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Exame neurológico

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Amanda Batista Alves – Turma XXII 1 
Exame neurológico 
 
Anamnese 
 História da doença atual 
o Data do início da doença 
o Modo de instalação da doença 
o Evolução cronológica dos sintomas 
o Exames e tratamentos realizados com os respectivos resultados 
o Estado atual do enfermo 
 
 Interrogatório sintomatológico 
o Episódios de perda da consciência: 
 Sugerem epilepsia, síncope, lipotimia, síndrome de Adams‐Stokes. 
o Cefaleia: 
 Enxaqueca, aneurisma intracraniano, tumor cerebral, hipertensão 
intracraniana. 
o Convulsões: 
 Sugerem, logo, epilepsia, intoxicações exógenas e hipoglicemia. 
o Ambliopia/amaurose: 
 Tumor cerebral, esclerose múltipla, neurite ótica. 
o Diplopia: 
 Lesão de nervos oculomotores com consequente paralisia ou paresia de 
músculos extrínsecos do olho 
o Hipoacusia/anacusia, zumbido: 
 Doenças do ouvido, tumor do ângulo ponto‐cerebelar 
o Vertigem: 
 Labirintopatia, insuficiência vascular cerebral do sistema 
vertebrobasilar, tumor do ângulo ponto‐cerebelar 
o Náuseas/vômitos: 
 Enxaqueca, labirintopatia, tumor cerebral, hipertensão intracraniana 
o Disfagia/disfonia: 
 Lesões bulbares ou dos nervos responsáveis pela deglutição e fonação 
o Disfasia: 
 Lesões do hemisfério cerebral dominante por distúrbios vasculares ou 
neoplásicos 
o Dor/parestesia: 
 Lesões do sistema nervoso periférico (raízes, plexos e nervos) 
o Paralisia/paresia: 
 Lesões das vias motoras, centrais ou periféricas 
o Distúrbio esfincteriano: 
 Lesões medulares. 
 
 Antecedentes pessoais 
o Condições pré‐natais 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 2 
o Condições do nascimento 
o Condições do desenvolvimento psicomotor 
o Vacinações 
o Doenças anteriores 
 
Exame físico 
Estado mental 
Avaliação que abrange a orientação temporoespacial, memória, linguagem e função 
visuoespacial. Permite graduar o nível de demência. 
 
 Nível de consciência: 
o Escala de Glasgow 
 
 Orientação 
o Pergunta‐se ao paciente o ano, o mês, o dia do mês, da semana e a hora 
aproximada. 
o Em seguida, pergunta‐se o nome do estado, da cidade, número do andar ou 
setor, endereço (como chegou ao local do exame) e o nome do local onde se 
encontra. 
 
 Retenção de dados 
o O médico diz ao paciente o nome de três objetos comuns (relógio, óculos e livro, 
por exemplo), para que ele repita, logo após. 
 
 Atenção e cálculo 
o Solicita‐se ao paciente diminuir “7” de “100”, por cinco vezes subsequentes (100 
– 7 = 93, 93 – 7 = 86 e assim por diante). 
o Caso o paciente não compreenda o teste, pede‐se, de modo alternativo, que 
soletre a palavra mundo na ordem inversa. 
 
 Memória 
o Pede‐se ao paciente que repita o nome dos objetos nomeados no teste de 
retenção. 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 3 
 Linguagem 
o Pede‐se ao paciente para dar os nomes de dois objetos apresentados a ele 
(caneta e relógio, por exemplo). 
o Solicita‐se ao paciente que repita uma frase ou um conjunto de palavras (nem 
aqui, nem ali, nem lá). 
o Prova dos três comandos: pede‐se ao paciente que obedeça a ordem: “Pegue o 
papel com a sua mão direita, dobre‐o ao meio e coloque‐o sobre a mesa.” 
o Apresenta‐se ao paciente um papel em que está escrito “feche os olhos”, e ele 
terá de ler só para si e executar o que está escrito. 
o Pede‐se ao paciente que escreva uma frase de sua própria iniciativa. 
 
 Função visioespacial 
o Solicita‐se ao paciente que copie um desenho (dois pentágonos que se 
interceptam). 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 4 
Marcha: 
 
 
 
 
 
 Helicópode, ceifante ou hemiplégica: 
o Ocorre nos pacientes que apresentam hemiplegia, cuja causa 
mais comum é acidente vascular cerebral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Anserina ou de pato: 
o Observada em doenças musculares e traduz uma 
diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. 
 
 
 
 
 
 
 
 Parkinsoniana: 
o Ocorre na síndrome parkinsoniana. 
 
 
 
 
 
 
 
 Cerebelar ou do ébrio: 
o Incoordenação dos 
movimentos em decorrência de lesões 
do cerebelo. 
 
 
 
 Tabética: 
o Indica perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da 
medula. Um exemplo é a tabes dorsalis (neurolues). 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 5 
 
 De Pequenos passos: 
o Ocorre na paralisia 
pseudobulbar e em doenças 
extrapiramidais. 
o Às vezes, o paciente não 
consegue sair do lugar (“freezing”). 
 
 
 
 Vestibular: 
o Paciente com lesão vestibular (labirinto) 
apresenta lateropulsão quando anda. 
o Marcha em estrela: paciente é solicitado a ir de 
frente e voltar de costas, com os olhos fechados e 
descreve no chão desenho parecido com uma 
estrela. 
 
 
 De Fukuda: 
o O teste é realizado sobre três círculos concêntricos desenhados no chão, cujos 
raios têm 0,5m de diferença entre si. Estes círculos são 
divididos em 12 partes iguais, por retas que cruzam o centro, 
formando um ângulo de 30°. 
o O paciente marcha, elevando os joelhos 
aproximadamente 45° sem deslocar-se, executando 60 passos 
(um por segundo) com os braços estendidos e os olhos 
fechados. 
o Andando no mesmo lugar (1º:olhos abertos, 2º: olhos 
fechados). 
o Resultado positivo: se houver deslocamento maior do 
que 1m e/ou rotação superior a 30°. 
o Teste útil no acompanhamento de pacientes com 
patologias periféricas durante o tratamento, pois fornece 
sinais de compensação vestibular. 
 
 
 
 
 Escarvante: 
o Paralisia do movimento de flexão dorsal do pé. 
o Pacientes com neuropatia. 
 
 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 6 
 
 
 
 
 Em tesoura ou espástica: 
o Marcha frequente nas formas espásticas da paralisia 
cerebral. 
 
 
 
 
 
 Claudicante: 
o Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. 
 Do idoso: 
o Marcha apresenta‐se alentecida, com passos curtos e diminuição dos 
movimentos associados de membros superiores. 
 
Pares cranianos 
 1º par (olfativo): 
o Nervo sensitivo. 
o Queixa do paciente com déficit de sensibilidade olfatória é a falta de paladar. 
o Neurônios bipolares, cujos prolongamentos centrais atravessam a placa crivosa 
do osso etmoide e realizam sinapse com os segundos neurônios da via do bulbo 
olfatório. Realizam sinapses diretamente em áreas corticais. 
o Semiotécnica: 
 No exame da olfação, empregam‐se substâncias com odores 
conhecidos: café, canela, cravo, tabaco, álcool etc. 
 O paciente, de olhos fechados, deve reconhecer o aroma que o 
examinador coloca diante de cada narina. 
 Deve-se afastar as condições que impeçam o reconhecimento do odor 
como resfriado comum, atrofia da mucosa, entre outros. 
 Principais achados: 
 Hiposmia: diminuição da olfação. 
 Anosmia: ausência de sensibilidade olfatória. 
 Cacosmia: queixa de sensação de “cheiro ruim” na ausência de 
qualquer substância capaz de originar odor. 
 Parosmia: perversão do olfato. 
 
 2º par (óptico) 
o Nervo sensitivo. 
o Semiotécnica: 
 Acuidade visual 
 Pede‐se ao paciente para dizer o que vê na sala de exame (na 
parede, na mesa) ou para ler algo. 
 Examina‐se cada olho separadamente. 
 Principais achados: 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 7 
 Ambliopia: diminuição da acuidade. Pode ser uni ou 
bilateral. 
 Amaurose: perda da visão devido a do nervo óptico ou 
dos centros nervosos. Pode ser uni ou bilateral. Causas: 
neurite retrobulbar, tumorese hipertensão 
intracraniana. 
 Idoso: diminuição da acuidade visual e a sensibilidade 
ao contraste de cores diminuem, em parte, em razão 
da opacificação do cristalino e do humor vítreo. 
 Campo visual 
 
 
 Campimetria: Sentado, o paciente fixa 
um ponto na face do examinador, postado 
à sua frente. 
 O examinador coloca suas mãos na 
periferia do seu campo visual e as move 
enquanto pergunta ao paciente se ele está 
vendo os movimentos. Essa conduta deve 
ser realizada em cada olho separadamente 
e, depois, com os dois olhos abertos 
simultaneamente. 
 Causas alterações campimétricas: 
tumores, infecções, desmielinização, 
hemianopsias e quadranopsias. 
 
 
 
 
 
 
 
 Discriminação de cores 
 Diferenciar as cores amarelo, azul, vermelho e verde. 
 Causa de alterações: daltonismo. 
 
 Fundoscopia 
 Com o oftalmoscópio, o fundo de olho torna‐se perfeitamente 
visível. 
 Podem ser reconhecidos o tecido nervoso (retina e papila 
óptica) e os vasos (artérias, veias e capilares). 
 Alterações: palidez da papila, estase bilateral da papila, e as 
modificações das arteríolas. 
 
 3º (oculomotor), 4º (troclear) e 6º (abducente) pares: 
o Nervos motores. 
o Estes nervos são examinados em conjunto, pois inervam os vários músculos que 
tem por função a motilidade dos globos oculares. 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 8 
o O nervo III inerva também a musculatura elevadora da pálpebra. 
 
o Semiotécnica 
 Inspeção estática: verificar a presença de ptose palpebral, estrabismo. 
 Inspeção dinâmica: 
 Motricidade extrínseca: 
 O exame se faz em cada olho 
separadamente, e, depois, 
simultaneamente, da seguinte maneira: 
com a cabeça imóvel, o paciente é solicitado 
pelo examinador que desloque os olhos nos 
sentidos horizontal e vertical. 
 No exame simultâneo, acrescenta‐se a 
prova da convergência ocular, que se faz 
aproximando gradativamente um objeto 
dos olhos do paciente. 
 Alterações: estrabismo (desvio do olho 
de seu eixo normal), que pode ser 
horizontal (convergente ou divergente) ou 
vertical (superior ou inferior), visão em 
duplicata ou diplopia. 
 
 Motricidade intrínseca: 
 O exame da pupila é feito em seguida ao estudo da 
motilidade extrínseca dos globos oculares. 
 A pupila é examinada por meio de um feixe luminoso 
(lanterna de bolso) e pela convergência ocular. 
 Reflexo fotomotor direto: examinador incide o feixe de 
luz em uma pupila e observa a resposta nos dois lados. 
 Via aferente: nervo óptico. 
 Via eferente: nervo oculomotor. 
 Reflexo fotomotor consensual: a contração pupilar do 
olho ao estímulo luminoso contralateral. 
 Reflexo de acomodação: aproxima‐se dos olhos um 
objeto e as pupilas se contrairão normalmente. 
 Conceitos: 
 Discoria: irregularidade do contorno 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 9 
 Midríase: quando o diâmetro se acha 
aumentado. 
 Miose: diminuição do diâmetro da pupila. 
 Isocoria: igualdade do diâmetro pupilar. 
 Anisocoria: desigualdade do diâmetro pupilar. 
 Alterações: 
 Lesão unilateral do oculomotor: a pupila entra 
em midríase homolateral (predomínio do 
simpático) e não responde a estímulo algum – 
é chamada midríase paralítica. A pupila oposta 
permanece normal. 
 Lesão bilateral da via aferente: os reflexos 
fotomotor direto ou consensual estão 
abolidos, enquanto o reflexo de acomodação 
está preservado. 
 Sinal de Argyll‐Robertson: miose bilateral, 
abolição do reflexo fotomotor e presença do 
reflexo de acomodação. Indica lesão na região 
periaquedutal, no mesencéfalo, neurosífilis 
(clássico), diabetes, neurosarcoidose. 
 Síndrome de Claude Bernard‐Horner: 
caracterizada por miose, enoftalmia e 
diminuição da fenda palpebral. Indica lesão do 
simpático cervical. 
 5º par (trigêmeo): 
o Nervo misto 
o Semiotécnica: 
 Raiz motora: 
 Nervo mastigador, que inerva os músculos destinados à 
mastigação (temporal, masseter e pterigóideos). 
 Pedir ao paciente que feche a boca com força e morda um 
objeto de madeira (abaixador de língua). 
 Inspeção: observar atrofia das regiões temporais e 
masseterinas, desvio da mandíbula para o lado da lesão com a 
abertura da boca, debilidade do lado paralisado ao trincar os 
dentes, dificuldade do movimento de lateralização da 
mandíbula 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 10 
 Raiz sensitiva: 
 Compreendem os 
nervos oftálmico, maxilar 
e mandibular. 
 Sensibilidade tátil 
 Sensibilidade dolorosa 
 Sensibilidade corneana: 
com uma mecha de 
algodão que toca 
suavemente a região 
entre a esclerótica e a 
córnea. O paciente deve estar com os olhos virados para o lado 
oposto, a fim de perceber o menos possível a prova. Resposta 
normal é a contração do orbicular das pálpebras; daí a 
denominação de reflexo corneopalpebral. 
 
 7º par (facial): 
o Nervo misto 
o Do ponto de vista semiológico, interessa a parte motora do nervo facial, que se 
divide anatomoclinicamente em dois ramos – temporofacial e cervicofacial –, os 
quais se distribuem para a musculatura da mímica facial. 
o Semiotécnica 
 Paciente enruga a testa, franze os supercílios, cerra as pálpebras, 
mostra os dentes, abre a boca, assobia, infla a boca e contrai o platisma 
ou músculo cutilar do pescoço. 
 Testar reflexo corneopalpebral. 
 Testar gustação, caso possível. 
 Alterações: 
 
 
 Paralisia por lesão do nervo facial (paralisia infranuclear 
ou periférica): 
 Hemiface homolateral é acometida. 
 
 Paralisia por lesão da via corticonuclear ou feixe 
geniculado (paralisia central ou supranuclear): 
 Somente a metade inferior da face contralateral se 
mostra alterada. 
 Ocorre nos acidentes vasculares e nos tumores 
cerebrais. 
 
 Sinal de Bell: rotação superior dos olhos durante a 
oclusão da fenda palpebral. Ocorre lagoftalmia. 
 Sinal de Negro: olho do lado paralisado excursiona mais 
do que o do lado normal, quando o paciente olha para 
cima o máximo que pode, sem movimentar a cabeça 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 11 
 Sinal de Souqués: Aparecimento dos cílios no lado paralisado, 
quando se pede para fechar os olhos com força, por déficit do 
orbicular das pálpebras. 
 
 8º par (vestibulococlear): 
o Nervo sensitivo 
o Este nervo é constituído por duas raízes: a coclear, incumbida da audição, e a 
vestibular, responsável pelo equilíbrio. 
o Semiotécnica: 
 Ramo coclear 
Raiz coclear 
 Avaliar diminuição gradativa da intensidade da voz natural, voz 
cochichada, atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido, 
audiometria. 
 Prova de Rinne: consiste em aplicar o diapasão na região 
mastoide. Quando o paciente deixa de ouvir a vibração, coloca‐
se o aparelho próximo ao conduto auditivo. 
 Positivo: o paciente acusa a percepção do som. 
 Negativo: transmissão óssea mais prolongada que a 
aérea significa deficiência auditiva de condução 
nervosa. 
 Prova de Weber: 
 Diapasão é batido e o tronco do diapasão é colocado no 
topo do crânio do paciente - em igual distância das 
orelhas do paciente, no meio de sua testa, ou acima do 
lábio superior sobre o dente. O paciente então 
questionado a dizer em qual orelha o som é escutado 
com mais intensidade. 
 Alterações: anacusia, hipoacusia, zumbido, hiperacusia e 
alucinações. 
 
 Ramo vestibular 
 O acometimento da raiz vestibular é reconhecível pela 
anamnese quando as queixas do paciente incluem vertigens, 
náuseas, vômitos e desequilíbrio. 
 Investigação compreendeem: reconhecimento de nistagmo, 
desvio lateral durante a marcha, desvio postural, sinal de 
Romberg e provas calórica e rotatória vestibulares. 
 
 9º (glossofaríngeo) e 10º (vago) pares: 
o Nervos mistos 
o Pelas estreitas ligações quanto à origem, ao trajeto e à distribuição, estes nervos 
são examinados em conjunto. 
o Semiotécnica: 
 Pesquisar disfonia, mobilidade do palato mole e úvula, reflexo do 
vômito, sensibilidade táctil do terço posterior da língua, regurgitação 
nasal, sensibilidades táctil e dolorosa do tragus. 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 12 
 Lesão unilateral dos nervos IX e X: observam‐se desvio do véu palatino 
para o lado normal (não lesionado), quando o paciente pronuncia as 
vogais “a” ou “e”, desvio da parede posterior da faringe para o lado 
normal (sinal da cortina) por meio de cuidadosa estimulação, disfagia 
com regurgitação de líquidos pelo nariz e diminuição ou abolição do 
reflexo velopalatino. 
 Lesão isolada do X nervo e que envolve apenas o ramo laríngeo 
determina disfonia. 
 Causas: neuropatia diftérica, tumor do mediastino, esclerose lateral 
amiotrófica, siringobulbia e traumatismo. 
 
 11º par (acessório): 
o Nervo motor 
o Inerva os músculos esternocleidomastoideos e a porção superior do trapézio. 
o Semiotécnica: 
 Verificar a posição da cabeça, a força do esternocleidomastoideo, 
verificar se há atrofias e peça ao paciente para elevar o ombro sem e 
contra resistência. 
 Lesão do acessório: atrofia dos músculos esternocleidomastoideos e 
trapézio, deficiência na elevação do ombro (trapézio) e na rotação da 
cabeça para o lado oposto (esternocleidomastoideo) do músculo 
comprometido. 
 
 12º par (hipoglosso): 
o Nervo motor 
o Origina‐se no bulbo e se dirige para os músculos da língua. 
o Semiotécnica: 
 Investiga‐se o hipoglosso pela inspeção da língua que deve ser 
movimentada para todos os lados, no interior da boca ou exteriorizada, 
forçando-a de encontro à bochecha e, por fim, palpando‐a, para 
avaliação de sua consistência. 
 Lesões unilaterais do hipoglosso: observam‐se atrofia e fasciculação na 
metade comprometida. Ao ser exteriorizada, a ponta da língua se desvia 
para o lado da lesão; às vezes, ocorre disartria para as consoantes 
linguais. 
 Nas lesões bilaterais: as manifestações compreendem atrofia, 
fasciculação, paralisia, acentuada disartria e dificuldade para mastigar 
e deglutir. 
 
Trofismo 
 Simetria dos membros, atrofias, hipertrofias, escaras, mal perfurantes. 
 Avaliado juntamente com tônus muscular. 
 
Força muscular 
 Manobras de oposição 
o Testar a força de determinados músculos opondo o seu movimento. 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 13 
o Graduado de 0 a 5 
 
 Manobras deficitárias 
o Testar a capacidade do músculo de manter a contração por um período de 
tempo prolongado. 
o Permite constatar se o déficit é global, distal (característico de lesões piramidais 
ou de nervos periféricos) ou proximal (indicativo de miopatia). 
 
 
 Manobras de velocidade 
o Paciente contrai alternadamente músculos análogos entre si. 
o Detecta déficit de motricidade pela diminuição na velocidade dos movimentos. 
 
Tônus muscular 
 Inspeção: atitude do paciente 
 Palpação dos músculos: averigua‐se o grau de consistência muscular, a qual se mostra 
aumentada nas lesões motoras centrais e diminuída nas periféricas. 
 Balanço passivo: examinador solicitando movimentos rápidos e sucessivos de alguns 
segmentos do corpo do paciente. 
o Passividade: se há resistência (tônus aumentado) ou se a passividade está 
aquém do normal (tônus diminuído). 
o Extensibilidade: se existe ou não exagero no grau de extensibilidade da fibra 
muscular. Assim, na flexão da perna sobre a coxa, sugere‐se diminuição do 
tônus quando o calcanhar toca a região glútea de modo fácil. A diminuição do 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 14 
tônus (hipotonia) ou o seu aumento (hipertonia) devem ser registrados com as 
respectivas graduação e sede. 
 Hipotonia: facilidade e grande amplitude ao movimentar o membro. 
 Observam‐se o achatamento das massas musculares no plano 
do leito, consistência muscular diminuída, passividade 
aumentada, extensibilidade aumentada e prova de balanço 
com exageradas oscilações. 
 Ocorre nas lesões do cerebelo, no coma profundo, nas lesões 
das vias da sensibilidade proprioceptiva consciente, das pontas 
anteriores da medula, dos nervos, na coreia aguda e em 
algumas encefalopatias (mongolismo). 
 Hipertonia: dificuldade ao movimentar o membro. 
 Elástica ou espástica: 
 Indica lesão piramidal. 
 Sinal do canivete. 
 Plástica ou rigidez: 
 Indica lesão extrapiramidal. 
 Sinal da roda denteada ou dentada. 
 Alterações: 
o Miotonia: relaxamento alentecido após contração muscular. Ocorre na distrofia 
miotônica de Steinert e na miotonia congênita de Thomsen. 
o Distonia: contração simultânea da musculatura agonista e antagonista, o que 
pode ocasionar posturas anômalas intermitentes ou persistentes. Ocorra no 
torcicolo espasmódico, na cãibra do escrivão e na distonia muscular 
deformante. 
o Na paratonia ou gegenhalten: paciente aparentemente se opõe à tentativa do 
examinador em movimentar seu membro. Ocorre em lesões frontais bilaterais. 
 
Provas cerebelares 
 Postura 
 Coordenação 
o Coordenação adequada traduz o bom funcionamento de pelo menos dois 
setores do sistema nervoso: o cerebelo (centro coordenador) e a sensibilidade 
proprioceptiva. 
o A perda de coordenação é denominada ataxia, a qual pode ser de três tipos: 
cerebelar, sensorial e mista. 
 Ataxia sensitiva: 
 Anormalidades do sistema sensitivo proprioceptivo. 
 Sinal de Romberg positivo: queda imediata sem lado 
preferencial. 
 Fechamento dos olhos: dismetria na prova índex-nariz e 
calcanhar-joelho, marcha impossibilitada. 
 Marcha talonante 
 Ausência de nistagmo 
 Lesão periférica: hiporreflexia 
 Lesão central: hiperflexia 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 15 
 Ataxia vestibular: 
 Lesões do sistema vestibular 
 Pseudo- Romberg: queda após um período com sentido 
preferencial. 
 Marcha em estrela e de Fukuda. 
 Presença de nistagmo: um lento, para o lado da lesão, e um 
rápido, correção consciente. 
 Vertigem 
 Hipoacusia 
 
 Ataxia cerebelar: 
 Ocorre em cerebelite infeciosa ou alcoólica. 
 Paciente tem dificuldade de alcançar o alvo. 
 Dismetria na prova índex-nariz e calcanhar-joelho, marcha 
impossibilitada. 
 Sinal de Romberg negativo 
 Marcha cerebelar 
 Disdiadococinesia 
 Tremor 
 Transtornos não se agravam ao fechar os olhos 
 
 
o Semiotécnica: 
 Prova indicador‐nariz: com o membro superior estendido lateralmente, 
o paciente é solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador. Repete‐
se a prova algumas vezes, primeiro com os olhos abertos, depois, 
fechados. O paciente deve estar preferencialmente de pé ou sentado. 
 Prova calcanhar‐joelho: na posição de decúbito dorsal, o paciente é 
solicitado a tocar o joelho com o calcanhar do membro a ser examinado. 
A prova deve ser realizada várias vezes, de início com os olhos abertos, 
depois, fechados. Nos casos de discutível alteração, “sensibiliza‐se” a 
prova mediante o deslizamento do calcanhar pela crista tibial, após 
tocar o joelho. 
 Dismetria (distúrbio na medida do movimento): quando o 
paciente não consegue alcançar com precisão o alvo, errando 
para mais ou para menos. 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 16 
 Prova dos movimentos alternados: determina‐se ao paciente que 
realize movimentos rápidose alternados, tais como abrir e fechar a 
mão, movimento de supinação e pronação, extensão e flexão dos pés. 
 Diadococinesia: capacidade que uma pessoa tem em realizar 
movimentos rápidos alternadamente. 
 Disdiadococinesia: dificuldade de realizar movimentos rápidos 
alternadamente. 
 Adiadococinesia: incapacidade de realizar movimentos rápidos 
alternadamente. 
 
 Marcha

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