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Resumo Poder Judiciário (Salvo Automaticamente)

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DIREITO CONSTITUCIONAL
PODE JUDICIÁRIO
UNIDADE I: PODER (FUNÇÃO) JUDICIÁRIO – ART. 92 À 126
A Jurisdição hoje é monopólio do Judiciário do Estado, segundo o art. 5º XXXV da CR/88. Anteriormente, ao período moderno havia jurisdição que não dependia do Estado, os senhores feudais possuíam jurisdição dentro de seu feudo; os donatários donos das capitanias hereditárias no Brasil Colonial possuíam jurisdição criminal nos territórios de seu domínio; entre outros exemplos. Alguns questionam se a arbitragem seria uma exceção à função jurisdicional do Estado, o que não se confirma na prática, pois é possível recorrer à justiça, tendo está a última palavra. 
É o terceiro poder atribuído a União, seus órgãos têm por função compor conflitos de interesses em cada caso concreto, chamada de função jurisdicional ou jurisdição, que se realiza por meio de um processo judicial com fundamento em ordens gerais e abstratas, que são ordens legais. Constantes ora de corpos escritos que são as leis, ora pelos costumes, ou de simples normas gerais.
O exercício da Jurisdição pelo Poder Judiciário tem o objetivo inicial de pacificar as partes em conflito, contudo, o seu objetivo primordial é a pacificação da sociedade, pois será ele o responsável por eliminar aquela situação conflituosa dizendo quem tem o direito concreto diante da situação que lhe foi apresentada. O Judiciário existe para garantir o direito de todos e consequentemente a paz social com a eliminação dos conflitos através do exercício da jurisdição. 
LEGISLAÇÃO X JURISDIÇÃO
Função Jurisdicional: a decisão tem alcance restrito e concreto. No Brasil, como exceção, há a possibilidade no controle de constitucionalidade do efeito ser erga omnes.
Função legislativa: caráter geral e abstrato quanto às leis.
Função Jurisdicional # Função executiva: Nas palavras de Giuseppe Chiovenda “A Jurisdição é concebida como uma atividade secundária no sentido que ela substitui a vontade ou a inteligência de alguém, cuja atividade será primária, enquanto o administrador exerce a atividade secundária no sentido de que a desenvolver ao seu próprio interesse.
Obs: O Estado só pode fazer o que o Estado autorizar. A lei nasceu antes, então a função legislativa é primaria e o executivo e judiciário são secundários que têm por finalidade a interpretação da lei. Em tese quando o Estado interpreta é a favor do executivo e o judiciário em favor da sociedade. 
JUSTIÇA FEDERAL E ESTADUAL
	1º Instância
	Juiz Monocrático
	Dão sentença
	Audiência
	2º Instância
	Desembargador
	Órgão Colegiado, dão acórdãos.
	Sessão de julgamento
	3º - Tribunais Superiores (Instância Superior)
	Ministros
	Órgão Colegiado, dão acórdãos.
	Sessão de julgamento
Não existe hierarquia entre elas, tendo em vista que algumas matérias já são julgadas de forma originária na 2º e 3º.
A 1º Instância se subdivide em Entrâncias e Comarcas. Comarca é a divisão territorial de atuação de um juiz, pode corresponder há um ou mais municípios, cada comarca é uma Entrância, porém não são sinônimos, são classificadas administrativamente, em entrâncias, de acordo com alguns critérios, como o nº de processos, população, tamanho dos municípios, etc. 
Ex. 1º entrância – Manga / 2º entrância / Entrância Especial de BH. Serve para promoção dos juízes até chegarem na especial e tornarem desembargadores.
ART. 92. SÃO ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO: Não ocorre uma hierarquia e sim uma divisão de tarefas.
O Conselho Nacional de Justiça não pode ser considerado como um órgão do judiciário, pois ele possui função interna, é meramente administrativo. Não exerce função jurisdicional é um órgão de controle externo. 
I - o Supremo Tribunal Federal;
Corte mais importante do país, guardião da CR/88, cuida de matérias constitucionais.
I- A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I- A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO JUDICIÁRIO
	Estatuto da Magistratura – é uma Lei Complementar, de iniciativa do STF, que conterá regras sobre a carreira da magistratura nacional, observado os princípios constitucionais sobre o ingresso, a promoção, o acesso aos Tribunais, os vencimentos, a aposentadoria e seus proventos, a possibilidade dos julgamentos e a constituição de órgãos especial nos Tribunais. 
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
	O ingresso na carreira, será de juiz substituto, através de concurso de provas (conteúdo técnico) e títulos (alguém com mínimo de experiência e conquistas professionais e acadêmica). O Juiz substituto permanece à disposição do Tribunal.
A OAB deverá acompanhar todas as fases do concurso, da publicação do edital à homologação do concurso. É exigido o bacharelado em Direito e no mínimo 03 anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação. 
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes normas:
	
Os magistrados serão promovidos de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: 
é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;
Se o candidato estiver na lista por 3x por merecimento de forma consecutiva ou 5x de forma alternada obrigatoriamente ocorrerá a promoção. 
As vagas de promoção são feitas uma a uma, independente do nº de vagas, sempre atendendo a alternância entre merecimento e antiguidade. 
Observações: Instância é o grau de jurisdição. Decorre do princípio do duplo grau de jurisdição implícito em nossa CR/88. Ex. Os juízes de Direito representam os órgãos da 1º Instância da Justiça Comum Estadual ao passo que o Tribunal de Justiça representa a 2º Instância, no caso o Tribunal de Justiça. 
O conceito de instância é o momento e o local de exercíciosda jurisdição. Tem correlação com o processo e com o grau de julgamento perante o Judiciário. A Entrância é a classificação administrativa do cargo do magistrado para que ele seja promovido na respectiva carreira, ora por merecimento ora por antiguidade, tem como conceito o que está sendo classificado é o cargo do magistrado, sua posição na respectiva carreira de magistratura. 
a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
	
Pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar – vale dizer que não é mais possível promover por merecimento juiz de posição qualquer no quadro da magistratura; além de ter merecimento há que estar entre o quinto mais antigo.
aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
Tenta-se aqui dar alguma objetividade à aferição do mérito. O merecimento é aferido conforme o desenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento.
na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
Na apuração por antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação.
Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
O juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão não será promovido, essa medida tem como objetivo realizar o cumprimento do direito a duração razoável do processo nos termos do inciso LXXVIII acrescido do art. 5 pela EC 45. 
	Essa medida foi introduzida pela EC-45/2004, que destina-se a realizar o cumprimento do direito à duração razoável do processo nos termos do inc. LXXVIII acrescidos do art. 5 pela mesma EC 45/04.
	 
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
	Far-se-á por antiguidade e por merecimento, alternadamente, apurados na última entrância ou única entrância. Em qualquer hipótese, aplicar-se-ão, para o acesso, as regras vistas acima para a promoção de magistrados. O acesso do juiz de carreira, nos Estados e DF, agora, se faz exclusivamente aos respectivos Tribunais de Justiça, uma vez que o art. 4 da EC 45 extinguiu os Tribunais de Alçada, onde havia, determinando que seus membros passem a integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos Estados, respeitadas a antiguidade e classe de origem – ou seja, quem era da carreira da magistratura ocupará no Tribunal, vaga dessa natureza, quem subiu pelo quinto dos advogados e membros do MP assim continuará. A importância disso está no fato de que, na vacância do cargo no Tribunal, seu provimento há de fazer-se segundo a classe de origem do desembargador que o ocupava. 
	O Juiz que chegou na entrância final, pode ser promovido a desembargador (2º Instância) através do merecimento ou antiguidade. Importante observar o art. 94 – Para se tornar desembargador: 
4/5 das vagas são destinadas aos juízes de carreira conforme critérios do art. 93, III e 1/5 na forma do art. 94 CR/88, ou seja, OAB 1/10 e MP tem 1/10 das vagas (1/5). Ex. TJMG possui 130 desembargadores: 13 vagas são destinadas para OAB, 13 vagas ao MP, 52 por merecimento e 52 por antiguidade. 
Para indicação da OAB e do MP é necessário:
Que um desembargador (que esteja preenchendo a vaga) venha a falecer, aposentar ou renunciar, após isso irá abrir o edital;
Sendo necessário comprovar 10 anos de atividade jurídica, reputação ilibada, notário saber jurídico;
Após serão indicados para uma lista sêxtupla escolhida pelos órgãos representantes;
Depois a mesma será enviada ao STF que escolherá 03 candidatos e o executivo que nos 20 dias subsequentes escolherá um de seu interesse para nomeação. 
IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamente a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Trata-se de um novo requisito para aquisição da vitaliciedade pelo magistrado que ingressa na carreira através do cargo de Juiz Substituto. Antes da inserção do dispositivo em comento, bastava o decurso de 02 anos como Juiz Substituto para que a vitaliciedade consumasse. Agora, além dos dois anos de estágio probatório, o magistrado precisa participar de cursos ministrados na respectiva escola judicial ou em instituição reconhecida por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados. 
	O sistema de concurso tem como objetivo evita esse constrangimento; se nenhum se apresentar, não haverá a promoção não desejada. A lei complementar, prevista no art. 93, poderá generalizar a toda a magistratura nacional o sistema de concurso de promoção, que não contraria norma constitucional, porque se limita apenas a formar uma lista de quem quer ser promovido por merecimento. 
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º ;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) - Não será cobrado
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) - Não será cobrado
VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca; 
Em regra ele reside em um dos municípios da comarca, salvo por determinadas condições, desde que não prejudique o exercício da jurisdição, poderá o Tribunal autorizar o juiz a residir em outra comarca. 
VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto de dois terços do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa;
	Sempre que se falar em ampla defesa automaticamente fala-se em contraditório, se o juiz estiver causando problemas a sua primeira punição é a remoção.
Remoção: os magistrados detêm garantia constitucional da inamovibilidade. Em regra, não podem ser removidos contra a sua vontade do órgão judiciário no qual exercem a sua competência. Contudo, caso exista interesse público na remoção do magistrado para outro órgão ou comarca poderá o Conselho Nacional de Justiça ou respectivo Tribunal determinar remoção obrigatória (compulsória, contra a vontade) do magistrado, porém o mesmo permanecerá recebendoos benefícios de juiz, ou seja, ele fica apenas suspenso. 
Disponibilidade: hipótese em que o CNJ ou respectivo Tribunal afasta temporariamente o magistrado do exercício da jurisdição. Nessa, situação, o apenado não deixa de ser magistrado, mas é colocado em disponibilidade durante determinado período, por ter cometido algum ato administrativo ou disciplinar inadequado ao exercício de sua função. 
Aposentadoria compulsória: trata-se de aposentaria contra a vontade do magistrado. Seja por motivo de invalidez, ou então, pela prática contínua de atos que, apesar de não serem considerados crimes, se revela, inadequados ao exercício da jurisdição. Vale ressaltar que, uma vez adquirida a vitaliciedade, o magistrado somente perderá o cargo caso exista uma sentença penal condenatória transitado em julgado contra ele. 
Remoção voluntária e permuta entre magistrados (art., 93, VIII-A): de comarca igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a,b,c e e do inciso II do art. 93.
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes;
	
Todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e seus advogados, ou somente a estes, em casos no quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique interesse público à formação. 
A decisão sempre será fundamentada (absoluta), maior causa de nulidade de decisão é a fundamentação incompleta. Fundamentar é dizer qual preceito legal, o artigo de lei que está sendo aplicado ao caso concreto.
X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; A EC 45 acrescentou a expressão sessão pública.
	As decisões públicas são motivadas em sessão pública, o que é o mesmo que fundamentadas e públicas como julgamentos e decisões jurisdicionais, sendo a disciplinares, tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros (do tribunal, não de órgão especial), inclusive as de remoção, disponibilidade ou aposentadoria por interesse público, como visto.
Decisões Administrativas = públicas e motivas.
Decisões administrativas de caráter disciplinar = públicas, motivas e tomadas pela maioria absoluta.
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais da competência do tribunal pleno.
	Promovendo-se metade faz vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; quer-se, com isso, evitar uma composição só com os magistrados mais antigos, supondo que a eleição vai selecionar membros mais jovens para o órgão especial – o que poderá ocorrer, mas não necessariamente. A instituição do órgão é facultativa ao próprio tribunal, permitindo mais liberdade e independência de organização interna aos tribunais, o que está em harmonia com os princípios da CR.
Uma vaga sempre será do Presidente do Tribunal, ele em regra não participa da votação, só em algumas exceções. Podem constituir o órgão especial (criado para substituir o pleno em alguns processos) aquele que possuir mais de 25 julgadores, são exigidos no mínimo 11 e no máximo 25 membros para constituir o respectivo órgão especial, será composto metade por antiguidade e a outra metade por eleição do Tribunal Pleno (reunião de todos os julgadores do respectivo tribunal).
XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). – Fim das férias coletivas
XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) - número de juízes na unidade jurisdicional
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) – atos de administração e mero expediente.
XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) – distribuição imediata dos processos.
GARANTIAS DO JUDICIÁRIO
	A primeira parte do art. 95 CR/88 dispõe sobre as garantias para que a magistratura brasileira exerça suas funções com imparcialidade. Assim, não constituem privilégios, mas sim, disposições essenciais para a preservação no tocante ao exercício da jurisdição. 
GARANTIA INSTITUCIONAIS DO JUDICIÁRIO: Gestão do Tribunal – são aquelas que protegem o judiciário como um todo.
A garantia de autonomia orgânico-administrativa, compreende a independência na estruturação e funcionamento de seus órgãos e a garantia de autonomia financeira, como independência na elaboração e execução de seus orçamentos. 
Administrativa: Aos tribunais em geral, para: eleger seus órgãos diretivos; elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e funcionamento de seus órgãos jurisdicionais e administrativos; etc. Enfim, refere-se a independência na estruturação e funcionamento dos órgãos do judiciário na elaboração e execução dos seus orçamentos. O Tribunal terá independência nos órgãos, funcionários, salários, tarefas, etc.
Financeiras: (art.99) só consta da autonomia financeira, a administração é tratada no art. 96, quem faz o projeto de lei orçamentária é o executivo, no que se refere ao executivo o uso do orçamento será toda detalhado, já o legislativo, judiciário e MP apenas será definido o valor orçamentário e a gestão desse será feita pelos órgãos responsáveis. A autonomia se encontra na gestão. 
GARANTIAS FUNCIONAIS DO JUDICIÁRIO: São as garantias que a CR estabelece em favor dos juízes, para que possam manter sua independência e exercer a função jurisdicional como dignidade, desassombro e imparcialidade, podem ser agrupadas em duas categorias: a) garantias de independência dos órgãos judiciários; b) garantias de imparcialidade dos órgãos judiciários. 
A) GARANTIAS DE INDEPENDÊNCIA DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS;
Vitaliciedade: É uma prerrogativa da instituição judiciária, não da pessoa do juiz. Uma vez tornado vitalício, isto é, titular do cargo por toda a vida, o juiz dele só pode ser afastado por vontade própria e apenas o perderá por sentença judiciaria ou aposentadoria compulsória ou disponibilidade. No primeiro grau só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitado em julgado.
Inamovibilidade: refere-se à permanência do juiz no cargo para o qual foi nomeado, não podendo o tribunal e menos ainda o governo designar-lhe outro lugar, onde deva exercer suas funções. Contudo, poderá ser removido por interesse público em decisão pelo voto da maioria absoluta do tribunal a que estiver vinculado. Pode ser removido, a pedido ou por permuta com outro magistrado de comarca igual entrância, atendidas, no que couber, as regras previstas nas alíneas a, b, c e d do inc. II, do art. 93, referente as promoções; mas pode também ser removido compulsoriamente, por interesse público por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça assegurada ampla defesa. 
Irredutibilidade de subsídio: Significa que o subsídio dos magistrados não pode ser diminuído nem mesmo em virtude de medida gera, mas a CR determina que fica sujeito aos limites máximos previstosno art. 37 e ao imposto de renda como qualquer contribuinte, ressalvado o disposto nos art. 37, X e XI; 39, §4º; 150, II; 156, III e §2, I. 
B) GARANTIAS DE IMPARCIALIDADE DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS: aparece na CR, sob forma de vedações aos juízes, denotando restrições formais a eles. Mas, em verdade, cuida-se aí, ainda, de proteger a sua independência e, consequentemente, do próprio judiciário. Art 95.
Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
Dedicar-se à atividade político-partidária;
Receber a qualquer título e pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei
Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL
	O Brasil adota o controle de constitucionalidade por ação ou por omissão, e o controle de constitucionalidade é o jurisdicional, combinando os critérios difuso e concentrado, de competência do STF, devido a junção do controle difuso e concentrado, por seus efeitos serem contraditórios, e não ser possível uma “convivência”. No intuito de corrigir o problema o Judiciário criou a EC 03, Lei 9868/99, EC/45. Não é permitido pela via difusa dar efeito erga omnes é inconstitucional.
	O controle é feito por via de exceção, ou seja, que resolve pelos princípios processuais, qualquer interessado pode suscitar a questão de inconstitucionalidade, em qualquer processo, seja de que natureza for, qualquer que seja o juízo, busca a simples verificação da existência ou não do vício alegado, e por ADI e ADC.
	Vale ressaltar que a CR/88 mantém a regra da CR/34, no qual somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade. 
Controle de Constitucionalidade Difuso:
Qualquer juiz ou Tribunal pode fazer o controle;
Caso concreto;
Inter partis – vale apenas a parte interessada;
Efeito retroativo: ex tunc – como se jamais tivesse existido na realidade.
Controle de constitucionalidade concentrado:
Lei em tese (sem vale ou não);
Alcança a todos – erga omnes;
Efeito ex nunc: dali para frente;
ADI: AÇÃO DECLARATÓRIA DE INCONSTITUCIONALIDADE
	Ação direta de inconstitucionalidade genérica: O STF ao estatuir as decisões definitivas de mérito, nas ações diretas de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, produzirão eficácia contra todos (erga omnes) e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do judiciário e Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Seu julgamento consiste em desfazer os efeitos normativos (efeitos gerais) da lei ou ato – a eficácia da sentença tem exatamente esse efeito, e isto tem valor geral, evidentemente, e vincula a todos. Em suma, a sentença, aí, faz, coisa julgada material, que vincula as autoridades aplicadoras da lei, que não poderão mais dar-lhe execução sob pena de arrostar a eficácia da coisa julgada, uma vez que a declaração de inconstitucionalidade em tese visa precisamente atingir o efeito imediato de retirar a aplicabilidade da lei. Se não fosse assim, seria praticamente inútil a previsão constitucional de ação direta de inconstitucionalidade genérica.
Ação direta de inconstitucionalidade interventiva: visa não apenas obter a DI, mas também restabelecer a ordem constitucional no Estado, ou Município, mediante a intervenção
	Compreende três modalidades:
Interventiva: São interventivas porque são destinadas a promover a intervenção federal em Estado do Estado em Município, conforme o caso., que pode ser:
Federal por proposta exclusiva do Procurador-Geral da República e de competência do STF ou;
Estadual por representação do Procurador-Geral da Justiça do Estado.
Genérica: de competência do STF, destinada a obter a decretação de inconstitucionalidade, em tese, de lei ou ato normativo, federal ou estadual, sem outro objetivo senão o de expurgar da ordem jurídica a incompatibilidade vertical; visa exclusivamente a defesa do princípio da supremacia constitucional. De competência do TJ de cada Estado, visa declaração de inconstitucionalidade, em tese, de leis ou atos normativos estaduais e municipais em face da Constituição Estadual.
Supridora de omissão: Legislador, que deixa de criar lei necessária à eficácia e aplicabilidade de normas constitucionais, especialmente nos casos em que a lei é requerida pela CR; do administrador, que não adote as providências necessárias para tornar efetiva norma constitucional. 
CAPÍTULO I
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.
CAPÍTULO II
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Seção I
Da Admissibilidade e do Procedimento da
Ação Direta de Inconstitucionalidade
A ADI será de: CR/88 x Lei Federal e CR/88 x Lei Estadual (podendo ser uma parte da lei). 
Para ADC utiliza-se CR/88 + CPC + Lei específica = usadas para as ações constitucionais. Ex. Ação Civil pública, habeas data, mandado de segurança. 
Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: (Vide artigo 103 da Constituição Federal) – Corresponde ao art. 103 da CR/88. IV, V, IX são as exceções da legitimidade universal, precisando comprovar pertinência temática. Ex. Governador de MG pode entrar com uma ADI por uma lei estadual do Ceará se for pertinente à MG como tributos. 
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Parágrafo único. (VETADO)
Inicialmente percebe-se a inclusão de legitimados ativos especiais que, originariamente, não constam expressamente do artigo 103, caput da Constituição. O Governador do Distrito Federal e a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal foram incluídos em virtude de precedentes jurisprudenciais do Supremo Tribunal Federal autorizarem a dilatação desse rol de legitimados ativos para propositura de ação direta de inconstitucionalidade e de ação de inconstitucionalidade por omissão. O parágrafo único vetado afirma que "As entidades referidas no inciso IX, inclusive as federações sindicais de âmbito nacional, deverão demonstrar que a pretensão por elas deduzida tem pertinência direta como os seus objetivos institucionais." Na verdade o Presidente da República pretendia vetar apenas a expressão "federações sindicais", mas como não é admissível o veto a palavra isolada se viu obrigado a vetar todo o dispositivo. Reconhecendo inclusive que, com isso, contraria a jurisprudência, já consagrada, do Supremo Tribunal Federal, que exige dos legitimados ativos especiais a demonstração da pertinência temática como pressuposto de admissibilidade da ação direta de inconstitucionalidade.
Art. 3o A petição indicará: 
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;
Caso seja a lei inteira, devem ser impugnados todos os artigos, um por um.
II - o pedido, com suas especificações.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação. POR TRÊS VIAS, TENDO EM VISTA QUE É NECESSÁRIO, UMAVIA DE PROTOCOLO (as vias são: peça que segue os autos, contrafé e protocolo). Tudo que for relevante deve ser juntado na inicial.
Resta caracterizado, exatamente como já acontecia no âmbito jurisprudencial, a necessidade de advogado regularmente estabelecido nos autos. De todos os legitimados ativos (universais e especiais) apenas o Procurador Geral da República não precisará fazer-se representar por advogado. Interessante a questão de o Advogado Geral da União postular em nome do Presidente da República e, mais adiante, ser ouvido com a obrigação de defender a constitucionalidade do texto impugnado. Ainda que se trate de um processo abstrato esta situação esdrúxula deve ser colmatada pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Como já conseguimos perceber, por mais que tente, a lei não consegue sufocar a criatividade da jurisprudência.
Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. A primeira atividade do relator é ler a inicial e verificar inépcia (requisito formal e não de mérito, quando há falta de algum requisito na inicial, ex: cópia da lei impugnada, pagamento das custas, etc.), não fundamentação (justificativa do pedido) ou manifestação (relator “bate olho” e verifica que não há mérito aquele pedido – é uma questão de mérito. Ex. Discutir conflito de lei municipal) improcedente. 
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. (Quando o relator indeferir o pedido devido inépcia, não fundamentação ou manifestação é permitido recorrer pelo agravo (recurso) e é decidido pelo pleno). 
Em sede de ação direta de inconstitucionalidade o Supremo Tribunal Federal passa a admissibilidade do pedido por três crivos genéricos: a) legitimação ativa; b) demonstração de pertinência temática (apenas exigida aos legitimados ativos especiais; e c) o objeto juridicamente possível (normas constitucionais originárias, leis anteriores à Carta de 1988, atos tipicamente regulamentares, leis municipais, etc. não podem figurar como objeto de uma Adin). Portanto, entende-se inepta a petição inicial não apenas pela inobservância dos pressupostos do artigo anterior, mantém-se aqui, como antes, a liberdade de interpretação do alcance da norma.
Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. (a ação continua em curso, o relator irá intimar os órgãos envolvidos para prestar informações de como a lei foi feita, ou seja, tirar um xerox dos autos do processo legislativo de cada órgão. Nesse momento, não é defesa).
Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido.
Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.
§ 1o (VETADO)
§ 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. “Amicus Curiae” – Amigos do Tribunal no julgamento – é uma intervenção de terceiros (exceção do caput). Quando o STF discute matérias polêmicas ele pode abrir o “amicus curiae” dando oportunidade aos terceiros envolvidos apresentarem suas opiniões. Qualquer pessoa pode apresentar a peça e pode ser apresentado até o julgamento final. Se o relator entender que não é necessário, não cabe recurso. Do momento de abertura ao julgamento final pode haver o “Amicus curiae”
Art. 8o (+ art. 103, §1 e 3§)Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias. (PGE é o chefe do MP Federal, onde não é titular da ação exerce a função de fiscalizador do direito. Se ele entrou com a ação, não será fiscalizador da lei. Se for fiscal, dará um parecer (opinião) contrário ou favorável à ação. O Advogado-Geral da União deve ter opinião (a favor da constitucionalidade da lei) contrária à ação, até 15 dias, podendo ser antes. 
Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. (se os parágrafos forem acontecer, serão antes do relatório final, o caput fala o que ocorrerá depois dos parágrafos, sendo estes facultativos).
§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.
§ 2o O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição.
§ 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.
Seção II
Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade
Apesar da lei citar Medida Cautelar os art. 10, 11 e 12, serão tratados o pedido de liminar na inicial da ADI. Qualquer inicial de processo não se faz necessário o pedido de liminar, porém se for razoável poderá ser solicitado.
Para que a liminar seja deferida é necessário preencher dois requisitos: 
Perículum in Mora - perigo da demora (urgência da medida);
Fumus Boni Iuris (evidência do bom direito): convencer o julgador que de fato você tem aquele direito que está sendo pleiteado – mostrar a evidência que é detentor do direito. Argumentação, fundamentação, evidência da posse daquele direito. Ex. Cirurgia negada pelo plano de saúde, e tem o risco de morte, ocorrendo então o perigo da demora e a evidência do bom direito.
Uma liminar deferida não significa vitória no mérito, mas apenas urgência. No mérito, pode chegar a ser revogada. (Discussão de liminar # discussão de mérito).
Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, (o art. 22 falará sobre a decisão de inconstitucionalidade ou constitucionalidade: Para que a ação seja apreciada faz-se necessário a presença de pelo menos 8 ministros (2/3), que desses votem 6 ministros) após a audiência dos órgãos (sobre a liminar e não mérito) ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. A discussão da liminar precede qualquer discussão, o processo é parado para que primeiramente seja julgada a liminar. Em relação ao mérito, as partes que emanaram a lei impugnada ou o ato possuem 30 dias. Em relação a liminar o prazo é de 5 dias. 
§ 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias. Se a PGE for autora da ação ela não será ouvida. MP dará um parecer a favor ou contra a liminar. A AGU sempre irá contra a liminar é o papel dela. 
§ 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. Se for o caso se permite sustentação oral das partes envolvidas. 
§ 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. 
Uma das inovações mais significativas no sistema de controle de constitucionalidade sem dúvida foi a possibilidade de concessão de medidas liminares no controle abstrato. Não existe dúvida que a concessão de uma medida liminar em uma ação direta de inconstitucionalidadeproduz significativa alteração no ordenamento jurídico. Funciona como uma espécie de antibiótico emergencial a fim de evitar que o "vírus" detectado pelo sistema imunológico do organismo estatal continue a se reproduzir na corrente sanguínea do Estado, regulando de forma metabolicamente inconstitucional inúmeras relações jurídicas. Desta forma, a decisão concessiva de cautelar em Adin (art. 102, I, p da CR) há de ser dotada de eficácia geral, uma vez que trata de suspender a aplicação de um ato normativo até que o Supremo Tribunal Federal apresente à nação seu pronunciamento definitivo. Insta, porém, observar que tais efeitos somente se produzirão com a publicação em jornal autenticado da decisão liminar em tela. Assim, não restam dúvidas que, concedida a liminar, se impede a aplicação da lei por ela vitimada, inclusive em casos pendentes de apreciação, quer no âmbito administrativo quer nas instâncias judiciais. É verdadeira medida de caráter legislativo e, como tal, condiciona os poderes da República ao seu talante. Daí sua conseqüência mais imediata: a suspensão de todos os processos judiciais que tenham como objeto a aplicação da lei que teve sua vigência suspensa pela decisão cautelar. Ressalte-se que falamos em suspensão e não arquivamento sumário dos processos atingidos pela medida do Supremo.
Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo. (prazo de ATÉ 10 dias) – finaliza discussão do liminar e dá continuidade no processo.
§ 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. (no Brasil a regra é erga omnes e ex tunc, porém a regra geral muda na liminar mudando para ex nunc e permanece erga omnes. 
§ 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. (se for concebida liminar, caso a lei objeto da ADI tiver revogado uma outra, essa outra anterior volta a valer. A nova fica suspensa, salvo deliberação da maioria absoluta).
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação. (para que ocorra é necessário “pedir”, é uma antecipação do julgamento do mérito devido a urgência, (aqui não está falando sobre liminar) discutir o mérito de forma antecipada devido à urgência não podendo esperar o tramite legal, faz-se um rito sumário. É julgado pelo pleno – tendo em vista que é julgamento do mérito, sendo necessário a presença de 08 ministros e pelo menos 6 votos. 
Capítulo II-A
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (o art. 103, §2 da CR, existe uma ordem na CR para fazer algo e não é feita, fica inerte, omisso, o remédio é o art. 103, §2, ele dá apenas ciência, não serve para nada).
Seção I
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão
Art. 12-A.  Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por omissão os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Art. 12-B.  A petição indicará: (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa;  (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
II - o pedido, com suas especificações. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Parágrafo único.  A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, se for o caso, será apresentada em 2 (duas) vias, devendo conter cópias dos documentos necessários para comprovar a alegação de omissão. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Art. 12-C.  A petição inicial inepta, não fundamentada, e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Parágrafo único.  Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Art. 12-D.  Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, não se admitirá desistência. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Art. 12-E.  Aplicam-se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, as disposições constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei.  (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
§ 1o  Os demais titulares referidos no art. 2o desta Lei poderão manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
§ 2o  O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias.  (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
§ 3o  O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo para informações. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Seção II
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão
Art. 12-F.  Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22, poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
§ 1o  A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
§ 2o  O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador-Geral da República, no prazo de 3 (três) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
§ 3o  No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Art.12-G.  Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão no prazo de 10 (dez) dias, devendo solicitar as informações à autoridade ou ao órgão responsável pela omissão inconstitucional, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I do Capítulo II desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Seção III
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão
Art. 12-H.  Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
§ 1o  Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, tendoem vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
§ 2o  Aplica-se à decisão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, o disposto no Capítulo IV desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
CAPÍTULO III
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC)
Todas as reformas feitas a partir 1993 foram no sentido de tentar corrigir o conflito entre controle de constitucionalidade difuso (caso concreto) e concentrado, chamado de ação declaratória de constitucionalidade. No Brasil é necessário que toda lei que entra em vigor passe por esse controle. Requisito básico é haver controvérsias sobre a lei, juntar na inicial as evidências que mostrem as controvérsias.
Seção I
Da Admissibilidade e do Procedimento da
Ação Declaratória de Constitucionalidade
Art. 13. Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal: (Vide artigo 103 da Constituição Federal) – quem pode propor a ADC são os mesmo da ADI constantes no art. 103. 
I - o Presidente da República;
II - a Mesa da Câmara dos Deputados;
III - a Mesa do Senado Federal;
IV - o Procurador-Geral da República.
Art. 14. A petição inicial indicará:
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido; (porque defende que ela continue sendo válida)
II - o pedido, com suas especificações; (o que deseja daquela ação, se tem ou não pedido de liminar)
III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. (Faz-se necessário para ajuizar ADC, apresentação de provas, de que há controvérsias quanto à constitucionalidade de uma lei). 
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias (três vias), devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de constitucionalidade. (Ação pode ser subscrita pelo procurador geral da República, já que o mesmo não precisa de advogado para representação. No processo de ADC não terá a fase probatório, sendo necessário que todos documentos e provas sejam inseridos na inicial). 
Art. 15. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. (semelhante à ADI).
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.
Art. 16. Proposta a ação declaratória, não se admitirá desistência.
Art. 17. (VETADO)
Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação declaratória de constitucionalidade. (o Amicus Curia não existe na ADC, tendo em vista que os parágrafos § 1o  e § 2o  foram vetados).
§ 1o (VETADO)
§ 2o (VETADO)
Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao Procurador-Geral da República, que deverá pronunciar-se no prazo de quinze dias. (Somente a PGR é chamada. A AGU não é chamada pois o papel dela seria o de defender a constitucionalidade). 
Art. 20. Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. (semelhante ao art. 9)
§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. (
§ 2o O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma questionada no âmbito de sua jurisdição.
§ 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.
Seção II
Da Medida Cautelar em Ação Declaratória
de Constitucionalidade
Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta (tem que estar presente pelo menos 8 ministros e 6 votos) de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. (A liminar é para (e somente) suspender qualquer julgamento referente ao assunto, até mesmo uma ADI no Supremo. 
Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia. (não obriga o STF a julgar em 180 dias, mas somente SE não julgar a liminar nesse prazo, ela perde a sua eficácia, ou seja, as ações suspensas voltam a correr e a ADV continua com seu trâmite normal).
CAPÍTULO IV
DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
E NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros. Faz-se necessário a presença mínima de 08 ministros e 6 votos a favor ou contra.
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade. (Sessões vão sendo marcadas até atingir os 6 votos. Enquanto não fechar a votação, pode haver alteração do voto. De acordo com o regimento Interno do Supremo, na substituição de um ministro que já voltou por um novo, o substituto poderá alterar o voto originário).
Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. 
	Lei
	ADI
	ADC
	Inconstitucional
	Procedente
	Improcedente
	Constitucional
	Improcedente
	Procedente
Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela expedição do ato. (Julgada a ação as partes são comunicadas da decisão, se foi improcedente ou procedente). 
Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. Não cabe nenhum recurso em caso de ADI e ADC, salvo embargos declaratórios, ele serve para elucidar o que está nebuloso ou suprir o julgamento de algum ponto do acordão.
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Modulação dos efeitos no controle concentrado, a regra é Ex tunc e erga omnes, o art. 27 é exceção. Só se aplica à ADI procedente e ADC improcedente, ou seja, a lei ou ato é inconstitucional. Se a ADI for improcedentee a ADC procedente não cabe modulação pois não haverá inconstitucionalidade. 
Requisitos: pode ser pedida na inicial ou declarada de ofício (não sendo obrigatória).
Se declarado inconstitucional;
Se fundamentada em razão de segurança jurídica ou de excepcional interesse social;
Maioria qualificada: 2/3, ou seja, 8 ministros, não importando os presentes.
Situações:
1. Restringir os efeitos daquela declaração: refere-se há um grupo de pessoas, ao invés de ser erga omnes será para um grupo de pessoas.
2. Só tenha eficácia a partir do trânsito em julgado: erga omnes e ex tunc – erga omnes e ex nunc. 
3. Ou de outro momento que venha ser fixado: um outro tempo que não ex nunc ou ex tunc. Qualquer prazo que o Supremo entender necessário.
Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão. O prazo é de ATÉ DIAS após o transito julgado da decisão.
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal. 
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS
Art. 29. O art. 482 do Código de Processo Civil fica acrescido dos seguintes parágrafos:
"Art. 482. ...........................................................................
§ 1o O Ministério Público e as pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato questionado, se assim o requererem, poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade, observados os prazos e condições fixados no Regimento Interno do Tribunal.
§ 2o Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Constituição poderão manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fixado em Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos.
§ 3o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades."
Art. 30. O art. 8o da Lei no 8.185, de 14 de maio de 1991, passa a vigorar acrescido dos seguintes dispositivos:
"Art.8o .............................................................................
I - .....................................................................................
........................................................................................
n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica;
.......................................................................................
§ 3o São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade:
I- o Governador do Distrito Federal;
II - a Mesa da Câmara Legislativa;
III - o Procurador-Geral de Justiça;
IV - a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal;
V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação no Distrito Federal, demonstrando que a pretensão por elas deduzida guarda relação de pertinência direta com os seus objetivos institucionais;
VI - os partidos políticos com representação na Câmara Legislativa.
§ 4o Aplicam-se ao processo e julgamento da ação direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios as seguintes disposições:
I - o Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade;
II - declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma da Lei Orgânica do Distrito Federal, a decisão será comunicada ao Poder competente para adoção das providências necessárias, e, tratando-se de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias;
III - somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de seu órgão especial, poderá o Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Distrito Federal ou suspender a sua vigência em decisão de medida cautelar.
§ 5o Aplicam-se, no que couber, ao processo de julgamento da ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica as normas sobre o processo e o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal."
Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
LEI No 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999. ADPF
	Mensagem de Veto
	Dispõe sobre o processo e julgamento da argüição de descumprimento de preceito fundamental, nos termos do § 1o do art. 102 da Constituição Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público – Se algum dos direitos/garantias fundamentais estiver sendo violado, a ADPF é um dos remédios e também tem caráter preventivo. 
Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: 
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; (Vide ADIN 2.231-8, de 2000) – Enquanto a ADI é CR/88 x Lei Estadual, o inciso do art. 1 inclui o âmbito municipal na ADPF.
II – (VETADO)
Art. 2o Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental: quem pode propor ADI pode propor ADC e ADPF – são os mesmos legitimados. 
I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade;
II - (VETADO)
§ 1o Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo. O cidadão pode propor ADPF através de representação ao PGR. 
§ 2o (VETADO)
Art. 3o A petição inicial deverá conter: (assim como os outros, não há fase probatória).
I - a indicação do preceito fundamental que se considera violado;
II - a indicação do ato questionado; o que está sendo lesado ou ameaçado de lesado do preceito fundamental.
III - a prova da violação do preceito fundamental; prova que foi violado ou está ameaçado de violação.
IV - o pedido, com suas especificações; o que se deseja com a ação.
V - se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será apresentada em duas (três) vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação. Não tem fase probatória, é necessário juntar tudo na inicial. 
Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de argüição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta (meio administrativo/judicial). 
§ 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. Se tiver algum meio administrativo ou judicial cabível ao caso a ADPF será ignorada. 
§ 2o Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de cinco dias. Se o relator deferir e você não concordou tem o prazo de até 5 dias para propor o agravo. 
Art. 5o O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar (Correto) na argüição de descumprimentode preceito fundamental. Liminar (pedido na própria inicial) # cautelar (processo à parte). 
§ 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. Relator pode conceder a liminar em caso extremo necessitando a confirmação do Pleno após.
§ 2o O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias. Se ouvir na liminar é necessário ouvir no mérito também (se é ou não procedente).
§ 3o A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. (Vide ADIN 2.231-8, de 2000). Suspende tudo até julgamento final. Existe uma ADI 2231/08/00 que não foi julgada até hoje, suspendeu a eficácia do § 3o , art. 5 dessa lei. 
§ 4o (VETADO)
Art. 6o Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias. Discussão do mérito.
§ 1o Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria. As oitivas são feitas se solicitado antes do relatório final. 
§ 2o Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por requerimento dos interessados no processo.
Art. 7o Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julgamento.
Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações. Se o MP for autor não fala depois novamente.
Art. 8o A decisão sobre a argüição de descumprimento de preceito fundamental somente será tomada se presentes na sessão pelo menos dois terços dos Ministros. 
§ 1o (VETADO)
§ 2o (VETADO)
Art. 9o (VETADO)
Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental. 
§ 1o O presidente do Tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posteriormente.
§ 2o Dentro do prazo de (ATÉ) dez dias contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União.
§ 3o A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público.
Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. É igual o art. 27 da lei anteriormente estudada – modulação.
Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em argüição de descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória. Não cita os embargos de declarações, mas o STF entende que é possível (ou seja, é possível que ADPF sofra embargos de declarações).
Art. 13. Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, na forma do seu Regimento Interno. Se determinado juiz ou desembargador descumpre, é feita uma denúncia ao STF, pois a decisão possui efeito vinculante. 
Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
03/03/2016
Art. 103
	Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V - o Governador de Estado;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
§ 4.º A ação declaratória de constitucionalidade poderá ser proposta pelo Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara dos Deputados ou pelo Procurador-Geral da República. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
(Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 11.417, de 2006).
Sumulas tem decisões repetitivas no mesmo tribunal, então se edita uma matéria servindo de referência daquele assunto, é possível que seja tomada uma decisão diferente daquela súmula. Já a súmula vinculante, é obrigatório seu seguimento, tem efeito vinculativo para todo sistema judiciário. Com o novo CPC as vinculantes terão na prática sistema vinculante. Sumula é um resumo de decisões, ao se criar vinculante corre se o risco porque pode causar distorções reais. Ela pode surgir de ofício (por iniciativa própria do STF) ou por provocação (solicita-se o STF).
A sumula pode ser alterada e cancelada se assim o STF entender, faz-se necessário pelo menos 8 ministros votando a favor. São tratadas da CR/88 e reiteradas decisões daquele assunto, que apontam mesmo caminho – direção. 
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Intuito de agilidade judicial;
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Quem pode propor ADC, ADPF, ação decriação, revisão ou cancelamento de súmula vinculante.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
Não adianta ter súmula vinculante se o TJ não respeita, devido isso utiliza-se esse parágrafo para regulamentar que a súmula seja cumprida. 
O que garante na prática a súmula vinculante? – O parágrafo em questão, que traz a reclamação perante o STF. 
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de quinze membros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e seis anos de idade, com mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Cabe ao judiciário de julgá-lo. CNJ seria o controle externo do Judiciário, foi ideia da OAB, no intuito que de fato existisse algo que punisse de forma correta os magistrados. Depois de muitas discussões foi criado nos critérios do art. Em questão.
Ele não é um órgão, ele tem função administrativa convencional, como se fosse um órgão de correição. Composto de 15 membros (09 são oriundos do judiciário). Quem preside o STF preside o CNJ. 
I - um Ministro do Supremo Tribunal Federal, indicado pelo respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)
II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
STF:
1 presidente
1 desembargador estadual
1 juiz estadual
STJ:
1 membro
1 desembargador federal
1 juiz federal
TST:
1 membro
1 desembargador do trabalho
1 juiz do trabalho
MP:
1 oriundo do MPU – Ministério Público da Únião
1 oriundo do MPE – Ministério Público Estadual
OAB:
2 advogados (ligados a estrutura da OAB – de confiança política)
CIDADÃO: tem a confiança política de cada uma das casas.
1 Indicado pela Câmara de Deputados
1 indicado pelo Senado Federal
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)
Não existe vice presidente do CNJ, na ausência do presidente é o vice-presidente do STF que o substitui. 
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) – função administrativa e disciplinar 
O CNJ não pode tomar decisões 
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Os atos regulamentares – proibir nepotismo, quais carreiras jurídicas podem ser aproveitas no concurso de juiz, etc. 
Atos regulamentares – editar resoluções, recomendações. 
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) - Poder administrativo.
Guardião dos princípios que regem a administração pública, cabe a ele zelar pelos princípios. O CNJ pode desconstituir, rever ou deixar prazos para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei. 
Ex. o CNJ editou uma resolução proibindo o nepotismo, alegando os princípios. Todos órgãos devem obedecer o CNJ.
Se o CNJ extrapolar sua competência administrativa, pode o judiciário provocar o STF a arbitrariedade. 
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correcional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) – Poder disciplinar 
CNJ só poderia atuar após a corregedoria, o intuito desse inciso é permitir atuação em conjunta, podendo atuar antes, durante ou depois da atuação da corregedoria. Ele pode atuar no âmbito judiciário e aos órgãos a ele atrelado. 
IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Se o CNJ detectar crime de administração não poderá entrar com ação penal, ele faz uma representação ao MP para que o mesmo ajuíze a ação.
V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Pode fazer revisão do que julgar de procedente ao CNJ julgados há menos de um ano – Ex. até um ano do arquivamento de um processo. Não

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