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� RESENHA – Sociologia e Política ( 2º semestre - Turmas A, B, C) Nome: Luciana Sabino Ferreira Turma: 2A E-mail: lucianasf3@al.insper.edu.br Em sua entrevista “No Brasil, o privilégio é a norma”, Marcos Lisboa critica a “ democratização dos privilégios” no Brasil. Segundo ele os privilégios ainda estão presentes na política brasileira e na própria consituição através de subsídios, meia- entrada, oneração de impostos. Dessa maneira, eles são aceitos normalmente pela população que, devido a pouca clareza na exposição das informações, não sabe o quanto é afetada. A origem dos privilégios é histórica. A formação do povo brasileiro,segundo Darcy Ribeiro, tem três matrizes culturais: tupi, lusitana e africana. As características delas, ao longo do tempo, são misturadas e formam o povo brasileiro. No entanto, entre elas, a lusitana, primeira elite dirigente, teve maior influência sobre a política brasileira. Introduziu a língua, a religião, as leis, que embora sofressem alterações, foram a base do sistema atual. Essa elite, citação de Ribeiro, “ sob o pavor pânico do alcançamento das classes oprimidas” reprimiu qualquer insurgência que alterasse a ordem vigente, o que permitiu que a troca de favores e privilégios permanecessem. Esse contexto levou a estratificação social com o abismo entre ricos e pobres cada vez maior. Essa estratificação fortaleceu aqueles que já estavam no poder interessados em manter seus privilégios e enfraqueceu os pobres, a massa heterogênea brasileira, que de acordo com Paulo Prado, “ainda acredita no embalo dos discursadores, nas teorias dos doutrinários e na enganadora segurança dos que monopolizaram, pela fraqueza dos indecisos, as posições de domínio e proveitos”. Por trás de discursos de incentivos fiscais e subsídios, os custos aumentam para que alguns usufruam, como no caso da meia-entrada. “Custos maiores de produção, impostos mais altos, taxas de juros mais elevadas, menor renda real e menor capacidade de crescimento” são exemplos considerados por Lisboa que indicam, segundo a definição de North, uma matriz instituicional ineficiente. Ela é resultado do processo histórico do país. A matriz brasileira deriva da de sua metrópole, Portugal, onde vigia o absolutismo monárquico, governo em que o privilégio às camadas dominantes e poder de poucos é parte das negociações e da estabilidade social. Essa característica foi perpetuada pela opressão das classes oprimidas, principalmente com a miscigenação, fazendo parte ainda das políticas públicas. Informe o número de caracteres, por fim, utilizados: 2367 A bibliografia deve ser informada e não contará no total de caracteres: Ribeiro, Darcy. O povo brasileiro - A formação e o sentido do Brasil. Prado, Paulo. Retrato do Brasil: Ensaio sobre a tristeza brasileira. Gala, Paulo Sérgio de Oliveira Simões. A Teoria Institucional de Douglass North. Lisboa, Marcos. “No Brasil, o privilégio é a norma”, entrevista publicada na Revista Época em 13 de agosto de 2013. � PAGE �1�
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