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Sistema Tegumentar, Urinário e Genital

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1 SISTEMA TEGUMENTAR 
O sistema tegumentar é formado pela pele e seus órgãos acessórios, como os 
pelos, unhas, glândulas e receptores especializados. É esse sistema que cobre o 
nosso corpo. 
1.1 PELE 
A pele é considerada um órgão por possuir tecidos que, ao se juntarem, 
realizam suas funções. O tecido externo é chamado de epiderme, sendo mais delgado 
e feito de epitélio. A epiderme é fixada em um tecido conjuntivo chamado de derme, 
que é a parte interna. A derme está abaixo tela subcutânea (hipoderme), que possui 
tecido adiposo e tecido conjuntivo areolar, fixando a pele nas estruturas mais 
profundas. 
A pele é responsável por: 
 Regulação da temperatura corporal por meio de suor e alterações no 
fluxo sanguíneo na pele; 
 Oferecendo proteção ao cobrir o corpo, criando uma barreira física; 
 Oferecem sensações por meio de terminações nervosas e receptores de 
estímulos da temperatura, tato, pressão e dor; 
 Excreção de pequenas quantidades de água, sais e vários compostos 
orgânicos; 
 Algumas células fazem parte do sistema imunológico; 
 Faz a síntese de vitamina D. 
1.1.1 Epiderme 
A epiderme é constituída por epitélio escamoso não queratinizado e possui 
quatro tipos de células: a célula queratinócito, encontrada na derme, é a mais 
numerosa e sofre queratinização; a célula melanócito, também encontradas na derme, 
produz melanina; a célula de Langerhans, encontrada na epiderme, que fazem parte 
do sistema imunológico; e a célula de Merkel, também encontrada na epiderme, é a 
mais profunda e acredita-se que funciona na sensação de tato. 
A epiderme possui quatro camadas: 
 Basal: Possui células cuboidais a colunares capazes de divisão celular 
continuada. Também possui melanócitos. As células se multiplicam, 
produzindo queatinócitos. Também contém células de Merkel; 
 Espinhosa: Possui cerca de 10 fileiras (lâminas) de células poliédricas 
(muitos lados) semelhantes a espinhos. Também possui melanina; 
 Granulosa: Possui cerca de 5 fileiras de células planas com grânulos de 
cor escura; 
 Córnea: Possui cerca de 30 fileiras de células planas, mortas. 
Completamente preenchidas com queratina. 
1.1.2 Derme 
A derme é constituída por tecido conjuntivo que contém fibras colágenas e 
elásticas. É a combinação dessas fibras que dá força, extensibilidade e elasticidade 
para a pele. Suas células são os fibroblastos, macrófagos e adipócitos. A parte 
superior da derme é formada por tecido conjuntivo areolar e sua área superficial possui 
as papilas dérmicas (pequenas projeções digitiformes), que são responsáveis por 
formar as impressões digitais e auxilia ao agarrarmos um objeto. Algumas papilas 
dérmicas possuem corpúsculos de Meissner, que são sensíveis ao tato. Outras 
possuem capilares sanguíneos. 
A região inferior da derme possui tecido conjuntivo denso e irregular, tecido 
adiposo, folículos pilosos, nervos, glândulas sebáceas e ductos de glândulas 
sudoríparas. Está fixada no osso e no músculo subjacente pela tela subcutânea, que 
possui corpúsculos lamelados (de Pacini) sensíveis à pressão 
As partes superiores e inferiores da derme possuem receptores de calor e frio. 
1.2 PÊLOS 
Os pêlos crescem a partir da epiderme e se distribuem sobre o corpo. Sua 
principal função é proteção. Os pêlos são fios de células fundidas, mortas, 
queratinizadas que possuem uma haste e uma raiz. A haste se projeta sobre a 
superfície da pele e a raiz está abaixo da superfície, penetrando na derme e tela 
subcutânea. 
O folículo piloso circunda a raiz e é comporto pelas bainhas externa e interna 
da raiz, que são células epidérmicas e circundadas por uma bainha de tecido 
conjuntivo. O bulbo é a parte mais arredondada da raiz, contendo a papila do pêlo, 
que possui vasos sanguíneos e da nutrição para o pêlo em crescimento. 
As células do bulbo são chamadas de matriz, responsáveis por produzir novos 
pêlos por divisão celular. O eretor de pêlos emerge do folículo piloso é responsável 
pela pele arrepiada quando sentimos medo ou frio. 
1.3 GLÂNDULAS 
As glândulas sebáceas (oleosas) estão conectadas aos folículos pilosos. Suas 
porções secretoras ficam na derme. Elas secretam o sebo, uma substância oleosa, 
impedindo o ressecamento dos pêlos, prevenindo a evaporação excessiva de água 
da pele, mantendo a pele macia e inibindo o crescimento de certas bactérias. 
As glândulas sudoríparas são divididas em dois tipos: as glândulas sudoríparas 
apócrinas são encontradas na axila, região púbica e aréolas das mamas. Elas 
começam a funcionar na puberdade e produzem uma secreção pegajosa. São 
estimuladas durante o estresse emocional e excitação sexual, conhecidas como “suor 
frio”; e as glândulas sudoríparas écrinas, se distribuem por toda a pele, exceto na 
margem dos lábios, leitos ungueais das mãos e pés e tímpanos. Funcionam durante 
toda a vida e produzem secreção mais aquosa, chamada de transpiração ou suor, que 
ajudam a regular a temperatura corporal. 
As glândulas ceruminosas estão presentes no meato acústico externo. Junto 
com as glândulas sebáceas, secretam o cerume, que fornece uma barreira viscosa 
contra corpos estranhos. 
 
2 SISTEMA URINÁRIO 
O sistema urinário é constituído por dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. 
Esse sistema ajuda na homeostase, controlando a composição e volume do sangue 
por meio de remoção e restauração de quantidades selecionadas de água e solutos. 
Os rins são responsáveis pela regulação do volume da composição do sangue, 
regulação da pressão arterial e ajuda no metabolismo. 
A urina é excretada dos rins através de cada ureter, sendo armazenada na 
bexiga e expelida do corpo pela uretra. 
2.1 RINS 
Os rins são órgãos avermelhados em forma de um grão de feijão. Estão 
situados logo acima da cintura. É pelo hilo renal, bem no centro côncavo do rim, que 
o ureter deixa, a artéria renal entra e a veia renal sai do rim. 
A cápsula fibrosa circunda o rim e serve como uma barreira contra traumas e 
infecções. A cápsula adiposa circunda e protege o rim e junto com uma camada fina 
de tecido conjuntivo denso irregular prende o rim na parede abdominal posterior. 
O córtex renal é a parte mais externa de dentro do rim, sendo avermelhada e 
granular. A medula renal é uma região marrom-avermelhada e estriada. Dentro da 
medula renal estão de 8 a 18 pirâmides renais, que são estriadas e triangulares, onde 
suas bases estão voltadas para o córtex renal e suas pontas (papilas renais) são 
voltadas para o centro do rim. Entre as pirâmides renais estão as colunas renais. 
Os seios renais são as áreas em rosa claro. A pelve renal é o centro do rim, 
onde tem extensões chamadas de cálice renal menor e cálice renal maior. 
Os neufróns são responsáveis por filtram o sangue, e drenam nos ductos 
coletores e depois nos ductos papilares maiores, que surgem nas papilas renais. 
A formação da urina é feita por três processos: primeiro a filtração glomerular, 
que vai forçar, sob pressão, líquidos e substâncias dissolvidas menores através de 
uma membrana; segundo a reabsorção tubular, que vai reabsorver água, glicose, 
aminoácudism uréia e íons (Na+, K+, Cl- e HCO3); e terceiro a secreção tubular, que 
vai secretar íons potássio (K+), hidrogênio (H+) e amônio (NH4+), creatina, uréia e 
penicilina, livrando o corpo de certos materiais e controlando o pH do sangue. 
2.2 URETERES 
Cada ureter começa na pelve renal e vai até a bexiga. Eles são retroperitoneais, 
assim como os rins. A camada interna de sua parede é feita de túnica mucosa. A 
principal função dos ureteres é transportar a urina da pelve renal para a bexiga. 
2.3 BEXIGA 
A bexiga é um órgão muscular oco localizado na cavidade pélvica. No homem 
ela está nafrente do reto e na mulher está na frente da vagina e abaixo do útero. É 
móvel e mantida por pregas do peritônio. 
No fundo da bexiga existe uma pequena área triangular, chamado de trígono, 
onde no ápice desse triângulo se encontra a abertura da uretra. 
A túnica mucosa da bexiga possui epitélio de transição, permitindo que a bexiga 
se expanda e se retraia. Também possui rugas (pregas na túnica mucosa). O esfíncter 
interno da uretra está em torno da abertura da uretra e a abertura e fechamento desse 
esfíncter é involuntário. O esfíncter externo da uretra está abaixo do esfíncter interno, 
sendo composto de musculo esquelético, sua abertura e fechamento é voluntário. 
A túnica serosa da bexiga recobre sua superfície e é formada pelo peritônio. 
A urina é eliminada pela bexiga por meio de micção, sendo realizado por uma 
combinação de impulsos nervosos involuntários e voluntários. 
2.4 URETRA 
A uretra é um pequeno tubo que sai da bexiga ao exterior do corpo. É parte 
terminal do sistema urinário, responsável por eliminar a urina do corpo. A uretra 
masculina também serve para eliminar o sêmen. 
Nas mulheres ela se localiza atrás da sínfise púbica e está embutida na parede 
anterior da vagina. O óstio externo da uretra está entre o clitóris e o óstio vaginal. Nos 
homens, a uretra passa na vertical através da glândula próstata, do músculo 
transverso profundo do períneo e termina no pênis. 
 
3 SISTEMA GENITAL 
3.1 SISTEMA GENITAL MASCULINO 
Os órgãos presentes no sistema genital masculino são: testículos (gônadas 
masculinas), responsáveis por produzir espermatozoides e hormônios; os ductos, 
armazenando e transportando os espermatozoides para fora do corpo; as glândulas 
sexuais acessórias, que secretam o sêmen; e as estruturas de suporte. 
3.1.1 Escroto 
O escroto é uma bolsa que carrega os testículos. Possui pele frouxa, fáscia 
superficial e musculatura lisa. Em sua parte interna, ele é dividido por um septo, em 
dois sacos, onde cada um contém um testículo. 
Em função de sua localização e contração de suas fibras musculares, o escroto 
regula a temperatura dos testículos. Ele proporciona um ambiente de 3ºC abaixo da 
temperatura do corpo, para que a produção e sobrevivência dos espermatozoides 
sejam bem-sucedidas. 
3.1.2 Testículos 
Os testículos é um órgão par (direito e esquerdo), cada um tem uma forma oval 
e se desenvolvem dentro do escroto. São cobertos por uma cápsula fibrosa branca, 
que divide os testículos em lóbulos. O homem tem cerca de 200-300 lóbulos, onde 
cada um possui de 1 a 3 túbulos seminíferos (sêmen), que vão produzir 
espermatozoides por meio do processo espermatogênese. 
Os túbulos seminíferos possuem células espermatogênicas em vários estágios 
de desenvolvimento. As espermatogônias são as mais imaturas e estão contra a 
membrana basal em direção à superfície dos túbulos. Os espermatócitos primários, 
secundários, espermátides e os espermatozoides são as células mais maduras 
(ordem crescente) e estão direcionados à luz dos túbulos. Antes de atingir a 
maturidade completa, o espermatozoide é liberado no lúmen do túbulo e vai através 
dos ductos. 
As células de Sertoli ou células de sustentação suportam, protegem e nutrem 
as células espermatogênicas em desenvolvimento; ingerem células 
espermatogênicas degeneradas; e secretam a inibina. Entre os túbulos seminíferos 
estão as células intersticiais de Leydig, que secretam a testosterona. 
3.1.3 Espermatogênese 
A espermatogênese possui três estágios: a divisão reducional (meiose I), a 
divisão equatorial (meiose II) e a espermiogênese. 
Na divisão reducional, o espermatócio primário aumenta de tamanho e depois 
acontece duas divisões nucleares. Na primeira o DNA é replicado e os 46 
cromossomos se unem com 23 cromossomos homólogos. As quatro cromátides de 
cada par tomam forma de espiral e partes de uma cromátide pode ser trocada por 
partes de outra, permitindo a recombinação de genes. Depois os pares se separam e 
migram para lados opostos do núcleo em divisão. As células formadas por essa 
divisão são chamadas de espermatócitos secundários. 
Na divisão equatorial não acontece a replicação do DNA. Os cromossomos 
estão alinhados como um único fio e as cromátides de cada um desses cromossomos 
se separa uma das outras. As células formadas por essa divisão são chamadas de 
espermátides. 
Na espermiogênese cada espermátide se desenvolve em um único 
espermatozoide. Cada um possui uma cabeça e uma cauda e são nutridas pelas 
células de Sertoli. 
3.1.4 Espermatozoide 
O corpo masculino produz cerca de 300 milhões de espermatozoides por dia e, 
depois de ejaculados, possui 48 horas de vida no trato reprodutor feminino. Cada 
espermatozoide é composto por uma cabeça, uma peça intermediária e uma cauda. 
Na cabeça se encontra o núcleo e o acrosoma, que possui enzimas que ajudam o 
espermatozoide a penetrar o ovócito secundário. Na peça intermediária estão as 
mitocôndrias, responsáveis por sustentar o metabolismo que fornece energia para 
locomoção do espermatozoide. Na cauda está o flagelo típico, que lança o 
espermatozoide. 
3.1.5 Testosterona e Inibina 
A testosterona e sintetizada nos testículos a partir do colesterol. É estimulada 
pelo LH. São responsáveis por: 
 Ajuda no desenvolvimento da genitália interna masculina, durante o pré-
natal; 
 Estimula a descida dos testículos antes do nascimento; 
 Produz o desenvolvimento e crescimento dos genitais masculinos e 
características masculinas (pêlos, “entradas” do cabelo”, espessamento 
da pele, crescimento dos músculos e ossos, aumento da secreção das 
glândulas sebáceas, aumento da laringe e engrossamento da voz”) na 
puberdade; 
 Estimula a taxa metabólica e é a base para a libido. 
A inibina inibe a secreção de FSH para diminuir a espermatogênese. Esse 
hormônio é secretado pelas células de Sertoli. 
3.1.6 Ductos 
Os espermatozoides vão para os túbulos seminíferos contorcidos, depois para 
os túbulos seminíferos retos e chegam aos ductos nos testículos, chamados de rede 
do testículo. Algumas das células da rede de testículo possuem cílios, que ajudam na 
movimentação do espermatozoide. 
Depois os espermatozoides se direcionam para epidídimo, que possui formato 
de vírgula e está acima dos testículos. O seu ducto epididimal é responsável pela 
maturação dos espermatozoides, armazenando-os por um mês ou mais, e depois são 
expelidos ou reabsorvidos. 
Quando o ducto do epidídimo fica menos enrolado e seu diâmetro aumenta, ele 
é chamado de ducto deferente. Ele está ao longo da margem posterior dos testículos, 
penetra no canal inguinal e entra na cavidade pélvica, onde vai ser curvar lateralmente 
e para baixo na parte posterior da bexiga. Ele armazena espermatozoides por muitos 
meses, lançando-os em direção à uretra na ejaculação por meio de contrações 
peristálticas de sua túnica muscular. 
Atrás da bexiga estão os ductos ejaculatórios, formados pela união do ducto da 
vesícula seminal e o ducto deferente. Eles ejetam esperma no interior da uretra. 
A uretra é o ducto terminal, servindo como passagem de esperma e urina. No 
home, ela passa através da próstata, diafragma urogenital e pênis. A abertura da 
uretra é chamada de óstio externo da uretra. 
3.1.7 Glândulas Sexuais Acessórias 
As glândulas sexuais acessórias secretam a parte líquida do sêmen. As 
vesículas seminais são em forma de saco e estão junto a base da bexiga, em frente 
ao reto, secretando um fluido alcalino e viscoso que contém frutose, prostaglandinas 
e proteínas de coagulação. 
A próstata possui forma de anel e aproximadamente do tamanho de uma noz. 
Ela está abaixo da bexiga e aumenta de tamanho lentamente no nascimento atéa 
puberdade. Ela secreta um fluido leitoso, levemente ácido, contendo nutrientes e 
várias enzimas, como o antígeno próstata-específico (PSA), lisozimas e enzimas de 
coagulação. 
As glândulas de Cowper (bulbouretrais) são do tamanho de uma ervilha. Estão 
abaixo da próstata e em ambos lados da uretra, dentro do diafragma urogenital. Elas 
secretam uma substância alcalina na uretra que protege os espermatozoides pela 
neutralização do ambiente ácido da uretra. Também produzem muco que lubrifica as 
extremidades do pênis durante a atividade sexual. 
3.1.8 Pênis 
O pénis é um órgão cilíndrico que possui uma raiz, um corpo e a glande do 
pênis. Ele é constituído de três massas de tecido erétil, onde as duas massas dorsais 
são chamas de corpos cavernosos do pênis e a massa ventral de corpo esponjoso do 
pênis, onde está a uretra. 
Essas três massas são envolvidas por fáscias e pele que possuem tecido erétil 
e seios sanguíneos. Quando acontece a estimulação sexual, as artérias que irrigam o 
pênis se dilatam e grandes quantidades de sangue entram nos seios, causando a 
ereção, que é um reflexo parassimpático. 
Quando acontece a ejaculação, um esfíncter de musculo liso que está na base 
da bexiga se fecha, para que o sêmen e a urina não se misturem na uretra. Esse 
esfíncter também impede de o sêmen entrar na bexiga. 
A glande do pênis é uma região levemente aumentada na extremidade distal 
do corpo esponjoso. Na glande se encontra a abertura da uretra (óstio externo da 
uretra). O prepúcio do pênis é uma pele frouxa que recobre a glande. 
3.2 SISTEMA GENITAL FEMININO 
Os órgãos do sistema genital feminino são: os ovários (gônadas femininas), 
responsáveis por produzir ovócitos secundários e os hormônios sexuais femininos, 
que são a progesterona e estrógeno, inibina e relaxina; as tubas uterinas que levam o 
óvulo ao útero; a vagina; os órgãos externos (vulva ou pudendo) e as glândulas 
mamarias, que também são consideradas parte do sistema genital feminino. 
3.2.1 Ovários 
Os ovários são órgãos pares que surgem no período fetal. São semelhantes de 
uma amêndoa, tanto em tamanho quanto na forma. Estão um de cada lado da 
cavidade pélvica, mantidos por ligamentos suspensórios, largos e ováricos. Cada um 
dos ovários possui um hilo, que é por onde entram os nervos, vasos sanguíneos e 
vasos linfáticos. 
Uma camada de epitélio cuboidal simples cobre os ovários, e é chamada de 
epitélio germinal. O estroma é a parte de tecido conjuntivo constituído de uma camada 
externa, o córtex, que possui folículos ovarianos, e uma camada interna, a medula, 
que possui nervos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos. 
Os folículos ováricos possuem ovócitos em vários estágios de desenvolvimento 
e suas células. Quando essas células formam uma única camada, elas são chamadas 
de células foliculares. Elas nutrem o ovócito em desenvolvimento e secretam 
estrógenos ao folículo aumentar de tamanho. 
O folículo maduro (de Graaf) é grande e preenchido por um líquido que sofrerá 
ruptura e vai expelir um ovócito secundário, esse processo é chamado de ovulação. 
O corpo lúteo dos ovários possui restos de folículo maduro ovulado. Ele produz 
progesterona, estrógenos, relaxina e inibina, até que ele se degenere e se torne um 
tecido fibroso esbranquiçado, chamado de corpo albicante. 
3.2.2 Ovogênese 
O processo de ovogênese é a formação de óvulo haploide. Ela ocorre da 
mesma forma que a espermatogênese, contendo meiose e maturação. A diferença da 
mulher para o homem, é que a ovogênese acontece antes do nascimento, e a 
espermatogênese acontece na puberdade do homem. 
3.2.3 Tubas Uterinas 
A mulher possui duas tubas uterinas (de Falópio) e são encontradas 
lateralmente ao útero, transportando ovócitos secundários dos ovários ao útero. O 
infundíbulo é a extremidade aberta em forma de funil das tubas uterinas, próximo ao 
ovário e de onde surgem projeções digitais chamadas de fimbrias (franjas), que 
ajudam na coleção de ovócitos secundários para o interior da tuba após a ovulação. 
A tuba uterina se curva inferiormente, chegando no corpo do útero. 
Em uma vez ao mês acontece a ovulação. O ovócito secundário liberado pela 
ovulação é sugado para a tuba uterina pela ação ciliar do epitélio do infundíbulo. 
Depois o ovócito é levado através da tuba pelos cílios do revestimento mucoso e 
contrações peristálticas da túnica mucosa. 
3.2.4 Útero 
É no útero que acontece a menstruação, a implantação de um óvulo fertilizado, 
o desenvolvimento do feto e o trabalho de parto. Ele está entre a bexiga e o reto e 
possui forma de uma pêra invertida. 
O fundo do útero é parte em forma de domo acima das tubas, o colo do útero 
é a parte estreita que se abre para a vagina e a cavidade uterina é interior do corpo 
uterino. 
Ele é mantido em sua posição por vários ligamentos, sendo eles: largo, 
uterossacral, cardinal e redondo. O ligamento largo também forma o perímetro, parte 
externa do útero. 
O endométrio é a parte mais interna da parede uterina, uma túnica mucosa 
composta de duas camadas. O estrato basal é uma camada permanente próxima ao 
miométrio. O estrato funcional reveste a cavidade uterina, nutre o feto em crescimento, 
ou é descartado durante a menstruação. O endométrio possui glândulas onde suas 
secreções nutrem espermatozoides e zigoto. 
As artérias uterinas são responsáveis pelo fornecimento de sangue para o 
útero. O sangue deixa do útero por meio das veias uterinas. 
3.2.5 Vagina 
A vagina é responsável pela passagem do fluxo menstrual e do feto. Também 
recebe o pênis durante a atividade sexual. É localizada entre a bexiga e o reto. 
O fórnice da vagina é um recesso que circunda o colo do útero, permitindo que 
a mulher utilize o diafragma contraceptivo. 
A túnica mucosa da vagina é contínua com a do útero e apresenta rugas 
(dobras transversais). A mucosa da vagina é um ambiente ácido que desacelera o 
crescimento microbiano. Essa túnica é constituída de músculo liso e pode se dilatar 
para receber o pênis e permitir o nascimento do feto. O óstio vaginal é a abertura da 
vagina, onde existe o hímen, quando a mulher ainda é virgem 
3.2.6 Vulva 
A vulva, ou pudendo, é os órgãos femininos externos. São eles: 
 Monte do púbis: é parte elevada, que possui tecido adiposo, coberta de 
pêlos pubianos grossos, protegendo a sínfise púbica contra choques; 
 Lábios maiores: possuem tecido adiposo e glândulas sudoríparas e 
sebáceas, também cobertos por pêlos pubianos; 
 Lábios menores: são diferenciados dos lábios maiores por não conter 
pêlos pubianos e possuem poucas glândulas sudoríparas, porém várias 
glândulas sebáceas; 
 Clitóris: uma pequena massa cilíndrica de tecido erétil e nervos. É a 
junção anterior dos lábios menores. Assim como o pênis, o clitóris 
aumenta de tamanho quando recebe estimulação e assume papel na 
excitação sexual; 
 Prepúcio: é a camada de pele que cobre o corpo do clitóris; 
 Glande: é a parte exposta do clitóris; 
 Vestíbulo da vagina: é a região entre os lábios menores, onde se 
encontra o hímen (quando presente); 
 Óstio vaginal: abertura da vagina para o exterior; 
 Óstio externo da uretra: abertura da uretra para o exterior; 
 Glândulas uretrais (de Skene): estão em cada lado do óstio vaginal, na 
parede da uretra e secretam muco.; 
 Glândulas vestibulares maiores (de Bartholin): estão em cada lado do 
orifício vaginal e produzem muco para lubrificação durante a atividade 
sexual. 
3.2.7 Períneo 
O períneo é a área em forma de losango entre as coxas e as nádegas, presente 
no homem e na mulher. É nele que estão os órgãos genitais externos e o ânus. 
Na mulher, a parte entre a vagina e o ânus é chamada de períneo clínico.3.2.8 Glândulas Mamárias 
As glândulas mamarias são glândulas sudoríparas modificadas e estão 
localizadas sobre os músculos peitoral maior e serrátil anterior, ligadas a eles po tecido 
conjuntivo. Em seu interior, cada glândula possui de 15 a 20 lobos organizados 
radialmente e separados por ligamentos suspensores mamários (ligamentos de 
Cooper), responsáveis por sustentar as mamas. 
Nesses lobos existem lóbulos menores que possuem células secretoras de leite 
nos alvéolos. Essa secreção láctea é levada por meio de ductos que terminam nas 
papilas mamárias (mamilos). A área pigmentada que circunda a papila mamária é 
chamada de aréola da mama. 
A função das glândulas mamárias é a secreção e a ejeção de leite, que juntas 
formam a lactação.

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