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ensino e em classes comuns, embora possibilite a oferta desta modalidade em classes e escolas especiais. Pode-se identificar a inserção da educação profissional na Educação Básica de três modos: ensino técnico - concomitante, integrado ou sequencial ao Ensino Médio, inclusive EJA; formação inicial e continuada de trabalhadores articulada ao Ensino Fundamental ou Médio, inclusive EJA; preparação básica para o trabalho no Ensino Fundamental e Médio, inclusive EJA (FARENZENA, 2010). Como podemos ver, a preocupação em fortalecer a educação como um direito, um currículo integrado, é o ponto de partida para assegurar os direitos fundamentais da sociedade. Para que essa proposta ocorresse na educação brasileira tivemos mudanças significativas, principalmente a partir da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei no 9.394, de 1996, que marcou a educação e fez com que gerasse muito investimento, tanto no sentido intelectual como financeiro. Um dos princípios da LDB é a valorização do profissional da educação escolar, a qual defende que A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às especifici- dades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos: I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho; II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em serviço; III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades (BRASIL, 1996, art. 61). A partir daí, muitos acordos e reformas foram realizados na educação, priorizando a qualidade da mesma. O Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020 indica algumas diretrizes que demonstram esse interesse, enfatizando a melhoria da qualidade de ensino, 4 Políticas Públicas - Educação Políticas Públicas Copyright © UNIASSELVI 2015. Todos os direitos reservados. IMP ORT ANT E! � Desafios não faltam para o novo governo do país Conhecidos de quem atua na área, os problemas precisam ser enfrentados com seriedade para que o ensino avance Bruno mazzoco (bruno.mazzoco@fvc.org.br) No último ciclo presidencial, a principal conquista no campo educacional foi a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE). Depois de quase quatro anos de idas e vindas nas duas casas legislativas, sucessivas alterações e a participação da sociedade civil no processo de discussão, temos finalmente um plano que norteia, com força de exigência constitucional, as políticas públicas da área para o próximo decênio. O documento, no entanto, não garante a implementação das metas. São necessárias leis específicas e medidas efetivas para que elas saiam do papel. Mesmo assim, é certo que a execução do PNE irá pautar o setor nos próximos anos. Resumimos a seguir os principais desafios a serem enfrentados pelo novo governo. A promoção de uma educação pública de qualidade é uma tarefa que deve envolver, de forma articulada, União, estados e municípios, conforme previsto no artigo 211 da Constituição. Na situação atual, porém, secretarias estaduais e municipais de Educação atuam de maneira desconectada. Para diminuir as lacunas entre os diferentes sistemas de ensino, a lei do PNE estabelece a criação, até junho de 2016, do Sistema Nacional de Educação (SNE), que deve organizar e articular as metas estabelecidas no plano e as medidas complementares necessárias para a implementação. Cabe à Presidência da República enviar a proposta de lei ao Congresso Nacional e acompanhar a tramitação. As questões relativas a financiamento dividem o debate público em duas correntes. De um lado estão os que defendem mais recursos para a educação pública. De outro, os que sustentam que o problema é apenas a má gestão do dinheiro. Se levarmos em a formação para o trabalho, a valorização dos profissionais da educação, entre outras que indiretamente também enfocam a formação docente. Dentre as 20 metas traçadas do PNE para até 2020, seis (da 13 até a 18) pretendem aumentar a qualidade do ensino com base na formação inicial e principalmente continuada, em diferentes níveis. 5 Políticas Públicas - Educação Políticas Públicas Copyright © UNIASSELVI 2015. Todos os direitos reservados. Outro documento importante são os Parâmetros Curriculares Nacionais. Sua história começa a partir da década de 80, com as mudanças econômicas e sociais de nível mundial e a abertura da política nacional. A partir desse momento, as discussões políticas passaram a privilegiar o tema da democracia. Com base nesse tema, as reflexões propiciaram a instauração e consolidação de um governo e de um regime democrático. Em decorrência dos debates e dada a importância da democracia, a Assembleia Nacional Constituinte, em 1988, institui o Estado Democrático de Direito, regulamentado pela Constituição da República Federativa do Brasil, denominada Constituição Cidadã. Ela estabelece como conta que o gasto do Brasil por aluno é equivalente a um terço do investido pelos países desenvolvidos, conforme dados do relatório Education at Glance, divulgados este ano pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e que a infraestrutura das escolas, a formação e a valorização de professores ainda deixam a desejar, chegamos à conclusão de que melhorar a gestão é necessário, mas aumentar o aporte de recursos é fundamental. FONTE: Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/desafios-nao-faltam- novo-governo-pais-ensino-educacao-832920.shtml?page=0>. Acesso em: princípios fundamentais: “I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político” (BRASIL, 1988, Título 1). FIGURA 17 - CONSTITUIÇÃO CIDADÃ DE 1988 FONTE: Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/upload/ conteudo_legenda/8e426990caf5533da936acd858c65f32. jpg>. Acesso em 6 Políticas Públicas - Educação Políticas Públicas Copyright © UNIASSELVI 2015. Todos os direitos reservados. O artigo 5º dispõe sobre os direitos e deveres individuais e coletivos, segundo o qual “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” (BRASIL, 1988, Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais). Desse modo, no artigo 6º são indicados os direitos dos cidadãos; constam como “direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição” (BRASIL, 1988, Capítulo II - Dos Direitos Sociais). A defesa do exercício da cidadania na escolarização está deliberada no artigo 205: “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (BRASIL, 1988) Para a disseminação da educação cidadã, outros documentos são produzidos a partir de reuniões e pactos mundiais, como a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, ocorrida em Jomtien – Tailândia. Em 1990 reuniram-se representantes dos seguintes países: Indonésia, China, Bangladesh, Brasil, Egito, México, Nigéria, Paquistão e Índia, para discutir sobre a satisfação das necessidades básicas de aprendizagem, considerando que todo cidadão tem direito à educação, e ainda, que a educação favoreça “o progresso social, econômico e cultural, a tolerância e cooperação internacional”. (UNESCO, 1998, s/p). Para suprimir os problemas da educação, melhorar a qualidade e disponibilidade, a Declaração traça objetivos como medidas necessárias à educação