Buscar

Anatomia Humana

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 714 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 714 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 714 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DOCÊNCIA EM 
SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA HUMANA 
 
 
1 
 
Copyright © Portal Educação 
2012 – Portal Educação 
Todos os direitos reservados 
 
R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 
Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 
Internacional: +55 (67) 3303-4520 
atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS 
Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842a Anatomia humana / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 
2012. 
 711p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-8241-119-3 
 1. Medicina. 2. Anatomia humana. I. Portal Educação. II. Título. 
 CDD 611 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO À ANATOMIA................................................................................................... 13 
1.1 CONCEITO, DIVISÃO, MÉTODOS DE ESTUDO E SISTEMAS CORPÓREOS ....................... 13 
1.2 CONCEITO DE VARIAÇÃO E NORMAL EM ANATOMIA ......................................................... 15 
1.3 ANOMALIA E MONSTRUOSIDADE .......................................................................................... 17 
1.4 FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO .......................................................................................... 18 
1.5 NOMENCLATURA ANATÔMICA .............................................................................................. 19 
1.6 DIVISÃO DO CORPO HUMANO ............................................................................................... 20 
1.7 POSIÇÃO ANATÔMICA ............................................................................................................ 21 
1.8 PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO ................................................................................. 23 
1.9 EIXOS DO CORPO HUMANO .................................................................................................. 26 
1.10 TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO ....................................................................................... 28 
1.11 PRINCÍPIOS GERAIS DE CONSTRUÇÃO CORPÓREA NOS VERTEBRADOS ..................... 29 
2 SISTEMA ESQUELÉTICO ........................................................................................................ 33 
2.1 CONCEITO DE ESQUELETO ................................................................................................... 33 
2.2 FUNÇÕES DO ESQUELETO .................................................................................................... 33 
2.3 TIPOS DE ESQUELETO ........................................................................................................... 34 
2.4 DIVISÃO DO ESQUELETO ....................................................................................................... 37 
2.5 NÚMERO DE OSSOS ............................................................................................................... 38 
2.6 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS................................................................................................ 40 
 
 
3 
 
2.7 TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA ............................................................................................ 45 
2.8 ELEMENTOS DESCRITIVOS DA SUPERFÍCIE DOS OSSOS ................................................ 46 
2.9 PERIÓSTEO .............................................................................................................................. 49 
2.10 NUTRIÇÃO ................................................................................................................................ 50 
3 JUNTURAS .............................................................................................................................. 52 
3.1 JUNTURAS ............................................................................................................................... 52 
3.1.1 Conceito .................................................................................................................................... 52 
3.1.2 Classificação ............................................................................................................................. 53 
3.1.3 Junturas Fibrosas ...................................................................................................................... 53 
3.1.4 Junturas Cartilaginosas ............................................................................................................. 56 
3.1.5 Junturas Sinoviais ..................................................................................................................... 58 
3.1.5.1Superfícies articulares............................................................................................................... 60 
3.1.5.2Cápsula Articular ....................................................................................................................... 62 
3.1.5.3Discos e Meniscos .................................................................................................................... 63 
3.1.5.4Principais movimentos realizados pelos segmentos do corpo .................................................. 65 
3.1.5.5Classificação funcional morfológica e das junturas sinoviais .................................................... 68 
3.1.5.6Juntura sinoviais simples e compostas ..................................................................................... 75 
4 SISTEMA MUSCULAR ............................................................................................................. 77 
4.1 CONCEITO ................................................................................................................................ 77 
4.2 VARIEDADES DE MÚSCULOS ................................................................................................ 78 
4.3 COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESTRIADOS ESQUELÉTICOS ............. 83 
4.4 FÁSCIA MUSCULAR ................................................................................................................. 84 
 
 
4 
 
4.5 MECÂNICA MUSCULAR ........................................................................................................... 85 
4.6 ORIGEM E INSERÇÃO ............................................................................................................. 86 
4.7 CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS ........................................................................................ 87 
4.7.1 Quanto à forma do músculo e arranjo de suas fibras ................................................................ 88 
4.7.2 Quanto à origem ........................................................................................................................ 91 
4.7.3 Quanto à inserção ..................................................................................................................... 92 
4.7.4 Quanto ao número de ventre muscular ..................................................................................... 93 
4.7.5 Quanto à ação muscular ............................................................................................................ 94 
4.8 AÇÃO MUSCULAR ................................................................................................................... 95 
4.9 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS MÚSCULOS .................................................................. 96 
4.10 INERVAÇÃO E NUTRIÇÃO ......................................................................................................96 
5 SISTEMA CIRCULATÓRIO ...................................................................................................... 99 
5.1 CONCEITO ................................................................................................................................ 99 
5.2 DIVISÃO ................................................................................................................................... 100 
5.3 CORAÇÃO ............................................................................................................................... 101 
5.3.1 Forma ....................................................................................................................................... 104 
5.3.2 Situação .................................................................................................................................... 105 
5.3.3 Morfologia interna ..................................................................................................................... 106 
5.3.4 Vasos da base do coração ....................................................................................................... 112 
5.3.5 Esqueleto cardíaco ................................................................................................................... 115 
5.3.6 Pericárdio ................................................................................................................................. 116 
5.4 CIRCULAÇÃO DO SANGUE .................................................................................................... 117 
 
 
5 
 
5.4.1 Sistema de Condução .............................................................................................................. 119 
5.4.2 Tipos de Circulação .................................................................................................................. 122 
5.5 TIPOS DE VASOS SANGUÍNEOS ........................................................................................... 125 
5.5.1 Artérias .................................................................................................................................... 125 
5.5.2 Veias......................................................................................................................................... 128 
5.5.3 Válvulas .................................................................................................................................... 130 
5.6 SISTEMA LINFÁTICO .............................................................................................................. 133 
6 SISTEMA RESPIRATÓRIO ..................................................................................................... 136 
6.1 CONCEITO ............................................................................................................................... 136 
6.2 DIVISÃO ................................................................................................................................... 137 
6.3 NARIZ ....................................................................................................................................... 139 
6.4 CAVIDADE NASAL................................................................................................................... 143 
6.5 SEIOS PARANASAIS ............................................................................................................... 148 
6.6 FARINGE .................................................................................................................................. 149 
6.7 LARINGE .................................................................................................................................. 153 
6.8 TRAQUEIA E BRÔNQUIOS ..................................................................................................... 158 
6.9 PLEURA E PULMÕES ............................................................................................................. 160 
7 SISTEMA DIGESTÓRIO .......................................................................................................... 166 
7.1 CONCEITO ............................................................................................................................... 166 
7.2 DIVISÃO ................................................................................................................................... 167 
7.3 BOCA E CAVIDADE BUCAL .................................................................................................... 168 
7.3.1 Divisão da Cavidade Bucal ....................................................................................................... 169 
 
 
6 
 
7.3.2 Palato ....................................................................................................................................... 170 
7.3.3 Língua....................................................................................................................................... 171 
7.3.4 Dentes ...................................................................................................................................... 173 
7.3.5 Glândulas Salivares .................................................................................................................. 174 
7.4 FARINGE .................................................................................................................................. 177 
7.5 ESÔFAGO ................................................................................................................................ 179 
7.6 DIAFRAGMA ............................................................................................................................ 181 
7.7 PERITÔNIO .............................................................................................................................. 183 
7.8 ESTÔMAGO ............................................................................................................................. 186 
7.9 INTESTINOS ............................................................................................................................ 190 
7.9.1 Intestino Delgado ...................................................................................................................... 191 
7.9.2 Intestino Grosso ....................................................................................................................... 194 
7.10 ANEXOS DO CANAL ALIMENTAR .......................................................................................... 198 
7.10.1 Fígado ...................................................................................................................................... 198 
7.10.2 Pâncreas .................................................................................................................................. 202 
8 SISTEMA URINÁRIO ............................................................................................................... 205 
8.1 CONCEITO ............................................................................................................................... 205 
8.2 RINS ......................................................................................................................................... 206 
8.3 URETER ................................................................................................................................... 212 
8.4 BEXIGA .................................................................................................................................... 213 
8.5 URETRA ................................................................................................................................... 219 
9 SISTEMA GENITAL MASCULINO .......................................................................................... 223 
 
 
7 
 
9.1 CONCEITODE REPRODUÇÃO .............................................................................................. 223 
9.2 ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS ........................................................................................ 224 
9.2.1 Testículos ................................................................................................................................. 225 
9.2.2 Epidídimo .................................................................................................................................. 227 
9.2.3 Ducto Deferente ....................................................................................................................... 229 
9.2.4 Ducto Ejaculatório .................................................................................................................... 232 
9.2.5 Uretra........................................................................................................................................ 233 
9.2.6 Glândulas Anexas ................................................................................................................... 235 
9.2.7 Pênis......................................................................................................................................... 238 
9.2.8 Escroto ..................................................................................................................................... 242 
10 SISTEMA GENITAL FEMININO............................................................................................... 245 
10.1 CONCEITO ............................................................................................................................... 245 
10.2 ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS ........................................................................................... 245 
10.2.1 Comportamento do Peritônio na Cavidade Pélvica .................................................................. 246 
10.2.2 Ovários e tubas uterinas ........................................................................................................... 249 
10.2.3 Útero e Vagina .......................................................................................................................... 252 
10.2.4 Órgãos Genitais Externos ......................................................................................................... 258 
10.2.5 Clitóris e Bulbo do Vestíbulo ..................................................................................................... 260 
10.2.6 Glândulas Vestibulares Maiores e Menores ............................................................................. 261 
10.3 MAMAS .................................................................................................................................... 262 
11 SISTEMA NERVOSO ............................................................................................................... 265 
11.1 CONCEITO ............................................................................................................................... 265 
 
 
8 
 
11.2 DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO ......................................................................................... 266 
11.3 MENINGES .............................................................................................................................. 267 
11.4 SISTEMA NERVOSO CENTRAL ............................................................................................. 268 
11.4.1 Vesículas primordiais ................................................................................................................ 269 
11.4.2 Partes do sistema nervoso central............................................................................................ 271 
11.4.3 Ventrículos encefálicos e suas comunicações ......................................................................... 272 
11.4.4 Líquor ....................................................................................................................................... 273 
11.4.5 Divisão anatômica .................................................................................................................... 274 
11.5 DISPOSIÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS CINZENTA E BRANCA ................................................... 276 
11.6 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO ........................................................................................ 280 
11.6.1Terminações nervosas .............................................................................................................. 281 
11.6.2 Gânglios ................................................................................................................................... 282 
11.6.3 Nervos ..................................................................................................................................... 283 
11.6.3.1Nervos Cranianos .................................................................................................................. 284 
11.6.3.2Nervos Espinhais ................................................................................................................... 285 
12 SISTEMAS NERVOSOS AUTÔNOMOS I E II ......................................................................... 288 
12.1 CONCEITO ............................................................................................................................... 288 
12.2 SISTEMA NERVOSO VISCERAL AFERENTE ........................................................................ 289 
12.3 DIFERENÇAS ENTRE SISTEMAS NERVOSOS SOMÁTICO EFERENTE E VISCERAL 
EFERENTE (AUTÔNOMO) ................................................................................................................ 290 
12.4 ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO .......................................... 291 
12.5 DIFERENÇAS ENTRE SISTEMAS NERVOSOS SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO............. 293 
 
 
9 
 
12.6 ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO ................................................................ 296 
12.6.1 Localização dos neurônios pré-ganglionares, destino e trajeto das fibras pré-ganglionares .... 298 
12.6.2 Localização dos neurônios pós-ganglionares, destino e trajeto das fibras pós-ganglionares ... 299 
12.7 ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO .................................................... 299 
12.8 PLEXOS VISCERAIS ............................................................................................................... 300 
12.8.1Sistematização dos plexos viscerais ......................................................................................... 301 
12.8.1.1Plexos da cavidade torácica .................................................................................................. 301 
12.8.1.2Plexos da cavidade abdominal .............................................................................................. 302 
12.8.1.3Plexos da cavidade pélvica .................................................................................................... 303 
13 OSSOS DA CINTURA PÉLVICA E DO MEMBRO INFERIOR ................................................ 304 
13.1 CONSTITUIÇÃO ...................................................................................................................... 304 
13.2 ACIDENTES ANATÔMICOS .................................................................................................... 307 
14 ARTICULAÇÕES DA CINTURA PÉLVICA E DO MEMBRO INFERIOR................................. 329 
14.1 COMPONENTES E CLASSIFICAÇÃO ..................................................................................... 329 
14.2 LIGAMENTOS .......................................................................................................................... 334 
15 PELVE E MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO ................................................................. 34615.1 CONCEITO E FUNÇÃO ........................................................................................................... 346 
15.2 ABERTURA SUPERIOR E DIÂMETROS ................................................................................. 352 
15.3 ABERTURA INFERIOR E DIÂMETROS .................................................................................. 355 
15.4 TIPOS DE PELVES .................................................................................................................. 359 
15.5 MÚSCULOS: ORIGENS, INSERÇÕES, AÇÃO E INERVAÇÃO .............................................. 360 
16 MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA E DA COXA ................................................................... 372 
 
 
10 
 
16.1 CONCEITO E FUNÇÃO ........................................................................................................... 372 
16.2 MÚSCULOS: ORIGEM, INSERÇÃO E AÇÃO .......................................................................... 372 
17 MÚSCULOS DA PERNA E PÉ ................................................................................................ 393 
17.1 CONCEITO E FUNÇÃO ........................................................................................................... 393 
17.2 MÚSCULOS: ORIGEM, INSERÇÃO E AÇÃO .......................................................................... 394 
18 MEMBRO INFERIOR- INERVAÇÃO E VASCULARIZAÇÃO .................................................. 413 
18.1 INERVAÇÃO ............................................................................................................................ 413 
18.2 VACULARIZAÇÃO ................................................................................................................... 423 
19 OSSOS DA CINTURA ESCAPULAR E DO MEMBRO SUPERIOR ........................................ 435 
19.1 CONSTITUIÇÃO ...................................................................................................................... 436 
19.2 ACIDENTES ANATÔMICOS .................................................................................................... 436 
20 ARTICULAÇÕES DA CINTURA ESCAPULAR E DO MEMBRO SUPERIOR ........................ 454 
20.1 COMPONENTES E CLASSIFICAÇÃO ..................................................................................... 454 
20.2 LIGAMENTOS .......................................................................................................................... 463 
21 MÚSCULOS DA CINTURA ESCAPULAR E BRAÇO ............................................................. 476 
21.1 CONCEITO E FUNÇÃO ........................................................................................................... 476 
21.2 MÚSCULOS: ORIGEM, INSERÇÃO E AÇÃO .......................................................................... 486 
22 MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO E MÃO .................................................................................. 503 
22.1 CONCEITO E FUNÇÃO ........................................................................................................... 503 
22.2 MÚSCULOS: ORIGEM, INSERÇÃO E AÇÃO .......................................................................... 518 
23 MEMBRO SUPERIOR- INERVAÇÃO- VASCULARIZAÇÃO .................................................. 540 
23.1 INERVAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR ................................................................................. 540 
 
 
11 
 
23.2 VASCULARIZAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR ...................................................................... 557 
24 ANATOMIA FUNCIONAL DA COLUNA VERTEBRAL – PARTE I. CRÂNIO, ESTERNO E 
COSTELAS ........................................................................................................................................ 556 
24.1 CONSTITUINTES DA COLUNA VERTEBRAL ......................................................................... 567 
24.2 CONSTITUINTES ÓSSEOS DO ESTERNO E COSTELAS ..................................................... 578 
24.3 CONSTITUINTES DA COLUNA VERTEBRAL ......................................................................... 582 
24.4 FUNÇÃO .................................................................................................................................. 587 
24.5 CURVATURAS ......................................................................................................................... 587 
24.6 ACIDENTES ANATÔMICOS .................................................................................................... 590 
24.7 CARACTERÍSTICAS PECULIARES VERTEBRAIS ................................................................. 593 
25 ANATOMIA FUNCIONAL DA COLUNA VERTEBRAL – PARTE II. CRÂNIO, ESTERNO 
E COSTELAS ..................................................................................................................................... 607 
25.1 TIPOS DE JUNTURAS ............................................................................................................. 607 
25.2 LIGAMENTOS ......................................................................................................................... 619 
26 MÚSCULOS DO DORSO ......................................................................................................... 630 
26.1 CONCEITO E FUNÇÃO ........................................................................................................... 631 
26.2 GRUPOS .................................................................................................................................. 631 
26.3 CAMADAS ................................................................................................................................ 632 
26.4 FÁSCIA MUSCULAR ................................................................................................................ 632 
26.5 MÚSCULOS: ORIGEM, INSERÇÃO, AÇÃO ........................................................................... 634 
27 MÚSCULOS DA CABEÇA E PESCOÇO ................................................................................ 643 
27.1 CONCEITO E FUNÇÃO ........................................................................................................... 643 
27.2 MÚSCULOS DO PESCOÇO: ORIGEM, INSERÇÃO E AÇÃO ................................................. 644 
 
 
12 
 
27.3 MÚSCULOS DA CABEÇA: ORIGEM, INSERÇÃO E AÇÃO .................................................... 654 
28 TÓRAX E MECÂNICA RESPIRATÓRIA ................................................................................. 666 
28.1 JUNTURA TORÁCICA ............................................................................................................. 667 
28.2 MÚSCULOS QUE AGEM SOBRE A COSTELA ....................................................................... 671 
28.3 MOVIMENTO DA CAIXA TORÁCICA ...................................................................................... 676 
28.4 AÇÕES DOS MÚSCULOS SOBRE A COSTELA ..................................................................... 679 
28.5 DIAFRAGMA ............................................................................................................................ 680 
28.6 MECÂNICA RESPIRATÓRIA ................................................................................................... 682 
28.6.1 Conceito .................................................................................................................................. 682 
28.6.2 Função...................................................................................................................................... 682 
28.6.3 Forças que atuam na mecânica respiratória ............................................................................. 683 
29 ABDOME .................................................................................................................................. 686 
29.1CONCEITO E FUNÇÃO ........................................................................................................... 686 
29.2 REGIÕES DA PAREDE ABDOMINAL ...................................................................................... 689 
29.3 MÚSCULOS: ORIGEM, INSERÇÃO E AÇÃO .......................................................................... 690 
29.4 BAINHA DO RETO ABDOMINAL ............................................................................................. 694 
29.5 AÇÕES MUSCULARES SOBRE O TRONCO.......................................................................... 696 
29.6 REGIÃO INGUINAL .................................................................................................................. 697 
30 VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DA CABEÇA, PESCOÇO E TRONCO ........................ 699 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 710 
 
 
 
 
13 
 
1 INTRODUÇÃO À ANATOMIA 
 
 
1.1 CONCEITO, DIVISÃO, MÉTODOS DE ESTUDO E SISTEMAS CORPÓREOS 
 
 
Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamente, a constituição e o 
desenvolvimento dos seres organizados, ou melhor, é o estudo das estruturas do corpo humano. 
Este curso trata principalmente da anatomia humana macroscópica. 
Anatomia macroscópica é estudada pela dissecação de peças previamente fixadas em 
formol. Assim! 
O termo Anatomia vem do grego, ana que significa em partes e tomeim que significa 
cortar. O termo dissecação provém do latino, dissecare, no qual dis significa em partes e 
secar é cortar. Termo este muito utilizado para designar a técnica mais comum utilizada no 
estudo de Anatomia. 
Ela é dividida da seguinte maneira, anatomia regional, no qual o corpo está 
organizado em segmentos ou partes. Anatomia sistêmica organiza o corpo em sistemas. 
Anatomia de superfície fornece informações sobre estruturas que podem ser observadas ou 
palpadas sob a pele. Anatomia radiológica, seccional e endoscópica permite observar as 
estruturas no indivíduo vivo. Por último a anatomia clínica enfatiza a aplicação do conhecimento 
anatômico à prática clínica. 
Então, vamos entender melhor como que a anatomia se organiza para os métodos de 
estudos e sistemas corpóreos. 
Há três principais métodos usados. Os que utilizam os critérios regionais, sistêmicos e 
clínicos, são métodos que irão refletir a organização do corpo e as prioridades e os objetivos 
para estudo. Vamos aprender nas figuras abaixo! 
 
 
 
14 
 
 
 
FONTE: Moore, 2011. 
 
 
Lembrete! 
 
Na anatomia sistêmica alguns sistemas se agrupam para formar os aparelhos, como o 
aparelho locomotor que é constituído pelo sistema esquelético e muscular. Aparelho urogenital 
que é constituído pelo sistema urinário e o sistema genital masculino ou feminino. Veja as figuras 
abaixo. 
 
 
 
 
FIGURA 1- ANATOMIA REGIONAL 
 
 
15 
 
 
 
FONTE: Netter, 1999 
 
 
1.2 CONCEITO DE VARIAÇÃO E NORMAL EM ANATOMIA 
 
 
Variações anatômicas são diferenças morfológicas entre elementos que compõem um 
grupo humano. Pode ser externamente ou em qualquer sistema do organismo sem que traga 
prejuízo funcional ao indivíduo. Observe as figuras: 
 
 
 
 
 
FIGURA 2- APARELHO LOCOMOTOR FIGURA 3 - APARELHO UROGENITAL 
MASCULINO 
 
 
16 
 
 
 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001. 
 
 
As variações anatômicas são comuns e as encontrar é esperado durante uma 
dissecação ou exames de peças dissecadas ou cadáveres. Por isso, é muito importante saber 
que existem. Lembre que ninguém é igual a ninguém! 
Você sabia? Que as veias do nosso corpo são as que mais variam e os nervos, que 
menos variam. 
Já que entendemos as variações devemos entender também as normalidades. Assim, 
o termo normal para os anatomistas obedece a um padrão que não inclui variações. Esse padrão 
corresponde ao que ocorre na maioria dos casos, ao que é mais frequente, ou melhor, a 
estrutura habitual do corpo é o padrão mais comum. 
Você sabia? Que o padrão mais comum é encontrado em menos da metade das 
pessoas. 
 
 
FIGURA 4 - VARIAÇÃO EXTERNA FIGURA 5 - VARIAÇÃO INTERNA 
 
 
17 
 
1.3 ANOMALIA E MONSTRUOSIDADE 
 
 
O termo anomalia é conceituado como variações morfológicas que, atrapalham a 
função do indivíduo e causam perturbações funcionais. 
Exemplo clássico são pessoas que nascem com dedos a mais ou a menos nas mãos 
ou pés, denominado polidactilia. 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.rbcp.org.br/imageBank/PDF/24-01-21.pdf>. Acesso 
em: 17 jul. 2012. 
 
 
No entanto, o termo monstruosidade é conceituado como uma anomalia acentuada, que 
causam deformidades profundas do corpo. Em geral são incompatíveis com a vida. Exemplo 
clássico é a anencefalia, a não formação do encéfalo. 
 
FIGURA 6 - POLIDACTILIA 
http://www.rbcp.org.br/imageBank/PDF/24-01-21.pdf
 
 
18 
 
 
 
 
FONTE: Diament e Cypel, 1996. 
 
 
1.4 FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO 
 
 
As variações são individuais e são decorrentes dos seguintes fatores, como idade, 
sexo, raça, biótipo e evolução. Estes são, em conjunto, denominados fatores gerais de variação 
anatômica. 
Mais uma vez. Lembre que ninguém é igual a ninguém! E as variações vão decorrer 
dos fatores aqui citados. Para melhor entender veremos um exemplo. 
No fator biótipo que caracteriza pela junção dos caracteres herdados e adquiridos do 
meio e acarreta uma construção corpórea diversificada. Encontramos pessoas do tipo extremo e 
médio, ou seja, que apresentam um biótipo do tipo longilíneo, brevilíneo e mediolíneos 
respectivamente. 
 
FIGURA 7- ANENCEFALIA 
 
 
19 
 
Os longilíneos são magros, altos, com pescoço longo, tórax achatado e membros logos 
em relação ao tronco. Já os brevilíneos são redondos, baixos, com pescoço curto, tórax de 
grande diâmetro e membros curtos em relação ao tronco. Veja a figura abaixo. 
 
 
FIGURA 8 - BIÓTIPO DO TIPO LONGILÍNEO (SANCHO) E BREVILÍNEO (PANÇA) 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001. 
 
 
1.5 NOMENCLATURA OU TERMINOLOGIA ANATÔMICA 
 
 
É o termo usado para a linguagem própria na Anatomia. Vamos entender melhor! 
É o conjunto de termos empregados para nomear e descrever o indivíduo ou suas 
partes. É preciso usar termos apropriados da forma correta. Embora você conheça termos 
comuns e coloquiais que sugerem partes e regiões do corpo, devemos aprender a terminologia 
anatômica internacional, ou seja, axila em vez de “sovaco” e patela em vez de “rotula”. 
A terminologia anatômica lista os termos anatômicos do latim e grego e seus 
equivalentes em português. Para exemplificar, o músculo comum do ombro é chamado de 
musculus deltóides em latim e músculo deltoide em português. 
 
 
20 
 
Vamos relembrar que a anatomia é uma ciência descritiva e requer nomes para as 
muitas estruturas e processos do corpo. Muitos termos dão informações sobre o formato, o 
tamanho, a localização, a função de uma estrutura ou sobre a semelhança entre duas estruturas. 
Exemplificando, vamos voltar ao músculo deltoide. O seu nome indica sua 
característica. Ele cobre o ombro e é triangular, como o símbolo de delta, a quarta letra do 
alfabeto grego. O sufixo oide significa “semelhante”, portanto, deltoide significa semelhante a 
delta. Veja a figura: 
 
 
FIGURA 9 - MÚSCULO DELTOIDE 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
Dando continuidade as terminologias, podemos também dar abreviações aos termos. 
Elas podem ser usadas para sintetizar a escrita, como nos músculos (m.), artérias (a.), veias (v.), 
nervos (n.), ligamento (lig.) entre outros. Exemplo do Músculo deltoide, que ficaria m. deltoide. 
 
 
1.6 DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
 
 
21 
 
O corpo humano é dividido em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça é a 
extremidade superior do corpo unida ao tronco pelo pescoço. O tronco é formado pelo tórax e 
abdome com suas respectivascavidades torácica e abdominal. Os membros são dois superiores 
ou torácico e dois inferiores ou pélvicos. Cada membro apresenta uma raiz que está ligada ao 
tronco e uma parte livre. Veja o resumo em forma de chave abaixo. 
 
 
 
 
 
 
Corpo Humano 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.7 POSIÇÃO ANATÔMICA 
 
 
Cabeça 
Pescoço 
 Tronco 
 
Membros 
 
Tórax 
Abdome 
 
Superiores 
(Torácico) 
 
 
Inferiores 
(Pélvicos) 
 
 
Raiz 
 
 
 
 
Parte Livre 
 
 
Ombro 
 
 
 
 
Braço 
Antebraço 
Mão 
 
 
 
 
Raiz 
 
 
 
 
Parte Livre 
 
 
Quadril 
 
 
 
 
Coxa 
Perna 
Pé 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, anatomistas 
optaram por uma posição padrão mundial, denominada posição de descrição anatômica ou 
posição anatômica. 
Ao descrever pacientes ou cadáveres devemos visualizar mentalmente essa posição, 
estejam eles em decúbito lateral (de lado), em decúbito dorsal (deitado de costas) ou decúbito 
ventral (de barriga para baixo). 
Então vamos entender melhor essa posição corporal! Ela refere como se a pessoa 
estivesse em pé, das três seguintes maneiras: 
A cabeça, o olhar e os dedos voltados anteriormente, ou seja, para frente. 
Os braços ao lado do corpo, com as palmas da mão voltadas anteriormente. Os membros 
inferiores próximos, com os pés paralelos, ou melhor, juntos. 
 
 
FIGURA 10 - POSIÇÃO ANATÔMICA 
 
FONTE: Arquivo Pessoal do Autor. 
 
 
 
23 
 
Você sabia? Que usar as terminologias e a posição anatômica corretamente, possibilita 
relacionar com precisão uma parte do corpo a qualquer outra parte. O que isso quer dizer! 
Veremos um exemplo para melhor entender. 
Na coxa anteriormente temos um músculo muito importante para mantermos de pé, 
chamado quadríceps femural. Esse músculo encontra-se inferior ao quadril e superior ao joelho. 
 
 
1.8 PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO 
 
 
Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos imaginários 
tangentes à sua superfície, formando um sólido geométrico do tipo paralelepípedo. Veja a figura 
a baixo. 
 
 
FIGURA 11- PLANO DE DELIMITAÇÃO 
 
Legenda: 
Planos Verticais: 
 Ventral e dorsal 
 Laterais 
Planos Horizontais: 
 Cranial e podálico 
 
 
 
 
24 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001. 
 
 
Os seguintes planos de delimitação são formados. Dois verticais, sendo, um tangente 
ao ventre, nomeado de plano ventral ou anterior e outro ao dorso, nomeado de plano dorsal ou 
posterior. É importante fixar que os planos ventrais e dorsais são ditos ao tronco e anterior e 
posterior aos membros. 
Continuando, mais dois planos verticais tangentes ao lado do corpo são formados. São 
os planos laterais direito e esquerdo. 
E finalizando, o nosso corpo é formado também por dois planos horizontais, um 
tangente à cabeça, nomeado de plano cranial ou superior e outro à planta dos pés, chamado de 
podálico ou inferior. 
Mas não podemos esquecer os quatros planos de secção imaginários que cruzam o 
nosso corpo na posição anatômica. O plano mediano, o sagital, coronal ou frontal e 
transversal. Vejam as figuras. 
 
 
FIGURA 12 – PLANO DE SECÇÃO MEDIANO 
 
Divide o corpo humano em 
duas metades iguais direitas 
e esquerdas. 
 
 
25 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001. 
 
 
FIGURA 13 – PLANO DE SECÇÃO SAGITAL 
 
FONTE: Banco de imagens anatomia on-line. 
 
 
FIGURA 14 – PLANO DE SECÇÃO FRONTAL OU CORONAL 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001. 
Atravessa o corpo 
paralelamente ao plano 
mediano e o divide em 
porções direitas e 
esquerdas. 
São paralelos aos planos 
ventrais e dorsais e dividem 
o corpo em partes anterior 
(frontal) e posterior (dorsal). 
 
 
26 
 
FIGURA 15 – PLANO DE SECÇÃO TRANSVERSAL 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001. 
 
 
1.9 EIXOS DO CORPO HUMANO 
 
 
São linhas também imaginárias traçadas no indivíduo dentro do sólido geométrico. São 
sempre perpendiculares ao plano. Os eixos associados com os planos irão gerar movimentos no 
indivíduo. Os eixos existentes são eixo sagital ou anteroposterior une o centro do plano ventral 
(anterior) ao centro do plano dorsal (posterior). Olhe o exemplo. 
 
 
 
 
Atravessam o corpo e 
formam ângulos de 90o 
com os planos mediano e 
frontal, dividindo o corpo 
em partes superior e 
inferior. 
 
 
27 
 
 
 
O eixo longitudinal ou crânio caudal une o centro do plano cranial ao centro do plano 
podálico. Veja o exemplo. 
 
 
 
 
O eixo transversal ou laterolateral une o centro do plano lateral direito ao centro do 
lateral esquerdo e vice-versa. Veja o modelo. 
 
 
 
 
 
 
Eixo 
Planos 
Planos 
Planos 
Eixo 
 
 
28 
 
 
 
 
1.10 TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO 
 
 
São termos usados para descrever a relação entre as partes do corpo ou comparação 
da posição relativa de duas estruturas. Alguns termos são específicos para comparações feitas 
na posição anatômica ou em relação aos planos anatômicos. Veja os termos mais usados: 
Antes, lembre-se da posição anatômica do indivíduo e das estruturas. 
Superior refere a uma estrutura mais superior a outra estrutura ou próxima do crânio. 
Inferior refere a uma estrutura mais inferior a outra estrutura ou próxima da planta do pé. Leia o 
exemplo: Os olhos são mais superiores em relação à boca. A boca é mais inferior em relação 
aos olhos. 
Cranial significa que está relacionada ao crânio, em direção à cabeça ou ao crânio e 
indica direção. Caudal significa que está relacionada aos pés ou cauda, em direção aos pés ou a 
cauda e indica também direção. Veja o exemplo: Leve suas mãos em direção à cabeça (cranial). 
Leve suas mãos em direção aos pés (caudal). 
 Planos 
 
 
29 
 
Posterior ou dorsal significa a superfície posterior do corpo ou mais perto do dorso. 
Anterior ou ventral significa a superfície anterior do corpo ou mais perto do ventre. Veja o 
exemplo: os dedos dos pés estão mais anteriores que o tornozelo. Já o tornozelo se encontra 
mais posterior que os dedos dos pés. 
Medial é usado para indicar que uma estrutura está mais perto do plano mediano do 
corpo, sendo que, este plano passa no centro de todo o corpo. Lateral indica que uma estrutura 
está mais longe do plano mediano. Veja o exemplo: O polegar (10 dedo da mão) é mais lateral 
em relação aos outros dedos. O 5º dedo é medial em relação aos outros. Lembre-se da posição 
anatômica! 
Dorso refere à superfície superior de qualquer parte do corpo, como o dorso da língua, 
do pé, nariz, pênis e a superfície posterior da mão. Já palma é a superfície anterior da mão. A 
planta do pé é a base ou face inferior do pé oposta ao dorso. 
Os termos superficial, intermédio e profundo descrevem a posição de uma estrutura 
em relação à superfície do corpo e a relação entre uma estrutura e outra subjacente (abaixo) ou 
sobrejacente (acima). Exemplo: o coração é intermediário em relação à coluna vertebral e ao 
músculo peitoral. O peitoral é mais superficial em relação ao coração. A coluna vertebral é mais 
profunda em relação ao coração. 
Externo significa fora ou distante do centro de um órgão ou cavidade. Interno significa 
dentro ou próximo do centro. Exemplo: Os olhos encontram mais externamente que o cérebro e 
o cérebro mais internamente que os olhos. 
E para terminarmos esse assunto de posição e direção, os termos proximais e distais 
são usados respectivamente, ao comparar posições mais próximas ou distantes de um membro 
ou parte central de uma estrutura. Veja o exemplo: O cotovelo é mais proximal ao ombro que o 
punho. Já o punho é mais distal ao ombro em relação ao cotovelo. 
 
 
1.11 PRINCÍPIOS GERAIS DE CONSTRUÇÃO CORPÓREA NOS VERTEBRADOS 
 
 
 
30 
 
O corpo humano é construído seguindo alguns princípios fundamentais. 
Existem quatro princípios, a antimeria, metameria, paquimeria e estratificação. 
Na Antimeria o plano mediano divide o corpoem duas metades direita e esquerda, 
semelhantes na forma e função. Existe uma simetria de ambos os lados. Porém este princípio é 
mais visto no início do desenvolvimento embrionário. Na realidade, não há simetria perfeita pelo 
fato de não existir correspondência exata de todos os órgãos. 
Na metameria ocorre a superposição no sentido longitudinal dos segmentos 
semelhantes, sendo que cada segmento corresponde a um metâmero. Ocorre mais na fase 
embrionária. Exemplo típico é na coluna vertebral em que ocorre a superposição de vértebras. 
 
 
FIGURA 16 - METAMERIA 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
Na paquimeria o princípio é que o segmento axial do corpo, ou seja, cabeça, pescoço 
e coluna vertebral, são divididos em dois tubos, sendo um ventral ou visceral (contém a maioria 
das vísceras) e outro dorsal ou neural (contém a cavidade craniana e canal vertebral). Veja a 
figura. 
 
 
 
 
31 
 
FIGURA 17 – PAQUIMERIA 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001. 
 
 
Por último iremos falar da estratificação que é o princípio segundo o corpo humano é 
constituído por camadas, sendo superficial ou profunda. 
 
FIGURA 18 – ESTRATIMERIA OU ESTRATIFICAÇÃO 
1 - Camada mais superficial 
2 - Tecido 
subcutâneo 
3 - Fáscia 
muscular 
4 - Tecido 
muscular 
5 - Ossos 
 
6 - Órgão - 
pulmão 
1 2
 
 
4 
 
5 
 
6 
 
3
 
 
 
 
32 
 
FONTE: Arquivo Pessoal do Autor. 
 
Pessoal, acreditamos em seu potencial e torcemos que todo esse conteúdo de 
introdução à anatomia esteja bem fixado, pois daremos continuidade ao próximo capítulo que 
será o sistema esquelético. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
2 SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
2.1 CONCEITO DE ESQUELETO 
 
 
Osteologia é o estudo dos ossos. Esqueleto é o conjunto de ossos e cartilagens que se 
interligam para formar a base de sustentação do corpo do animal e gerar função. Ossos são 
definidos como peças rígidas e esbranquiçadas de números, coloração e formas variáveis. 
 
 
FIGURA 19 – ESQUELETO ÓSSEO 
 
FONTE: Banco de imagens anatomia on-line. 
 
 
2.2 FUNÇÕES DO ESQUELETO 
 
 
 
 
 
34 
 
Fazem parte das funções do esqueleto, proteção de órgãos como o coração, pulmão e 
sistema nervos central por meio da caixa torácica, crânio e coluna vertebral, respectivamente. 
Sustentação e forma ao corpo. Local de armazenamento de íons (Ca, P), pois em grande parte 
será usado durante a gravidez como forma de calcificação fetal, pela reabsorção destes íons 
armazenados no organismo materno. 
Além disso, também tem como função funcionar como um sistema de alavancas que 
em associação com os músculos causam um deslocamento de todo o corpo ou parte do mesmo. 
Produção de células do sangue pela medula óssea encontrada dentro dos ossos. 
 
 
2.3 TIPOS DE ESQUELETO 
 
 
O esqueleto pode apresentar-se da seguinte maneira, articulado, ou seja, todas as 
peças (ossos) unidas. Desarticulado, todos os ossos isolados uns dos outros. Veja as figuras. 
 
 
 
FIGURA 20 - ARTICULADO E DESARTICULADO 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
FONTE: Netter, 1999; Sobotta, 1994. 
 
 
Lembrete! Quando se tratar de esqueleto articulado a união entre os ossos podem ser 
natural, pelos próprios ligamentos e cartilagens dissecadas ou uma união artificial por meio de 
peças metálicas ou ainda uma união mista quando se usam os dois processos. 
O esqueleto pode ser classificado também de acordo com sua base de sustentação ou 
arcabouço. Ele pode apresentar um arcabouço externo às partes moles, sendo chamado de 
exoesqueleto, comumente encontrado nos invertebrados. 
Com a evolução aparecem os endoesqueletos com o arcabouço interno ao músculo, 
encontrado nos vertebrados. Veja as figuras. 
 
FIGURA 21 – ARTICULADO 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001. 
 
Os arcabouços podem se tornar mistos, nesse caso diz que apresentam tanto 
endoesqueleto quanto exoesqueleto. 
 
 
 
 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001. 
 
FIGURA 22- ARCABOUÇO MISTO 
 
 
37 
 
2.4 DIVISÃO DO ESQUELETO 
 
 
O sistema esquelético pode ser dividido em duas partes funcionais. A primeira é o 
esqueleto axial, que representa o eixo mediano do corpo, sendo formado por ossos da cabeça 
(crânio), pescoço (hioide e vértebras cervicais) e tronco (costelas, esterno, vértebras e sacro). A 
segunda parte é o esqueleto apendicular, que representa os ossos dos membros inferiores e 
superiores, junto com os ossos que formam a cintura escapular e pélvica. Veja figuras. 
 
 
FIGURA 23 – DIVISÃO DO ESQUELETO 
 
 
 
FONTE: Arquivo Pessoal do Autor. 
 
Legenda : 
 
 
 Esqueleto Apendicular 
 
 Esqueleto Axial 
-
 
E
X
O
E
S
Q
U
E
L
E
T
O 
 
F
I
G
U
R
A
 
2
4
 
-
 
A
R
C
A
 
 
38 
 
2.5 NÚMERO DE OSSOS 
 
 
No indivíduo adulto, quando em completo desenvolvimento orgânico, o número de 
ossos é de 206. 
No entanto esses números podem variar levando em consideração fatores etários, 
individuais e critérios de contagem. 
Para os fatores etários do nascimento a senilidade ocorre uma redução no número de 
ossos. No recém-nascido certos ossos são constituídos de partes ósseas que se soldam (unem) 
durante o desenvolvimento para formar um único osso no adulto. Veja o exemplo. 
No entanto, nos idosos há tendência para soldadura de dois ou mais ossos levando a 
uma diminuição do número total. Este fato é chamado de sinostose e ocorre principalmente 
entre os ossos do crânio. 
 
FIGURA 24 – OSSOS DE UM RECÉM-NASCIDO (a, c) E DE UM ADULTO (b, d). 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
a 
Es
qu
el
et
o 
Ap
en
di
cu
lar 
 
 
Es
qu
el
et
o 
Ax
ial 
 c 
Es
qu
el
et
o 
Ap
en
di
cu
lar 
 
 
Es
qu
el
et
o 
Ax
ial 
d b 
 
 
39 
 
Para os fatores individuais em algumas pessoas pode haver persistência da divisão 
do osso frontal no adulto, também ossos supranumerários ou extranumerários, em ossos 
sesamoide (inclusos em tendões musculares) e suturais. Veja a figura. 
 
FIGURA 25- OSSOS EXTRANUMERÁRIOS OU SUPRANUMERÁRIOS 
 
 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
Para os critérios de contagem os anatomistas utilizam critérios pessoais para a 
contagem e isto explica a divergência de resultados quando comparados. Então os sesamoides, 
são às vezes contados ou não. Os ossículos do ouvido médio também são ora contados ora não. 
Vista posterior do crânio 
 
Vista plantar do pé 
 
suturas 
 
 
40 
 
2.6 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS 
 
 
Os ossos são classificados quanto ao seu formato e segundo a predominância de 
umas de suas dimensões (comprimento, largura ou espessura) sobre as outras duas. Assim 
temos as seguintes classificações: 
Ossos longos onde o comprimento é maior que a largura e espessura. São longos, 
espessos e tubulares. Exemplo. 
 
FIGURA 26 – OSSO LONGO (FÊMUR) 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
Os ossos longos apresentam duas extremidades, denominadas epífise e um corpo, 
chamado de diáfise. Esse possui em seu interior um canal medular onde aloja a medula óssea. 
Nos ossos ainda não ossificados (adolescência) é possível visualizar um disco cartilaginoso ou 
cartilagem epifisária, entre epífise e diáfise, relacionadas com o crescimento ósseo. 
Epífise proximal 
 
Epífise distal 
 
Diáfise 
 
Vista anterior – Fêmur 
 
 
 
41 
 
FIGURA 27 – CANAL MEDULAR DE UM OSSO LONGO E CARTILAGEM EPIFISÁRIA 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
Ossos curtos apresentam equivalência nas três dimensões. São curtos, largos, 
espessos e cuboides. Encontrados apenas nos carpos (mão) e tarsos (pé). Exemplo. 
 
 
FIGURA 28 – OSSOS CURTOS 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
Vista palmar - mão 
 
Canal medularCorte 
transversal 
 
Corte 
medial 
 
Vista dorsal - pé 
 
 
 
42 
 
Ossos laminar ou plano possuem comprimento e largura iguais em relação à 
espessura. Geralmente apresentam funções de proteção, como os ossos do crânio (frontal, 
parietal e occipital) que protegem o encéfalo e outros. 
 
 
FIGURA 29 – OSSOS LAMINARES 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
Já os ossos irregulares apresentam uma forma complexa, ou seja, possuem vários 
outros formatos em relação aos que já foram ditos aqui. Não corresponde a nenhuma forma 
geométrica conhecida. Exemplos marcantes são as vértebras, mandíbula e o osso temporal. 
 
 
FIGURA 30 – OSSOS IRREGULARES 
 
 
Crânio 
 
Escápula 
 
Quadril 
 
 
 
43 
 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
Os ossos pneumáticos apresentam uma ou mais cavidades, de volume variável, 
revestida de mucosa e contendo ar. As cavidades são chamadas de seios ou sinus. Esses ossos 
se encontram no crânio (frontal, esfenoide, maxilar, etmoide). 
 
FIGURA 31– OSSOS PNEUMÁTICOS – SEIOS 
 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
Vertebra Cervical 
 
Mandíbula 
 30 – 
OSSOS 
CURTOS 
Occipital 
 
Frontal 
 
Esfenoide 
e 
Maxilar 
e Vista frontal 
 
Vista medial 
 
Frontal 
e 
Etmoide 
 
 
 
44 
 
O último tipo de classificação óssea é o sesamoide. São pequenos e chatos. Eles são 
encontrados em tendões, nos lugares onde cruzam as extremidades dos ossos longos nos 
membros. Estes ossos são chamados de intratendíneos. 
Encontram-se também em cápsula fibrosas nas articulações e são chamados de 
periarticulares. 
Você sabia? Que os ossos sesamoides protegem os tendões contra desgaste 
excessivo e na maioria das vezes modificam os ângulos dos tendões em sua passagem até as 
suas inserções. Isso aumenta a alavanca do movimento e consequentemente produz mais força. 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994 e Banco de imagens Google. 
 
 
FIGURA 32 – OSSOS SESAMOIDES 
 
 
 
Patela 
Joelho – vista lateral 
 
Mão – vista palmar 
 
Sesamoide
e 
 
 
 
45 
 
2.7 TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA 
 
 
Existem dois tipos de substância óssea dentro dos ossos. A substância compacta 
(osso compacto) e a esponjosa ou trabecular (osso esponjoso). São diferentes pela quantidade 
relativa de material sólido e pelo número e tamanho dos espaços que contém. 
Todos os ossos apresentam uma camada fina superficial de osso compacto ao redor 
de uma massa central de osso esponjoso, exceto nas partes em que o osso esponjoso é 
substituído por uma cavidade medular. Veja figura. 
 
 
FIGURA 34 – SUBSTÂNCIA ÓSSEA 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Google. 
 
 
 
 
 
 
46 
 
Na substância compacta, as lamínulas de tecido ósseo (elementos que constituem os 
ossos) encontram fortemente unidas umas as outras sem que haja espaço livre. Este tipo de 
substância é mais denso e rígido. 
Na substância esponjosa as lamínulas de tecido ósseo encontram mais irregulares em 
forma e tamanho e deixam espaços (lacunas) que se comunicam umas com as outras. Veja 
figura. 
 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994; Dângelo e Fattini, 2001 
 
 
Você sabia? Que os ossos compactos são os responsáveis por oferecer resistência 
para a sustentação de peso. 
 
 
2.8 ELEMENTOS DESCRITIVOS DA SUPERFÍCIE DOS OSSOS 
 
Lamínulas 
Unidas 
 
FIGURA 35 – SUBSTÂNCIA ÓSSEA 
 
Canal Medular 
 
Osso compacto 
 
 
 
47 
 
Os elementos descritivos são as saliências, depressões e aberturas, tecnicamente 
chamados de acidentes ósseos e formações ósseas. Eles servem para nomear as fixações de 
estruturas como, os tendões. Servem para penetração ou passagem de estruturas como, as 
artérias ou mesmo para controlar o movimento por meio da passagem de tendões. 
As saliências dispõem para articular os ossos entre si ou para a fixação de músculos, 
ligamentos, cartilagens, fáscias. Fazem parte das saliências: cabeças, côndilos, cristas, 
 
eminências, tubérculos, tuberosidades, processos, linhas, espinhas, trócleas, entre outros. 
Observe a figura. 
 
 
FIGURA 36 – SALIÊNCIAS ÓSSEAS DO ÚMERO 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994 
 
 
Tubérculos 
 
Cabeça 
do úmero 
 
Côndilos 
 
Epicôndilo 
 
Crista supra 
epicondilar 
 
Vista anterior 
 
 
 
48 
 
As depressões podem como as saliências serem articulares ou não. Entre elas: 
fossas, fossetas, impressões, sulcos, recessos, entre outros. 
 
 
FIGURA 37 – DEPRESSÕES ÓSSEAS DO ÚMERO 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
E por último, as aberturas estão destinadas a passagem de nervos e vasos. Entre 
elas: forames, meatos, óstios, poros dentre outros. 
 
 
FIGURA 38 – ABERTURAS DO CRÂNIO 
 
 
 
Fossa 
coronoide 
 
Fossa radial 
 
Sulco 
intertuberclar 
 
Vista anterior 
 
 
 
49 
 
 
FONTE: Netter, 1999. 
 
 
2.9 PERIÓSTEO 
 
 
O periósteo é constituído por um delicado tecido conjuntivo fibroso que reveste cada 
elemento do esqueleto como uma bainha, exceto nos locais de cartilagem articular. Apresenta 
dois folhetos, um superficial e outro profundo em contato direto com o osso. 
Essa bainha tem como função, além de envolver, nutrir as faces externas dos ossos e 
também depositar tecido ósseo, principalmente durante consolidações de fraturas, formando 
uma ótima estrutura para fixação de tendões e ligamentos. 
 
FIGURA 39 – PERIÓSTEO 
 
 
 
Meato acústico 
externo 
 
Crânio – vista 
lateral 
 
 
 
50 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
2.10 NUTRIÇÃO 
 
 
Para terminarmos este assunto sobre sistema esquelético estudaremos um pouco da 
nutrição óssea. Os ossos têm um suprimento abundante de vasos sanguíneos, ou seja, são 
altamente vascularizados. As artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-
se na medula óssea. 
Você sabia? Que se o osso não tiver seu periósteo ele deixa de ser nutrido e 
consequentemente morre. 
 
 
 
 
Periósteo 
 
Úmero - corte 
frontal 
 
 
 
51 
 
FIGURA 40 – ARTÉRIA DO PERIÓSTEO 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. nutrícia 
Úmero - corte 
frontal 
 
 
 
52 
 
3 JUNTURAS 
 
 
3.1 JUNTURAS 
 
 
Vamos iniciar este assunto! Você vai gostar. Antes de qualquer coisa iremos 
conceituar. 
 
 
3.1.1 Conceito 
 
 
Quem estuda as junturas é a artrologia. As junturas (articulações) são junções (uniões) 
entre dois ou mais ossos ou partes rígidas do esqueleto. Esta união não é apenas para colocar 
os ossos em contato, mas também permitir mobilidade e transmissão de forças. 
As Junturas exibem várias formas e funções. Algumas não têm movimentos, outras 
permitem pequenos movimentos e outras apresentam mobilidade livre. 
 
 
 
FIGURA 41 – JUNTURAS 
 
 
 
 
53 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
3.1.2 Classificação 
 
 
São descritas três classes de articulações. Os critérios para a classificação são de 
acordo com o tipo de tecido que se encontram entre as peças que se articulam e de acordo com 
a funcionalidade. 
 
 
3.1.3 Junturas fibrosas 
 
 
 
 
 
 
54 
 
O elemento que interpõe entre as peças que se articulam é o tecido conjuntivo 
fibroso e são ditas fibrosas. A mobilidade é extremamente reduzida ou sem mobilidade. 
Há três tipos de junturas fibrosas: as suturas, sindesmoses e gonfoses. Vamos 
então entender cada tipo agora! 
As junturas fibrosas do tipo sutura ocorrem entre os ossos do crânio. Neste tipo de 
juntura, a maneira que as bordas dos ossos articulados entram em contato é variável. 
Essas bordas geram três tipos diferentes de suturas, a do tipo plana, apresentando 
uma união retilínea, a do tipo escamosa, apresentando união em escamas e por último, a do 
tipo serreada ou denteada, com união em serras ou dentes. Veja os exemplos. 
 
 
FIGURA 42 – JUNTURA FIBROSA DO TIPO SUTURA 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
Plana 
 
Escamosa 
Denteada 
frontal 
 
 
55Você sabia? Que quando o crescimento ósseo craniano termina, ou seja, na idade 
adulta (20 anos), ocorre uma ossificação completa dos ligamentos suturais, chamado de 
sinostose (já descrito anteriormente). Esse processo faz as suturas desaparecerem pouco a 
pouco e com ela a elasticidade do crânio. 
Já as junturas fibrosas do tipo sindesmose, unem os ossos com uma lâmina de tecido 
fibroso, podendo ser um ligamento ou uma membrana fibrosa. Essa juntura persiste por toda a 
vida com apenas mudanças mínimas. Exemplo. 
 
FIGURA 43 – JUNTURA FIBROSA DO TIPO SINDESMOSE 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994; Netter, 1999. 
 
 
As junturas fibrosas do tipo gonfose (dentoalveolar) ocorrem entre o osso maxilar e o 
cemento dental por um tecido fibroso periodontal. Esta articulação é semelhante a um pino, 
onde, encaixa-se em uma cavidade entre a raiz do dente e o processo alveolar da maxila. Em 
suma, une o cemento dentário ao osso alveolar. 
 
Membrana 
interóssea 
 
Ligamento 
 
Membrana 
interóssea 
 
 
Tíbia e fíbula – Vista anterior 
 
Rádio e ulna – Vista anterior 
 
 
 
56 
 
É uma articulação que também persiste por toda a vida com apenas mudanças 
mínimas. Veja o exemplo para melhor entender. 
 
 
FIGURA 44 – JUNTURA FIBROSA DO TIPO GONFOSE 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
3.1.4 Junturas cartilaginosas 
 
 
Neste tipo de articulação o tecido que se interpõem é o cartilaginoso, densos feixes de 
colágenos alinhados. Os tecidos podem ser de dois tipos, cartilagem hialina ou cartilagem 
fibrosa. Ambas apresentam mobilidade reduzida. 
As junturas de cartilagem hialina são ditas sincondroses e as de cartilagem fibrosa 
são ditas sínfises. 
Articulação 
dentoalveolar 
 
Processo 
alveolar da 
maxila 
 
 
 
57 
 
As sincondroses apresentam cartilagem hialina de crescimento entre os ossos. São 
primariamente mecanismos de crescimento ósseo e de união temporária. Tudo isso quer dizer o 
seguinte, o crescimento ósseo cessa em torno dos 20 anos, conduzindo a uma calcificação da 
cartilagem de crescimento e uma rígida sinostose (união óssea rígida). 
Os exemplos são as articulações esfeno occipital e esfeno etmoidal no crânio, 
manúbrio esternal na caixa torácica e discos epifisários em osso longos. Veja a figura. 
 
 
FIGURA 45 - SINCONDROSES 
 
 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994; Netter, 1999. 
 
 
 
Base do crânio – vista supeior 
 
Lâmina 
epifisial 
 
Manúbrio 
esternal 
 
Esfeno 
occipital 
esternal 
 
Tórax – vista anterior 
 
Fêmur – vista anteior 
 
 
 
58 
 
As sínfises são fortes, ligeiramente móveis e unidas aos ossos por um tecido 
fibrocartilaginoso. São articulações medianas, encontradas no esqueleto axial. Estão 
relacionadas ao movimento e são permanentes, ou seja, quando o crescimento termina esta 
juntura persiste por toda a vida, com apenas mudanças mínimas com a idade, sem ocorrer à 
calcificação. 
Exemplos típicos são os seguintes, a sínfise púbica, sínfise mentoniana e discos intra-
articulares ou discos intervertebrais. Observe a figura. 
 
 
FIGURA 46 - SÍNFISES 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994; Netter, 1999. 
 
 
3.1.5 Junturas Sinoviais 
 
 
Mandíbula – Vista lateral 
 
Coluna vertebral – Vista 
anterior 
 
Pelve – vista ântero supeior 
 
Sínfise 
mantonia
na 
 
Disco intervertebral 
 
Sínfise 
púbica 
 
 
 
59 
 
São articulações do tipo mais comum, apresentam cavidades e o elemento que se 
interpõem entre os ossos, é o líquido sinovial. Os ossos desta juntura são unidos por uma 
cápsula articular. Apresentam grande mobilidade e são bastante complexos. 
As características comuns dessa juntura são cápsula articular, cavidade articular, 
líquido sinovial e membrana sinovial. 
A Cápsula articular representa o meio de união, lembrando um manguito de tecido 
conjuntivo que envolve a articulação prendendo nos ossos que se articulam. Figura abaixo. 
 
 
FIGURA 47 – CÁPSULA ARTICULAR 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
A cavidade articular é um espaço virtual contendo uma pequena quantidade de 
líquido sinovial. 
O Líquido sinovial lubrifica a articulação e é secretado pela membrana sinovial. 
 
Articulação do ombro – 
corte frontal 
 
Cápsula articular 
 
Cavidade articular 
 
Membrana articular 
 
 
 
60 
 
FIGURA 48 – MEMBRANA SINOVIAL 
 
 
FONTE: Banco de imagens Google. 
 
A membrana sinovial reveste a cavidade articular. Lembrete! As articulações sinoviais 
ocorrem na maioria dos ossos do esqueleto apendicular. 
Antes de prosseguir é importante dizer que na articulação do tipo sinovial existe 
também uma estrutura chamada de superfície articular. Essa superfície são estruturas que 
entram em contato em uma juntura. 
 
 
3.1.5.1 Superfícies articulares 
 
 
A superfície articular são estruturas revestidas de cartilagem hialina, chamada de 
cartilagem articular e representam a porção óssea não ossificada. Apresentando uma 
superfície lisa, esbranquiçada e polida. Veja a figura abaixo. 
 
 
 
61 
 
FIGURA 49 – SUPERFÍCIE ARTICULAR 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
Dizemos que a superfície articular são superfícies de movimentos. Você sabia? Que se 
ocorrer à redução da mobilidade da articulação sinovial, pode gerar um quadro patológico 
chamado de fibrose. Fibrose é a degeneração da cartilagem articular levando a perdas graves 
da mobilidade articular, com provável evolução para um quadro chamado de anquilose, ou seja, 
“soldadura” da articulação. 
Vamos fazer uma aplicação clínica da anatomia? Pelo fato da cartilagem articular ser 
avascular e sem inervação, a mesma apresentará uma nutrição precária principalmente nas 
áreas centrais o que tornará a recuperação ou regeneração de lesões mais lenta e difícil. 
 
 
 
Articulação do 
joelho – vista 
anterior 
 
Superfície 
articular 
 
 
 
62 
 
3.1.5.2 Cápsula Articular 
 
 
Já foi mencionado neste capítulo como, sendo uma membrana conjuntiva que envolve 
a juntura sinovial como um manguito. Ela apresenta duas camadas, uma membrana externa, 
chamada de fibrosa e uma interna, chamada de sinovial. 
A membrana externa ou fibrosa é mais resistente e pode ser reforçada por 
ligamentos capsulares destinados a aumentar a resistência. 
A membrana Interna ou sinovial é a mais interna das camadas, mais vascularizada e 
inervada e responsável pela produção da sinóvia. Veja figura. 
 
 
FIGURA 50 – CÁPSULA ARTICULAR E SUAS CAMADAS 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
 
 
Membrana interna 
 Membrana externa 
 
 
 
63 
 
As cápsulas e os ligamentos apresentam funções como, manter união entre ossos, 
impedir movimentos indesejáveis (movimentos que ocorrem antes de uma lesão, por exemplo, 
uma entorse de tornozelo) e limitar as amplitudes de movimentos normais. 
Os ligamentos podem ser capsulares, extracapsulares ou acessórios e intra-articulares. 
Veja a figura. 
 
 
FIGURA 51 – LIGAMENTOS 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994; Netter, 1999. 
 
 
3.1.5.3 Discos e Meniscos 
 
 
 
 
Joelho – vista anterior 
 
Ligamentos 
intrarticulares 
 
Ligamento 
capsulares 
 
Ligamento 
extracapsular 
 
Ombro – vista anterior 
 
 
 
64 
 
Os discos e meniscos intra-articulares são estruturas fibrocartilaginosas encontradas 
em várias articulações sinoviais, ou seja, entre as superfícies articulares. Tem como função gerar 
congruência (melhor adaptação) das articulações e amortecer. 
Exemplos típicos de discos intra-articulares são as articulações esternoclavicular e 
temporomandibular. Veja a figura abaixo. 
 
 
FIGURA 52 – DISCOS INTRARTICULARES 
 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994; Netter, 1999. 
 
 
Os meniscos apresentam em forma de meia lua e são encontrados nas articulações do 
joelho. 
Você sabia? Que após a lesão de um menisco e sua consequente retirada,forma-se 
um novo menisco, porém, não mais constituído de tecido fibrocartilaginoso, mas sim de tecido 
conjuntivo fibroso denso, menos resistente. Veja figura. 
 
Articulação 
temporomandibular 
 
Discos 
 
Articulação 
esternoclavicular 
 
 
 
65 
 
FIGURA 53 - MENISCO 
 
FONTE: Sobotta, 1994. 
 
 
3.1.5.4 Principais movimentos realizados pelos segmentos do corpo 
 
 
Antes de iniciarmos é importante você saber uma regra do movimento humano. “Todo 
movimento acontece em torno de um eixo que é sempre perpendicular ao plano no qual o 
movimento se realiza”. 
Assim, todo movimento é realizado em um plano determinado e o eixo de movimento é 
perpendicular àquele plano. 
Os movimentos executados pelo segmento do corpo recebem nomes específicos e 
falaremos aqui os mais importantes. 
Movimentos angulares, onde há uma diminuição ou um aumento do ângulo entre o 
segmento que se desloca e o segmento que permanece fixo. Quando ocorre a diminuição do 
ângulo entre os segmentos, diz flexão. Quando ocorre um aumento do ângulo entre os 
segmentos, diz extensão. 
Menisco 
 
Menisco 
 
 
 
66 
 
Esses tipos de movimentos ocorrem no plano sagital e o eixo do movimento é 
laterolateral. Veja a figura abaixo. 
 
 
FIGURA 54 – MOVIMENTOS DE FLEXÃO E EXTENSÃO 
 
 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001. 
 
 
Quando o segmento aproxima-se da linha mediana, diz adução. Quando o segmento 
afasta-se da linha mediana, abdução. Esses tipos de movimentos ocorrem no plano frontal e o 
eixo do movimento é anteroposterior. Veja a figura. 
 
 
FIGURA 55 - MOVIMENTOS DE ADUÇÃO E ABDUÇÃO 
 
 
 
Flexão 
 
Extensão 
 
 
 
67 
 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001. 
 
 
Quando a face anterior do segmento gira em direção ao plano medial, diz rotação 
medial ou interna. Quando a face anterior do membro gira em direção ao plano lateral, diz 
rotação lateral ou externa. 
Esses tipos de movimentos ocorrem no plano transversal e o eixo do movimento é 
longitudinal ou crânio podálico. Veja a Figura. 
 
 
FIGURA 56 – MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO MEDIAL E LATERAL 
 
 
Abdução 
 
Adução 
 
 
 
68 
 
FONTE: Bando de imagens anatomia on-line. 
 
 
A combinação dos movimentos (adução, extensão, abdução e flexão) no qual a 
extremidade distal do membro descreve um círculo, diz circundação. Observe a figura. 
 
 
FIGURA 57 - CIRCUNDAÇÃO 
 
FONTE: Dângelo e Fattini, 2001; Banco de imagens Google. 
 
 
3.1.5.5 Classificação funcional morfológica e das junturas sinoviais 
 
 
Para classificar funcionalmente uma articulação vai depender do movimento em torno 
de um ou mais eixos. 
 
 
 
69 
 
As articulações podem ser classificadas, em mono axial, bi axial e tri axial. Quando 
uma articulação realiza movimento apenas em torno de um eixo diz que é mono axial, ou seja, 
apresenta um grau de liberdade de movimento. Assim as articulações que só permitem flexão e 
extensão como a do cotovelo, são monoaxiais. Veja a figura. 
 
 
FIGURA 58 – ARTICULAÇÃO MONOAXIAL 
 
 
FONTE: Netter, 1999. 
 
 
Quando uma articulação realiza movimento em torno de dois eixos diz que é biaxial, 
ou seja, apresentam dois graus de liberdade de movimento. Assim, as articulações que permitem 
flexão e extensão, adução e abdução como a rádio cárpica ou articulação punho, são bi axiais. 
Veja a figura. 
 
 
 
Cotovelo – vista anterior 
 
Cotovelo – vista posterior 
 
 
 
70 
 
FIGURA 59 – ARTICULAÇÃO BI AXIAL 
 
FONTE: Netter, 1999. 
 
 
Quando uma articulação realiza movimento em torno de três eixos diz que é triaxial, 
ou seja, apresentam três graus de liberdade de movimento. Assim, as articulações que permitem 
flexão e extensão, adução e abdução e rotação como as articulações do ombro e quadril, são 
triaxiais. Veja a figura abaixo. 
 
 
FIGURA 60 – ARTICULAÇÃO TRIAXIAL 
 
 
 
Punho – vista palmar 
 
Quadril – vista anterior 
 
Ombro – vista anterior 
 
 
 
71 
 
FONTE: Netter, 1999. 
 
 
Para classificar morfologicamente uma articulação vai depender das formas das 
superfícies articulares, ou seja, do tipo de encaixe ósseo. As articulações podem ser 
classificadas, em planas, gínglimo, trocóidea, elipsóidea, selar e esferóidea. 
As articulações planas apresentam as superfícies opostas dos ossos, planas ou quase 
planas. Permite o movimento de deslizamento em qualquer direção, porém, bem limitado por 
apresentar cápsulas firmes. Então o movimento é discreto com amplitude reduzida. 
São exemplos, as articulações acrômio clavicular, sacroilíaca, entre os ossos do carpo 
e tarso. Vejas as figuras. 
 
 
FIGURA 61- ARTICULAÇÃO PLANA 
 
 
FONTE: Netter, 1999. 
 
 
Articulação acromio 
clavicular 
 
Vista dorsal 
 
Vista anterior 
 
Articulação entre 
os ossos do tarso 
 
 
 
72 
 
As articulações do tipo gínglimo ou dobradiça refere mais ao movimento do que a 
forma da superfície articular, ou seja, é uma exceção. Permite apenas o movimento de flexão e 
extensão sendo classificado em monoaxial. Exemplo típico é a articulação do cotovelo que 
lembra um carretel. Observe a figura. 
 
FIGURA 62 – ARTICULAÇÃO DO TIPO GÍNGLIMO 
 
FONTE: Prometheus, 2006. 
 
 
As articulações do tipo trocóidea ou pivô apresentam superfície articular cilindroide. 
Permite apenas o movimento de rotação sendo classificado em mono axial. São exemplos, a 
articulação atlantoaxial e radio ulnar proximal e distal. Observe a figura. 
 
 
FIGURA 63 – ARTICULAÇÃO TROCÓIDEA 
 
 
 
 
73 
 
 
FONTE: Sobotta, 1994; Banco de imagens Google. 
 
As articulações do tipo elipsóidea ou condilar apresentam superfícies articulares 
elípticas. Permite o movimento de flexão e extensão, abdução e adução sendo classificado em 
biaxial. São exemplos, a articulação rádio cárpica (punho), temporomandibular e metacarpo 
falangiana. Observe a figura. 
 
 
FIGURA 64 – ARTICULAÇÃO DO TIPO ELIPSÓIDEA 
 
 
 
Temporo mandibular 
clavicular 
Rádio cárpica 
 
Metacarpo falangiana 
 
 
 
74 
 
FONTE: Netter, 1999; Gray, 1995. 
 
 
As articulações tipo selar apresentam superfícies articulares em forma de sela, com 
concavidade em uma superfície e convexidade em outra. Permite o movimento de flexão e 
extensão, abdução e adução, é classificada em biaxial. Apenas para lembrar que, pode ser feito 
as combinações desses movimentos em uma sequência circular (circundação). 
Exemplo único é a articulação carpo metacárpica do polegar. Observe a figura. 
 
 
FIGURA 65 – ARTICULAÇÃO SELAR 
 
FONTE: Gray, 1995. 
 
 
As articulações tipo esferóidea apresentam superfícies articulares em forma de esfera 
que se encaixam em estruturas ósseas ocas. Permite o movimento de flexão e extensão, 
abdução e adução, rotação e circundação, são classificadas em triaxial. Movimenta-se em 
qualquer direção. Exemplos, as articulações do ombro e quadril. Observe a figura. 
 
 
75 
 
FIGURA 66 – ARTICULAÇÃO ESFERÓIDEA 
 
 
 
FONTE: Gray, 1995. 
 
 
3.1.5.6 Junturas sinoviais simples e compostas 
 
 
Para fechar o assunto sobre articulações, estudaremos junturas simples e compostas. 
As articulações podem ser também classificadas de acordo com o número de ossos 
que se articulam, em simples ou compostas. 
Nas articulações simples, apenas dois ossos entram em contato, como ocorre no 
ombro e quadril. Já nas articulações compostas três ou mais ossos entram em contato, como 
acontece no cotovelo. Veja a figura. 
 
 
Articulação do quadril – 
vista anterior 
 
Articulação do ombro – 
vista anterior 
 
 
 
76 
 
FIGURA 67 – ARTICULAÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS 
 
 
 
FONTE: Netter, 1999. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Simples 
 
Composta 
 
 
 
77 
 
4 SISTEMA MUSCULAR 
 
 
Vamos continuar? Falamos nos assuntos anteriores sobre, o sistema

Outros materiais