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Seminario II

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Introdução.
	O Rio São Francisco e seus afluentes têm grande importância pelo seu volume de água transportado para vários Estados principalmente do Nordeste, mas também pela sua historia e economia, pois, há grandes atividades pesqueiras, futuros planos de irrigação por ter um solo excelente para tal atividade e cidades situadas ao longo de seu vale. O “Velho Chico” como é chamado carinhosamente têm 639.219 km2 de área de drenagem, ou seja, 7,5% de todo o pais; Vazão média de 2.850 m³/s, sua classificação mundial de 34º sendo de 2% do total do país; 2.900 km em extensão é o 31º na classificação (Welcomme, 1985) . Sua nascente se situa no Parque Nacional da Serra da Canastra em Minas Gerais que têm 36,8% do total da Bacia; e corta vários estados após Minas Gerais como: Bahia que obtém 48,2% da Bacia; Pernambuco que abrange 10,9% do total da bacia; Alagoas que contém 2,2% de bacia; Sergipe com 1,2% de hidrografia; Goiás têm 0,5% da Bacia e o Distrito federal com 0,2% do total da bacia hidrográfica do São Francisco, além de passar por três biomas do nosso país o Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Ao decorrer do Rio existem 504 municípios o que representa cerca de 9% de todo país.
Regiões do Rio São Francisco.
O Rio São Francisco é dividido em quatro regiões: Alto (Da nascente até Pirapora-MG,com 111.804 Km²-17,5% do total da drenagem), Médio (De Pirapora-MG a Remanso-BA, obtêm 339.763 Km²-53% da região), Submédio (Remanso-BA até Paulo Afonso-BA, 115.637 Km²-24,4%) e Baixo São Francisco (De Paulo Afonso até a foz no Oceano Atlântico, 32.013 Km²-5,1% da região).
Localização geográfica.
A bacia situa-se entre as latitudes 21° e 7° Sul e longitudes 48° e 36° Oeste, sendo dividida em 4 regiões geográficas: alto, médio, sub-médio e baixo. Em razão de sua grande extensão, a bacia apresenta características geográficas e climáticas bastante variáveis conforme descrição na tabela abaixo. 
	Características 
	Alto 
(da cabeceira do rio a Pirapora, MG) 
	Médio 
(de Pirapora, MG a Remanso, BA) 
	Sub-médio 
(de Remanso, BA a Paulo Afonso, BA) 
	Baixo 
(de Paulo Afonso, BA até a foz) 
	Altitude (m.a.n.m.) 
	1.600-600 
	1.000-400 
	400-300 
	500-0 
	Extensão (km) 
	630 
	1.090 
	680 
	274 
	Desnível (m) 
	700 
	50 
	250 
	200 
	Condições das águas 
	rápidas, mais frescas e oxigenadas 
	pouco velozes e sujeitas a grandes cheias. Rio de planalto 
	quase inteiramente represadas 
	águas vagarosas, sob influência do mar. Rio de planície 
	Tributários 
	perenes 
	maioria perene 
	maioria temporária 
	maioria temporária 
	Clima 
	tropical úmido 
	tropical semi-árido 
	tropical semi-árido 
	tropical semi-úmido 
	Estação chuvosa (meses) 
	nov.-abr. 
	nov.-abr. 
	nov.-abr. 
	mar.-set. 
	Chuvas (média anual; mm) 
	1.500 - 1.200 
	1.400 - 800 
	800 - 400 
	400 - 1.300 
	Temperatura (média anual; °C) 
	18 
	27 
	27 
	25 
	Evaporação (média anual; mm) 
	2.300 
	2.900 
	3.000 
	2.300 
Tabela 1: Localização Geográfica da Bacia				 Fonte: Sato & Godinho (1999)
Densidade populacional em torno do Rio São Francisco.
Cerca de 16,14 milhões de pessoas (9,5% da população do país) habita a bacia hidrográfica do São Francisco, com maior concentração no Alto (56%) e Médio São Francisco (24%). A população urbana representa 77% da população total e a densidade populacional é de 22 hab./km2. Nas demais regiões, observam-se percentual de população da ordem de 10% no Sub-Médio e no Baixo São Francisco. Os dados referentes à população urbana e rural, e taxa de urbanização estão apresentados na tabela abaixo:
	Estado
	Municípios do Vale
	
	2010
	2011
	
	Total
	%
	Urbana
	%
	Rural
	%
	Total
	%
	Pernanbuco
	1.948.787
	10,70%
	1.148.084
	7,94%
	800.703
	21,34%
	1.966.099
	10,70%
	Alagoas
	1.221.096
	6,70%
	679.050
	4,69%
	542.046
	14,45%
	1.227.531
	6,68%
	Sergipe
	363.745
	2,00%
	194.068
	1,34%
	169.677
	4,52%
	366.486
	1,99%
	Bahia
	2.935.279
	16,11%
	1.649.696
	11,40%
	1.285.583
	34,26%
	2.951.771
	16,06%
	Minas Gerais
	9.032.709
	49,58
	8.183.145
	56,57%
	849.564
	22,64%
	9.103.821
	49,52%
	Goias
	153.998
	0,85%
	135.962
	0,94%
	18.036
	0,48%
	156.668
	0,85%
	Dist. Federal
	2.562.963
	14,07%
	2.476.249
	17,12%
	86.714
	2,3%
	2.609.998
	14,20%
	Total
	18.218.577
	100%
	14.466.254
	100%
	3.752.323
	100%
	18.382.374
	100%
	Brasil
	
Localização Geográfica da Bacia.
Uso dos recursos hídricos da bacia: 
Pesca. 
O rio são Francisco é um rio de muitas pedras, areia e água corrente, além de ser famoso por que lá se vê o sol nascer ao contrário. Por essas características, seus peixes têm a melhor carne do Brasil. Dia 1º de novembro começa a piracema. São milhões de peixes nadando rio acima para desovar. Sendo que esse movimento vai até o dia 28 de fevereiro do próximo ano. Abre a pesca dia 1º e vai até outubro em Penedo (AL) Cerca de um milhão de peixes juvenis das espécies nativas xira, piau, dourado, matrinxã, pacamã e piaba foram inseridos em trechos do rio São Francisco durante a Festa de Bom Jesus dos Navegantes. O peixamento foi realizado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em parceria com a Prefeitura Municipal de Penedo, e mobilizou moradores locais e turistas que acompanhavam a tradicional festividade religiosa daquele que é considerado o protetor dos navegantes. Para o superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Luiz Aberto Moreira, as ações de peixamento fortalecem o repovoamento que a Companhia realiza durante todo o ano na bacia hidrográfica, em todos os estados banhados pelo São Francisco. "Essa é uma ação fundamental da Codevasf no processo de revitalização do São Francisco. Com esse peixamento, colocamos no rio, em Penedo, cerca de um milhão de peixes nativos.
Irrigação.
 A realidade do Vale do Rio São Francisco, no sertão da Bahia e de Pernambuco é marcada pela seca. A região se transformou em um dos principais pólos de fruticultura do país. A mudança foi possível graças aos projetos de irrigação. 
No meio do sertão nordestino há um imenso lago. A paisagem, antes árida e seca, foi trocada pelas grandes áreas verdes, pelos parreirais, pela riqueza agrícola. O segredo da mudança do local são as águas do São Francisco. Não é à toa que a região é lembrada pelo nome do rio.
Do lago de Sobradinho, na Bahia, sai água direto para todos os projetos irrigados no Vale do São Francisco, no sertão baiano e pernambucano. O início de todo o processo é na captação de água na margem do rio. Através de bombas, ela é jogada nos canais, que cortam a caatinga, transformando o sertão nordestino em um grande tapete verde.
Ao todo o perímetro irrigado no Vale do São Francisco tem mais de 30 mil hectares irrigados. São 700 quilômetros de tubos, mais de 156 quilômetros de canais e cerca de 2.600 produtores, gerando mais de 100 mil empregos diretos. 
Nesta região, a precipitação de chuvas é de apenas 470 milímetros ao ano com mais de 300 dias de sol. Isso exige um grande controle na irrigação. O monitoramento garante que a água chegue a todos os produtores.
São mais de 52 tipos de culturas agrícolas no Vale do São Francisco. As principais são a uva e a manga.
Geração de energia elétrica através de usinas hidrelétricas. 
Paulo Afonso, O Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso é um conjunto de usinas, localizado na cidade de Paulo Afonso, formado pelas usinas de Paulo Afonso I, II, III, IV e Apolônio Sales (Moxotó), que produz 4.279,6 megawatts de energia, gerada a partir da força das águas da Cachoeira de Paulo Afonso, um desnível natural de 80 metros do Rio São Francisco. Sendo assim, o Complexo de Usinas de Paulo Afonso tem a segunda maior capacidade instalada dentre as usinas do Brasil, perdendo apenas para Tucuruí (8.000MW), já que Itaipu com 12.600 MW é binacional.
 Três Marias, Barragem da Usina Hidrelétrica de Três Marias, em Minas Gerais. A Barragem Bernardo Mascarenhas,ou Três Marias está localizada num lago formado pelo represamento do Rio São Francisco, e já foi considerada uma das usinas mais importantes do Brasil. É administrada pela Cemig - Centrais Elétricas de Minas Gerais, sendo a primeira usina construída pela empresa. A Usina Hidrelétrica de Três Marias teve a sua construção iniciada em 1957 e foi inaugurada em 1962. Ela foi o primeiro grande empreendimento hidráulico do país, além de usina tinha muitas outras finalidades, como controle da vazão do rio São Francisco, irrigação, turismo  e lazer. A usina tem 2.700 metros de comprimento, 75 metros de altura e um reservatório de 21 bilhões de metros cúbicos de água.
Xingó, Barragem da Usina Hidrelétrica de Xingó, localizada em Canindé do São Francisco, Sergipe e situada a 12 quilômetros do município de Piranhas, estado de Alagoas, na divisa com Sergipe. A Usina de Xingó começou as ser construída em 1982 e foi inaugurada em 1994. Está instalada no Rio  São Francisco, e pertence a CHESF, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco. A Hidrelétrica de Xingó é considerada a maior e mais moderna da CHESF e gera 30% da energia da empresa. A barragem tem 140 metros de altura. A área do reservatório da usina chega a 60 quilômetros quadrados. A UHE de Xingó conta com uma potência instalada de mais de 3 milhões de kW, gerada por seis unidades de 527 mil kW cada.
Sobradinho O maior lago artificial do mundo é formado pelo Rio São Francisco. O Lago ou Barragem do Sobradinho, como também é conhecido, é a maior atração turística do município do mesmo nome, tem uma área de 4 mil quilômetros quadrados de espelho d´água e capacidade de armazenamento de 34 bilhões de metros cúbicos de água. A represa, pertencente ao sistema CHESF, foi construída pelo governo federal para regularizar a vazão média do rio São Francisco, garantindo, desse modo, a geração de energia no complexo hidrelétrico de Paulo Afonso. Sobradinho recebe água do alto São Francisco entre os meses de novembro e abril e utiliza esse volume acumulado, entre os meses de maio e outubro, gerando energia.
Itaparica. A Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga, antigamente conhecida como Itaparica, está localizada na bacia do Rio  São Francisco, no município de Jatobá, Pernambuco e a 25 km da cidade de Petrolândia, em Pernambuco. É administrada pela Chesf. As obras da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga-Itaparica foram iniciadas em 1979, e ela foi inaugurada em 1988. A UHE possui seis geradores com capacidade de 246,6 mil quilowatts, com capacidade total de gerar quase 1,5 milhões de quilowatts. A barragem tem 105 metros de altura e 4.700 metros de comprimento. O reservatório da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga inundou uma área de 834 quilômetros quadrados dos estados da Bahia e Pernambuco e possui mais de 11 bilhões de metros cúbicos.
Hidrovias.
	Equivalente à distância entre Brasília e Salvador, essa é, sem dúvida, a mais econômica forma de ligação entre o centro sul e o nordeste.
	Com o seu extremo sul localizado na cidade de Pirapora a hidrovia do São Francisco é interligada por ferrovias e estradas aos mais importantes centros econômicos do Sudeste, além de fazer parte do corredor de exportação centro-leste Ao norte, nas cidades vizinhas a Juazeiro e Petrolina, a hidrovia está ligada às principais capitais do Nordeste, dada a posição geográfica destas duas cidades.
	O rio São Francisco oferece condições naturais de navegação durante todo o ano, cuja profundidade varia de acordo com o regime de chuvas (calado). Seu porto mais importante é o de Pirapora, interligado aos portos fluviais de Petrolina e Juazeiro e aos marítimos de Vitoria, Rio de janeiro, Santos, Salvador, Recife e Porto de Suape, através de rodovias e ferrovias. Em grande parte do vale do São Francisco as áreas mais propícias ao aproveitamento agrícola situam-se às margens do mesmo. Por esse motivo a maior parcela da população do vale se encontra nas proximidades do rio.
	A hidrovia do São Francisco, através do programa "AVANÇA BRASIL", passa por uma etapa de grandes intervenções físicas. Aliadas a isso estão às ações de operacionalidade da via.
	Todas essas ações permitirão que a hidrovia do São Francisco atenda a crescente demanda de tráfego, não só na região ribeirinha, mas de todo o país, consolidando-se, assim, como um dos principais elos entre o sudeste e o nordeste.
Piscicultura no São Francisco. 
	Nas últimas décadas, a bacia do rio São Francisco vem sendo utilizada para a geração de energia elétrica, por meio da implantação de um grande complexo de reservatórios, como o de Três Marias, em Minas Gerais, de Sobradinho, na Bahia, dentre outros. Entretanto, os sucessivos barramentos provocaram o surgimento de obstáculos à migração reprodutiva dos peixes e, assim, restringiram acentuadamente as cheias à jusante desses reservatórios, reduzindo as oportunidades de enchimento das lagoas marginais, que funcionam como berçários para dezenas de espécies da ictiofauna, prejudicando drasticamente os estoques pesqueiros naturais e, por consequência, a pesca profissional. 
	Em cumprimento à legislação pertinente, a Codevasf implementou o Programa de Aquicultura e Recursos Pesqueiros, com vistas à produção de alevinos de espécies de peixes de importância econômica, como fomento à piscicultura comercial e ecológica, visando a recomposição da ictiofauna.
	O Vale do São Francisco já dispõe de mais de 20 Estações de Piscicultura, a maioria de propriedade da iniciativa privada, produzindo dezenas de milhões de alevinos por ano, que são utilizados, principalmente, para a piscicultura comercial. A CODEVASF vem sendo de fundamental importância para a ampliação dessas estações, ao fornecer tecnologia e matrizes selecionadas, ao treinar técnicos de instituições públicas e privadas e ao editar várias publicações técnicas.
	Existem quatro Pólos de Piscicultura ao longo da Bacia do São Francisco. São eles:
Pólo de Piscicultura do Norte de Minas Gerais
Pólo de Piscicultura de Barreiras
Pólo de Piscicultura de Petrolina/Juazeiro
Pólo de Piscicultura de Paulo Afonso
Pólo de Piscicultura de Paulo Afonso.
	Com características semelhantes às demais regiões, no que se refere ao clima e à abundância de água, essa região vêm despontando como a maior produtora de pescado em tanques-rede do país. Nela se encontram implantados mais de 3,3 mil metros cúbicos de tanques-rede no reservatório de Xingó, sob o cuidado de associações de pequenos produtores. Dispõe, ainda, de uma infra-estrutura de criação de peixes em tanques construídos em terra, que deverá ser o suporte para a produção de alevinos, que são utilizados na recria nos tanques-rede.
Também, naquela região, está sendo implantado um grande complexo empresarial de criação de peixes em sistema de alto fluxo (raceway), numa associação de grupos norte-americanos e brasileiros, onde pretende-se, numa primeira etapa, produzir mais de 6,5 mil toneladas de pescado por ano e montar um sistema de integração com pequenos produtores. Além de tanques de criação superintensiva, o local vai dispor de fábrica de ração e de indústria de processamento de pescado.
Pólo de Piscicultura do Baixo São Francisco.
	Pólos de piscicultura existem ao longo do rio São Francisco, no norte de Minas Gerais, em Barreiras (BA), Juazeiro (BA) e em Petrolina (PE)/Juazeiro, e no baixo São Francisco, abrangendo  parte dos estados de Alagoas e Sergipe, sendo reconhecido no país, por técnicos e empresários, como o de maior potencial para o desenvolvimento da piscicultura de águas interiores da América Latina.
	Este último conta com mais de 14 mil ha potenciais, e já tem cerca de 650 produtores em atividade, e um mil ha de viveiros de criação de peixes. Nessa região, encontram-se instaladas nove estações produtoras de alevinos, com 87,3 ha de espelho d’água e com capacidade de produção de 42 milhões de alevinos por ano. (1) Instalada na região do Lago de Itaparica está a Netuno, uma das maiores empresas do setor.
	Em visita a estas fazendas de tilapicultura, durante a Semana Santa de 2008, agentes doConselho Pastoral dos Pescadores (CPP) se surpreenderam com a quantidade de peixes boiando nos tanques, mortos, atrofiados pela superpopulação e com doenças causadas por agentes infecciosos (bactérias, fungos e vírus). Sob estresse, a tilápia morre agonizada nos tanques sem oxigênio, contaminando outros peixes.
	Outro fato chocante é os criadores utilizarem antibiótico na ração dos bichos para aumentar o tamanho deles. Tal prática é comum e ocorre sem nenhuma fiscalização, de forma oculta.
Peixes do São Francisco.
	A literatura registra um total de 155 espécies de peixes para a Bacia do São Francisco. Destes, 85 apresentam o corpo coberto por escamas, e 70 revestidos por couro ou placas.Praticamente todos os peixes foram identificados no século XIX por estrangeiros e documentos em revistas cientificas européias e norte-americanas. Somente mais recentemente foi editado o 'Manual de Identificação de Peixes da Região de Três Marias' (Britski, SATO e ROSA - 1984, 1ª edição, publicação CODEVASF/CAMARA DOS DEPUTADOS; Brasília), contendo chaves para identificação dos peixes da Bacia do Rio São Francisco a descrição de 73 espécies coletadas na região de Três Marias. Ate o presente, já foram amostrados um total de 100 tipos diferentes de peixes, sendo que 23 deles nunca haviam sido identificados, sendo portanto espécies novas. Varias espécies são exclusivas da bacia originalmente, como o Pacamã e o Pirá. Sobre o Pirá, pode-se afirmar que não existe nada parecido em outra bacia hidrográfica brasileira ou estrangeira. Pode-se com isso, adotar o Pirá como símbolo da ictiofauna da bacia do Rio São Francisco.
	A população em geral e mesmos pescadores mais experientes normalmente conhecem em torno de 30 espécies de peixes, sendo que os mais comuns recebem as denominações populares de Surubim (Moleque, Loango e Pintado); Dourado (Dourado-Verdadeiro, Tubarana); Curimatã-Pacu (Zuiega, Xira, Bamba, Papa-Terra); Piau-Verdadeiro (Piau-Legítimo, Piapara); Piau-Três-Pintas , Piau-Gordura, Piau - Jejo (Timbore); Piau-Rola, Piau-Branco (Piau-do-Cheiro, Piau-ampineiro , Taquara); Piranha, Pirambeba. (Piranha-Branca, Piranha-Falsa; Cavalo); Corvin (Sofia); Mussum, Mandi-Amarelo, Cascudo-Preto (Acari); Mandiaçy (Caboje); Serrudo (Bozo); Cangati (Vovo); Sarapó (Tuvira, Peixe-Espada); Traíra, Trairão, Dourado-Branco (Tabarana); Piaba-do-Rabo-Amarelo e (Lambari-.do-Rabo-Vermelho);.Piaba-Facão (Sardinha-de-Água-Doce); Piaba-Rapadura (Maria Zoiuda) Manjuba (Branquinha); Mandí-Branco (Mandí-Chorão) e Peixe Cachorro. Assim, uma determinada espécie pode receber diferentes nomes populares, que são em geral denominações regionais. 0 que não muda é o nome cientifico de uma espécie, isto porque é baseado em várias características biológicas definidas como contagem do numero de raios nas nadadeiras, quantidade de escamas na linha lateral - aquela com as escamas perfuradas - o numero e tipo de dentes, proporções corporais e o numero de rastros nas guelras. Os nomes são designados em latim, como por exemplo: o Dourado recebe o nome cientifico de Salminus Brasiliensis (Cuvier, 1817), isto é, a espécie foi identificada pelo Barão de Cuvier em 1817. Mas, este nome não era válido recentemente o dourado foi batizado pela ciência. Ele recebeu o nome de Salminus franciscanus, dado pelos pesquisadores brasileiros Flávio C.T. Lima e H. A. Britski
	Outros exemplos: Matrinchã Brycon Lundii, Reinhardt, 1874; Curimatá – Pacu – Prochilodus Margfravii (Walbaum, 1792); Surubim – Pseudoplatistoma Coruscans (Agassiz, 1829).
Transposição do rio são Francisco. 
	Muito tem sido dito sobre a inviabilidade do projeto de Transposição do rio São Francisco, ou agora maquiadamente denominado “Projeto de Integração da Bacia do São Francisco às Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional”. Dos 44 impactos listados no Relatório de Impacto Ambiental, somente 11 são consideradas positivas e muitas incertezas ainda pairam inexplicadas nessa discussão. Além dos potenciais impactos sobre os peixes, o projeto de transposição apresenta outros problemas. Primeiramente, regiões áridas não são próprias para incentivo de adensamento humano. O atual projeto, além de teoricamente melhorar a condição de vida dos que lá já se encontram pode, por outro lado, incentivar o aumento de sua população. Isso acarretaria novos problemas e necessidade de mais água no futuro. 
	Também muito se ouve de especialistas, inclusive nordestinos, que é possível aumentar a oferta de água para a população da região através da interligação mais eficiente dos açudes existentes, coleta de água de chuva e armazenamento, e perfuração de poços artesianos. Diz-se que a água armazenada atualmente é bastante para manter a população e que não é utilizada para reservar para épocas de seca mais severa. 
	A água que atualmente flui pelo rio São Francisco, abaixo do ponto de captação previsto, passa por 5 grandes usinas hidrelétricas. Além de restringir a produção energética numa região ainda carente desse insumo, a elevação da água por meio de potentes bombas (160 m no eixo norte e de cerca de 300 m no eixo leste) consumirá, por outro lado, porção relevante da energia produzida na região. 
	Surgem também suspeitas de que o equipamento a ser comprado para o bombeamento teria sido adquirido por outro país e não foi utilizado. Será que essas bombas são dimensionadas para o volume projetado para a nossa transposição ou para o projeto do outro país? 
	O Governo garante que a transposição visa exclusivamente o abastecimento humano. Mas sabe-se que outros grandes grupos têm seus interesses: as fazendas de camarões e de criação de tilápias em larga escala, os grupos produtores de frutas irrigadas, as empreiteiras que conduzirão a obra e os fornecedores de grandes volumes de cimento e ferro, entre outros. 
	Mesmo desconsiderando tudo o que foi dito acima, quem garante que os 720 km de canais a céu aberto, revestido de concreto, não serão ocupados pela população carente? Existe o risco de uma verdadeira favelização desses canais, trazendo junto o lixo e esgotos produzidos. A possibilidade de perda da qualidade da água é iminente. Sem se considerar a presença de animais, também muito provável.
Conclusão. 
	O São Francisco é o sangue vital do semi-árido brasileiro assolado pela pobreza no nordeste. Culturalmente, o São Francisco é o Nilo brasileiro, o seu Mississippi, o seu Ganges. Ele representa a história e identidade brasileira, um lugar de extremos de clima e geografia. Em direção à sua foz no Atlântico, as igrejas barrocas do início da colonização européia ainda brilham sob o sol feroz. Além do seu apelido, o São Francisco tem um título oficial: "Rio da Unidade Nacional".
13/11: http://www.senhoradosol.com.br/saofran.php
http://www.semarh.se.gov.br/comitesbacias/modules/tinyd0/index.php?id=48
http://www.suapesquisa.com/geografia/bacia_rio_sao_francisco.htm
14/11: http://www.codevasf.gov.br/osvales/vale-do-sao-francisco/identificacao
16/11: http://www.sobradinho.siteonline.com.br/interna.jsp?lnk=42891
http://www.pontosbr.com/usina-hidreletrica-de-tres-marias-mg-1349.html
http://www.pontosbr.com/usina-hidreletrica-de-xingo-caninde-do-sao-francisco-se-1691.html
http://www.pontosbr.com/usina-hidreletrica-luiz-gonzaga-itaparica-jatoba-pe-180.html
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/bacias_hidrograficas/a_bacia_do_rio_sao_francisco.html
http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2011/06/irrigacao-transforma-o-vale-do-rio-sao-francisco-3358592.html
http://www.worldfish.org/PPA/PPA_Indice.html
http://www.sfrancisco.bio.br/aspsoc/cogestao.html
http://www.suapesquisa.com/pesquisa/rio_sao_francisco.htm
http://www.mpa.gov.br/index.php/imprensa/noticias/1961-mpa-licita-areas-para-cultivo-de-pescado-no-rio-sao-francisco
http://www.codevasf.gov.br/noticias/2007/rio-sao-francisco-recebe-1-milhao-de-peixes-durante-repovoamento-promovido-pela-codevasf/
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http://www.codevasf.gov.br/programas_acoes/desenvolvimento-territorial/recursos-pesqueiros-e-aqueiculturahttp://www.descubraminas.com.br/Turismo/ParquePagina.aspx?cod_destino=792&cod_pgi=2418
http://www.sfrancisco.bio.br/noticias/dourado.html

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