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PROCESSO LEGISLATIVO

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PROCESSO LEGISLATIVO 
É uma sequência de atos tendentes a um determinado fim, ou seja, um processo de elaboração das espécies normativas (art. 59, CF) e que varia de acordo com cada uma delas. Assim, o processo legislativo sofre variações segundo a espécie normativa que irá ser introduzida no sistema. 
PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO
PRE CONSTITUTIVA INICIATIVA
Capacidade concedida pela CF para um ente apresentar um projeto de lei.
Possuem iniciativa do processo legislativo as seguintes pessoas:
O Presidente da República;
Qualquer Deputado ou Senador;
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional;
O Supremo Tribunal Federal, os tribunais superiores e o Tribunal de Contas da União;
O Procurador-Geral da República; (poder limitado em matéria)
A população (art. 61, § 2º, da CF) no processo legislativo municipal, a iniciativa tem que ter interesse específico do Município, da cidade ou de bairros (art. 29, XIII).
A iniciativa, dependendo da matéria, pode ser classificada:
Concorrente (comum ou geral) - órgãos integrantes do Poder Legislativo, ao Presidente da República e à população (art. 61, § 2º, CF);
Reservada (exclusiva ou privativa) - a Constituição indica expressamente uma ou mais pessoas com capacidade;
Vinculada - uma ou mais pessoas indicadas pela Constituição, porém o titular não pode ter a oportunidade de oferecer o projeto, mas tem o dever de fazer em determinado prazo, como exemplo, o projeto orçamentário, (art. 35, § 2º, III CF);
Atribuída - atribui a iniciativa exclusivamente aos integrantes do Poder Legislativo, hipóteses (art. 52, XIII e art. 51, IV, CF);
A iniciativa, em regra, é concorrente. Em casos excepcionais, a Constituição reserva a iniciativa de projetos de lei sobre determinadas matérias a uma ou algumas dessas pessoas, para elas determinar o momento e a oportunidade de apresentar o projeto de lei. 
Iniciativa reservada:
Competência do Presidente da República sobre:
Leis que fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
Leis que disponham sobre:
Criação de cargos, funções ou empregos públicos na Administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
Organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da Administração dos Territórios;
Servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade;
Organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
Criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da Administração Pública.
Sobre a organização do Ministério Público da União, o Procurador-Geral da República (CF, art. 128, § 5º) detém iniciativa com o Presidente da República.
A Câmara dos Deputados tem iniciativa reservada sobre assuntos exclusivos de seu interesse (CF, art. 51, IV), assim como o Senado Federal (art. 52, XIII). 
O Poder Judiciário - Supremo Tribunal Federal, tribunais superiores e os Tribunais de Justiça (CF, art. 96, II) – tem a iniciativa para as matérias de seu interesse exclusivo, no inciso II. O Tribunal de Contas da União também exerce iniciativa reservada nessas matérias.
	- O Tribunal de Contas da União detém iniciativa à estrutura do Ministério Público (CF, art. 130), órgão que é distinto daquele fixado pelo art. 128, cuja iniciativa é facultada ao Procurador-Geral da República, por lei complementar. No caso, a lei será ordinária, pois não foi solicitada outra explicitamente.
- O Supremo Tribunal Federal entende que a regra do art. 61, § 1º - iniciativa reservada do Chefe do Poder Executivo Federal - deve estar presente nas Constituições Estaduais, deferindo-se ao Chefe do Poder Executivo Estadual (Governador do Estado). 
O Supremo Tribunal Federal detém iniciativa para propor lei complementar que disponha sobre o Estatuto da Magistratura (CF, art. 93).
Quando o projeto de lei é rejeitado, para que seja reapresentado na mesma sessão legislativa, é necessária a assinatura da maioria absoluta de qualquer das Casas Legislativas (art. 67 CF). 
- Caso o projeto seja da iniciativa do Chefe do Poder Executivo, tendo sido arquivado, pode ser reapresentado na mesma sessão legislativa, pela maioria absoluta de qualquer das Casas, fazendo incidir a regra do art. 67, mesmo em se tratando de iniciativa reservada.
- Caso o projeto tenha sido rejeitado em janeiro (em convocação extraordinária), pode ser reapresentado e votado regularmente (sem a regra do art. 67) a partir de fevereiro, pois a sessão de janeiro é considerada sessão extraordinária da anterior (do ano anterior).
*maioria absoluta: número subsequente à metade de todos os membros.
DISCUSSÃO
Ocorre em duas sedes: nas comissões permanentes e no plenário. Do ponto de vista material, analisa se o projeto quanto ao seu conteúdo e interesse público. A fase de discussão é a adequada para o oferecimento de emendas pelos parlamentares. Nos projetos de iniciativa reservada ou vinculada, o poder de emenda do Parlamento é limitado (art. 63, I e II, CF).
DELIBERAÇÃO
 A fase de deliberação é aquela em que o projeto é submetido a votação. Em regra, deve realizar-se no plenário, embora, no art.58, § 2º, I, CF, alguns possam ser sujeitos a votação nas comissões. 
Como consequência do sistema bicameral, a iniciativa deve ser apresentada na Casa iniciadora (em regra, a Câmara dos Deputados, salvo quando o projeto for iniciado por um Senador ou por comissão do Senado), que, após a discussão, leva a efeito a deliberação, a qual, respeitada a maioria em lei para aquela espécie normativa, pode aprovar ou rejeitar o projeto. Caso aprovado, deve ser encaminhado à Casa revisora (em regra, o Senado Federal), onde, após nova discussão, é submetido a votação, ensejo em que pode ser definitivamente aprovado, rejeitado (caso em que é imediatamente arquivado) ou emendado, situação que implica seja o projeto novamente submetido à avaliação da Casa iniciadora.
O Presidente pode pedir urgência na apreciação de um projeto de lei de sua iniciativa, hipótese em que ele deve ser votado em 45 dias em cada Casa, reservando-se 10 para apreciação das emendas, se existirem.
 Caso não tenha feito a votação no prazo, será ele incluído na pauta do dia, antes da votação de outras matérias. Os prazos acima não ocorrem durante o recesso e não podem ser aplicados aos projetos de código.
O projeto rejeitado só pode ser objeto de nova deliberação quando constar pedido da maioria absoluta de qualquer das casas do Congresso Nacional. Trata-se de uma hipótese de iniciativa reservada à maioria absoluta de qualquer das Casas Legislativas.
SANÇÃO OU VETO
Caso aprovado é remetido ao Poder Executivo, que se incumbirá de sancionar ou vetar.
REGRA: art. 66, CF A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, o sancionará.
A sanção é o ato pelo qual o poder executivo manifesta sua aceitação ao projeto de lei. Essa sanção pode ser expressa ou tácita. É expressa quando lançada no projeto.
Tácita quando manifestada pelo silêncio do presidente da República no prazo de 15 úteis que possui para avaliação do projeto.
O veto é a manifestação de discordância do projeto, que só pode ser expressa a manifestação de vontade do Chefe do Poder Executivo. O veto pode ter dois fundamentos: contrariedade ao interesse público ou inconstitucionalidade.
Pode ser suspensivo ou superável, ou seja, seu efeito pode ser derrubado pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso, em sessão conjunta.
Portanto, o veto é a participação do Presidente da República no processo legislativo, consistindo para sua aprovação, podendo, no entanto, ser superado, demonstrando que não é de ato terminativo para o processo de elaboração da lei.
Pode ser total ou parcial. Se parcial só pode abranger texto integral de artigo,parágrafo, inciso ou alínea (§ 2º, art. 66 CF).
Apresenta duas fases (§ 1º, art. 66, CF): a publicação e o envio dos motivos do veto ao Presidente do Senado Federal em 48 horas da publicação. A inexistência de qualquer dessas fases invalida o veto, tomando-o sanção tácita.
 PROMULGAÇÃO
Ato pelo qual o Chefe do Poder Executivo confirma que a ordem jurídica foi inovada validamente. Possui dois efeitos: tomar conhecidos os fatos e atos geradores da lei e indicar que esta válida, executável e obrigatória.
É um ato de competência do Presidente da República, possui o prazo de 48 horas a partir da sanção, expressa ou tácita, ou da superação do veto. Caso não o faça no prazo, a competência passa para o Presidente e para o Vice-Presidente do Senado Federal.
Nos processos de emenda constitucional, resolução e decreto legislativo, a promulgação não é ato do Poder Executivo.
PUBLICAÇÃO
Ato que dá conhecimento público da existência do ato normativo. Deve ser feita por veículo oficial, e a data da publicação é o início do período de vacância que é de 45 dias.
QUADRO RESUMO
	INICIATIVA
	DISCUSSÃO
	DELIBERAÇÃO* aprovação ou rejeição
	SANÇÃO OU VETO
(superável por maioria absoluta)
	PROMULGAÇÃO
	PUBLICAÇÃO
* Caso aprovado, o projeto deve ser discutido e votado no Senado, de onde, se novamente aprovado, deve então ser remetido ao Presidente da República para sanção ou veto. 
BIBLIOGRAFIA: Araujo, Luiz Alberto David – Curso de Direito Constitucional / Luiz Alberto David Araujo, Vidal Serrano Nunes Junior – 19 ed. rev. atual. até a EC 84 de 2 de dezembro de 2014 – São Paulo : Editora Verbatim, 2015.

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