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Amanda Batista Alves – Turma XXII 1 Exame neurológico Anamnese História da doença atual o Data do início da doença o Modo de instalação da doença o Evolução cronológica dos sintomas o Exames e tratamentos realizados com os respectivos resultados o Estado atual do enfermo Interrogatório sintomatológico o Episódios de perda da consciência: Sugerem epilepsia, síncope, lipotimia, síndrome de Adams‐Stokes. o Cefaleia: Enxaqueca, aneurisma intracraniano, tumor cerebral, hipertensão intracraniana. o Convulsões: Sugerem, logo, epilepsia, intoxicações exógenas e hipoglicemia. o Ambliopia/amaurose: Tumor cerebral, esclerose múltipla, neurite ótica. o Diplopia: Lesão de nervos oculomotores com consequente paralisia ou paresia de músculos extrínsecos do olho o Hipoacusia/anacusia, zumbido: Doenças do ouvido, tumor do ângulo ponto‐cerebelar o Vertigem: Labirintopatia, insuficiência vascular cerebral do sistema vertebrobasilar, tumor do ângulo ponto‐cerebelar o Náuseas/vômitos: Enxaqueca, labirintopatia, tumor cerebral, hipertensão intracraniana o Disfagia/disfonia: Lesões bulbares ou dos nervos responsáveis pela deglutição e fonação o Disfasia: Lesões do hemisfério cerebral dominante por distúrbios vasculares ou neoplásicos o Dor/parestesia: Lesões do sistema nervoso periférico (raízes, plexos e nervos) o Paralisia/paresia: Lesões das vias motoras, centrais ou periféricas o Distúrbio esfincteriano: Lesões medulares. Antecedentes pessoais o Condições pré‐natais Amanda Batista Alves – Turma XXII 2 o Condições do nascimento o Condições do desenvolvimento psicomotor o Vacinações o Doenças anteriores Exame físico Estado mental Avaliação que abrange a orientação temporoespacial, memória, linguagem e função visuoespacial. Permite graduar o nível de demência. Nível de consciência: o Escala de Glasgow Orientação o Pergunta‐se ao paciente o ano, o mês, o dia do mês, da semana e a hora aproximada. o Em seguida, pergunta‐se o nome do estado, da cidade, número do andar ou setor, endereço (como chegou ao local do exame) e o nome do local onde se encontra. Retenção de dados o O médico diz ao paciente o nome de três objetos comuns (relógio, óculos e livro, por exemplo), para que ele repita, logo após. Atenção e cálculo o Solicita‐se ao paciente diminuir “7” de “100”, por cinco vezes subsequentes (100 – 7 = 93, 93 – 7 = 86 e assim por diante). o Caso o paciente não compreenda o teste, pede‐se, de modo alternativo, que soletre a palavra mundo na ordem inversa. Memória o Pede‐se ao paciente que repita o nome dos objetos nomeados no teste de retenção. Amanda Batista Alves – Turma XXII 3 Linguagem o Pede‐se ao paciente para dar os nomes de dois objetos apresentados a ele (caneta e relógio, por exemplo). o Solicita‐se ao paciente que repita uma frase ou um conjunto de palavras (nem aqui, nem ali, nem lá). o Prova dos três comandos: pede‐se ao paciente que obedeça a ordem: “Pegue o papel com a sua mão direita, dobre‐o ao meio e coloque‐o sobre a mesa.” o Apresenta‐se ao paciente um papel em que está escrito “feche os olhos”, e ele terá de ler só para si e executar o que está escrito. o Pede‐se ao paciente que escreva uma frase de sua própria iniciativa. Função visioespacial o Solicita‐se ao paciente que copie um desenho (dois pentágonos que se interceptam). Amanda Batista Alves – Turma XXII 4 Marcha: Helicópode, ceifante ou hemiplégica: o Ocorre nos pacientes que apresentam hemiplegia, cuja causa mais comum é acidente vascular cerebral. Anserina ou de pato: o Observada em doenças musculares e traduz uma diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. Parkinsoniana: o Ocorre na síndrome parkinsoniana. Cerebelar ou do ébrio: o Incoordenação dos movimentos em decorrência de lesões do cerebelo. Tabética: o Indica perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula. Um exemplo é a tabes dorsalis (neurolues). Amanda Batista Alves – Turma XXII 5 De Pequenos passos: o Ocorre na paralisia pseudobulbar e em doenças extrapiramidais. o Às vezes, o paciente não consegue sair do lugar (“freezing”). Vestibular: o Paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda. o Marcha em estrela: paciente é solicitado a ir de frente e voltar de costas, com os olhos fechados e descreve no chão desenho parecido com uma estrela. De Fukuda: o O teste é realizado sobre três círculos concêntricos desenhados no chão, cujos raios têm 0,5m de diferença entre si. Estes círculos são divididos em 12 partes iguais, por retas que cruzam o centro, formando um ângulo de 30°. o O paciente marcha, elevando os joelhos aproximadamente 45° sem deslocar-se, executando 60 passos (um por segundo) com os braços estendidos e os olhos fechados. o Andando no mesmo lugar (1º:olhos abertos, 2º: olhos fechados). o Resultado positivo: se houver deslocamento maior do que 1m e/ou rotação superior a 30°. o Teste útil no acompanhamento de pacientes com patologias periféricas durante o tratamento, pois fornece sinais de compensação vestibular. Escarvante: o Paralisia do movimento de flexão dorsal do pé. o Pacientes com neuropatia. Amanda Batista Alves – Turma XXII 6 Em tesoura ou espástica: o Marcha frequente nas formas espásticas da paralisia cerebral. Claudicante: o Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. Do idoso: o Marcha apresenta‐se alentecida, com passos curtos e diminuição dos movimentos associados de membros superiores. Pares cranianos 1º par (olfativo): o Nervo sensitivo. o Queixa do paciente com déficit de sensibilidade olfatória é a falta de paladar. o Neurônios bipolares, cujos prolongamentos centrais atravessam a placa crivosa do osso etmoide e realizam sinapse com os segundos neurônios da via do bulbo olfatório. Realizam sinapses diretamente em áreas corticais. o Semiotécnica: No exame da olfação, empregam‐se substâncias com odores conhecidos: café, canela, cravo, tabaco, álcool etc. O paciente, de olhos fechados, deve reconhecer o aroma que o examinador coloca diante de cada narina. Deve-se afastar as condições que impeçam o reconhecimento do odor como resfriado comum, atrofia da mucosa, entre outros. Principais achados: Hiposmia: diminuição da olfação. Anosmia: ausência de sensibilidade olfatória. Cacosmia: queixa de sensação de “cheiro ruim” na ausência de qualquer substância capaz de originar odor. Parosmia: perversão do olfato. 2º par (óptico) o Nervo sensitivo. o Semiotécnica: Acuidade visual Pede‐se ao paciente para dizer o que vê na sala de exame (na parede, na mesa) ou para ler algo. Examina‐se cada olho separadamente. Principais achados: Amanda Batista Alves – Turma XXII 7 Ambliopia: diminuição da acuidade. Pode ser uni ou bilateral. Amaurose: perda da visão devido a do nervo óptico ou dos centros nervosos. Pode ser uni ou bilateral. Causas: neurite retrobulbar, tumorese hipertensão intracraniana. Idoso: diminuição da acuidade visual e a sensibilidade ao contraste de cores diminuem, em parte, em razão da opacificação do cristalino e do humor vítreo. Campo visual Campimetria: Sentado, o paciente fixa um ponto na face do examinador, postado à sua frente. O examinador coloca suas mãos na periferia do seu campo visual e as move enquanto pergunta ao paciente se ele está vendo os movimentos. Essa conduta deve ser realizada em cada olho separadamente e, depois, com os dois olhos abertos simultaneamente. Causas alterações campimétricas: tumores, infecções, desmielinização, hemianopsias e quadranopsias. Discriminação de cores Diferenciar as cores amarelo, azul, vermelho e verde. Causa de alterações: daltonismo. Fundoscopia Com o oftalmoscópio, o fundo de olho torna‐se perfeitamente visível. Podem ser reconhecidos o tecido nervoso (retina e papila óptica) e os vasos (artérias, veias e capilares). Alterações: palidez da papila, estase bilateral da papila, e as modificações das arteríolas. 3º (oculomotor), 4º (troclear) e 6º (abducente) pares: o Nervos motores. o Estes nervos são examinados em conjunto, pois inervam os vários músculos que tem por função a motilidade dos globos oculares. Amanda Batista Alves – Turma XXII 8 o O nervo III inerva também a musculatura elevadora da pálpebra. o Semiotécnica Inspeção estática: verificar a presença de ptose palpebral, estrabismo. Inspeção dinâmica: Motricidade extrínseca: O exame se faz em cada olho separadamente, e, depois, simultaneamente, da seguinte maneira: com a cabeça imóvel, o paciente é solicitado pelo examinador que desloque os olhos nos sentidos horizontal e vertical. No exame simultâneo, acrescenta‐se a prova da convergência ocular, que se faz aproximando gradativamente um objeto dos olhos do paciente. Alterações: estrabismo (desvio do olho de seu eixo normal), que pode ser horizontal (convergente ou divergente) ou vertical (superior ou inferior), visão em duplicata ou diplopia. Motricidade intrínseca: O exame da pupila é feito em seguida ao estudo da motilidade extrínseca dos globos oculares. A pupila é examinada por meio de um feixe luminoso (lanterna de bolso) e pela convergência ocular. Reflexo fotomotor direto: examinador incide o feixe de luz em uma pupila e observa a resposta nos dois lados. Via aferente: nervo óptico. Via eferente: nervo oculomotor. Reflexo fotomotor consensual: a contração pupilar do olho ao estímulo luminoso contralateral. Reflexo de acomodação: aproxima‐se dos olhos um objeto e as pupilas se contrairão normalmente. Conceitos: Discoria: irregularidade do contorno Amanda Batista Alves – Turma XXII 9 Midríase: quando o diâmetro se acha aumentado. Miose: diminuição do diâmetro da pupila. Isocoria: igualdade do diâmetro pupilar. Anisocoria: desigualdade do diâmetro pupilar. Alterações: Lesão unilateral do oculomotor: a pupila entra em midríase homolateral (predomínio do simpático) e não responde a estímulo algum – é chamada midríase paralítica. A pupila oposta permanece normal. Lesão bilateral da via aferente: os reflexos fotomotor direto ou consensual estão abolidos, enquanto o reflexo de acomodação está preservado. Sinal de Argyll‐Robertson: miose bilateral, abolição do reflexo fotomotor e presença do reflexo de acomodação. Indica lesão na região periaquedutal, no mesencéfalo, neurosífilis (clássico), diabetes, neurosarcoidose. Síndrome de Claude Bernard‐Horner: caracterizada por miose, enoftalmia e diminuição da fenda palpebral. Indica lesão do simpático cervical. 5º par (trigêmeo): o Nervo misto o Semiotécnica: Raiz motora: Nervo mastigador, que inerva os músculos destinados à mastigação (temporal, masseter e pterigóideos). Pedir ao paciente que feche a boca com força e morda um objeto de madeira (abaixador de língua). Inspeção: observar atrofia das regiões temporais e masseterinas, desvio da mandíbula para o lado da lesão com a abertura da boca, debilidade do lado paralisado ao trincar os dentes, dificuldade do movimento de lateralização da mandíbula Amanda Batista Alves – Turma XXII 10 Raiz sensitiva: Compreendem os nervos oftálmico, maxilar e mandibular. Sensibilidade tátil Sensibilidade dolorosa Sensibilidade corneana: com uma mecha de algodão que toca suavemente a região entre a esclerótica e a córnea. O paciente deve estar com os olhos virados para o lado oposto, a fim de perceber o menos possível a prova. Resposta normal é a contração do orbicular das pálpebras; daí a denominação de reflexo corneopalpebral. 7º par (facial): o Nervo misto o Do ponto de vista semiológico, interessa a parte motora do nervo facial, que se divide anatomoclinicamente em dois ramos – temporofacial e cervicofacial –, os quais se distribuem para a musculatura da mímica facial. o Semiotécnica Paciente enruga a testa, franze os supercílios, cerra as pálpebras, mostra os dentes, abre a boca, assobia, infla a boca e contrai o platisma ou músculo cutilar do pescoço. Testar reflexo corneopalpebral. Testar gustação, caso possível. Alterações: Paralisia por lesão do nervo facial (paralisia infranuclear ou periférica): Hemiface homolateral é acometida. Paralisia por lesão da via corticonuclear ou feixe geniculado (paralisia central ou supranuclear): Somente a metade inferior da face contralateral se mostra alterada. Ocorre nos acidentes vasculares e nos tumores cerebrais. Sinal de Bell: rotação superior dos olhos durante a oclusão da fenda palpebral. Ocorre lagoftalmia. Sinal de Negro: olho do lado paralisado excursiona mais do que o do lado normal, quando o paciente olha para cima o máximo que pode, sem movimentar a cabeça Amanda Batista Alves – Turma XXII 11 Sinal de Souqués: Aparecimento dos cílios no lado paralisado, quando se pede para fechar os olhos com força, por déficit do orbicular das pálpebras. 8º par (vestibulococlear): o Nervo sensitivo o Este nervo é constituído por duas raízes: a coclear, incumbida da audição, e a vestibular, responsável pelo equilíbrio. o Semiotécnica: Ramo coclear Raiz coclear Avaliar diminuição gradativa da intensidade da voz natural, voz cochichada, atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido, audiometria. Prova de Rinne: consiste em aplicar o diapasão na região mastoide. Quando o paciente deixa de ouvir a vibração, coloca‐ se o aparelho próximo ao conduto auditivo. Positivo: o paciente acusa a percepção do som. Negativo: transmissão óssea mais prolongada que a aérea significa deficiência auditiva de condução nervosa. Prova de Weber: Diapasão é batido e o tronco do diapasão é colocado no topo do crânio do paciente - em igual distância das orelhas do paciente, no meio de sua testa, ou acima do lábio superior sobre o dente. O paciente então questionado a dizer em qual orelha o som é escutado com mais intensidade. Alterações: anacusia, hipoacusia, zumbido, hiperacusia e alucinações. Ramo vestibular O acometimento da raiz vestibular é reconhecível pela anamnese quando as queixas do paciente incluem vertigens, náuseas, vômitos e desequilíbrio. Investigação compreendeem: reconhecimento de nistagmo, desvio lateral durante a marcha, desvio postural, sinal de Romberg e provas calórica e rotatória vestibulares. 9º (glossofaríngeo) e 10º (vago) pares: o Nervos mistos o Pelas estreitas ligações quanto à origem, ao trajeto e à distribuição, estes nervos são examinados em conjunto. o Semiotécnica: Pesquisar disfonia, mobilidade do palato mole e úvula, reflexo do vômito, sensibilidade táctil do terço posterior da língua, regurgitação nasal, sensibilidades táctil e dolorosa do tragus. Amanda Batista Alves – Turma XXII 12 Lesão unilateral dos nervos IX e X: observam‐se desvio do véu palatino para o lado normal (não lesionado), quando o paciente pronuncia as vogais “a” ou “e”, desvio da parede posterior da faringe para o lado normal (sinal da cortina) por meio de cuidadosa estimulação, disfagia com regurgitação de líquidos pelo nariz e diminuição ou abolição do reflexo velopalatino. Lesão isolada do X nervo e que envolve apenas o ramo laríngeo determina disfonia. Causas: neuropatia diftérica, tumor do mediastino, esclerose lateral amiotrófica, siringobulbia e traumatismo. 11º par (acessório): o Nervo motor o Inerva os músculos esternocleidomastoideos e a porção superior do trapézio. o Semiotécnica: Verificar a posição da cabeça, a força do esternocleidomastoideo, verificar se há atrofias e peça ao paciente para elevar o ombro sem e contra resistência. Lesão do acessório: atrofia dos músculos esternocleidomastoideos e trapézio, deficiência na elevação do ombro (trapézio) e na rotação da cabeça para o lado oposto (esternocleidomastoideo) do músculo comprometido. 12º par (hipoglosso): o Nervo motor o Origina‐se no bulbo e se dirige para os músculos da língua. o Semiotécnica: Investiga‐se o hipoglosso pela inspeção da língua que deve ser movimentada para todos os lados, no interior da boca ou exteriorizada, forçando-a de encontro à bochecha e, por fim, palpando‐a, para avaliação de sua consistência. Lesões unilaterais do hipoglosso: observam‐se atrofia e fasciculação na metade comprometida. Ao ser exteriorizada, a ponta da língua se desvia para o lado da lesão; às vezes, ocorre disartria para as consoantes linguais. Nas lesões bilaterais: as manifestações compreendem atrofia, fasciculação, paralisia, acentuada disartria e dificuldade para mastigar e deglutir. Trofismo Simetria dos membros, atrofias, hipertrofias, escaras, mal perfurantes. Avaliado juntamente com tônus muscular. Força muscular Manobras de oposição o Testar a força de determinados músculos opondo o seu movimento. Amanda Batista Alves – Turma XXII 13 o Graduado de 0 a 5 Manobras deficitárias o Testar a capacidade do músculo de manter a contração por um período de tempo prolongado. o Permite constatar se o déficit é global, distal (característico de lesões piramidais ou de nervos periféricos) ou proximal (indicativo de miopatia). Manobras de velocidade o Paciente contrai alternadamente músculos análogos entre si. o Detecta déficit de motricidade pela diminuição na velocidade dos movimentos. Tônus muscular Inspeção: atitude do paciente Palpação dos músculos: averigua‐se o grau de consistência muscular, a qual se mostra aumentada nas lesões motoras centrais e diminuída nas periféricas. Balanço passivo: examinador solicitando movimentos rápidos e sucessivos de alguns segmentos do corpo do paciente. o Passividade: se há resistência (tônus aumentado) ou se a passividade está aquém do normal (tônus diminuído). o Extensibilidade: se existe ou não exagero no grau de extensibilidade da fibra muscular. Assim, na flexão da perna sobre a coxa, sugere‐se diminuição do tônus quando o calcanhar toca a região glútea de modo fácil. A diminuição do Amanda Batista Alves – Turma XXII 14 tônus (hipotonia) ou o seu aumento (hipertonia) devem ser registrados com as respectivas graduação e sede. Hipotonia: facilidade e grande amplitude ao movimentar o membro. Observam‐se o achatamento das massas musculares no plano do leito, consistência muscular diminuída, passividade aumentada, extensibilidade aumentada e prova de balanço com exageradas oscilações. Ocorre nas lesões do cerebelo, no coma profundo, nas lesões das vias da sensibilidade proprioceptiva consciente, das pontas anteriores da medula, dos nervos, na coreia aguda e em algumas encefalopatias (mongolismo). Hipertonia: dificuldade ao movimentar o membro. Elástica ou espástica: Indica lesão piramidal. Sinal do canivete. Plástica ou rigidez: Indica lesão extrapiramidal. Sinal da roda denteada ou dentada. Alterações: o Miotonia: relaxamento alentecido após contração muscular. Ocorre na distrofia miotônica de Steinert e na miotonia congênita de Thomsen. o Distonia: contração simultânea da musculatura agonista e antagonista, o que pode ocasionar posturas anômalas intermitentes ou persistentes. Ocorra no torcicolo espasmódico, na cãibra do escrivão e na distonia muscular deformante. o Na paratonia ou gegenhalten: paciente aparentemente se opõe à tentativa do examinador em movimentar seu membro. Ocorre em lesões frontais bilaterais. Provas cerebelares Postura Coordenação o Coordenação adequada traduz o bom funcionamento de pelo menos dois setores do sistema nervoso: o cerebelo (centro coordenador) e a sensibilidade proprioceptiva. o A perda de coordenação é denominada ataxia, a qual pode ser de três tipos: cerebelar, sensorial e mista. Ataxia sensitiva: Anormalidades do sistema sensitivo proprioceptivo. Sinal de Romberg positivo: queda imediata sem lado preferencial. Fechamento dos olhos: dismetria na prova índex-nariz e calcanhar-joelho, marcha impossibilitada. Marcha talonante Ausência de nistagmo Lesão periférica: hiporreflexia Lesão central: hiperflexia Amanda Batista Alves – Turma XXII 15 Ataxia vestibular: Lesões do sistema vestibular Pseudo- Romberg: queda após um período com sentido preferencial. Marcha em estrela e de Fukuda. Presença de nistagmo: um lento, para o lado da lesão, e um rápido, correção consciente. Vertigem Hipoacusia Ataxia cerebelar: Ocorre em cerebelite infeciosa ou alcoólica. Paciente tem dificuldade de alcançar o alvo. Dismetria na prova índex-nariz e calcanhar-joelho, marcha impossibilitada. Sinal de Romberg negativo Marcha cerebelar Disdiadococinesia Tremor Transtornos não se agravam ao fechar os olhos o Semiotécnica: Prova indicador‐nariz: com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador. Repete‐ se a prova algumas vezes, primeiro com os olhos abertos, depois, fechados. O paciente deve estar preferencialmente de pé ou sentado. Prova calcanhar‐joelho: na posição de decúbito dorsal, o paciente é solicitado a tocar o joelho com o calcanhar do membro a ser examinado. A prova deve ser realizada várias vezes, de início com os olhos abertos, depois, fechados. Nos casos de discutível alteração, “sensibiliza‐se” a prova mediante o deslizamento do calcanhar pela crista tibial, após tocar o joelho. Dismetria (distúrbio na medida do movimento): quando o paciente não consegue alcançar com precisão o alvo, errando para mais ou para menos. Amanda Batista Alves – Turma XXII 16 Prova dos movimentos alternados: determina‐se ao paciente que realize movimentos rápidose alternados, tais como abrir e fechar a mão, movimento de supinação e pronação, extensão e flexão dos pés. Diadococinesia: capacidade que uma pessoa tem em realizar movimentos rápidos alternadamente. Disdiadococinesia: dificuldade de realizar movimentos rápidos alternadamente. Adiadococinesia: incapacidade de realizar movimentos rápidos alternadamente. Marcha
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