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* * * * DETERIORAÇÃO DE OVOS A maioria dos ovos é estéril – pelo menos na parte interna Cascas logo contaminadas matéria fecal da ave, da gaiola ou do ninho ou ÁGUA DE LAVAGEM, MANIPULAÇÃO ou EMBALAGEM. MO variados Microbiota normal – gram (+) ovo contaminado – gram (-) Proteção do ovo das invasões microbianas Casca, cutícula de revestimento (retardam a entrada dos MOs), as membranas internas (barreira mecânica) envelhecimento do ovo altera as membranas favorece a deterioração * * Barreiras químicas albumina (inadequada como meio de cultura pH muito alto (9 a 10), baixa disponibilidade de compostos nitrogenados) Deterioração do ovo visível à luz translúcida, mas principalmente quando o ovo é quebrado Ovo fresco rachadoras, vazamentos, perda do brilho, manchas de sujeira qualquer rachadura ou fenda na casca favorece a deterioração durante o armazenamento. Para provocar alterações de origem microbiana é necessário: Que o MO contamine a casca; Que o MO atravesse os poros da casca atingindo as membranas Que o MO ultrapasse as membranas atingindo a clara do ovo Que o MO seja capaz de se desenvolver na clara do ovo, atingindo então a gema – completando o processo de deterioração * * A contaminação dos ovos é mais freqüente por bactérias do que por fungos. As principais são: Pseudomonas fluerescens pontos verdes na clara Acinetobacter, Alcaligenes e certas bactérias do grupo dos coliformes alterações de cor na gema com o aparecimento de pontos coloridos Proteus spp pontos negros – escurecimento da gema e posterior desintegração Podem causar também alterações no odor ausência de odor característico, odor pouco detectável, odor pútrido com produção de H2S e desenvolvimento de pressão devido à produção do gás * * DETERIORAÇÃO DE ALIMENTOS ENVASADOS OU ENLATADOS Alimentos envasados ou enlatados processamento térmicos a deterioração pode ocorrer por: Deterioração pré-processamento ou incipiente Contaminação do alimento enlatado através de falhas nas costuras Resfriamento inadequado Subprocessamento De acordo com o pH, os alimentos envasados, termicamente processados, classificam-se em: Alimentos de baixa acidez com pH acima de 4,5 favorece o crescimento do Clostridium botulinum (produzem esporos com alta resistência térmica) Alimentos ácidos com pH na faixa de 4,0 a 4,5 Alimentos muito ácidos com pH inferior a 4,0 * * Nas latas, o Bacillus pode se desenvolver se o vácuo da lata não for adequado – B. subitilis e B. mesentericus Os produtos ácidos, cujos valores de pH encontram-se na faixa de 4,0 a 4,5, são deteriorados por: Batérias termólfilas, onde o B. coagulans é o mais importante, especialmente na deterioração de tomates e derivados. A lata apresenta-se normal e alterações no vácuo são poucas. O produto apresenta-se com alterações no pH e aroma. Anaeróbios butíricos provocam deterioração em tomate e suco de tomate, abacaxi e pêra. Ocorre dilatação da lata, que pode estourar. O produto fica fermentado, com odor butírico. Ex: C. pasteurianum Bactérias não formadoras de esporos – principalmente as láticas. A lata estufa e geralmente estoura. O produto fica com odor fétido. * * Os bolores têm pouca ação sobre os envasados, a exceção é Byssochlamys fulva deterioram frutas envasadas podendo causar a completa desintegração devido à hidrólise da pectina pode causar também o estufamento da embalagem por produção de CO2. * * DETERIORAÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL As causas podem ter origem microbiológica ou serem devidas à manipulação e acondicionamento inadequados, sazonalidade e rede de armazenamento insuficiente. Composição média dos vegetais: água (88%), CHO (8,6%), PTN (1,9%), LIP (0,3%), cinzas (0,84%), vitaminas, ácidos nucléicos e outros (< 1%) MO mais importantes: Erwinia, Pseudomonas, Clostridium e Bacillus (mais comuns). Provocam amolecimento. Principais alimentos: aspargo, cebola, alho, cenoura, alface, salsão, batata, espinafre, repolho, melancia, pepino, brócolis, couve-flor. * * Os bolores são mais comuns em frutas e vegetais ácidos, deficientes em vit. B e apresentam superfície moderadamente seca. A via de entrada do MO determinará qual o MO crescerá e a probabilidade da sua ocorrência. Exemplos: Raízes, tubérculos e bulbos (cenouras, batatas e beterrabas) e vegetais rasteiros (morangos, pepinos e melões) – em contato direto com o solo MO presentes na terra Folhas, flores e alguns frutos, como o alface, aspargo, repolho e brócolis pássaros e insetos * * DETERIORAÇÃO DE SUCOS DE FRUTAS E VEGETAIS Sucos naturais ou concentrados obtidos espremendo-se frutas ou vegetais ou a partir de macerados ou material triturado, adquiridos junto com a polpa. pH do suco depende do produto suco de limão (2,4), suco de tomate (4,2). Apresentam açúcares que variam entre 2% a 17% Teor de água elevado favorece o crescimento de leveduras e bactérias (seu desenvolvimento dependerá mais da temperatura de armazenamento do que da composição do suco) – bolores tb podem crescer na superfície, quando em contato com o ar. Temperatura de 15º a 35º favorece o desenvolvimento de leveduras * * Sucos de frutas frescas e sucos as alterações são decorrentes no armazenamento à temperatura ambiente que favorece a fermentação alcoólica, por leveduras formadoras de película ou por bolores que crescem na superfície, ou da oxidação do ácido acético quando as bactérias acéticas estão presentes À 15 – 35ºC – leveduras crescerão com a produção de sabores e odores desagradáveis > 32 a 35ºC – Lactobacilos – produzirão ácido lático e compostos voláteis < 15ºC – crescimentos de bolores e leveduras Além da fermentação alcoólica, os sucos de frutas podem sofrer as seguintes alteração provocadas por MOs: * * Fermentação lática de açúcares por bactérias láticas – Lactobacillus Fermentação de ácidos orgânicos do suco por bactérias láticas transformam ácido málico em ácidos acético e succínico, e ácido cítrico em lático e acético Produção de limosidade: Leucnostoc, Lactobacillus brevis – em suco de maçã Sucos concentrados de frutas e vegetais, principalmente os enlatados e termoprocessados ou congelados, favorecem o crescimento de leveduras e espécies de Leucnostoc e Lactobacillus tolerantes ao açúcar e ácidos. * * DETERIORAÇÃO DE CEREAIS, FARINHAS Microbiota do trigo, centeio, milho = solo Baixa Aa, alto teor de PTN e CHO não são suficientes para permitir o bom crescimento bacteriano Quando há condições para o desenvolvimento (ex: armazenamento) – Baccilus e bolores crescem. Os Bacillus são produtores de amilase, que permite a utilização da farinha como fonte de energia, desde que a umidade do ambiente seja suficiente. Bactérias láticas principais deteriorantes de produtos de massa, inclusive massa para pizzas. * * DETERIORAÇÃO DE PRODUTOS DE PANIFICAÇÃO É difícil ocorrer deterioração microbiana, porém quando acontece é devido ao armazenamento em umidade elevada ou pela embalagem do produto ainda quente. Bolos Dificilmente ocorre deterioração bacteriana, devido à alta cc de açúcar, que diminui a Aa. O emboloramento é a forma mais comum devido a alguns ingredientes utilizados – são destruídos pela alta temperatura. Uso de coberturas como glacês – pode trazer nova carga microbiana * * DETERIORAÇÃO AÇÚCARES E DOCES Deterioração rara devido à falta de umidade suficiente para o crescimento microbiano. Em caso de armazenamento sob condições de extrema umidade há crescimento de Bacillus e Clostridium.
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