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Tosse, Expectoração e Hemoptise

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Tosse, Expectoração e Hemoptise
Profª. Suzete
*Em preto, o que estava nos slides. Em vermelho, alguns comentários da profª.
Tosse
Definição
É um sintoma que se caracteriza pela expulsão súbita de ar dos pulmões, geralmente por 
uma seqüência de esforços, com um ruído explosivo provocado pela abertura da glote. É 
um reflexo que existe no ser humano para expelir muco e materiais aspirados da árvore 
traqueobrônquica e dos pulmões.
Nos pacientes com AVC, naqueles que tem problemas em relação ao sistema nervoso pra 
estimular tosse, nesses pacientes que estão acamados, eles passam a aspirar os 
alimentos, líquidos para via respiratória.
O centro da tosse não é tão definido em relação a sua localização, mas sabe-se que ele 
fica próximo do centro do vômito.
Quais são os mecanismos da tosse?
• Estímulo (mecânico, químico, térmico) Estímulo químico: pacientes com refluxo. 
Exemplo de estímulo térmico: paciente (asmáticos) que saem de repente para o 
ambiente frio.
• Receptores
• Laringe, parede posterior da traquéia, carina traqueal e pontos de ramificação de 
grossos brônquios
• Via aferente (N.vago)
• Centro da Tosse
• Via eferente (N.vago, frênico, motores espinhais e intercostais)
• Músculos respiratórios
• Glote
Na investigação da tosse, o que devemos perguntar?
• Freqüência 
• Intensidade exs.: uma tosse tão forte que dá dor torácica, que não deixa dormir, que 
causa vômitos.
• Tonalidade ex.: "tosse de cachorro"
• Produtiva ou não produtiva
• Relações com os decúbitos
• Paciente que tem Insuficiência cardíaca descompensada (lado esquerdo) tem o 
pulmão congesto, na hora que ele deita, aquele líquido que está represado mais na 
extremidades inferiores, volta, o débito aumenta, enchendo mais os pulmões. Esse 
líquido que está congestionando os pulmões sai do interstício e enche os alvéolos, 
então o paciente vai ter tosse. Ele vai levantar com tosse e dispnéia.
• Período do dia em que é mais intensa
• Paciente fumante: apresenta tosse matinal. Pigarro.
• Paciente que tem sinusite: tosse quando vai se deitar, por isso, mais à noite. As 
secreções dos seios da face caem para as vias aéreas e estimulam os receptores da 
tosse.
Caio Eduardo Gomes Benevides - Turma XIX
• Paciente que tem refluxo gastroesofágico tosse durante todo o dia, mas quando 
chega a noite essa tosse diminui, por que fisiologicamente, à noite, o esfíncter 
esofágico anterior se fecha.
• Paciente cardiopata: tosse quando fica descompensado.
• Paciente com bronquiectasia: as infecções pulmonares (de repetição) destroem os 
brônquios, que ficam dilatados e com acúmulo de secreção. À noite, quando eles 
deitam, essas secreções vão para as grandes vias respiratórias, e de manhã, eles 
tem a toalete matinal (eliminação freqüente de grande quantidade de expectoração 
pela manhã).
• Fatores desencadeantes
• Fatores de alívio
• Tempo de apresentação
• Sinais e sintomas associados
Como se classifica a tosse?
Quanto a presença de secreção:
• Seca
• Produtiva
Quanto à duração:
• Aguda - tosse há menos de três semanas
• Subaguda - duração entre 3 e 8 semanas
• Crônica - tosse presente há 3 ou mais semanas
Alguns tipos de tosse têm uma forma característica de se apresentar. Quais são? 
Em que patologias elas acontecem?
• Tosse quintosa:
Em acessos que cedem em pequenos intervalos, associada a vômitos e sensação de 
asfixia. Típico da Coqueluche. Profª mostrou um vídeo de um sr. com coqueluche, com a 
tosse quintosa.
• Tosse bitonal:
Paresia ou paralisia de uma das cordas vocais, comprometimento do laríngeo recorrente 
à esquerda.
• Tosse rouca: 
Tabagismo, tuberculose.
• Tosse psicogênica
• Vômica:
Patologias que podem cursar com vômica -> empiema pleural, abcesso pulmonar, 
bronquiectasia.
Quais são as causas da tosse? Ou que patologias se apresentam com tosse?
Asma brônquica Pneumonias Abcesso pulmonar
Caio Eduardo Gomes Benevides - Turma XIX
Quais são as complicações da tosse?
• Fratura de arcos costais
• Hemorragias conjuntivais
• Vômitos
• Síncope
• Hérnias inguinais
• Distensão dos septos alveolares
• Pneumotórax
• Pneumomediastino
Expectoração
Na investigação clínica da expectoração o que deve ser perguntado ou observado?
• Examinar a secreção eliminada pelo paciente
• Afastar a possibilidade de eliminação de secreção não originada do pulmão: saliva, 
secreções provenientes da nasofaringe.
• Quanto maior a quantidade de secreção (muco e células do trato respiratório), maior a 
importância do material.
• Volume: se igual ou superior a 30mL = expectoração de grande volume
• Cor
• Odor
• Transparência
• Consistência
Quais são os tipos de escarro?
• Escarro seroso: contém água, eletrólitos, proteínas e baixa celularidade.
• Escarro purulento: alta celularidade, rico em piócitos.
• Escarro hemoptóico: apresenta raias de sangue em meio a secreção.
• Escarro espumoso: expectoração espumosa rósea ou serosa.
• Escarro mucóide: aspecto de muco, com viscosidade aumentada (clara de ovo). 
Celularidade alta às custas de eosinófilos. Presença ocasional de estruturas pequenas, 
brancas, arredondadas (escarro perolado).
Hemoptise
Definição
Rinite alérgica Pleurites Câncer de pulmão
Sinusite Tuberculose pulmonar Embolia pulmonar
Bronquites Inibidores da ECA Inalação de gases, produtos 
tóxicos e partículas
Bronquiectasias ICC Reflexo gastroesofágico 
(tosse crônica)
Infecções virais
Caio Eduardo Gomes Benevides - Turma XIX
É a eliminação pela boca de sangue proveniente de estruturas do aparelho respiratório 
localizadas abaixo da glote. É um sintoma comum nas afecções respiratórias.
Qual é a origem do sangramento?
• Circulação arterial sistêmica
• É a principal origem.
• Patologias: bronquiectasias, seqüela de tuberculose.
• Circulação pulmonar
• Estenose mitral, hemorragia alveolar.
Quais são os mecanismos de sangramento?
• Distúrbios da integridade do vaso
• Alterações na coagulação
Que outras situações clínicas entram no diagnóstico diferencial de hemoptise?
• Hematêmese
• Epistaxe:diferenciada pela rinoscopia anterior.
• Estomatorragia: identificada pelo exame da cavidade bucal.
• Hemorragia originada da faringe
Como fazer o diagnóstico diferencial entre hematêmese e hemoptise?
Qual é o quadro clínico da hemoptise?
• Sangue vivo, brilhante, eliminado através da tosse.
• Desconforto vago e/ou sensação de peso ou de líquido escorrendo dentro do tórax.
• "Ronqueira no peito"
• Tosse
Quais são as causas da hemoptise? *principais
Características Hemoptise Hematêmese
Pródomo Tosse Náusea e vômito
História pregressa Possível doença 
cardiopulmonar
Possível doença 
gastrointestinal
Aspecto Aerado, espumoso Não espumoso
Cor Vermelho vivo Vermelho escuro, castanho 
ou "borra de café"
Manifestação Misturado ou não com 
seçreção purulenta
Misturado a restos 
alimentares
Sintomas associados Dispnéia Náusea
Evolução Escarros hemoptóicos Melena
Caio Eduardo Gomes Benevides - Turma XIX
• Infecção
• Bronquite crônica exarcebada*
• Bronquite aguda*
• Bronquiectasia*
• Tuberculose*
• Micobactéria atípica
• Pneumonias*
• Abcesso pulmonar
• Micetoma
• Leptospirose
• Doença cardiovascular
• Insuficiência ventricular esquerda grave
• Estenose mitral
• Tromboembolia pulmonar
• Endocardite de câmeras direitas
• Aneurisma de aorta
• Malformação arteriovenosa
• Fístula entre vaso e árvore brônquica
• Neoplasia
• Câncer de pulmão*
• Adenoma brônquico
• Tumor carcinóide
• Vasculite
• Lúpus eritematoso sistêmico (LES)
• Granulomatose de Wegener
• Síndrome de Goodpasture
• Poliangeíte microscópica
• Outras
• Hemossiderose pulmonar
• Coagulopatia
• Corpo estranho
• Contusão pulmonar
• Iatrogenia
• Uso de cocaína e crack
• Endometriose
• Trauma
• Criptogênica
Classificação de hemoptise
• Hemoptise pequena
-> menor que 30mL
• Hemoptise moderada -> 30mL a 200mL
• Hemoptise grave -> maior que 200mL
• Hemoptise maciça -> maior que 500mL
Diagnóstico
• História clínica
• Exame de escarro
• RX de tórax
• Tomografia computadorizada de tórax
• Broncoscopia Também é usada na terapêutica.
• Arteriografia
Caio Eduardo Gomes Benevides - Turma XIX
História Clínica
O que deve ser perguntado ao paciente que apresenta hemoptise?
• Idade
• Tempo de instalação dos sintomas
• Quantidade
• Sinais e/ou sintomas associados
• Contato com pessoas doentes
• Antecedentes familiares
• Tabagismo? Etilismo? Drogas ilícitas?
Caio Eduardo Gomes Benevides - Turma XIX

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