foi aprovada. 
Nem um nem outro aluno saiu. 
 
11 a) SUBST. FEM. DETERMINADO + VERBO SER + 
ADJ. FEM. 
 Esta cerjeva é boa. 
É proibida a entrada. 
PORTUGUÊS 
 
 22 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
 b) SUBST. FEM. INDETERMINADO + VERBO SER + 
ADJ. MASC. 
 Cerveja é bom. 
É proibido entrada de estranhos. 
 
12 a) PRONOME ADJ. INDEFINIDO (Concorda com o 
substantivo) 
 Vi bastantes jogos. (= muitos) 
 b) ADVÉRBIO (não flexiona) 
 Ficaram bastante alegres. (= muito) 
 
13 a) POUCO (Pronome adj. indef. ou advérbio) 
 Ela tem pouca paciência. (pron. adj. indef.) 
Ela é pouco paciente. (advérbio) 
 b) UM POUCO DE (não flexiona) 
 Ele tem um pouco de paciência. 
 
14 a) MEIO = metade (numeral) 
 Comi meia laranja. 
 b) MEIO = mais ou menos (advérbio) 
TODO = totalmente (advérbio) 
 Janela meio aberta. 
Porta todo fechada. 
 
Obs.: Todo, atrativamente, pode se flexionar: 
Porta toda fechada 
 
15. MENOS (nunca flexiona) 
Isto tem menos importância. 
 
16. ALERTA (advérbio) 
Eles ficaram alerta. 
 
17. SALVO = exceto (não flexiona) 
Salvo nós dois, os demais fugiram. 
 
18. PSEUDO (não flexiona) 
Eles eram uns pseudo-sábios. 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
REGRAS BÁSICAS 
 
1. O verbo concorda em pessoa e ;número com o sujeito 
simples (antes ou depois do verbo). 
Ex.: O aluno sabe tudo. 
 Nada sabe o aluno. 
 
2. O verbo concorda gramaticalmente com o sujeito com-
posto (anteposto ao verbo). 
Ex.: Eu e o aluno sabemos tudo. 
 O aluno e eu sabemos tudo. 
 
3. O verbo concorda gramatical e atrativamente com o su-
jeito composto (posposto ao verbo) 
Ex.: Nada sabemos eu e o aluno. (gramatical) 
 Nada sabemos o aluno e eu. (gramatical) 
 Nada sei eu e o aluno. (atrativa) 
 Nada sabe o aluno e eu. (atrativa) 
 
CASOS ESPECIAIS 
 
Sujeito composto 
1. Sujeito composto por pronomes pessoais 
a) Eu, tu e ele = (1ª pessoa predomina sobre as de-
mais) 
Ex.: Voltávamos da praia ela, a mãe e eu. 
b) Tu e ele = vós (2ª pessoa predomina sobre a 3ª 
pessoa) 
Ex.: Tereis tu e ela um futuro brilhante. 
c) Ele e ele = eles 
 
2. Sujeito composto ligado por série aditiva enfática 
Verbo no plural (conc. Gramatical) ou com o mais pró-
ximo (com. Atrativa) 
Ex.: Não só o jogador mas também o juiz caíram (gra-
matical) 
 Caiu não só o jogador como também o juiz. (atra-
tiva) 
 
3. Sujeito ligado por com. 
Verbo no singular ou plural. 
Ex.: O rei, com toda a corte, partiu de viagem. 
 Com toda a corte – adj. adv. de companhia 
 O rei com toda a corte partiram de viagem. 
 Núcleos do sujeito – rei e corte. 
 
4. Sujeito ligado por nem ... nem. 
Verbo no plural (conc. Gramatical) ou singular (conc. 
Ideológica) 
Ex.: Nem a inveja nem o egoísmo puderam destruir-
me. 
 Nem ela nem a família lhe deu atenção. 
 
5. Sujeito ligado por ou 
a) Verbo concorda com o mais próximo, quando hou-
ver a idéia de: 
� Exclusão: Carlos ou Celso se casou com ela. 
� Retificação: O autor ou autores engrandece-
ram a peça. 
� Equivalência: A Lua ou o satélite da Terra 
embeleza a noite. 
b) Verbo no singular ou plural, quando houver a idéia 
de: 
� Alternância (sem excluir): Esperávamos que 
um homem ou uma mulher o ajudasse (ou a-
judassem). 
c) Verbo no plural, quando houver a idéia de: 
� Adição: O calor forte ou o frio excessivo me 
desagradam muito. 
 
6. Sujeito composto formando uma unidade de idéia. 
Verbo no singular 
Ex.: A dor e o sofrimento matou-o aos poucos. 
PORTUGUÊS 
 
23 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
7. Sujeito composto formando uma gradação. 
Verbo concorda com o mais próximo. 
Ex.: Um gesto, um olhar, um sorriso já o fazia feliz. 
 Gestos, olhares, sorrisos faziam-no feliz. 
 
8. Sujeito composto + aposto resumitivo (tudo, nada, nin-
guém, todos...) 
Verbo concorda com o aposto. 
Ex.: Pais, irmãos, primos, ninguém veio ajudá-lo. 
 
Sujeito simples 
 
1. Formado pela expressão um e outro. 
Verbo no singular (conc. gramatical) ou no plural (conc. 
ideológica) 
Ex.: Um e outro aluno saiu de sala. (gramatical) 
 Um e outro aluno saíram de sala. (ideológica) 
 
2. Formado pela expressão nem um nem outro 
Verbo no singular 
Ex.: Nem um nem outro aluno saiu de sala. (gramati-
cal) 
 
3. Formado pelas expressões: parte de, a maior parte de, 
a maioria de... 
Verbo no singular (conc. gramatical) ou no plural (conc. 
atrativa ou ideológica) 
Ex.: Grande parte dos alunos foi aprovada. (gramati-
cal) 
 Grande parte dos alunos foram aprovados. (atrati-
va ou ideológica) 
 
4. Formado pelas expressões: mais de, menos de, cerca 
de, perto de ... 
Verbo concorda com o substantivo (conc. gramatical 
apenas) 
Ex.: Mais de um aluno saiu de sala.5. Formado por pronome substantivo (= núcleo) + de + 
pronome pessoal 
Verbo concorda com o pronome substantivo. (conc. 
gramatical) 
Ex.: Muitos de nós saíram de sala. 
 
6. Quando o núcleo é um coletivo. 
Verbo no singular (conc. Gramatical) ou no plural 
(conc. atrativa ou ideológica) 
Ex.: A manada de bois foi afastada da estrada. (grama-
tical) 
 Um bando de aves pousaram sobre a estátua (a-
trativa ou ideológica) 
 
7. Sujeito iniciado por senão. 
Verbo concorda gramaticalmente com o substantivo 
(núcleo) 
Ex.: Não se viam senão os pássaros. 
 
8. Quando o sujeito é pronome relativo 
a) Com o pronome relativo que, o verbo concorda 
com o antecedente. 
Ex.: Sou eu quem falo. 
b) Caso o antecedente seja predicativo, o verbo con-
corda com o antecedente ou com o sujeito da ora-
ção principal. 
Ex.: Eu fui o primeiro que falou 
 Eu fui o primeiro que falei. 
c) Com o pronome relativo quem, o verbo concorda 
com o antecedente ou fica na 3ª pessoa do singu-
lar. 
d) Com a expressão um dos ... que. 
Verbo no singular (conc. gramatical) ou no plural 
(conc. atrativa ou ideológica). 
Ex.: Ele foi um dos que mais estudou. (gramatical) 
 Ele foi um dos que mais estudaram. 
 
Obs.: Ele é um dos professores que dá ou dão aula aqui 
hoje. 
 Ele é um dos professores que dá aula a qui a,gora. 
(só gramatical) 
 
9. Formado por títulos no plural. 
Verbo no plural. 
Ex.: Os Estados Unidos não aceitaram certas condi-
ções. 
Obs.: Com o verbo ser e o predicativo no singular, verbo 
no singular ou no plural. 
Ex.: Os Lusíadas é uma obra imortal. 
 
Concordância de certos verbos 
 
1. Com o verbo ser 
a) Sujeito (= isto, isso, aquilo, tudo) + predicativo (no 
plural 
Verbo no singular ou no plural. 
Ex.: Tudo é flores ou tudo são flores. 
b) Sujeito (denota pessoa) + predicativo 
Verbo concorda com o pronome pessoal. 
Ex.: Ele era as preocupações do pai. 
c) Sujeito (= substantivo) + pronome pessoal 
Verbo concorda com o pronome pessoa. 
Ex.: Os reprovados fomos nós. 
d) Pronome interrogativo (= que, que, o quê) + subs-
tantivo 
Ex.: Quem foram os reprovados? 
e) Expressões: é muito, é pouco, é bastante, é tanto. 
Verbo no singular 
Ex.: Cinco cruzados é pouco. 
f) Nas orações que indicam horas, datas, distâncias. 
Verbo concorda com a expressão numérica 
Ex.: São quatro horas. 
São quatorze de maio 
Da capital à cidade eram dez quilômetros. 
Obs.: É dia quatorze de maio. 
 Hoje é dia quatorze de maio. 
PORTUGUÊS 
 
 24 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
g) Na expressão era uma vez 
Verbo no singular: 
Ex.: Era uma vez um rei e uma rainha... 
 
2. Com os verbos dar, bater e soar (aplicados a hora) 
Verbo concorda com a expressão numérica, a menos 
que haja um sujeito. 
Ex.: Deram dez horas. (O relógio deu dez horas) 
 Batiam cinco horas 
 
3. Com o verbo custar (no sentido de se difícil) 
É unipessoal (só possui 3ª pessoa do singular). Seu 
sujeito sempre é oracional. 
Ex.: Custa-nos entender isso. 
 
4. Com os verbos parecer e costumar 
Podem ou não formar locução verbal. 
a) Em locuções verbais, são verbos auxiliares, logo, 
concordam com o sujeito: 
Ex.: As estrelas parecem brilhar. 
b) Em não-locuções verbais, são verbos principais, 
concordam com o sujeito oracional (= infinitivo) 
Ex.: As estrelas parece brilharem. 
 Parecem brilharem as estrelas. 
5. Os verbos haver e fazer (oração sem sujeito) 
A oração sem sujeito caracteriza-se por apresentar um 
verbo impessoal, isto é, verbo que não tem pessoa (= 
sujeito). E, por esta razão, fica na 3ª pessoa do singu-
lar. 
Os verbos haver e fazer somente são impessoais nos 
seguintes casos. 
a) Haver: quando empregado no sentido de existir, 
ocorrer (= acontecer) ou de tempo decorrido. 
Ex.: Havia poucos alunos em sala. (= existiam) 
 Isto tudo ocorreu há dias. (= tempo decorrido) 
b) Fazer: somente quando empregado no sentido de 
tempo decorrido. 
Ex.: Faz dias que isto tudo ocorreu. 
 
Obs1: O verbo haver pessoal pode ter vários sentidos. 
 Ex.: Os professores houveram por bem adiar as pro-
vas. (= decidiram) 
Obs2: Os verbos existir, ocorrer, acontecer, decorrer, são 
pessoais. 
 Ex.: Existiram poucos alunos em sala. (sujeito = 
poucos alunos) 
Obs3: Verbo auxiliar de verbo impessoal fica na 3ª pessoa 
do singular. 
 Ex.: Deve haver muitos aprovados este ano. 
 
Concordância com a palavra SE. 
 
 A palavra se admite várias classificações, tais como: 
 
1. Pronome apassivador: é responsável pela transforma-
ção em voz passiva de uma frase ativa. 
Ex.: Alugam apartamentos. (= voz ativa) 
 Apartamentos são alugados. (= voz passiva), ou 
 Alugam-se apartamentos. (= voz passiva) 
 
O se é pronome apassivador, quando o verbo é transi-
tivo direto apresenta um “objeto direto”, que na realida-
de é o sujeito (paciente). Esta voz passiva chama-se 
pronominal e o agente da passiva não aparece expres-
so. 
 
A transformação passiva 
 
• Voz ativa: Os alunos lêem os livros 
• Voz passiva: 
Verbal ou analítica: Os livros são lidos por alunos. (verbo 
auxiliar ser + particípio 
Pronominal ou sintética: Lêem-se livros 
 
� É voz passiva pronominal ou sintética 
� O verbo é transitivo direto 
� O sujeito é paciente (é o objeto direto da voz ativa). 
� O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito 
� O agente da passiva não aparece expresso. 
 
2. Indeterminante do sujeito: é responsável pela transfor-
mação de um sujeito determinado em um indetermina-
do. 
Ex.: Precisa de operários. (= sujeito simples, oculto ele) 
 Precisa-se de operários. (= sujeito indeterminado) 
 
Para que o se seja indeterminante do sujeito, não pode ha-
ver nenhum “objeto direto” na oração. Caso haja, ele se 
transforma em sujeito e o se classifica-se como pronome 
apassivador. Portanto, é necessário que o verbo seja transi-
tivo indireto, intransitivo ou de ligação. A voz continua ativa, 
o sujeito passa a ser indeterminado e o verbo é obrigado a 
permanecer na 3ª pessoa do singular. 
Ex.: Vive-se muito bem no Rio. 
 
• É voz ativa 
• O verbo é intransitivo (ou transitivo ind. ou de ligação) 
• O sujeito é indeterminado 
• O verbo fica na 3ª pessoa do singular. 
 
 
 
 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
 
 Nomes (substantivos, adjetivos) que exigem um termo 
regido de preposição (complemento nominal). 
Ex.: 1. Ele fez referência a este assunto. 
 2. O fumo é nocivo à saúde. 
 3. Não tenho lembrança do passado. 
PORTUGUÊS 
 
25 VOCÊ FAZ. VOCÊ ACONTECE. 
 4. Não pode haver medo de fantasmas ou a fantas-
mas. 
 5. Ele é hábil em seu trabalho. 
 6. Isto na é compatível com seus interesses. 
 7. Ela tinha avidez por dinheiro. 
 8. Era um filme impróprio para menores 
 
REGÊNCIA VERBAL 
 
 Verbos que exigem um termo regido ou não de prepo-
sição. 
 Ex.: 1. Ele vendeu o seu carro 
 2. Ele precisava de dinheiro 
 3. Ele entregou a encomenda ao rapaz. 
 
Regência de alguns verbos 
 
• Aspirar (T. D.) = respirar 
• Aspirar (T. I.) = almejar 
Ex.: A moça aspirava o perfume das flores. 
 O empresário aspirava a altos lucros. 
 
• Visar (T. D.) = assinar, apontar 
• Visar (T. I.) = almejar 
Ex.: O gerente visou os talões de cheque. 
 O arquivo visou o alvo. 
 O empresário visava a altos lucros. 
 
• Querer (T. D.) = desejar 
• Querer (T. I.) = estimar 
Ex.: O empresário queria altos lucros. 
 Ela queria a seus pais como a Deus. 
 
• Almejar (T. D.) = Desejar (T. I.) 
Ex.: O empresário almejava altos lucros. 
 O empresário desejava altos lucros. 
 
• Assistir (T. D.) = socorrer 
• Assistir (T. I.) = ver ou caber 
• Assistir em (I) = morar 
Ex.: O médico assistia o doente com muita paciência. 
 O médico assistia ao jogo com muita atenção. 
 Assiste ao médico tal responsabilidade. 
 Assiste em Manaus desde pequena. 
 
• Agradar (T. D.) = fazer agrado 
• Agradar a (T. I.) = ter agrado

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