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Simetria do Quadrado Simetrias de uma figura A identificação de simetrias numa figura é da maior relevância na investigação das propriedades de e na resolução de problemas geométricos que lhe dizem respeito. Existem figuras que podem ser vistas como a união de uma figura com sua imagem pela reflexão na reta 𝐼 ⊆ 𝐹. Nesse caso, dizemos que a figura é uma figura simétrica (axialmente) em relação à reta . A transformação é chamada de simetria axial interna e a reta 𝐼 é chamada de eixo de simetria interna da figura. O quadrado (losango e retângulo), quatro eixos de simetria: as retas suportes das diagonais e as medianas dos lados; Figura 1 Suponhamos que, relativamente a um ponto , duas figuras e estejam associadas pela simetria , isto é, .Nesse caso, dizemos que a figura é uma figura simétrica em relação ao ponto . A transformação é chamada de simetria central interna e o ponto é chamado de centro de simetria interna da figura. Fonte: http://www.sato.prof.ufu.br/Constr-ReguaCompasso/node9.html Um quadrado desenhado no plano possui 8 simetrias: 1 delas é a identidade, 3 são rotações horárias centradas em seu centro de Gravidade de ângulos 𝜋 2 , 𝜋 𝑒 3𝜋 2 , 2 são reflexões através de suas mediatrizes e 2 são reflexões através de suas diagonais. Podemos utilizar números para marcar as figuras e assim relacionar os grupos de simetrias a grupos de permutações. Fazemos isso comumente associando números aos vértices de figuras, mas de uma maneira geral podemos também associar números a lados, diagonais, ou outros elementos das figuras. Na figura 2, estão listadas as 8 simetrias do quadrado, bem como as permutações correspondentes de seus vértices numerados. Figura 2 Fonte: http://www.bienasbm.ufba.br/M37.pdf Conteúdos Extra: São materiais sobre Grupo de simetria: http://www.ime.unicamp.br/~ftorres/ENSINO/MONOGRAFIAS/alex_pol.pdf http://www.ime.unicamp.br/~ftorres/ENSINO/MONOGRAFIAS/mono01.pdf ( Página 4,5) Isometria DEFINIÇÃO 1: Sem muito rigor, as isometrias são transformações geométricas que preservam as distâncias entre pontos e as amplitudes de ângulos e, assim, transformam uma figura em outra “geometricamente igual”: cada segmento da figura transformada tem o mesmo tamanho do seu correspondente na figura original, podendo variar a direção ou o sentido, e cada ângulo transformado mantém a sua amplitude inicial. Portanto, uma isometria pode mudar somente a posição da figura na qual ela foi aplicada. DEFINIÇÃO 2: Uma aplicação f: X y entre espaços métricos diz-se uma isometria se Dy(f(x1), f(x2))=Dx(x1,x2) para x1,x2 e X. Chamamos isometrias às aplicações que transformam uma figura geométrica numa outra geometricamente igual à primeira, ou seja, é uma aplicação que conserva as distâncias entre os pontos e a amplitude dos ângulos. Uma isometria é uma transformação geométrica do plano que conserva os comprimentos dos segmentos de reta e as amplitudes dos ângulos. DEFINIÇÃO 3: Isometria é uma transformação geométrica que, aplicada a uma figura geométrica, mantém as distâncias entre pontos. Ou seja, os segmentos da figura transformada são geometricamente iguais aos da figura original, podendo variar a direção e o sentido. Os ângulos mantêm também a sua amplitude. DEFINIÇÃO 4: Isometria: do grego ισο + μέτρο (ισο = iso = igual; μέτρο = metria = medida) Uma isometria é uma transformação geométrica que preserva as distâncias entre pontos e consequentemente as amplitudes dos ângulos, transformando uma figura noutra figura congruente. Classificação e características: Existe isometrias simples e isometrias compostas. SIMPLES: Rotação: O movimento de rotação, é o movimento circular de um objeto ao redor de um centro ou ponto de rotação. Um objeto tridimensional exerce o movimento de rotação, sempre ao redor de uma linha imaginária, chamada eixo de rotação. Se esse eixo, está dentro do corpo e passa pelo seu centro de massa, se diz que o corpo está rotacionando sobre si mesmo, ou gira. Em uma rotação: o Qualquer segmento de reta é transformado em um segmento de reta com o mesmo comprimento (não necessariamente paralelo). o Qualquer ângulo é transformado em um ângulo congruente. Observação: Para se definir uma rotação é necessário fixar um ponto do plano, digamos OO e um ângulo segundo o qual será feita a rotação, digamos um ângulo de medida αα. Nesse caso, todos os pontos da figura inicial rodam em torno do ponto OO, segundo um ângulo de medida αα e um sentido. O sentido da rotação pode ser o mesmo dos ponteiros de um relógio (dito sentido negativo) ou contrário ao sentido dos ponteiros do relógio (dito sentido positivo). Translação: A translação é o movimento que um objeto realiza de um ponto a outro. É o deslocamento paralelo, em linha reta na mesma direção e no mesmo sentido, de um objeto ou figura, em função de um vetor percorrendo a mesma distância. Uma translação é uma isometria que desloca a figura original segundo uma direção, um sentido e um comprimento (vetor). As translações conservam a direção e o comprimento de segmentos de reta, e as amplitudes dos ângulos. Na simetria de translação, a figura "desliza" sobre uma reta, mantendo-se inalterada. Podemos citar como exemplo de translação, elevadores, escadas rolantes e até mesmo escorregadores. Em todas as translações se observa que um mesmo elemento se desloca numa determinada direção e sempre paralelo a si próprio, isto é, sem nunca rodar. Num friso há um motivo que se repete periodicamente, numa determinada direção e sempre paralelo a si mesmo. Em uma translação: o Qualquer segmento de reta é transformado em um segmento de reta paralelo e com o mesmo comprimento. o Qualquer ângulo é transformado em um ângulo congruente (de mesma medida). o Todos os pontos da figura inicial e os seus respectivos transformados definem a mesma direção, o mesmo sentido e estão à mesma distância. Reflexão: Reflexão é uma transformação geométrica do ponto, da reta, do plano ou do e--spaço que "espelha" todos os pontos em relação, respectivamente, a um ponto (dito centro de reflexão), uma reta (dita eixo de reflexão ou eixo de simetria) ou um plano (chamado plano de reflexão ou de simetria), transformando o ponto, a reta ou o plano num outro, que lhe é simétrico em relação ao eixo dado. Uma reflexão do plano euclidiano é uma simetria ortogonal em relação a uma reta (reta vetorial, quando se tratar de um plano vetorial euclidiano). Portanto, uma reflexão constitui uma simetria axial. Em geral, dentro de um espaço euclidiano qualquer, uma reflexão é uma simetria ortogonal em relação a um hiperplano, isto é, a um subespaço de codimensão 1. Em dimensão 3, trata-se portanto de uma simetria ortogonal em relação a um plano. As reflexões, como todas as simetrias, são transformações involutivas. O termo se remete originalmente aos espelhos, que refletem uma imagem. A figura imagem e a figura original são isométricas. PS. Em matemática, uma involução é uma função que é inversa de si própria, isto é, se f(f(x))=x, para todo o x no domínio de f. Em uma reflexão: o Qualquer segmento de reta é transformado em um segmento de reta com o mesmo comprimento (não necessariamente paralelo). o Qualquer ângulo é transformado em um ângulo congruente. Observação: Para se fazer uma reflexão, precisamos de uma reta, digamos rr. Nesse caso, a reflexão em torno de rr deixa invariantes os pontos de rr (transforma pontos de rr neles próprios) e cada ponto PP que não pertencea rr é transformado em um ponto P′P′ tal que rr é a mediatriz do segmento PP′PP′ (a distância de PP a rr é igual à distância de P′P′ a rr e o segmento de reta determinado por PP e P′P′ é perpendicular à reta rr). ISOMETRIA COMPOSTA: Isometrias compostas são composições de várias isometrias. Um exemplo de isometria composta é a reflexão deslizante. Uma isometria deslizante é composta por uma reflexão e uma translação paralela ao eixo de reflexão. OBS: n n Como as isometrias são transformações que não distorcem as formas e mantêm os tamanhos das figuras, cada isometria é uma transformação geométrica que permite movimentar uma figura sem que suas propriedades métricas sejam alteradas. Portanto, tem sentido procurarmos figuras cujas imagens produzidas por isometrias coincidam com as respectivas figuras originais. Essas figuras têm um nome especial na matemática, vocês as conhecem? Novamente, sem muito rigor, dizemos que uma figura é simétrica (ou tem simetria) quando for possível encontrar uma isometria (diferente da identidade) que transforme essa figura nela própria. Nesse caso, a isometria que deixa uma figura F invariante é dita uma simetria da figura F. Assim uma figura pode ter simetria de translação, simetria de reflexão, simetria de rotação ou simetria de reflexão deslizante ou nenhuma simetria. Vale observar que, embora rigorosamente falando simetria seja uma propriedade de algumas figuras, é comum que, de maneira informal, duas figuras sejam consideradas simétricas quando uma pode ser obtida a partir da outra por meio de isometrias. Extra: http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/fau/pdf/transf_geom.pdf https://pt.slideshare.net/7f14_15/isometrias-9c2ba https://pt.wikipedia.org/wiki/Isometria_(axonometria) http://maisnatural.weebly.com/uploads/5/6/0/2/5602101/isometrias.pdf https://sigarra.up.pt/flup/pt/pub_geral.show_file?pi_gdoc_id=58554 (Capitulo 3) Grupos Diedrais Em matemática e, em especial, na teoria dos grupos, um grupo diedral é o grupo de simetrias de um polígono regular de 𝑛 lados qualquer, que se representa quer por 𝐷𝑛 , quer por 𝐷2𝑛. Sua apresentação é dada por𝐷𝑛 = 〈𝑥, 𝑦: 𝑥 𝑛 = 1, 𝑦2 = 1, (𝑥𝑦)2 = 1〉 e 𝐷∞ = 〈𝑥, 𝑦: 𝑦 2 = 1, (𝑥𝑦)2 = 1〉 . Para n > 2, o conjunto das simetrias de um pol´ıgono regular de n lados ´e um grupo para a composic¸a˜o de simetrias. Este tipo de grupo chama-se grupo diedral de ordem n e denota- se por Dn. Ele e´ constitu´ıdo por n rotac¸o˜es de 2kπ em torno do centro do pol´ıgono, para k = 0, 1, 2, · · · n − 1, num dos sentidos (por exemplo, no sentido directo), e por n reflexo˜es em torno dos eixos de simetria do pol´ıgono. Denotando por r a rotac¸a˜o de 2π , o conjunto das rotac¸o˜es e´ e, r, r2, · · · , rn−1. Se s e´ a reflexa˜o en torno de um eixo de simetria, enta˜o todas as outras reflexo˜es sa˜o da forma ris para i = 1, · · · , n − 1. Portanto, temos que Dn = {e, r, r2, · · · , rn−1, s, rs, r2s, · · · , rn−1s}, sendo rn = e e s2 = e. Ale´m disso, verifica-se que sr = rn−1s ou seja sr = r−1s, visto que rn−1 = r−1. Todos os outros produtos podem ser calculados a partir destas igualdades. Por exemplo, sr2 = srr = r−1sr = r−2s = rn−2s . Para n=3 temos o grupo D3 = {e, r, r 2, s, rs, r2s} das simetrias do triaˆngulo equila´tero. Da mesma forma, D4 = {e, r, r2, r3, s, rs, r2s, r3s} e´ o grupo de simetrias do quadrado, D5 = {e, r, r2, r3, r4, s, rs, r2s, r3s, r4s} e´ o grupo de simetrias do penta´gono regular, e assim sucessivamente. Cada elemento do grupo Dn tem a forma rk ou rks, onde 0 ≤ k ≤ n − 1, sendo rarb = rk e ra(rbs) = rks, com k = a +n b (ras)rb = rls e (ras)(rbs) = rl, coml = a +n (n − b). Diz-se que o conjunto {r, s} gera o grupo Dn, num sentido ´obvio que tornaremos preciso mais adiante. A ordem de um grupo finito tt e´ o nu´mero de elementos do conjunto subjacente que se denota por |tt|. Um grupo com um nu´mero infinito de elementos diz-se que tem ordem infinita. Para um elemento x de um grupo tt, se xn = e para algum n natural diz-se que x tem ordem finita e o menor inteiro positivo que satisfaz essa igualdade chama-se a ordem de x. Caso contra´rio diz-se que x tem ordem infinita. O u´nico elemento de um grupo que tem ordem um e´ o elemento neutro. No grupo Z ele e´ o u´nico elemento de ordem finita. Todos os elementos de grupos finitos teˆm ordem finita. No grupo infinito C − {0}, existem elementos de ordem finita tais como i e −i (que teˆm ordem quatro) e elementos de ordem infinita como 1 + i e muitos outros. Exemplo: Para n = 4, temos o grupo D4, que consiste das 8 simetrias do quadrado: 4 rotações no sentido anti-horário de 0, 𝜋 2 , 𝜋 𝑒 3𝜋 2 radianos em torno do centro, denotadas por 𝑟0, 𝑟1, 𝑟2, 𝑟3, respectivamente, e 4 reflexões sobre seus eixos de simetria (linhas tracejadas), 2 que correspondem as retas que bissectam perpendicularmente dois lados opostos e 2 que interceptam vértices opostos, denotadas por s, t, u, v. Extra: https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_diedral http://www.dm.ufscar.br/dm/index.php/component/attachments/download/2268 (Capitulo 4) http://www.professores.uff.br/marco/algebraII-2014/grupos-mod1.pdf http://bit.profmat- sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/501/2011_00396_ELISABETE_SANTANA_DE_ AVILA_E_SILVA.pdf?sequence=1 ( Capitulo 3)
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