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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE TEÓFILO OTONI GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL LUANA MARQUES DE OLIVEIRA RELATÓRIO – ELABORAÇÃO E MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA Slump Test TEÓFILO OTONI 2017 LUANA MARQUES DE OLIVEIRA RELATÓRIO – ELABORAÇÃO E MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA Slump Test Relatório técnico apresentado à professora Ana Paula Moura, referente à disciplina Materiais de Construção I, do Curso Bacharelado em Engenharia Civil, Faculdade Presidente Antônio Carlos. TEÓFILO OTONI 2017 INTRODUÇÃO e objetivos Relatório referente à aula prática da disciplina Materiais de Construção I, realizada dia 20 de abril de 2017, ministrada pelo Prof.º José Carlos com auxílio do Técnico Laboratorial Jéferson Gonçalves, no laboratório Multidisciplinar da Faculdade Presidente Antônio Carlos, embasada nas normas NBR NM 67:1998, NBR 5738:2015 e NBR 5739:2007 que definem os processos para realização do Slump Test, Moldagem dos Corpos de Prova e Ensaios de compressão. O concreto é basicamente a mistura de cimento, agregado miúdo, agregado graúdo, água e/ou aditivos. Ele é um dos materiais mais importantes para a construção civil em termos mundiais, pela sua capacidade de resistir muito bem a esforços mecânicos, principalmente quando submetido á compressão, porém não tão bem para trações e flexões por isso é comum que seja usado com aço e armações metálicas constituindo o chamado concreto armado; que resiste muito melhor aos esforços mecânicos que o concreto comum não tem tanto sucesso. Também é comum que seja acrescentado ao concreto aditivos que modificam suas propriedades como, por exemplo, retardadores de pega, impermeabilizantes, corantes, etc. O concreto e o concreto armado podem ser usados em diversas obras como edifícios, pontes, túneis, asfaltos, canais, barragens, entre outros. O objetivo desde ensaio foi ensinar aos alunos as metodologias necessárias para a realização do Slump Test, e a moldagem dos corpos de prova, bem como conhecer as normas que regem esses processos e suas características. Figura 1 - Aplicação do concreto CÁLCULO DE DOSAGEM DO CONCRETO Para o presente ensaio, foi utilizada a tabela de CONSUMO POR M3 DE CONCRETO FRESCO, fornecida aos alunos pelo professor José Carlos, e projetada e realizada pelo Engenheiro Civil Abílio de Azevedo CALDAS BRANCO. Traço de Concreto O traço de concreto nada mais é que a indicação da quantidade de cada material que constitui o concreto. O traço é representado por 1:2:4 , onde o primeiro algarismo representa a quantidade de cimento, o segundo a quantidade de areia e o terceiro a quantidade de pedra a ser utilizada; a quantidade de água depende do teor de umidade da areia. Na construção civil existem alguns traços que são usados mais frequentemente, neste ensaio o escolhido foi o 1:2:4, conforme apresenta a seguir: CONSUMO POR M3 DE CONCRETO FRESCO CIMENTO: KG = 297 | Sacos de 50kg = 5,94 AREIA ÚMIDA LITROS = 538 L BRITA Nº1 LITROS = 420 L BRITA Nº2 LITROS = 420 L ÁGUA LITROS = 202 L RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO PROVÁVEIS KG/CM2 3 DIAS = 90 | 7 DIAS = 137 | 28 DIAS = 210 *Nota: 210 equivale a 21Mpa. MASSAS ESPECÍFICAS Massa γ Areia = 1500 kg Massa γ Brita = 1400 kg CÁLCULOS M3 CONCRETO FRESCO Saco de Cimento de 50 kg = 5,94; foi considerado 6 sacos Portanto: CIMENTO: 6 x 50kg = 300 kg AREIA: 538 L x 1500 (massa específica) = 807 kg BRITA Nº 1: 420 L x 1400 (massa específica) = 588kg BRITA Nº 2: 420 L x 1400 (massa específica) = 588kg ÁGUA: 202 LITROS Pelo fato do ensaio ser realizado em uma betoneira que roda aproximadamente 145 litros, foi feito uma adaptação para o perfeito funcionamento da mesma, dividindo os valores das quantidades de materiais por 40 (um valor aleatório). Por tanto as quantidades dos constituintes da massa de concreto ficaram definidos da seguinte forma: CIMENTO: 7,5 KG AREIA: 20,175 KG BRITA TOTAL: 29,4 KG ÁGUA: 5 LITROS materiais e métodos Betoneira ou misturador de concreto; Balança Concha metálica Colher de pedreiro Moldes cilíndricos Colarinho para preenchimento Tronco de cone para abatimento Haste de adensamento padronizado Placa de base para abatimento. 7,5 kg de cimento; 20,175 kg de areia; 29,4 kg de brita; 5 litros de água Foi definido o traço 1:2:4 para que atinja 21MPa de resistência aos 28 dias. Os materiais dentro do traço definido foram pesados para que pudesse dar inicio a produção do concreto na betoneira. Inicialmente foram adicionados 4 litros de água e 7,5 kg de cimento, e foi ligada a betoneira, após rodar a pasta por um instante, foram adicionados 20,175kg de areia; novamente foi ligada a betoneira e rodou a argamassa por alguns instantes, posteriormente foram adicionados 29,4 kg de brita e 1 litro de água, finalizando a composição do concreto, e a betoneira continuou a rodar para que houvesse uma boa mistura do concreto. Para determinação da consistência da massa de concreto foi utilizado o Slump Test. A amostra foi colocada no tronco de cone sobre a placa base, obedecendo as 3 camadas de massa, cada uma foi adensada com 25 golpes distribuídos uniformemente sobre a superfície com o auxilio da haste de adensamento, e com a colher de pedreiro foi uniformizada a superfície do tronco de cone. Após o adensamento, o molde foi retirado cuidadosamente, e colocado na posição contraria sobre a placa base. A consistência é obtida será pela distância da base superior do molde ao centro da base da amostra, indicada através da régua. resultados e discussão O Slump Test e a moldagem dos corpos de prova foram realizados no dia 20 de abril de 2017, para que após os decorridos 28 dias possam ser submetidos aos testes de resistência a esforços mecânicos como rege a norma NBR 5739:2007. Slump Test O Slump Test é um ensaio de abatimento de tronco de cone que visa determinar a consistência do traço de concreto e assim sua trabalhabilidade. É regido pela norma NBR NM 67:1998. O procedimento trata-se de colocar o molde sobre a placa base umedecida, preencher 3 camadas de massa de concreto, adensando cada uma com 25 golpes uniformemente. Em seguida retirar o molde em cerca de 5 a 10 segundos com um movimento constante para cima, sem submeter o concreto a movimentos de torção lateral. O abatimento é medido pela distância da base superior do molde ao centro da base da amostra, indicada através da régua. Figura 2 – Slump Test A amostra apresentou abatimento de 5 cm dentro das normas segundo o Professor José Carlos, que determinam que o abatimento ideal está entre 7±2 cm para que a resistência esperada de 21MPa seja atingida aos 28 dias. Sendo assim é possível que aos 28 dias a referida amostra obtenha resistência maior do que a esperada, porém se por acaso apresentasse um abatimento de 9 cm corria o risco de apresentar uma resistência um pouco menor do que a prevista. Moldagem de Corpo de Prova Os corpos de prova são amostras do concreto endurecido, especialmente preparadas para testar propriedades como: resistência à compressão, módulo de elasticidade, etc. No presente ensaio foram usados corpos de prova cilíndricos de dimensão 10x20 cm. Segundo a NBR 5738:2015 os corpos de prova cilíndricos precisam ter a altura igual o dobro do diâmetro. A massa de concreto foi colocada nos moldes úmidos com 2 camadas de massa sendo adensadas com 12 golpes uniformemente em cada uma, e posteriormente leves batidas na parede interior do molde com o auxilio da haste de adensamento para que o ar incorporado diminua. Em seguida foram etiquetados com nome da turma, data, e traço, para que aos 28 dias de cura passem pelo ensaio de resistência a esforços mecânicos. O processo de cura utilizado neste ensaio foi por imersão dentro de uma caixa d’água. Figura 3 - Corpos de Prova Endurecidos/Corpos de Prova Frescos. conclusãoO ensaio de Slump Test ficou dentro dos parâmetros estabelecidos pelas normas. A moldagem dos corpos de prova foi realizada e eles seguem em processo de cura para o posterior rompimento no ensaio de resistência a esforços mecânicos que será realizado aos 28 dias a partir da elaboração dos testes que aconteceram dia 20 de abril de 2017. A aula foi de grande importância, pois possibilitou aos alunos o conhecimento das metodologias e normas envolvidas no teste e na moldagem, assim como conhecer outras características do concreto e entender melhor os traços de concreto que são mais utilizados na construção civil. referências BAUER, L.A. Falcão; DIAS, João Fernando. Materiais de Construção. 5ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. PETRUCCI, Eládio G. Materiais de Construção. 11ed. São Paulo: Globo, 1998.
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