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AVALIAÇÃO DE EMPRESAS, FUSÕES E AQUISIÇÕES Prof. Marcelo P. Leite Economista - Mestre IE/UFRJ GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA (MBA) Aula 3 (e cont. da 2): Determinação do Custo de Capital e Metodologias de Avaliação. ü DemonstraUvo de Fluxo de Caixa (DFC) de uma empresa. ü Custo Médio Ponderado do Capital (CMPC/WACC) e Custo Líquido do Capital de Terceiros (CLCT) . ü Custo do Capital Próprio – Modelo de Precificação dos AUvos (CAPM). ü Valor Econômico Agregado (EVA) na avaliação de empresas. (senha das aulas: 3242) BIBLIOGRAFIA: ASSAF NETO, Alexandre. Finanças CorporaUvas e Valor. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014. FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro - Produtos e Serviços. 20ª. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2015. DAMODARAN, A. Avaliação de Empresas. 2. ed. São Paulo: Pearson EducaUon, 2007. . Dados da empresa para análise do seu risco operacional: AVALIAÇÃO FINANCEIRA • a realização de sua compra ou venda; • A necessidade da par8lha entre os herdeiros; • Determinação do valor das par8cipações sociais; • A fusão com uma ou mais empresas; • Divisão de uma sociedade; • Priva8zação; • Dissolução da sociedade. Questões que tornam necessário a avaliação do “valor justo” de uma empresa: Ø Representa o demonstra8vo que registra quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo. Registrando as a8vidades operacionais, dos inves8mentos e dos financiamentos. Ø A DFC passou a ser de apresentação obrigatória para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio l íquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), a par8r do início de 2008, de acordo com a Lei 11.638/2007. DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA (DFC) Ø Além de, também, ser de elaboração obrigatória para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Portanto, independentemente do 8po societário adotado, as en8dades devem apresentar o r e f e r i do demons t r a8vo , pe l o menos anualmente, por ocasião da elaboração das demonstrações financeiras (“balanço”). Ø A Deliberação CVM 547/2008 aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03, que trata da Demonstração do Fluxo de Caixa. FLUXO DE CAIXA (DFC) Ø A. Fluxo de Caixa das A8vidades Operacionais (FCAO): . Resultado líquido do exercício; Depreciação e variações nas contas operacionais. Ø B. Fluxo de Caixa dos Inves8mentos (FCI): . Variações nos a8vos imobilizado e intangível, em par8cipações em outras empresas e em outras contas de inves8mento. Ø C. Fluxo de Caixa dos Financiamentos (FCF): . Variação dos emprés8mos bancários (de curto e longo prazos), no Capital social e nas Reservas, nos dividendos (pagos ou recebidos) e em outras contas de financiamento. Ø D. Fluxo de Caixa do Período (A + B + C) Ø E. Fluxo de Caixa no início do Exercício. (valor das disponibilidades) Ø F. Fluxo de Caixa no Final do Exercício (D + E). (valor das disponibilidades) Estrutura do DemonstraUvo do Fluxo de Caixa: • Desta forma, é possível avaliar se a empresa conseguiu gerar fluxos de caixa em sua a8vidade operacional que sejam suficientes para cobrir os inves8mentos em imobilizações, despesas financeiras e dividendos. Ø Índice de Cobertura de Inves8mentos em Imobilizações (Ici): Ici = FCAO/Inves8mento Bruto em Imobilizações Ø Índice de Cobertura de Juros com o FCO (Icj): Icj = FCAO/Despesas Financeiras Ø Índice de Cobertura de Dividendos (Icd): Icj = FCAO/Dividendos desembolsados DemonstraUvo do Fluxo de Caixa (DFC) • O Fluxo de Caixa Livre (FCL) demonstra a capacidade do negócio da empresa analisada gerar saldos posi8vos de caixa ao longo do tempo. • Este é determinado levando-se em conta as entradas de caixa, o Fluxo de Caixa Bruto: Lucro operacional - IR + Depreciação (Lucro Operacional Ajustado pela depreciação); e as saídas de caixa (amor8zações de dívidas, inves8mentos e pagamentos diversos). • O FCL é o melhor indicador do Fluxo de Caixa Operacional (FCO) de uma empresa. Pois, é o FC depois dos impostos gerados pela empresa e disponível para todas as fontes de capital, sejam credores ou acionistas. Fluxo de Caixa Livre (FCL) Custo do Capital de Terceiros e Próprio: • O custo de capital corresponde ao custo das diversas fontes de financiamento da empresa a longo prazo, integrando a sua estrutura de capital. • Este custo passa a ser um dos parâmetros para medir a atra8vidade de diferentes alterna8vas de inves8mento. Sendo empregado como referência para os retornos esperados. • No processo de avaliação (valua%on) este custo é um instrumento u8lizado para trazer os FCL projetados a valor presente, refle8ndo, desta forma, um dos elementos do risco que o negócio apresenta (risco da a8vidade operacional). Custo do Capital de Terceiros e Próprio: Decisões de Financiamento Dívida (recursos captados externamente) Risco Financeiro Custo do Capital Próprio Modelos de Avaliação – Custo do Capital - O valor de uma empresa é determinado pelos fluxos futuros de caixa esperados de acordo com os riscos envolvidos no negócio. • Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC/WACC) • Custo Líquido de Capital de Terceiros (CLkT) • Custo de Capital Próprio (Modelo de Precificação de AUvos – CAPM) Modelos de Avaliação – Custo do Capital • Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC/WACC*): representa a média ponderada entre o custo de capital de terceiros e o custo de capital próprio, sendo a composição de recursos que estão à disposição da empresa. O resultado desse cálculo vai indicar o nível de atraUvidade mínima do invesUmento. * WACC: Weighted Average Capital Cost • CMPC = (KT/FLP).[CBkt.(1-IR)] . (PL/FLP).CPL - KT = Valor de Mercado do capital de terceiros de Longo Prazo - FLP = Valor de Mercado dos Fundos de Longo Prazo - CBkt = Custo Bruto de Capital de terceiros - PL = Patrimônio Líquido - CPL = Custo do Patrimônio Líquido Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) A ponderação das taxas de custo deve refleUr as proporções dos valores de cada Upo de fundos com relação ao seu total, de tal forma que a soma dos pesos corresponda a 100% ou 1,0. CMPC = (P%kt . CLkt)+(P%kp . CPL) - P%kt = parUcipação percentual do capital de terceiros financiando os invesUmentos permanentes (Fundos de Longo Prazo) - CLkt = custo líquido do capital de terceiros - P%kp = parUcipação percentual do capital próprio financiando os invesUmentos permanentes (Fundos de Longo Prazo) - CPL = Custo do Patrimônio Líquido Custo Líquido do Capital de Terceiros – CLkt É o custo calculado considerando o custo de emissão da dívida. Que representa o custo com que os agentes de mercado estão dispostos a emprestar recursos financeiros à empresa. Este custo deve ser líquido (Líq.) de IR, dado que os juros da dívida são deduzveis para fins de imposto de renda (IR) – reduzindo o custo do endividamento. CLkt = CBkt . (1 - IR) - CBkt = Custo Bruto de Capital de terceiros Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) Exemplo 1: a par8r das seguintes informações sobre a empresa ABC S.A., calcule o CMPC. Fontes de Financiamento Montante Proporção (%) Custo Liquido ano (%) Passivo não circulante 1.800.000 40% 10,4% (13x0,8) Patrimônio Líquido 2.700.000 60% 15% Fundos de Longo Prazo 4.500.000100% CMPC = (P%kt . CLkt)+(P%kp . CPL) = (40 x 0,104)+(60 x 0,15) = 4,16 + 9 CMPC = 13,16% Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) Exemplo 2: a par8r das informações sobre a empresa ABC S.A., no exemplo anterior, calcule o CMPC quando a empresa faz uma emissão de R$ 1.500.000,00 de Debentures, com vencimento para 5 anos, a uma taxa de 15% a.a.? Fontes de Financiamento Montante Proporção (%) Custo Liquido ano (%) Passivo não circulante 1.800.000 10,4% (13x0,8) Debentures 1.500.000 Patrimônio Líquido 2.700.000 15% Fundos de Longo Prazo 6.000.000 100% CMPC = (P%kt . CLkt)+(P%kp . CPL)
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