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Bioquímica Geral Carboidratos Professor Dr. Miguel Angel Aparicio Rodríguez Introdução • Mais da metade do carbono orgânico do planeta está armazenado em apenas duas moléculas de carboidratos: amido e celulose. • Ambos são polímeros do monômero glicose, diferenciando-se apenas pela forma na qual estão ligados. • A glicose, oxidada em CO2 e H2O, é nossa fonte primária de energia. • A celulose, o componente principal das paredes celulares (células vegetais) e de algodão e madeira, é um polímero cujos monômeros encontram-se no mesmo plano. Processo de oxidação A oxidação do açúcar fornece energia para a realização dos processos vitais dos organismos. A oxidação (completa) fornece CO2 e H2O. Cada grama fornece aproximadamente 4 kcal, independente da fonte. O oposto desta oxidação é o que ocorre na fotossíntese. Principais funções dos carboidratos Estrutura celular : peptídeosglicanos, proteoglicanos, quitina e celulose; Reserva energética: glicose, amido, glicogênio. Bloco elementar dos carboidratos Açúcar simples (monossacarídeos) Cadeia carbônica não ramificada Ligações C-C simples 1 carbono ligado ao oxigênio através de dupla ligação (grupo carbonila) Na extremidade: aldeído Outra posição da cadeia: cetona A terminação do nome é “ose”…fructose, glucose, sacarose Aldose Cetose Tipos de açucares simples Aldose x Cetose CARBOIDRATOS DEFINIÇÃO São poliidroxidaldeídos ou poliidroxi-cetonas ou Substâncias, que por hidrólise, fornecem esses compostos Classificação dos carboidratos Monossacarídeos: unidade funcional dos carboidratos; Oligossacarídeos: estrutura formada pela associação de 2 a 20 moléculas de monossacarídeos unidos formando uma só molécula; Dissacarídeos (principal tipo de oligossacarídeo): formado por duas unidades de monossacarídeos. Polissacarídeos: estrutura formada pela associação mais de vinte (20) unidades de monossacarídeos. Monossacarídeos O nome genérico do monossacarídeo é dado baseado no número de carbonos mais a terminação “ose”. 03 carbonos – trioses 04 carbonos – tetroses 05 carbonos – pentoses 06 carbonos – hexoses 07 carbonos – heptoses Estrutura dos carboidratos: Monossacarídeos São opticamente ativas Moléculas com N centros quirais Estereoisômeros são divididos em dois grupos que diferem na configuração do centro quiral mais distante do grupo carbonila: D isômeros e L isômeros. Grande maioria das hexoses naturais são em configuração D Ciclização de Monossacarídeos Ciclização de monossacarídeos - Formação de Hemiacetais CICLIZAÇÃO DE MONOSSACARÍDEOS Monossacarídeos são agentes redutores Mudança de cor – intensidade - espectrofotometria Dissacarídeos São combinações de açúcares simples que, por hidrólise, formam duas moléculas de monossacarídeos, iguais ou diferentes. DISSACARÍDEO COMPOSIÇÃO FONTE Maltose Glicose + Glicose Cereais Sacarose Glicose + Frutose Cana-de-açúcar Lactose Glicose + Galactose Leite Ligação Glicosídica (maltose) Ligação Glicosídica (maltose) D-galactosidase ou lactase intestinal: comum a ausência em africanos e orientais - Intolerância à lactose Um dos produtos da hidrólise do amido Formado somente por plantas Fonte de armazenamento de energia presente na hemolinfa de insetos POLISSACARÍDEO FUNÇÃO E FONTE Glicogênio Açúcar de reserva energética de animais e fungos Amido Açúcar de reserva energética de vegetais e algas Celulose Função estrutural. Compõe a parede celular das células vegetais e algas Quitina Função estrutural. Compõe a parede celular de fungos e o exoesqueleto de artrópodes Ácido hialurônico Função estrutural. Cimento celular em células animais Homopolissacarídeos: forma de armazenamento de energia (amido e glicogênio) e componente estrutural de parede celular de vegetais e exoesqueleto (celulose e quitina) Heteropolissacarídeos: suporte extracelular em muitas formas de vida e componente estrutural de parede celular de bactérias Polissacarídeos ou glicanos Amilose Amilopectina Cadeia reta, não ramificada, de 250 a 300 resíduos de D-glicopiranose, ligadas por pontes glicosídicas α-1,4. Menos hidrossolúvel que a amilose, constituída de aproximadamente 1400 resíduos de α-glicose ligadas por pontes glicosídicas α-1,4, e ligações α-1,6 a cada 24 ou 30 moléculas. Amilose: linear, ligações glicosídicas (14) Amilopectina: ramificado; ligações glicosídicas (14) e (16) a cada 24 a 30 resíduos Gligogênio Muito semelhante a amilopectina: ligações alfa-(1-4) e alfa-(1-6), no entanto a ligação alfa-(1-6) ocorre a cada 8 a 12 glicoses tornado-o mais ramificado que a amilopectina. A enzima glicogênio-fosforilase remove unidades de glicose do glicogênio (uma por vez) a partir do final não-redutor. Celulose É o principal componente estrutural das plantas, especialmente de madeira e plantas fibrosas. Apresenta cadeias individuais reunidas por pontes de H, que dão às plantas fibrosas sua força mecânica. Os animais não possuem as enzimas celulases, que são encontradas em bactérias, incluindo as que habitam o trato digestivo dos cupins e animais de pasto, como gados e cavalos. 10.000 a 15.000 D-glicose cadeias lineares alinhadas lado a lado e estabilizadas por ligacões de H intra- e intercadeias Polissacarídeos – Quitina • É semelhante à celulose, em estrutura e função, com resíduos ligados por ligações glicosídicas ß (1 → 4). • Difere-se da celulose na natureza de monossacarídeos; na celulose o monômero é a ß-D-glicose, e na quitina o monômero é a N-acetil- ß-D-glicosamina. • Possui papel estrutural e apresenta boa resistência mecânica (filamentos individuais unidos por pontos de H). Principal componente do exoesqueleto de artrópodes: insetos, caranguejos, lagostas. Digestão: boca A saliva contém uma enzima que hidrolisa o amido: a amilase salivar (ptialina), secretada pelas glândulas parótidas. A amilase salivar consegue hidrolisar apenas 3 a 5 % do total, pois age em um curto período de tempo, liberando dextrinas forma de maltose e isomaltose). Glândula salivar -amilase amilose glicose maltose maltotriose dextrina amilopectina dextrina limite α Digestão: estômago A amilase salivar é rapidamente inativada em pH 4,0 ou mais baixo, de modo que a digestão do amido iniciada na boca, cessa rapidamente no meio ácido do estômago. -amilase continua a digestão por até meia hora no interior do bolo alimentar Digestão: intestino Duodeno: A amilase pancreática é capaz de realizar à digestão completa do amido, transformando-o em maltose e dextrina. Intestino Delgado: Temos a ação das dissacaridases ( enzimas que hidrolisam os dissacarídeos), que estão na borda das células intestinais. -amilase e -amilase pancreática - Seqüência de aa diferentes - Propriedades catalíticas idênticas - Atuam em pH neutro ou alcalino Controle glicêmico
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