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Sugestões para Adaptação Curricular – Salas de Recursos Multifuncional Tipo I – área da Deficiência Intelectual - Deficiência Física Neuromotora - Transtornos Globais do Desenvolvimento e Transtornos Funcionais Específicos: Adaptações Curriculares= são recursos organizativos e didático-pedagógicos que objetivam ajustar a programação curricular às condições do aluno no processo de ensino-aprendizagem. Oferecem ao educando com necessidades educacionais especiais oportunidades educacionais favoráveis, respaldadas no Projeto Pedagógico da Escola. Buscam promover a participação dos alunos nas atividades desenvolvidas pelos demais colegas. Não necessariamente do mesmo modo, no mesmo tempo, nem com a mesma ação ou grau de abstração. Implicam flexibilidade curricular e trabalho simultâneo, cooperativo. Não se trata, portanto do desenvolvimento de um currículo. As adaptações Curriculares podem ser de Pequeno Porte (não significativas) e de Grande Porte (significativas), tendo em vista a menor ou maior alteração no currículo regular. A maior parte é de pequeno porte, constituindo pequenos ajustes na programação e no contexto natural da sala de aula. Segundo Manjon as Adaptações podem se organizar como segue: 01 – Organizativas Pequeno Porte (não significativas) Grande Porte (significativas) - Agrupamento de alunos para a realização das atividades; - Organização didática da aula: conteúdos e objetivos; disposição física e de mobiliário, material didático; - Organização dos períodos: diversificação do tempo disponível. - Modificações acentuadas na organização didática, não aplicável à totalidade dos alunos quanto a: - conteúdos - objetivos - métodos - elementos físicos materiais - tempo disponível 02 - Relativas aos objetos e conteúdos Pequeno Porte (não significativas) Grande Porte (significativas) - Priorização de áreas ou unidades de conteúdos funcionais, essenciais e instrumentais para aprendizagens posteriores; - Priorização de objetivos que enfatizem capacidades e habilidades básicas de atenção, participação e adaptabilidade do aluno; - Seqüenciação de conteúdos de menor a maior complexidade; - Reforço da aprendizagem e retomada de conteúdos de conteúdos para promover domínio e consolidação; - Eliminação de conteúdos pouco relevantes, dando lugar a conteúdos básicos e essenciais. - Eliminação de objetivos básicos; - Introdução de objetivos específicos complementares ou alternativos; - Eliminação de conteúdos básicos do currículo; 03 - Avaliativas Pequeno Porte (não significativas) Grande Porte (significativas) - Modificações nas técnicas e instrumentos de avaliação. - Introdução de critérios específicos de avaliação; - Eliminação de critérios gerais de avaliação; - Modificação de critérios regulares de avaliação; - Modificação de critérios de promoção; 04 – Nos procedimentos didáticos e nas atividades Pequeno Porte (não significativas) Grande Porte (significativas) - Utilização de métodos mais acessíveis - Atividades complementares que requeiram habilidades diferenciadas; - retomada de conteúdos já trabalhados; - Atividades que preparam o aluno para novas aprendizagens; - Atividades alternativas, além das planejadas para a turma; - Uso de recursos de apoio (visuais, auditivos, gráficos, materiais manipulativos) para a compreensão do conteúdo; - Seqüenciação e simplificação de tarefas considerando sua complexidade; - Utilização de recursos materiais, máquina Braille, calculadora; etc.... - Introdução ou substituição de métodos e procedimentos complementares ou alternativos de ensino e aprendizagem não adotados para todos os alunos; - Introdução de recursos específicos de acesso à aprendizagem; 05 – Na Temporalidade Pequeno Porte (não significativas) Grande Porte (significativas) - Alteração no tempo previsto para a realização de atividades e desenvolvimento de conteúdos; - Alteração no período para alcançar determinados objetivos - Prolongamento de um ano ou mais de permanência do aluno na mesma série ou ciclo (retenção); As Adaptações Curriculares não devem ser entendidas como um processo exclusivamente individual ou uma decisão restrita ao professor e aluno. Realizam-se em três níveis: 01 – No âmbito do Projeto Político Pedagógico – organização escolar e serviços de apoio possibilitam: - Flexibilização de critérios e procedimentos pedagógicos, levando em conta a diversidade dos alunos. - Diversificação de técnicas, procedimentos e estratégias de ensino; - Avaliação de contextos que interferem no processo pedagógico; - Identificação e avaliação de alunos com possíveis dificuldades de aprendizagem; - Definição de objetivos gerais levando em conta a diversidade dos alunos; - Elaboração de documentos informativos (pais, professores...) - Priorização e sequenciação de objetivos para atender as diferenças individuais. 02 – No âmbito da sala de aula – destinam-se à programação da classe. Visam a real participação do aluno e sua aprendizagem. 03 – No âmbito individual – focalizam a atuação do professor na avaliação e no atendimento do aluno. Consideram o nível de competência curricular e os fatores que interferem no processo de ensino aprendizagem. - Alguns aspectos devem ser previamente considerados para identificar a necessidade de urtilização de adaptações curriculares, em qualquer nível; - A real necessidade; - A avaliação do nível de competência curricular do aluno; - Caráter processual, permitindo alterações constantes nas tomadas de decisão; As adaptações curriculares incidem sobre diferentes elementos curriculares, em relação ao acesso à aprendizagem, considera-se a relevância dos seguintes aspectos: - condições físicas, ambientais e materiais do aluno; - melhores níveis de comunicação e interação com as pessoas na comunidade escolar; - condições de participação do aluno nas atividades escolares; - mobiliário específico necessário (se for o caso) - equipamentos e recursos materiais específicos necessários; - materiais de uso comum em sala de aula; - sistemas de comunicação alternativa para os alunos impedidos de comunicação oral e escritos; O processo avaliativo que fundamenta a aplicação de adaptações curriculares considera: - atitudes e expectativas em relação ao aluno em diferentes contextos; - sistemas de apoio ao aluno e a família; - condições socioeconômicas e participação social do aluno; - alguns aspectos precisam ser considerados na avaliação e progressão escolar do aluno na série, etapa, ciclo e outros níveis. - possibilidade do aluno ter acesso às situações escolares regulares e com menor necessidade de apoio especial; - valorização de sua permanência com os colegas e grupos que favoreçam o seu desenvolvimento, comunicação, autonomia e aprendizagem; - competência curricular, no que se refere à possibilidade de atingir os objetivos e atender aos critérios de avaliação previstos no currículo adaptado; - efeito emocional da promoção ou da retenção para o aluno e sua família. Francisco Beltrão, 24 de Março de 2016. Rosa T. Bortoloti- Rosangela Rommel Vanin Equipe da Educação Especial. NRE/FNB úcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, Av. Júlio Assis Cavalheiro, 1272, Fone/Fax (46) 3520-4900 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FRANCISCO BELTRÃO - PR
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