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Comentário dos Art’s Da Posse e sua Classificação - Do art. 1.196 ao art.1.203 Posse é o exercício do direito de propriedade. Detém a posse direta aquele que possui materialmente a coisa, ou seja, aquele que tem a coisa em seu poder como, por exemplo, o locatário. Exerce a posse indireta o proprietário da coisa, o qual, apesar de possuir o domínio do bem, concede ao possuidor direto o direito de possuí-la temporariamente. Classificação da Posse Quanto aos vícios objetivos – estão relacionados ao modo de aquisição da posse, o exercício da posse em si; sobre a coisa em si. Justa – quando não é violenta, precária ou clandestina. Injusta – quando for violenta, clandestina ou precária Violenta – constrangimento, energia desmedida, violência física ou moral; Clandestina – é posse tomada às ocultas, sem oferecer ao titular do direito a oportunidade de defesa. Precária – é uma posse que decorre de abuso de confiança, aquela pessoa que deve devolver a coisa, mas não o faz. Quanto aos vícios subjetivos – está relacionada a pessoa, a conduta da pessoa. Forma como o indivíduo percebe sua posse. Boa Fé–aquele que ignora os obstáculos ou impedimentos à aquisição da posse Art. 1.201 CC. Real – de fato não existe vício. Presumida – tiver justo título na medida em que causa no possuidor que ele tem o direito, mas pode haver algum defeito admitindo prova em contrário Má Fé – tem consciência do erro. Quanto à duração: nova e velha Doutrina: efeito processual, porque se aplica a regra do prestígio quanto ao tempo que se está na posse. Posse nova é a posse que data de 1 ano até 1 dia, Posse velha mais de 1 ano e 1 dia Da Aquisição da Posse – Do art. 1.204 ao art. 1.209 AQUISIÇÃO DA POSSE. Aquisição da posse é diferente de aquisição da propriedade, além disso é de suma importância a data inicial que a posse foi adquirida, para contagem de diversos prazos. MODOS DE AQUISIÇÃO DA POSSE: A posse se adquire por qualquer modo que torne possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade (Art. 1.204, CC/02). Modos originários de aquisição da posse: A posse é originária quando não há consentimento do anterior possuidor, diferente do que ocorre na posse derivada, nessa última existe a anuência do anterior possuidor. QUEM PODE ADQUIRIR A POSSE: A posse poderá ser adquirida pela própria pessoa ou seu representante ou por terceiro sem mandato, desde que depois seja ratificado o mesmo (Art. 1.205, CC/02). Dos Efeitos da Posse – Do art. 1.210 ao art. 1.222 Um possuidor pode utilizar a coisa, contanto que não obstrua a utilização dos demais possuidores. Um dos composseiros pode manejar Ação Possessória na defesa de todos, não havendo a necessidade de litisconsórcio, busca o interesse da coletividade, estando ele afetado por este interesse. Efeito Instrumental Judicial Requer na justiça um Mandado proibitório a fim de que incida sanção ou multa. Da Perda da Posse – Do art. 1.223 ao art. 1.227 O (Art. 1.223, CC/02), diz que perderá a posse, qualquer meio que tire o poder da pessoa sobre a coisa, mesmo que contra sua vontade. Assim a posse poderá ser perdida pelo abandono, abandono esse que significa o não interesse do proprietário naquela coisa, essa vontade de não mais ser dono, cuidado, nem sempre o abandono da posse quer dizer que a pessoa abandonou a propriedade. Outra forma de perda da posse é pela tradição, estudada em outro momento, temos também pela perda propriamente dita da coisa, momento em que o dono perde a coisa sem saber onde ela foi parar, essa perda é confirmada quando cesso as buscas por determinada coisa. A perda poderá ainda ser pela destruição da coisa, exemplo é o animal que morre, etc. a perda ainda se dará quando o domínio econômico sobre a coisa for inviável, caso em que um campo é invadido pelo mar, por exemplo. A perda pode ser também pela posse de outro, desde que o primitivo possuidor não corra atrás do que é seu. PERDA DA POSSE PARA O AUSENTE: O ausente que toma ciência o esbulho sobre sua coisa e permanece na situação de inerte ou tenta reaver a coisa, mas é repelido de forma violenta, perderá a coisa (Art. 1.224, CC/02). Nada impede que o ausente tente reaver a coisa por meio de ações possessórias, contudo, esse artigo entra em contradição com a própria lei.
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