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UNIFICAÇÃO DOS FISCOS – A SUPER-RECEITA A criação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, na época chamada de Super-Receita visava unificar a arrecadação de todos os tributos e contribuições federais, inclusive as previdenciárias. Ela foi o resultado da fusão da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciária, na época vinculada à Previdência Social. A fusão necessariamente precisou ser por etapas e de modo gradativo. Apesar da decisão de fazer a fusão, a Secretaria da Receita Federal e a Secretaria da Receita Previdenciária continuaram funcionando separadamente no início. O primeiro passo ocorreu quando retirou a Diretoria de Arrecadação da estrutura do INSS, transferindo-a para a recém criada Secretaria da Receita Previdenciária – SRP (Lei n° 11.098 de 13/01/05), ligada diretamente ao Ministério da Previdência Social - MPS. A Super-Receita surgiu inicialmente com a Medida Provisória (MP) nº 258, de 21.07.2005, sendo consolidada posteriormente com a Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, quando então ocorreu a fusão entre a Secretaria da Receita Federal (SRF) e a Secretaria da Receita Previdenciária (SRP), criando-se a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Foi nesta ocasião da fusão, que o novo órgão foi apelidado pela imprensa de "Super Receita". Tecnicamente, com esta nova legislação alterou-se a denominação da Secretaria da Receita Federal (SRF) para Receita Federal do Brasil (RFB) e transferiu para este órgão competências antes atribuídas à Secretaria da Receita Previdenciária (SRP), quais sejam: a fiscalização, arrecadação, administração e normatização do recolhimento das contribuições sociais para o financiamento da seguridade social (as "contribuições previdenciárias"). Uma das etapas mais importante, que era a integração dos sistemas de informática da Dataprev (empresa de processamento de dados da Previdência) e do Serpro (empresa do governo que processa os dados da Receita) ainda não ocorreu, passados mais de seis anos. Na prática os dois órgãos arrecadam e fiscalizam as contribuições destinadas à Seguridade Social, cada qual com sua estrutura, que impõe ao Estado brasileiro um duplo investimento e gastos, também duplicados, com a administração, manutenção, segurança e limpeza de instalações, aquisição de suprimentos e atendimento de todas as necessidades para que ambas funcionem. A decisão de reorganizar a administração fazendária federal baseou-se, sobretudo, no princípio constitucional da eficiência. A principal razão para esta unificação é racionalização e conseqüente melhoria da atuação do Estado na fiscalização, arrecadação e administração de tributos. Em Minas assim como em outras Regiões, a unificação se deu de forma gradativa, através de Unidades Piloto. Lembro que era um grande desafio integrar servidores de um Universo bem diferente do Fazendário, incluindo ai serviços, normas, procedimentos, horários, estrutura de atendimento, e por que não dizer, até uma “cultura corporativa” diferente. Em Poços de Caldas tivemos a iniciativa de promovermos aulas técnicas com a participação dos membros da Receita Previdenciária e Receita Federal. Isto foi excelente para interação dos servidores com os assuntos de ambos os órgãos. E teve o resultado ainda mais abrangente no sentido que acabou promovendo a integração dos servidores, parte essencial para o sucesso da unificação. Ainda que pegos de surpresa agilizamos a adequação do local de atendimento para recebermos os novos integrantes da equipe, bem como todo equipamento e demais instalações necessárias. Neste trabalho o sucesso foi graças o empenho de todos – Gabinete, Tecnologia, Atendentes, bem como do pessoal da Previdência que nos deram muito apoio nesta etapa. Fizemos emergencialmente uma reunião com toda a equipe de atendimento de ambos os órgãos e definimos um plano gerencial para o atendimento ouvindo cada participante sobre a melhor forma de conduzir os trabalhos nesta etapa, considerando as diretrizes que nos foram passadas. Cabe comentar que tivemos em todo o tempo, o apoio e acompanhamento dos servidores Soraya Fátima Meira Raydan e Pietro Giovanni Perugino, que nos passaram dicas, sugestões e orientações diversas. Promovemos um evento simples, devido ao tempo muito corrido, mas contamos com a presença de representantes dos principais Órgãos com os quais mantemos relacionamento profissional como representantes dos Contadores, do INSS, da Secretaria da Fazenda Estadual, da Procuradoria do INSS, da OAB e Superintendentes da CEF, e Banco do Brasil, da Receita Previdenciária em Varginha, além dos servidores da casa. O Delegado da Receita Federal em Poços de Caldas e o Delegado da Receita Previdenciária em Varginha fizeram os discursos de praxe e após promovemos um café da manhã para os convidados. A equipe do CAC teve a ideia de recepcionar cada novo integrante com um cartão de boas vindas e colocamos um vasinho de flores em cada mesa que preparamos para os novos colegas Com toda a equipe mobilizada correu tudo como prevíamos, uma certa movimentação intensa no início até a o fluxo normal no decorrer dos trabalhos. Seis anos depois, ainda que a integração de procedimentos e sistemas não ocorreu na sua plenitude, pode-se dizer que a decisão da unificação foi acertada, diante da eficiência, otimização de aparato organizacional, padronização e unificação do trabalho de administração tributária.
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