AULAS 4 e 5_EcoPOP_Introducao, propriedades emergentes, especiacao

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA 
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias 
Campus XXIV – Professor Gedival Sousa Andrade 
 
BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PESCA 
 
 
 
 
 ECOLOGIA GERAL 
Professora: Taiana Guimarães Araujo 
E-mail: taianagaraujo@gmail.com 
Conteúdo proposto 
 Do indivíduo ao ecossistema: 
 Ecologia de populações e relações intraespecíficas: 
• Introdução à Ecologia de populações; 
• Importância ecológica e evolutiva das populações: benefícios e custos em 
se viver agrupado; 
• Propriedades emergentes do nível de população: densidade/abundância e 
padrões de distribuição espacial,; 
• Heterogeneidade ambiental, barreiras geográficas e especiação; 
• Dinâmica populacional (natalidade, mortalidade, imigração e emigração) e 
distribuição etária, crescimento populacional logístico e exponencial, 
espécies “r” e “k” estrategistas e capacidade de suporte do meio; 
• Relações intraespecíficas, fatores denso-dependentes e denso-
independentes e conceito de recurso. 
 
 
 
 
ECOLOGIA DE POPULAÇÕES 
 
Introdução 
Introdução à Ecologia de Populações 
ECOLOGIA DE POPULAÇÕES 
 
Estuda as populações em relação ao ambiente, incluindo 
influências ambientais sobre a distribuição e abundância da 
população, estrutura etária e variações no tamanho 
populacional. 
 A ECOLOGIA estuda como os organismos interagem entre si e 
com o meio ambiente. 
 
 POPULAÇÃO é um grupo de indivíduos pertencentes a uma 
mesma espécie e que ocorre em um mesmo espaço e tempo. Deve 
ocorrer intercâmbio genético entre esses indivíduos. 
 
 
Importância ecológica e evolutiva do 
agrupamento de indivíduos em populações 
 O agrupamento de indivíduos de uma espécie pode ser vantajoso 
ou não ecologicamente; 
 
 Animais pequenos tendem a se agrupar mais que os maiores com 
a finalidade de manter o calor e reduzir o metabolismo (i.e. reduzir 
gasto energético)  relação tamanho interno x superfície de 
contato com o meio externo; 
 
 Os agrupamentos cooperativos tem a finalidade de amenizar os 
efeitos da variabilidade de fatores ambientais (como, temperatura e 
umidade) e tem caráter adaptativo, já que minimiza esforços de 
defesa, reprodução e alimentação. 
 
Importância ecológica e evolutiva do 
agrupamento de indivíduos em populações 
 O agrupamento de aves no período reprodutivo contribui para 
afugentar predadores, embora possa favorecer a dispersão de 
parasitas e enfermidades; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Agrupamentos reprodutivos garantem a união de gametas e 
variabilidade genética; 
 
Importância ecológica e evolutiva do 
agrupamento de indivíduos em populações 
 Agrupamentos densos, 
reduzem a frequência de 
contato entre presa e 
predador (Ex: cardumes de 
peixes); 
 
 No entanto, os predadores 
evoluem de forma a se 
adaptar à distribuição 
espacial de suas presas; 
 
 Agrupamentos alimentares 
favorecem a otimização de 
recursos. 
Propriedades emergentes da População 
 Densidade: 
 Absoluta; 
 Relativa 
 
 Padrões de distribuição espacial: 
 Agregado; 
 Uniforme: 
 Aleatório: 
 
 
 
 
 
 
 
 
DENSIDADE ou ABUNDÂNCIA 
Densidade ou Abundância 
 
 
 
 Ex: 80 árvores / km2; 
 5 x 106 diatomáceas / L 
 120 copépodes / m3 água filtrado 
 
 
 
Número de indivíduos ou massa por unidade de área 
ATENÇÃO: a densidade é 
SEMPRE expressa em 
termo de um espaço 
definido 
Densidade ou Abundância 
 Os dados de densidade/abundância são utilizados para expressar 
alterações da população ao longo do tempo; 
 
 Podem ser totais, ou seja, considerando a população como um todo, ou 
parciais, isto é: por sexo, por idade ou fase de desenvolvimento... 
 
 Densidade relativa = Abundância relativa: tamanho da população em 
um dado momento; 
 
 No entanto, muitas vezes, pode ser mais importante conhecer as 
oscilações da população (o que a influencia, como, quando, quanto???) 
do que o seu tamanho exato num dado momento. 
 
 
 
 
Como estimar a densidade populacional 
 A contagem total de organismos em uma determinada área é, em geral, 
inviável, seja pelas dificuldades metodológicas ou pelos custos 
materiais e humanos; 
 
 Estimativas amostrais  contagem de todos os indivíduos em amostras 
de tamanho conhecido e extrapolação dos valores médios para a área 
total de distribuição da espécie; 
 
Como estimar a densidade populacional 
 Métodos DIRETOS: determinam quantitativamente o tamanho 
da população 
 Censos (Ex: recenseamento das população humana de um país; 
aéreos, amostrais, marca e recaptura); 
 Contagem por agrupamento; 
 Mapeamento territorial: para habitats bem definidos 
 
 Métodos INDIRETOS: não fornecem valores/dados quantitati-
vos, mas sim tamanho relativo e tendências gerais 
 Evidências de presença (Ex.: ninhos, pelotas fecais, pegadas, 
esqueleto...); 
 Conteúdo estomacal de predadores; 
 
 
 
 
PADRÕES DE 
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL 
Distribuição espacial 
 A distribuição espacial é um reflexo das respostas das plantas e 
animais a fatores abióticos (habitats adequados, barreiras ambientais) e 
biológicos (competição, predação, patologias); 
 
 Os tipos de distribuição espacial são um reflexo da distância relativa 
entre um indivíduo e outro de uma mesma população; 
 
 Tipos de distribuição espacial: 
Distribuição espacial 
 UNIFORME  Distribuição muito rara 
na natureza (territorialismo/competição 
por recursos); 
 ALEATÓRIA  Ocorre em meios 
homogêneos e nas espécies sem tendência 
à agregação (na ausência de antagonismo 
social ou atração mútua); 
 AGREGADA  Causada por fatores de 
natureza vetorial (gradientes ambientais), 
reprodutiva e social (agrupamento por 
recursos); 
Distribuição espacial 
Distribuição espacial e a noção de NICHO 
ECOLÒGICO 
 A área de ocorrência de uma população e o papel de uma dada 
espécie no sistema não são definidos apenas por sua tolerância a 
determinadas condições físicas (fatores externos)  as interações 
entre os indivíduos (fatores internos) são também um fator 
determinante; 
 
 
Nicho 
fundamental 
Nicho 
realizado 
Distribuição espacial e planejamento de 
uma amostragem científica 
 Estimativas populacionais são afetadas pelo padrão de 
distribuição dos organismos. 
 
 Portanto, precisamos conhecer o modo de distribuição dos 
indivíduos de uma população para: 
 
 1) fazermos estimativas válidas da densidade a partir de dados 
amostrais; 
 
 2) estabelecermos o número mínimo e o tamanho mínimo das 
amostras representativas de uma população. 
Heterogeneidade ambiental e conceito de 
HABITAT 
 O espaço de ocorrência das populações é frequentemente 
considerado homogêneo, embora saibamos que a natureza se 
caracteriza por forte heterogeneidade ambiental; 
 O mundo é muito variado e variável. Habitats adequados para 
determinadas populações existem como um mosaico de manchas, 
algumas adequadas para se viver e outras, não; 
Habitat : genericamente é o local onde vive um organismo, uma 
população ou uma espécie qualquer; conjunto de circunstâncias 
físicas e geográficas que oferece condições favoráveis à vida e ao 
desenvolvimento de determinada espécie animal ou vegetal; 
 
Heterogeneidade ambiental e distribuição 
espacial da população 
 Assim, o que acontece na prática, é que se trabalha com 
subpopulações ou frações da população que vivem dentrode habitats 
mais ou menos homogêneos. 
 As subpopulações estão 
relativamente isoladas de outras 
subpopulações por áreas de 
habitats desfavorá-veis, mas 
mantêm o intercâmbio genético 
entre si. 
 Esta ideia corresponde ao 
modelo teórico de 
metapopulação. 
 Quer ler mais um pouquinho sobre metapopulação: 
http://ecopopbio.tripod.com/id15.html 
 O isolamento entre popula-
ções de uma mesma espécie 
pode levar a longo prazo à 
especiação  o isolamento é 
um dos motores da especia-
ção; 
 As barreiras geográficas 
separam populações que, 
perdendo a troca genética 
entre si, passam a possuir 
distintos reservatórios gené-
ticos e, consequentemente, 
distintas respostas às 
pressões ambientais. 
 
Heterogeneidade ambiental, barreiras 
geográficas e especiação 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 BEGON, M.; HARPER, J. L., TOWNSEND, C. R. Ecologia: de 
indivíduos a ecossistemas. 4. ed., Artmed, 2007. 
 
 ODUM, E. P.; BARRETT, G. W. Fundamentos de ecologia. São 
Paulo: Cengage Learning, 2011. 
 
 Aulas dos professores do curso de Oceanografia da UFPR, Dr. 
Paulo da Cunha Lana e Dra. Érica Vidal. 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
 BEGON, M.; HARPER, J. L., TOWNSEND, C. R. Ecologia: de 
indivíduos a ecossistemas. 4. ed., Artmed, 2007. 
 
 RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. 6. ed., Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010. 
 
 ODUM, E. P.; BARRETT, G. W. Fundamentos de ecologia. São 
Paulo: Cengage Learning, 2011. 
 
 
OBRIGADA e 
BOA TARDE !!!