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MARKETING DE VAREJO AULA 4 Prof. Adriane Werner 2 CONVERSA INICIAL Olá! Estamos iniciando nossa quarta Rota de Aprendizagem na disciplina de marketing no varejo. Neste ponto de nossos estudos, iremos nos aprofundar na análise do comércio varejista, com suas principais características, as mudanças significativas dos últimos anos no varejo mundial, e entender como é possível conquistar e manter clientes neste mercado tão complexo. Para isso, iremos estudar como direcionar as estratégias de marketing, pois elas podem ser focadas na qualidade dos serviços ou nos preços. Desde já salientamos que não há uma melhor que a outra, mas é preciso analisar caso a caso. A depender do produto, do cliente, da economia local e de inúmeros outros fatores, o gestor deverá optar por focar suas estratégias no preço ou na qualidade dos serviços. Para se conseguir sensibilizar o cliente do varejo, é preciso compreender não apenas que o mercado mudou, tornando-se mais complexo, mas também que o perfil do cliente está diferente e vem mudando de forma acelerada em uma sociedade tão competitiva. Conhecer o cliente, atualmente, é tarefa das mais complicadas, mas também das mais fundamentais para o sucesso de um negócio. A efetividade das ações de marketing depende da sintonia na comunicação com ele, o que só é possível quando se conhece a fundo a clientela. Nesta aula, você vai encontrar os seguintes temas: Características do mercado varejista; A importância da pesquisa de mercado para o varejo; Estratégias para serviços e preços; Formas para se atrair e manter clientes; Perfil do novo cliente do varejo. Bom estudo! CONTEXTUALIZANDO Nos últimos anos, o mercado varejista tem passado por sensíveis mudanças no Brasil e no mundo. Entre os motivos dessas mudanças estão os 3 avanços tecnológicos, que trouxeram alterações no design das lojas, na disposição das mercadorias em farmácias, supermercados e lojas de conveniência, inovações nos produtos e sua rápida obsolescência, promovendo o consumismo. Outro motivo de drásticas mudanças no varejo e em sua relação com o consumidor é a crescente preocupação com a preservação ambiental. Cada vez mais, as lojas e os produtos trazem propostas sustentáveis ou, pelo menos, com menores índices de agressão ao planeta. Ao mesmo tempo em que ocorrem todas essas mudanças e tantas outras mais, o próprio consumidor mudou e vem mudando de forma acelerada. Com uma oferta cada vez maior de produtos diferenciados para todos os gostos e em diferentes faixas de preço, os consumidores estão cada vez mais exigentes, conhecedores de seus direitos e até mesmo prepotentes em sua relação com o comércio varejista. Para conquistar esse cliente tão exigente e crítico, as empresas precisam entender sua forma de pensar, agir, comprar, e até mesmo antecipar-se às prováveis mudanças comportamentais que o consumidor poderá apresentar – é preciso entender as tendências, a moda, os costumes e as bandeiras sociais e políticas que esse consumidor empunha. As empresas estão em constante busca por clientes e pela sua fidelização. Vivemos em uma época em que há muita oferta de produtos, com infinitas variações de características, qualidade e preço. Já a demanda, por mais que seja crescente – visto que o número de pessoas aumenta em todo o globo terrestre – é mais restrita. Isso faz com que a disputa para conquistar o cliente seja cada vez maior, e que as possibilidades de fidelizá-los sejam cada vez menores. Esta foi a principal mudança no mercado nas últimas décadas. Quando a sociedade do consumo estava emergindo, a produção não dava conta de suprir a demanda. Agora ocorre o oposto: a oferta é muito maior do que a demanda. Nos círculos de profissionais de vendas, brinca-se muito com esta situação dizendo que, antes, não era preciso vender – o cliente comprava. O que era colocado no mercado tinha público garantido. Hoje é preciso vender. Para que os produtos disponibilizados no mercado tenham saída, é preciso seduzir e convencer o cliente a comprar. Os esforços são muito maiores. É por isso que o cliente tende a não ser fiel. O cliente sabe que pode encontrar produtos similares a preços similares em inúmeros estabelecimentos. 4 Então, o que faz com que ele prefira este ou aquele comércio? Aí é que entra a força e a importância do marketing no varejo. Para tornar um cliente fiel, é preciso relacionar-se com ele, com proximidade e intimidade na medida certa. É preciso deixá-lo à vontade, mas estar sempre por perto para sanar dúvidas e resolver eventuais problemas. Aliás, nunca é demais repetir: a forma como resolvemos problemas de nossos clientes é fundamental para que ele consolide seu relacionamento com nossa empresa. O cliente tende a ficar mais comprometido com uma empresa que resolva bem um problema – até mesmo mais do que se não houvesse problema algum. Além disso, o cliente tende a registrar na memória a atitude da empresa em resolver o problema, e não o problema em si. Nesta Rota de Aprendizagem iremos abordar formas de se evitar desgastes com os clientes, além de tornar mais efetiva a condução dos negócios com eles. Como o cliente está ficando cada vez mais crítico, seletivo e bem informado, deve ser tratado de forma mais profissional e diferenciada. É nesse contexto de um mercado mais competitivo e complexo que as pesquisas assumem papel primordial. Elas são instrumentos que permitem conhecer o cliente, o mercado e o momento, e antecipar tendências, de forma a tornar mais assertivas as ações de marketing das empresas do varejo. TEMA 1 – COMPOSTO VAREJISTA Conforme já destacamos, nas últimas décadas as relações de mercado vêm se alterando de maneira significativa. Temos um mercado cada vez mais competitivo, com aumento acelerado na oferta de produtos e serviços e, ao mesmo tempo, clientes mais e mais críticos, conhecedores de seus direitos, exigentes e com facilidade de acesso a pesquisas de preço e qualidade. Todo esse cenário torna difícil a tarefa de fidelizar clientes. Com oferta grande e em perene crescimento e procura estagnada, as empresas precisam de esforços cada vez maiores para conquistar, seduzir e manter seus clientes. Por isso, a importância do marketing no varejo é também crescente. É o marketing que permite perceber o comportamento do cliente e desenvolver ações que favoreçam o relacionamento com ele. Temos frisado em todo este trabalho que, com a turbulência deste mercado tão competitivo, o cliente não se sente na obrigação de ser fiel a uma marca ou a uma empresa. Especialmente após o advento da internet, o 5 consumidor passou a perceber que pode fazer pesquisas de preço e qualidade sem sair de casa, mesmo que suas compras possam ser feitas apenas com cliques. Como se manter fiel em um cenário assim, em que as ofertas pululam o tempo todo em sua frente, em um processo de sedução constante? E por que ser fiel, se é sempre possível encontrar situações mais vantajosas para efetivar uma compra? Como se pode perceber, o consumidor atual não é totalmente fiel, mas pode ser conquistado a ponto de preferir uma ou outra marca ou empresa. Este pode ser fã ou admirador de determinadas marcas, mas isso não o impede de experimentar produtos e serviços de concorrentes. Mais uma vez salientamos que é o marketing que permite estudar as tendências de comportamento desse consumidor infiel, traçando estratégias que aumentem as chances de aprofundamento do relacionamento com ele. O cliente precisase sentir atraído. É preciso saber o que ele valoriza em uma compra para poder investir forças em ações efetivas. Do contrário, o risco é de que a empresa crie supostas vantagens que não sejam reconhecidas pelo cliente – e isso é mais comum do que se imagina. Um ponto importante para a tomada de decisões nessa área é reconhecer que, mesmo no comércio de produtos, há inúmeros serviços embutidos no processo – e é justamente na prestação de bons serviços que as chances de se manter os clientes mais fiéis são maiores. O cliente bem informado não se sente mais refém da empresa que comercializa o produto que ele procura. Ele pode encontrar produtos similares, com similar qualidade e preços aproximados, bastando para isso uma rápida pesquisa. Por isso, bom atendimento, conforto, segurança, condições diferenciadas e outras vantagens – que podemos chamar de “serviços” – são os diferenciais possíveis no processo de conquista do cliente. É fundamental, para o sucesso do relacionamento com o cliente, entender que o serviço está agregado ao produto. Mesmo em casos de produtos únicos e exclusivos – ou com alta tecnologia – o serviço que há em torno desse produto é imperativo para que ele chegue ao consumidor, e o agrade. Os produtos estão cercados de serviços. Além dos já citados, como conforto, confiança e atendimento, há que se considerar também os serviços mais tangíveis, igualmente fundamentais no processo, como armazenagem, transporte, telefonia, limpeza, segurança, entre outros. 6 Se a fidelização é um processo tão difícil, conforme já frisamos, a compreensão da importância dos serviços embutidos nos produtos, e a boa qualidade desses serviços, são o único caminho para que essa fidelização seja possível. É o conjunto de serviços envolvidos que pode provocar a valorização do produto pelo cliente – em outras palavras, diz-se que os serviços fazem com que o produto gere valor para o cliente. Para chamar a atenção dos consumidores, as empresas precisam desenvolver diferenciais, ou seja, precisam ter características reconhecidas pelos clientes, que outros concorrentes não tenham. Quanto mais chamativos, importantes e únicos forem esses diferenciais, mais a empresa terá chances de despertar a atenção de seus clientes. Quando esse conjunto de diferenciais não pode ser facilmente copiado pela concorrência, dizemos que a empresa tem diferenciais competitivos. Essas características fazem com que a empresa seja única, reconhecida e valorizada pelo cliente. Pensemos em um exemplo: você está reformando sua casa e, na fase de acabamento, pesquisa preço e qualidade das torneiras para os banheiros. A maioria das empresas pesquisadas oferecem o modelo que você procura, com poucas variações de preço. Como escolher onde comprar, então? É nessas horas que os serviços embutidos podem representar vantagens. Quais empresas possuem serviço de entrega? Há taxas para entrega? Quais os prazos pedidos pelas empresas para entregar os produtos? Há torneiras para pronta entrega? Há vantagens excedentes para comprar em maior quantidade? Pense agora no lado da empresa: para que ela possa oferecer vantagens nesses serviços para o cliente (pronta entrega, entrega em casa, entre outros) é necessário um esforço extra em logística e outros serviços – o que muitas vezes torna o preço menos competitivo. O cliente normalmente analisa o conjunto de vantagens que o leva a escolher determinada empresa para efetivar suas compras. Outro ponto importante, que já temos sugerido indiretamente aqui, mas que é fundamental para manter o cliente conquistado, é oferecer vantagens que, de fato, sejam valorizadas pelo cliente. É preciso que o conjunto de produto com serviços oferecido ao cliente tenha valor percebido por ele – ou seja, o cliente precisa entender aquilo como valor. Não raro, empresas oferecem brindes inúteis, sem qualidade ou até mesmo que passam a representar um problema para o cliente. Em outros casos, 7 presentes que simplesmente não atraem. Imagine, por exemplo, um brinde com essas características negativas: um objeto de decoração que não combine com sua casa, por exemplo. A qualidade do presente também diz muito sobre a empresa – lembro do caso de uma empresa que preparava organizações para certificações de qualidade – que distribuía canetas para clientes e pessoas próximas. Ao usar a caneta no mesmo momento em que a recebi, esta se desmontou em minha mão, constrangendo o diretor que havia me presenteado. E quando o presente vira um problema para o cliente, como achar que ele será conquistado? Antigamente, feiras agrícolas distribuíam pintinhos para as crianças. Em poucos dias, muitos pintinhos morriam, deixando as crianças tristes. Os poucos que sobreviviam, cresciam e logo se tornavam galos, vivendo em espaços inadequados para eles. Uma história sem chances de final feliz. De nada adianta oferecer supostas vantagens ao cliente se ele não vê isso como vantagem. É preciso, antes, conhecer o cliente e compreender o que ele, de fato, valoriza. O conjunto de serviços a serem oferecidos ao cliente inclui até mesmo as características do ambiente do estabelecimento comercial. O local deve oferecer conforto, fazer com que o cliente se sinta à vontade, dar sensação de segurança e respeito à sua individualidade. Pesquise Para aprofundar seus estudos no tema “produto + serviços”, sugerimos que pesquise o quanto é importante agregar serviços aos produtos já oferecidos pelas empresas. Selecionamos alguns artigos que podem auxiliar em sua pesquisa. “Produtos com serviços agregados ajudam a conquistar clientes”, publicado pela Agência Fiep. Segundo a reportagem, os serviços tornam- se diferenciais na comercialização dos produtos. O texto está disponível em <http://www.agenciafiep.com.br/noticia/produtos-com-servicos- agregados-ajudam-a-conquistar-clientes/>. O consultor Marcelo Caetano também destaca a importância dos serviços agregados aos produtos comercializados. Segundo ele, o fato de agregar serviços aos produtos pode fazer com que os gestores evitem a prática de descontos excessivos, que podem inviabilizar a saúde financeira de 8 uma empresa. Leia o texto em <http://www.marcelocaetano.com/defina- beneficios-servicos-agregados-diminua-desconto/>. Na mesma linha, o consultor Elcio Fernando afirma que os serviços agregados aumentam a percepção de valor por parte do cliente. Seu texto está disponível em: <http://www.elciofernando.com.br/blog/2010/06/servico-agregado/>. (acessado em 12/02/2017) Saiba mais Para iniciar suas pesquisas sobre o tema, sugerimos um estudo apresentado pelo Sebrae Nacional. O Sebrae lançou, com as repercussões da Copa do Mundo de 2014, um documento intitulado “Resposta Técnica – Serviços Agregados à Venda dos Produtos”. No documento, a entidade afirma que agregar serviços completos no oferecimento de produtos pode tornar as experiências de compra do cliente mais significativas. Dentre as características mais valorizadas pelos clientes, o documento destaca a confiabilidade, a responsividade, a empatia, a flexibilidade e a disponibilidade. O texto está disponível em: <http://www.sebraemercados.com.br/wp- content/uploads/2015/12/2014_08_06_RT_Junho_Varejo_ServicoAgregado_ pdf.pdf>. TEMA 2 – OBJETIVOS DOS SERVIÇOS NO VAREJO Quando o comerciante opta por agregar serviços e incrementar seus produtos, passa a ter diferenciais que destacam seus produtos da concorrência. Dentre as vantagens desse tipo de estratégia, podemos destacar: Incrementar utilidade: Produtos que tragam serviços em si tornam-se mais úteis.O engajamento do consumidor ao produto tende a ser maior quanto mais serviços ele reconheça e valorize. Facilitar a utilidade do tempo: Vários dos possíveis serviços agregados ao produto podem reduzir o tempo de entrega e, assim, facilitar o acesso do consumidor ao produto. Dentre esses serviços podemos destacar as estratégias de logística, com transporte e entrega. Valorizar o tempo do cliente é respeitá-lo mais. 9 Ampliar a utilidade do local: Um local que ofereça uma gama de serviços, e não apenas os produtos de seu core business, torna-se mais atraente para o cliente. Promover a utilidade da posse: Os serviços disponibilizados aumentam a ligação emocional do cliente com o produto, por isso aumentam comprometimento do cliente com a marca e o sentimento de posse nele. Um dos serviços que têm potencial para criar essa ligação emocional é a qualidade no atendimento. Conveniência: Muitos dos serviços que são agregados aos produtos visam a facilitar a vida do consumidor, facilitando seu acesso ao consumo. Exemplos disso, como a própria expressão sugere, são as chamadas “lojas de conveniência”, comuns junto aos postos de combustíveis. Elas ganharam o nome de “conveniência” porque permitem que o consumidor aproveite melhor o tempo, fazendo um lanche ou comprando produtos uteis, enquanto cuida do seu automóvel, abastece-o de combustível, troca o óleo ou busque outros serviços do local. Boa imagem da loja: já que o ponto de partida dos serviços oferecidos junto aos produtos é o (bom) atendimento no comércio, há que se compreender que esse acréscimo de serviços junto aos produtos promove no cliente uma percepção positiva em relação à empresa. Segurança do cliente: Da mesma forma como os serviços agregados oferecem maior conveniência aos clientes, acredita-se também que esse acréscimo de serviços acoplados aos produtos aumenta também a segurança do cliente. Como o cliente tende a confiar mais em um estabelecimento que se preocupe em oferecer bons serviços agregados aos seus produtos, ele também ficará mais confiante em manter relacionamento comercial com este estabelecimento. O oferecimento de serviços acoplados aos produtos aumenta o grau de fidelidade do cliente – e um dos principais motivos que levam os consumidores a preferirem um estabelecimento a outro é justamente o fato de se sentirem “mais seguros” neste. Maior tráfego na loja: Ao agregar serviços a seus produtos, o gestor promove seus produtos para gerar visibilidade e, assim, tende a atrair a atenção de novos consumidores. 10 Firmar competitividade: Por fim, podemos dizer seguramente que o estabelecimento que adota, como princípio, oferecer serviços juntamente com seus produtos possivelmente atrai mais clientes – passando a vender mais e, assim, tornar-se mais e mais competitivo. Expectativas do consumidor quanto aos serviços do varejo Podemos dizer que as expectativas do consumidor são diretamente ligadas ao preço e aos diferenciais que o estabelecimento possa ou não oferecer. Em traços gerais, constatamos que, quando o consumidor tem boas expectativas em relação ao estabelecimento ou ao produto propriamente, ele recorre a serviços essenciais, buscando, prioritariamente, varejos de autosserviço, oferecimento de serviços essenciais e preços baixos. Já os grupos com altas expectativas buscam serviços mais especializados, com mais opcionais e, claro, com preços mais altos. Nesse contexto, cabe perguntar: Como chegar ao consumidor, em uma sociedade tão competitiva, em um tempo de tanto individualismo? Há inúmeras formas de se abordar o cliente, e todas elas representam a qualidade do serviço a ser oferecido a ele. Citamos a seguir algumas formas de abordagem: Por telefone (call centers): Os call centers espalhados pelo país são empresas que contratam centenas – e até milhares – de pessoas para fazer a aproximação com o cliente, seja de forma ativa (prospectando e promovendo vendas ou contato com o cliente, seja de forma reativa, apenas recebendo ligações e ainda assim muito bem treinadas para oferecer o melhor tratamento. Correio (mala direta, encartes etc.): O contato com o cliente por meio de correspondências enviadas pelos correios, como malas-diretas ou encartes, vem caindo, mas esta forma de aproximação ainda é bastante comum. Internet: A rede mundial de computadores trouxe consigo a modificação radical das formas de aproximação entre as pessoas. No comércio não foi diferente: a internet traz inúmeras formas de se estabelecer contato com os clientes, como e-mails, sites, pop ups, redes sociais, entre outras. Porta-em-porta: as vendas de porta-em-porta surgiram há muitas décadas, mas nunca foram substituídas por outras formas de contato com 11 o cliente. Quando o vendedor vai ao contato do cliente, tem grandes chances de criar fortes vínculos com ele. Habilidades desejáveis ao varejista Para conseguir estabelecer com o cliente laços fortes e que possam levar à fidelização, o varejista deve desenvolver em seu trabalho algumas habilidades específicas. Dizemos, por exemplo, que ele deve “ler a mente” do cliente. Na verdade, queremos dizer com isso que o varejista deve compreender o comportamento do cliente, como forma de saber o que lhe oferecer, aumentando a taxa de retorno e também o grau de contentamento. Quanto mais conhecer o cliente, mais o varejista terá segurança em compreender tendências de comportamento. É também por meio de técnicas e ferramentas que o lojista poderá conhecer melhor sua clientela, identificando necessidades e desejos. A partir desse conhecimento, pode implantar serviços inovadores, que levem ao reconhecimento dos diferenciais de seu estabelecimento. Cria-se assim um círculo virtuoso: quanto mais conhecer seu cliente, mais o lojista poderá atender o cliente em suas necessidades e desejos. E, quanto mais bem atendido for o cliente, mais ele estará satisfeito, promovendo, em si, melhor percepção de valor. Quando esse círculo virtuoso se cria, diz-se que o lojista conseguiu fazer com que o cliente vivesse uma experiência verdadeiramente memorável. Isso é um dos principais pontos que fazem com que cresça o posicionamento de sua empresa na mente dos consumidores. Assim, o cliente tende a ser mais leal à sua marca e até mesmo um formador de opinião positiva em relação à empresa. Leitura obrigatória Já que abordamos algumas habilidades desejáveis aos varejistas para alcançarem melhores resultados em seus negócios, selecionamos, para sua leitura, um trabalho acadêmico que trata exatamente sobre como incrementar a força de vendas no varejo com base nas habilidades dos gestores. A dissertação de autoria de Josiane Piazza da Costa está disponível no link <http://tede.udesc.br/handle/handle/177>. 12 TEMA 3 – ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS Um dos passos principais para que o marketing no varejo traga resultados efetivos é a determinação correta das estratégias de ação. Operacional e taticamente falando, as ações podem ser inúmeras e dependem da criatividade de quem as elabora. Contudo, é a orientação estratégica que vai basear os rumos dessas ações. Para abordarmos a importância das orientações estratégicas, convém relembramos as diferenças entre estratégias, táticas e ações operacionais. Em traços gerais, podemos dizer que estratégia envolve conceitos mais amplos e fluidos, com objetivos de longo prazo. Estratégia é o planejamento, enquanto tática é a implementação prática deste. A tática é, portanto, componente da estratégia. As ações operacionaissão, por fim, o detalhamento das táticas. Trazendo toda essa discussão para o campo do marketing no varejo, temos que os gestores devem definir sua orientação estratégica. Em traços gerais, a estratégia pode estar orientada para os serviços ou para o preço. A relação entre os serviços embutidos no produto e no preço final que se cobra por ele é direta. Quanto mais completo o serviço embutido no produto, mais alto tende a ser seu preço. No Quadro 1 (a seguir) pode-se perceber que, quando a estratégia é orientada para o serviço, o produto tende a ser diferenciado. Por exemplo: quanto mais orientada para o serviço for a estratégia, mais descentralizada deverá ser a estrutura gerencial, ao passo que, na estratégia voltada para o produto, a estrutura normalmente será centralizada. Enquanto o foco no serviço exige táticas de marketing de relacionamento e individualização das técnicas de atendimento, quando o foco está no produto o marketing, este é massificado. A estratégia focada nos serviços exige uma localização adequada, enquanto a focada no produto muitas vezes independe da localização. O foco nos serviços é mais eficiente quando se consegue fazer economia de escala, enquanto o foco no produto não exige essa tática. Quando o foco é no produto, o mix de produtos é essencial. O foco nos serviços permite um giro de estoque mais lento, enquanto o foco nos produtos exige giro rápido de estoque. O foco nos serviços exige maior relacionamento com os clientes. Por tudo isso, a estratégia voltada para os serviços tende a resultar em preços mais elevados para o consumidor. 13 Quadro 1: Orientação para serviço ou preço Característica da estratégia Estratégia de serviços completos Estratégia de autosserviço Estrutura gerencial Descentralizada Centralizada Oferta de Produtos Customizada Padronizada Ênfase Marketing de relacionamento e gerenciamento de loja Marketing de massa, finanças e compras Localização Muito importante Pouco importante Economia de escala Muito importante Pouco importante Característica da Estratégia Estratégia de serviços Completos Estratégia de autosserviço Mix de Produtos Opcionais Essenciais Mix de Serviços Opcionais Essenciais Giro de estoque Lento Rápido Ênfase promocional Serviços ao consumidor Satisfação do consumidor em curto prazo Relacionamento com fornecedores Forte Tênue Práticas de preço Elevado Baixo Fonte: FERREIRA JUNIOR & SENTA, 2014. Saiba mais Um dos principais pontos para o sucesso do marketing estratégico focado em serviços é basear as ações no relacionamento com o cliente. Por isso, nos últimos anos, ganhou força o que se convencionou chamar de marketing de relacionamento, que busca a proximidade com o público por meio de ações que visam a estreitar relações e tornar mais forte o vínculo do cliente com a marca. O grande objetivo do marketing de relacionamento é vender mais e por mais tempo para um grupo de clientes. Para aprofundar seus conhecimentos sobre esta área do marketing, selecionamos um artigo, de autoria de Dennis Campos, intitulado “A era do marketing focado em relacionamentos”. O texto está disponível em: <http://agencialab.com.br/noticias/a-era-do-marketing- focado-em-relacionamento/>. 14 TEMA 4 – MIX DE MARKETING DE VAREJO O tradicional mix de marketing, também chamado composto de marketing ou “4Ps”, é explícito no setor do varejo. Conhecer profundamente o mix de marketing é fundamental para a tomada de decisão certeira para as ações de marketing. Relembrando: o composto de marketing demonstra o ponto de partida para as ações de marketing. Os 4 Ps (produto, preço, praça e promoção) apontam os primeiros passos a serem pensados pelo gestor do varejo em suas decisões de marketing. Conforme já dito anteriormente, quando falamos em produto, nos referimos a toda uma gama de possibilidades, desde os produtos físicos em si até pessoas e serviços. Definir o produto (qualidade, tamanhos, especificações etc.) é imperativo para saber que público se quer atingir e traçar as formas de se chegar a ele. Da mesma maneira, o segundo elemento do composto, o preço, é elementar no traçado estratégico. A política de precificação e desconto deve estar alinhada à qualidade do produto e ao público que se pretende atingir. O terceiro elemento, a praça, é o chamado ponto de venda, ou local (físico ou virtual, fixo ou itinerante) onde se pretende disponibilizar o produto. É importante que este local possibilite identificação com o público-alvo. Por fim, o quarto elemento do composto: a promoção, que é todo o conjunto de ações de comunicação a serem feitas a respeito do produto, empresa ou marca. Uma comunicação bem-feita é aquela que promove a proximidade com o cliente. As ações de marketing auxiliam as empresas a conquistar e a manter clientes. A conquista se dá, muitas vezes, por meio da comunicação feita a respeito de uma empresa, uma marca, um produto, pela imagem que o marketing ajuda a formar dessa empresa, marca ou produto, pela reputação desenvolvida também com o auxílio das ações de marketing. Para manter os clientes conquistados, o marketing também desempenha papel importante, pois as orientações terão a meta de fortalecer o relacionamento com os clientes. Cada vez mais, as empresas que adotam medidas saudáveis de marketing de relacionamento percebem a importância de cultivar a proximidade com os clientes já conquistados. É sabido que conquistar um novo cliente é muito mais dispendioso para uma empresa do que investir no relacionamento duradouro com os clientes que já fazem parte do rol de uma empresa. Manter 15 um cliente fiel custa, em média, sete vezes menos do que conquistar um novo cliente. (Ferreira Junior, 2014). É claro, no entanto, que, mesmo sabendo desta estatística, uma empresa nunca deve parar de prospectar novos clientes, especialmente porque é preciso substituir clientes que eventualmente tenham rompido o relacionamento com a empresa (os motivos nem sempre são problemas com a empresa em si, mas podem ser fatores que fogem ao controle, como ascensão ou queda social, mudança de cidade, morte, entre outros). Por isso, atrair novos clientes, gastando pouco, passa a ser um grande desafio para as corporações. As novas tecnologias e ferramentas – como as redes sociais – têm sido importantes meios para que as empresas consigam este intento. Já falamos aqui que os clientes são cada vez menos fiéis a marcas e empresas. A oferta atualmente é tão grande que os clientes se sentem livres e são disputados pelas organizações. O que leva, então, um cliente a tornar-se fiel a uma empresa, uma marca ou um produto? Um dos motivos é a comodidade. Algumas pessoas evitam mudar hábitos e, por isso, preferem continuar a utilizar produtos que já conhecem e manter relacionamentos com empresas a que já estejam acostumadas. Este e outros motivos, como a segurança e a confiança, são bastante utilizados como argumentos no marketing de relacionamento. Para que o cliente mantenha o desejo de permanecer fiel à empresa, esta deve se preocupar em ser lembrada, mantendo contato e promovendo a proximidade com o cliente, sem, no entanto, tornar-se invasiva ou maçante para o cliente. Para manter-se na memória do cliente, a empresa pode utilizar as ferramentas disponíveis, como as técnicas de pós-venda, as redes sociais, correspondências, e-mail marketing e outras. Importância da pesquisa para o varejo Toda a tomada de decisão em um empreendimento deve estar baseada em informações precisas. Para que um gestor possa assumirriscos calculados e implementar soluções de marketing visando ao sucesso de seu negócio, ele precisa conhecer o mercado. Buscar informações é, portanto, primordial para que as ações sejam adotadas com segurança. 16 É por isso que as pesquisas ganham cada vez mais espaço na gestão do varejo. Muitas vezes, a empresa pode consultar pesquisas já realizadas por órgãos públicos, entidades de classe e veículos de comunicação como fontes confiáveis de informação. Outras vezes, quando é necessário detectar informações mais precisas, torna-se importante realizar as próprias pesquisas. As pesquisas são instrumentos importantes para se traçar um retrato fiel do mercado em determinado momento, apontando características do comportamento do consumidor e até mesmo tendências no consumo. Assim, trazem informações importantes em momentos como lançamento de novos produtos ou empreendimentos, interrupção de negócios, definição de ações de marketing em geral. Saiba mais Para aprofundar sua reflexão a respeito da importância das pesquisas para a definição das ações de marketing no varejo, sugerimos a leitura do texto do blog Innovare Pesquisa, disponível em <http://www.innovarepesquisa.com.br/blog/importancia-da-pesquisa-de- mercado-para-o-varejo/>. TEMA 5 – E-BUSINESS Com o advento da internet, o comércio eletrônico vem se firmando cada vez mais como alternativa ao comércio tradicional. O contato com o consumidor e as vendas pela internet passaram por diferentes fases desde o início da popularização da rede mundial de computadores, mas atualmente pode-se dizer que este tipo de negócio atingiu sua maturidade e tem se consolidado com firmeza. Embora certamente já houvesse, pontualmente, experiências de comercialização de produtos com a utilização dos meios eletrônicos, o termo e- business, hoje popularizado, só foi utilizado pela primeira vez em 1996, quando de uma apresentação de projeto de executivos da IBM em Wall Street. Desde então, o termo se massificou e passou a ser utilizado de forma generalizada, sendo hoje referencial quando se fala em comercialização pela internet. A web foi criada nos EUA, em meados dos anos 1960, como alternativa de comunicação militar, em plena Guerra Fria. O pesquisador Paul Baran, considerado o grande pioneiro na proposição do que hoje conhecemos como 17 internet, idealizou uma forma de armazenamento não concentrado de informações, para protegê-las de invasão e ataques nucleares, por exemplo. Assim surgiu a ideia de rede (web, em inglês). Durante os anos 1970 e 1980, a rede se ampliou e tornou-se mais complexa, mas ainda restrita aos círculos militares de diversos países. A partir de 1990, com a criação do protocolo HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) e da linguagem HTML (Hyper Text Markup Language), por Tim Berners-Lee, na Europa, passou a ser possível “navegar” na rede – o que fez com que a internet passasse a ser possível para o grande público. Não apenas no dia a dia das pessoas e de suas famílias, mas também nas empresas, a utilização da internet provocou uma verdadeira revolução nos costumes. O início dessa popularização levou empresas a proibirem acesso dos funcionários, enquanto outras iniciavam, ainda timidamente, a comercialização de produtos via web. Considera-se a primeira fase do comércio eletrônico o período entre 1994 e 1997, quando as empresas começaram a experimentar as possibilidades de comercialização via internet, mesmo sem saber ao certo quais seriam os resultados. No final dos anos 1990, ocorreu um fenômeno, hoje conhecido como “bolha da internet”. Como as perspectivas de crescimento da rede eram muito otimistas, grandes organizações fizeram altos investimentos em empresas voltadas ao desenvolvimento da rede. O mercado ficou superaquecido e, como sugere o termo “bolha”, houve um momento em que a situação “explodiu”. Empresas como o Google e a Amazon alcançaram lucros estrondosos, foi criada a Nasdaq (bolsa de valores específica para negócios da internet) e as perspectivas eram de lucros ilimitados. No ano 2000, no entanto, houve a queda da bolsa e o grande susto no mercado eletrônico. Os gigantes do setor, como a Google e a Yahoo, sobreviveram, mas a maioria das empresas da área amargaram prejuízos e muitas faliram. Mesmo com o fenômeno da bolha da internet, considera-se que a segunda fase da comercialização eletrônica, entre 1997 e 2000, foi a época em que o comércio eletrônico firmou-se como negócio viável, e as empresas passaram a perceber a viabilidade de focar em operações de compra e venda por meios digitais. 18 Considera-se que a terceira fase é o período iniciado nos anos 2000 e que dura até os dias atuais. É a fase da maturidade do uso da rede para os negócios. A preocupação das empresas, atualmente, é sobre como a internet pode influenciar a lucratividade das empresas, e os esforços são no sentido de obter os melhores resultados dessa utilização. Por outro lado, nesta fase de maturidade, não há mais a ilusão do lucro desmedido e há também preocupação com outro tipo de resultados potenciais do uso da internet: a visibilidade trazida, especialmente com o advento das redes sociais. A internet amplia exponencialmente as possibilidades de contato com o cliente. Por isso, é preciso planejar bem e atuar com cautela na intenção de atrair e fidelizar clientes. O primeiro passo para a tão sonhada fidelização é conhecer o cliente. As novas tecnologias trazem ferramentas próprias para facilitar esse trabalho, com a formação de bancos de dados que podem armazenar informações importantes, cruzar dados e promover o acesso aos dados relevantes. Além disso, pesquisas de satisfação também são instrumentos interessantes para se conhecer os clientes. Quanto mais se conhecer as pessoas, mais é possível adotar ações certeiras para conquistá-las e mantê-las conquistadas. Manter contato com a clientela é uma forma de fazer com que a empresa seja sempre lembrada. Todavia, é preciso cautela para estão não se tornar invasiva. O contato, portanto, deve ser pontual, e não massificado. Alguns momentos são muito próprios para se estabelecer este contato, como para agradecer e parabenizar por uma compra efetuada ou avisar sobre a chegada de novidades. Pedir que o cliente indique amigos também é interessante porque amplia o espectro de potenciais clientes de forma mais segura, já que o cliente que vem por indicação reforça a credibilidade da empresa. De toda forma, em cada uma dessas ações, a empresa deve ter o cuidado de não se tornar, repetimos, invasiva ou agir de forma inconveniente. Conforme já salientamos, o contato com o cliente não deve ser massificado, mas sim direcionado aos interesses dele. Mensagens invasivas, em demasia ou em horário equivocado podem provocar reações negativas. Curiosidade A história do comércio eletrônico é bastante recente, mas já recheada de curiosidades. Venda de produtos pitorescos, falta de segurança por parte do 19 consumidor e “engenhocas” de inventores das novas tecnologias estão entre as curiosidades. Selecionamos um artigo da internet que traz uma lista de casos curiosos das práticas de vendas eletrônicas. Veja em <http://www.uolhost.uol.com.br/academia/noticias/2014/02/10/10- curiosidades-que-te-farao-viajar-na-historia-do-e-commerce.html#rmcl>. SÍNTESE Chegamos ao momento da revisão dos principais pontos trabalhados nesta Rota de Aprendizagem, cujo tema central foi a abordagem de estratégias de marketing para o varejo. Lembramos que o marketing busca estreitar a aproximação com o cliente e, para isso,temos alguns caminhos importantes a serem percorridos. Antes mesmo de pensarmos em atrair clientes, devemos refletir sobre a qualidade de nosso atendimento, pois a máxima que diz que a satisfação do cliente é o principal ingrediente para a fidelização é muito verdadeira. O atendimento prestativo é fundamental no varejo em geral, enquanto que no varejo de autosserviço é um diferencial importante. Ou seja, em um supermercado, o cliente não precisa ser acompanhado o tempo todo por um vendedor, mas poderá ficar muito mais satisfeito se, quando tiver alguma dúvida ou dificuldade, for abordado por profissionais da casa. Já citamos aqui que, em tempos de tanta competitividade, fidelizar um cliente é tarefa cada vez mais difícil. Porém, para que o cliente opte por manter relacionamento com uma empresa, ela precisa se mostrar aberta a oferecer o melhor a este cliente, sempre. O objetivo de uma empresa preocupada em conquistar e manter clientes deve ser o de criar facilidades, comodidade e conforto para ele. NA PRÁTICA Para ilustrarmos a importância do atendimento como elemento diferencial no processo de fidelização de clientes, citamos o exemplo de uma rede popular de lojas de varejo de alto giro na cidade de Curitiba (PR). A Casa China tem estrutura de autosserviço (o cliente pega os produtos que deseja nas prateleiras da loja) e trabalha com o slogan “Na Casa China tem!”, dando a entender ao 20 cliente que ali ele poderá encontrar os mais variados produtos no âmbito das utilidades domésticas e materiais escolares. Por serem lojas de alto giro de clientes, a maioria delas estão localizadas em pontos estratégicos de grande circulação de pessoas, como próximas a terminais de ônibus, e é de se imaginar que seus clientes não sejam fieis. Porém, de acordo com o relato dos atendentes, cada loja tem grupos de clientes que se tornam conhecidos das equipes de trabalho, pelo fato de sempre marcarem presença nas lojas. A equipe de uma loja central, por exemplo, relata que, às quartas-feiras, o principal público é formado por senhoras de idade avançada, que frequentam novenas em uma igreja próxima. Quando elas gostam de um produto, voltam para comprar vários do mesmo modelo. Como ninguém precisa ter dois raladores de queijo em casa, por exemplo, elas compram de presente para as filhas, noras, vizinhas e amigas. Também é comum os clientes demonstrarem proximidade comprando, na própria loja, presentes para os atendentes, que relatam que ganham chocolates, doces e produtos para a casa. Um fato chama a atenção na rede de lojas sobre a importância do bom atendimento ao cliente: quando um potencial cliente pergunta algo para um atendente, a orientação da direção da rede é de que ele pare o que está fazendo – se não for urgente – e leve o cliente até o local de exposição do produto que ele procura. É um detalhe aparentemente simples, mas o fato de o atendente acompanhar o cliente, demonstrando atenção e disponibilidade, conquista as pessoas e traz resultados. Em outras lojas e supermercados, ao invés de acompanhar o cliente, os atendentes apenas explicam ou apontam para o corredor onde ele poderá encontrar o que procura. Quando o atendente demonstra a disposição para acompanhar o cliente, este se sente mais valorizado. REFERÊNCIAS 10 CURIOSIDADES que te farão viajar na história do e-commerce. Academia UOL Host. Disponível em: <http://www.uolhost.uol.com.br/academia/noticias/2014/02/10/10-curiosidades- que-te-farao-viajar-na-historia-do-e-commerce.html#rmcl>. Acesso em: 27 mar. 2017. 21 CAETANO, M. Defina benefícios e serviços agregados e diminua o desconto. Marcelo Caetano. Disponível em: <http://www.marcelocaetano.com/defina- beneficios-servicos-agregados-diminua-desconto/>. Acesso em: 27 mar. 2017. CAMPOS, D. A era do marketing focado em relacionamento. Agência LAB. Disponível em: <http://agencialab.com.br/noticias/a-era-do-marketing-focado- em-relacionamento/>. Acesso em: 27 mar. 2017. DUMAS, V. A origem da internet. História Viva. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/o_nascimento_da_internet.ht ml>. Acesso em: 27 mar. 2017. FERREIRA JUNIOR, A.; CENTA, S. Supervarejo: uma abordagem prática sobre os mercados de consumo. Curitiba: InterSaberes, 2014. PRODUTOS com serviços agregados ajudam a conquistar clientes. Agência FIEP. Disponível em: <http://www.agenciafiep.com.br/noticia/produtos-com- servicos-agregados-ajudam-a-conquistar-clientes/>. Acesso em: 27 mar. 2017. ROSA, J. P. da C. Habilidades e características da força de vendas no comércio varejista de acessórios para casa nos municípios de Florianópolis e São José. 152 f. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas) – Universidade do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 2008. Disponível em: <http://tede.udesc.br/handle/handle/177>. Acesso em 27 mar. 2017. SEBRAE. Resposta técnica: serviços agregados à venda dos produtos. Disponível em: <http://www.sebraemercados.com.br/wp- content/uploads/2015/12/2014_08_06_RT_Junho_Varejo_ServicoAgregado_pd f.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2017. SERVIÇO agregado a serviço. Blog Ave Marketing. Disponível em: <http://www.elciofernando.com.br/blog/2010/06/servico-agregado/>. Acesso em: 27 mar. 2017.
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