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DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS DO CÂNCER Universidade Federal do Ceará Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem Departamento de Patologia e Medicina Legal Disciplina: Patologia Geral Jackeline Oliveira de Souza Taynara Maria Vieira Pires Fortaleza 2017 INTRODUÇÃO Câncer “Refere-se ao termo neoplasia, especificamente aos tumores malignos, como sendo uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado de células transformadas” (ALMEIDA et al., 2005, p.118) Neoplasma ou tumor Massa anormal do tecido, cujo crescimento ultrapassa e não é coordenado com os dos tecidos normais e persiste depois da interrupção dos estímulos que deram origem à mudança. Existem quase 200 tipos que correspondem aos vários sistemas de células do corpo, os quais se diferenciam pela capacidade de invadir tecidos e órgãos, vizinhos ou distantes. TUMOR BENIGNO Crescimento lento Presença de uma cápsula de tecido fibroso É localizado e não se infiltra ou invade tecidos vizinhos Bem diferenciado Ausência de metástases TUMOR MALIGNO Crescimento lento ou rápido Tem a capacidade de invadir os tecidos adjacentes Bem diferenciado ou Não diferenciado (anaplasia) Presença de metástases BENIGNO X MALIGNO BENIGNO LEIOMIOMA MALIGNO LEIOMIOSSARCOMA NOMENCLATURA TUMORAL Teratomas: formados por uma variedade de tipos de células que representam mais de uma camada germinativa, em geral as três. NOMENCLATURA TUMORAL TRANSFORMAÇÃO CELULAR PROCESSO CARCINOGÊNICO QUÍMICO PROCESSO CARCINOGÊNICO MECANISMOS DE DEFESA Sistema imunológico. Capacidade de reparo do DNA danificado por agentes cancerígenos. Ação de enzimas responsáveis pela transformação e eliminação de substâncias cancerígenas introduzidas no corpo. FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER Ambientais Espaço geográfico Hábitos e estilos de vida Idade Ocorre de forma tardia (≥ 55 anos) Hereditários Síndromes Autossômicas Dominantes de Câncer Hereditário Síndromes do Reparo Defeituoso do DNA Cânceres Familiais Interações entre Fatores Genéticos e Não-Genéticos Não - Hereditários Inflamação Crônica e Câncer Condições Pré-Cancerosas ESTATÍSTICAS Segundo dados de 2012 da OMS, o número de mortes por câncer globais deverá aumentar 45% entre 2007 e 2030 (de 7,9 milhões para 11,5 milhões de mortes), influenciadas em parte pelo aumento da população e o envelhecimento global. Novos casos de câncer no mesmo período são estimados para saltar de 11,3 milhões em 2007 para 15,5 milhões em 2030. Estimativa do Câncer no Brasil Fonte: Estimativa 2014: Incidência de Câncer no Brasil, INCA, 2014. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DO CÂNCER A partir da década de 60, o diagnóstico laboratorial do câncer sofreu um enorme avanço. Alavancado pela moderna imunologia, deixou de ser estático, confirmatório, para ser dinâmico. Aliou-se à clínica para formar diagnóstico. Tornou-se preventivo. Passou a monitorar ações. COMO DIAGNOSTICAR? Não existe um teste único que pode diagnosticar com precisão o câncer. Avaliação completa = histórico do paciente + exame físico + teste de diagnóstico. Testes de diagnósticos são usados para CONFIRMAR ou ELIMINAR a presença da doença, ACOMPANHAR o processo de doença e PLANEJAR e AVALIAR a eficácia do tratamento. DIAGNÓSTICO Exames por imagem Exame endoscópico Testes genéticos Testes laboratoriais MÉTODOS LABORATORIAIS PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER Métodos histológicos e citológicos Imuno-Histoquímica Citometria de fluxo Marcadores tumorais MÉTODOS HISTOLÓGICOS E CITOLÓGICOS Exame microscópico de fragmentos de tecidos obtidos de indivíduos vivos; Diagnóstico histopatológico. Biópsia Biópsia incisional: retira-se apenas um fragmento da lesão; Biópsia excisional: retira-se totalmente a lesão (função diagnóstica e terapêutica); MÉTODOS HISTOLÓGICOS E CITOLÓGICOS Biópsia Punção-biópsia: material coletado por aspiração através de uma agulha especial. MÉTODOS HISTOLÓGICOS E CITOLÓGICOS Biópsia Biópsia de congelação: quando se necessita de pressa no diagnóstico. Seu processamento histológico é diferente. Material é fixado em formol aquecido depois endurecido em gelo seco; Recortado em um micrótomo especial e corado; A lâmina para exame é confeccionada em tempo inferior à 15 minutos; A desvantagem é que os cortes são, usualmente espessos e mal corados. Biópsia MÉTODOS HISTOLÓGICOS E CITOLÓGICOS Citologia (oncológica) Exame que visa a análise de células presentes em líquidos (exsudato ou secreção) ou naturalmente descamadas. Para a visualização do colo, utiliza-se o espéculo; As células são colhida com a espátula e a escova endocervical; Essa amostra é colocada em uma lâmina que é enviada a um laboratório. Diagnosticar e determinar o risco de uma mulher vir a ter o câncer; Consiste na coleta de material citológico do colo do útero, sendo coletada uma amostra da parte externa e outra da parte interna. Câncer do Colo do Útero Exame do Papanicolau Esfregaço cervicovaginal normal Esfregaço cervicovaginal anormal (neoplasia) MÉTODOS HISTOLÓGICOS E CITOLÓGICOS Citologia (oncológica) Carcinoma ductal in situ Carcinoma lobular in situ Complementam-se. MÉTODOS HISTOLÓGICOS E CITOLÓGICOS CITOLOGIA Material é facilmente colhido; Sem traumas para o paciente; Gastos mínimos; BIÓPSIA Permite uma análise da arquitetura dos tecidos Diagnóstico mais seguro. IMUNO-HISTOQUÍMICA A técnica consiste na detecção de uma proteína (antígeno) específica em um corte histológico através de uma reação antígeno-anticorpo. Cada anticorpo reconhece apenas um único antígeno. IMUNO-HISTOQUÍMICA IMUNO-HISTOQUÍMICA Tipos de anticorpos: Monoclonais Policlonais IMUNO-HISTOQUÍMICA Em imunohistoquimica, existem varias metodologias que podem ser aplicadas para a detecção antigênica. A escolha do método depende basicamente do tipo de amostra utilizada, da disponibilidade do anticorpo primário, do tempo de processamento necessário e do custo dos reagentes. Método Direto IMUNO-HISTOQUÍMICA Método Indireto No Câncer de Mama: Receptores hormonais (65-70%): o de estrogênio, o de progesterona e o de HER-2. O gene HER-2 faz com que a célula produza uma proteína chamada proteína HER-2, que fica na superfície das células. IMUNO-HISTOQUÍMICA IMUNO-HISTOQUÍMICA Aplicabilidade ao diagnóstico CITOMETRIA DE FLUXO CITO METRIA Célula Medida Movimento É uma técnica utilizada para CONTAR, EXAMINAR e CLASSIFICAR partículas microscópicas suspensas em meio líquido em fluxo. Permite a análise de vários parâmetros de forma RÁPIDA e SIMULTÂNEA. FLUXO Através de um APARELHO DE DETECÇÃO ÓPTICO-ELETRÔNICO são possíveis análises de características físicas e/ou químicas de uma simples célula. CITOMETRIA DE FLUXO Citômetro de fluxo Quais os parâmetros básicos analisados? CITOMETRIA DE FLUXO Tamanho relativo da célula Granulosidade ou complexidade da cél. Intensidade de Fluorescência Forward Scatter (FSC) Side Scatter (SSC) Canais de Fluorescencia (FL) Morfologia Celular CITOMETRIA DE FLUXO CITOMETRIA DE FLUXO Linfócito B Linfócito T helper Linfócito T citotóxico Como fazer a distinção entre as populações celulares? CITOMETRIA DE FLUXO Linfócito INTENSIDADE DE FLUORESCÊNCIA As moléculas ou estruturas de interesse são estudadas através da MARCAÇÃO ANTICORPOS MONOCLONAIS ACOPLADOS A FLUOROCROMOS. O citômetro de fluxo mede as propriedades de EMISSÃO DE LUZ de anticorpos monoclonais associados a fluorocromos e ligados à superfície de uma célula. CITOMETRIA DE FLUXO CITOMETRIA DE FLUXO CITOMETRIA DE FLUXO CITOMETRIA DE FLUXO Em ONCOLOGIA, a detecção da célula patológica é a aplicação mais desenvolvida. O que passa a ser detectado é a medição de um CONTEÚDO ANORMAL DE DNA NO NÚCLEO da célula tumoral que, por sua vez, irá se relacionar a um amplo prognóstico de possíveis malignidades. Vantagens: Mede múltiplos parâmetros em células individuais; Grande número de células analisadas com rapidez; Disponibilidade de amplo perfil de anticorpos específicos. Aplicações: Análise de proliferação celular Análise do ciclo celular e do DNA Fenotipagem dos leucócitos Fenotipagem de células tumorais Diagnóstico e classificação das leucemias e dos linfomas Análise da função dos neutrófilos Separação de células ( Cell Sorting) Acompanhamento de pacientes com HIV ( contagem de Linfocito T CD4) CITOMETRIA DE FLUXO MARCADORES TUMORAIS Marcador tumoral é o parâmetro ou conjunto de parâmetros que nos levam à possibilidade de detectar e monitorar tumores em suas mais variadas fases de evolução. Como parâmetro, designamos todo e qualquer elemento ou substância relacionada a um tumor ou órgão que, quando detectados, avaliados e quantificados, se obtenha o máximo de informação sobre o estado do tumor e do paciente. Antígenos de superfície celular Proteínas citoplasmáticas Enzimas Hormônios MARCADORES TUMORAIS Alfafetoproteina (AFP): Os níveis da AFP estão aumentados na maioria dos pacientes com câncer hepático. A AFP também é maior em determinados tumores de células germinativas, como alguns tipos de câncer de testículo, certos tipos raros de câncer de ovário e os tumores de células germinativas que se originam na região torácica. A AFP também pode estar elevada na hepatite aguda e crônica, e gravidez. MARCADORES TUMORAIS Antígeno carcinoembriogênico (CEA): É o marcador de tumor preferido para ajudar a prever o prognóstico em pacientes com câncer colorretal. Níveis aumentados podem ser encontrados em carcinomas pancreáticos, gástricos e da mama. Os fumantes costumam ter níveis mais altos. MARCADORES TUMORAIS Antígeno Prostático Específico (PSA) O PSA é uma proteína produzida pelas células da glândula prostática, é encontrada apenas em homens. O PSA é um marcador tumoral para o câncer de próstata. Outras doenças, tais como a hiperplasia prostática benigna (BPH) e prostatite também pode aumentar os níveis de PSA. MARCADORES TUMORAIS Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG) Aparece normalmente durante a gravidez. Se a gravidez está descartada, HCG pode indicar câncer no testículo, ovário e doença trofoblástica gestacional, principalmente coriocarcinoma. MARCADORES TUMORAIS CA 15 - 3 Usado principalmente em pacientes com câncer de mama. Níveis sanguíneos elevados são encontrados em cerca de 10% dos pacientes com doença inicial e em cerca de 70% dos pacientes com doença avançada. Gravidez e lactação também pode aumentar os níveis de CA 15-3. MARCADORES TUMORAIS CA-125 Usado principalmente em pacientes com câncer de ovário, antes e depois do tratamento. Pode ser usado para avaliar sinais precoces de câncer de ovário ou pacientes com alto risco para esse tipo de tumor. Gravidez, menstruação e inflamação pélvica podem aumentar os níveis de CA-125.
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