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Exame coluna e extremidades

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Amanda Batista Alves – Turma XXII 1 
Exame coluna e extremidades 
 
Anamnese 
 Idade: 
o Febre reumática: dos 5 aos 15 anos; 
o Doença reumatoide: dos 20 aos 40 anos; 
o Lúpus eritematoso sistêmico: entre 20 e 40 anos; 
o Gota: após a quinta década. 
 Sexo: 
o Mais presente no sexo feminino: lúpus eritematoso disseminado, doença 
reumatoide, esclerose sistêmica progressiva, nódulos de Heberden e 
osteoporose. 
o Mais presente no sexo masculino: espondilite anquilosante, gota e poliarterite 
nodosa. 
o Algumas doenças reumáticas não apresentam preferência quanto ao sexo, 
como é o caso da moléstia reumática, das artroses em geral e da lombociatalgia. 
 HDA: 
o Duração da queixa articular: menos de 1 mês na febre reumática, podendo 
durar anos na doença reumatoide; 
o Modo de início: insidioso na doença reumatoide, abrupto na gota e na bursite; 
o Presença de sinais e sintomas inflamatórios (dor, calor, rubor e edema) nos 
processos reumáticos em atividade; 
o Crepitação ou estalidos nos processos degenerativos e apenas artralgias na 
maioria das colagenoses; 
o Tipo de dor: aguda (gota, bursite), surda (artrose), localizada (doença 
reumatoide) e com irradiação para o trajeto do nervo comprometido 
(cervicobraquialgia ou lombociatalgia). 
o Presença ou não de rigidez pós-repouso, acompanhante habitual dos 
reumatismos de natureza inflamatória e degenerativa; nos primeiros, persiste 
durante horas, enquanto, nos degenerativos (artroses), cede rapidamente. 
 
Semiotécnica 
 Inspeção: 
o Verificar presença de genu varum ou genu valgum, pé plano ou cavo, escoliose 
e cifose. 
o Marcha 
 Palpação 
o Verificar a causa do aumento do volume articular, a presença de pontos 
dolorosos ao nível da interlinha articular e, em outras áreas, nódulos, 
calcificações, derrame intra-articular, aumento da temperatura cutânea local. 
 Inspeção e a palpação de modo conjugado: 
o Pele e anexos, tecido celular subcutâneo, musculatura, rede vascular, sistema 
nervoso, estruturas osteoarticulares, forma e tamanho dos vários segmentos e 
pontos dolorosos. 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 2 
o Esclerodermia: a pele é dura, inelástica, com desaparecimento do 
pregueamento normal das mãos, antebraços, face e abdome. 
o Lúpus eritematoso sistêmico: lesões eritematoescamosas atróficas, 
principalmente na face, ou simplesmente eritematosas. 
o Dermatomiosite: eritema e edema periorbitário. 
o Esclerodermia, no lúpus e, mais raramente, na doença reumatoide: fenômeno 
de Raynaud (palidez, seguida de rubor e cianose). 
o Febre reumática: eritema palmar. 
 
Febre reumática 
 Também chamada de doença reumática. 
 É uma complicação tardia (não supurativa, de natureza autoimune) de uma infecção que 
atinja indivíduos hipersensíveis aos estreptococos beta-hemolíticos do grupo A de 
Lancefield. 
 As lesões são determinadas por imunocomplexos e por citotoxicidade. 
 Manifestações clínicas costumam surgir, em média, 15 dias após uma amigdalite. 
 Acomete pessoas jovens entre 5 a 15 anos. 
 Quadro clínico: 
o Poliartrite migratória e simétrica, sem deixar sequelas 
o Cardite: taquicardia, sopro de Carey Coombs, aumento do volume cardíaco, 
bloqueio atrioventricular, atrito pericárdico e, em casos mais graves, 
insuficiência cardíaca 
o Síndrome coreica 
o Eritema marginatum 
o Nódulos subcutâneos 
o Sintomas gerais: anorexia, febre, emagrecimento e palidez 
 
Doença reumatoide 
 Também denominada artrite reumatoide. 
 É uma afecção inflamatória crônica, de etiologia desconhecida. 
 Ocorre com mais frequência em adultos jovens (dos 20 aos 40 anos) com nítido 
predomínio no sexo feminino (70% dos casos). 
 Localiza-se fundamentalmente nas articulações, nas quais ocorrem fenômenos 
inflamatórios, podendo, entretanto, comprometer outros órgãos, tais como os 
pulmões, o coração e os nervos. 
 Enfermidade como um transtorno generalizado do tecido conjuntivo e admite-se em 
sua patogenia um mecanismo autoimune humoral e celular. 
 Quadro clínico: 
o Poliartrite evolutiva, de caráter crônico, não migratório, com deformação das 
articulações, com comprometimento bilateral e simétrico 
o Rigidez matinal ou pós repouso 
o Atrofias musculares 
o Nódulos subcutâneos 
o Sintomas gerais: febre, perda de peso, anorexia e astenia 
 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 3 
Espondilite anquilosante 
 É uma doença crônica de etiologia desconhecida que acomete jovens e adultos (dos 15 
aos 40 anos) principalmente do sexo masculino. 
 Caracteriza-se pelo comprometimento das articulações sacrilíacas que evoluem para a 
ancilose, artrite das articulações sinoviais da coluna vertebral e ossificação dos 
ligamentos vertebrais. 
 Quando compromete as articulações periféricas, o quadro clínico se assemelha ao da 
doença reumatoide. 
 Quadro clínico: 
o Rigidez 
o Dor na coluna vertebral 
o Posição de esquiador 
o Pode surgir lesões extra articulares: insuficiência aórtica, irite, iridociclite e 
fibrose pulmonar. 
 
Osteoartrite 
 Também chamada de osteoartrose. 
 Doença articular degenerativa que acomete indivíduos de ambos os sexos, na idade 
madura. 
 Doença primitiva da cartilagem articular, não ocorrendo fenômenos inflamatórios 
sistêmicos nem comprometimento do estado geral. 
 Fatores patogênicos: idade, a obesidade, o clima, a dieta, um traço genético e alterações 
da mecânica articular. 
 Quadro clínico: 
o Nódulos de Heberden (interfalangianas distais) e nódulos de Bouchard 
(interfalangianas proximais) caracterizam as formas hereditárias da doença 
o Dor leve a intensa que piora com os movimentos e ao levantar peso 
o Rigidez articular que se agrava pelo repouso 
o Limitações dos movimentos 
o Crepitações 
 
Espondiloartrose 
 Doença semelhante à osteoartrose, mas que compromete as articulações da coluna 
vertebral, principalmente os segmentos cervical e o sacrolombar. 
 Acomete pessoas de mais de 40 anos, de ambos os sexos. 
 Quadro clínico: 
o Dor 
o Limitações dos movimentos 
o Crepitações 
o Espondiloartrose cervical: cervicalgia, cefaleia, braquialgia e dorsalgia 
o Espondiloartrose sacrolombar: lombalgia, dor nas pernas, às vezes assumindo 
as características clínicas de ciatalgia. 
 
 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 4 
Gota 
 É um transtorno metabólico caracterizado por hiperuricemia e crises recidivantes de 
artrite aguda. 
 Com o passar dos anos, a artrite torna-se crônica e surgem os tofos, que são acúmulos 
de monourato de sódio nas articulações, nos ossos e no tecido subcutâneo. 
 Pode ser primária, que é hereditária, ou secundária, em que há superprodução de ácido 
úrico como decorrência de uma enfermidade (leucemia, policitemia, mieloma múltiplo) 
que transtorna o metabolismo das purinas. 
 Quadro clínico: 
o Episódios de artrite aguda que ocorre, na maioria das vezes, de madrugada, 
preferencialmente na articulação metatarsofalangiana do primeiro dedo 
(podagra). 
o Após primeira crise, passam a surgir crises poliarticulares com intervalos 
assintomáticos cada vez mais curtos. 
o Após algum tempo, instala-se uma artrite crônica com crises de agudização. 
Aparecem, então, tofos em tecidos moles, principalmente nos pavilhões 
auriculares. 
 
Reumatismo extra articulares 
 Reumatismo que afeta os tendões, as bainhas tendinosas, as bursas, os músculos, as 
fáscias e os nervos. 
 Presença de processo inflamatório, podendo evoluir para a formação de fibrose e 
calcificação. 
 Principais causas são: traumatismos repetidos, distúrbios metabólicos, doenças 
infecciosas e doenças autoimunes. 
 Doenças: tendinites,tenossinovites, bursites, capsulites, miosites, paniculites, 
fibromialgia (síndrome caracterizada por dor musculoesquelética generalizada 
associada a rigidez matinal, distúrbio do sono e fadiga, sendo mais frequente em 
mulheres de meia-idade) e a síndrome miofascial. 
 Quadro clínico: 
o Dor na região afetada, com ou sem fenômenos logísticos, quase sempre com 
limitação dos movimentos da articulação comprometida. 
 
Colagenoses 
 Grupo de afecções que têm como substrato histopatológico comum uma modificação 
primária e generalizada da substância fundamental do tecido conjuntivo sob a forma da 
chamada degeneração e “necrose” fibrinoide. 
 Doenças: doença ou artrite reumatoide, lúpus eritematoso disseminado, esclerose 
sistêmica progressiva, angiites necrosantes, polimiosite, dermatomiosite e doença 
mista do tecido conjuntivo. 
 Característica: haver comprometimento de todos os derivados do mesênquima – vasos, 
serosas, articulações, músculos, coração, rins, pulmões, tubo digestivo – e do tecido 
cutâneo, variando apenas a intensidade com que um ou outro território é afetado. 
 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 5 
Lúpus eritematoso disseminado 
 Doença difusa do tecido conjuntivo de natureza inflamatória que ocorre de preferência 
em mulheres na faixa etária dos 18 aos 40 anos. 
 Achados patológicos: corpúsculos hematoxilínicos, lesões em” bulbo de cebola”, lesões 
em “alça de arame” nos rins e depósitos fibrinoides na membrana sinovial das 
articulações periféricas. 
 Quadro clínico: 
o Sintomas gerais: febre, mal estar, anorexia, emagrecimento e astenia 
o Artralgias 
o Manifestações cutâneas: eritema acompanhado ou não de lesões papulares em 
forma de asa de borboleta no dorso do nariz e nas regiões malares, lesões 
purpúricas, mais frequentemente do tipo de petéquias, alopecia, úlceras da 
perna e vasculites. 
o Manifestações cardiovasculares: atrito pericárdico (pericardite) e, mais 
raramente, sopros indicativos de comprometimento das valvas cardíacas. 
o Manifestações renais: glomerulonefrite focal, traduzida por hematúria, 
proteinúria e cilindrúria, até formas graves de síndrome nefrótica e insuficiência 
renal. 
o Outras manifestações: hepatoesplenomegalia, corpúsculos citoides com 
alterações visuais, convulsões, polineuropatia, derrame pleural e anemia 
hemolítica.

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