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AÇÃO PENAL

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Ação Penal.
As ações destinam-se tanto as ações de natureza civil quanto àquelas de cunho penal. É a ação, portanto, seja civil ou penal, um direito subjetivo público de se invocar do Estado-Administrativo a sua tutela jurisdicional, a fim de que decida sobre determinado fato trazido ao seu crivo, trazendo de volta a paz social, concedendo ou não o pedido aduzido em juízo.
A grosso modo, a ação penal significa o exercício de uma acusação, que indica o autor de determinado crime, responsabilizando-o, e lhe pedindo a punição prevista em lei.
A Ação Penal Condenatória tem por finalidade apontar o autor da prática da infração penal, fazendo com que o Poder Judiciário analise os fatos por ele cometidos, que deverão ser claramente narrados na peça inicial da acusação, para que, ao final, se for condenado, seja aplicado uma pena justa, isto é, proporcional ao mal por ele produzido.
Condições da Ação Penal.
As condições existem para que seja possível alcançar a sua finalidade, caso contrário, parecerá logo após seu exercício. O artigo 395 do Código de Processo Penal, diz que a denúncia ou a queixa será rejeitada quando faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal. 
Assim, as condições necessárias são:
Legitimidade das partes – é expressamente determinada por lei, que faz o apontamento de quem será o titular da ação, podendo ser tanto o Ministério Público, quanto o particular. Em determinadas ocasiões, a lei pode transferir essa legitimidade a outra pessoa que não o titular original (conteúdo será visto abaixo em Espécies da Ação Penal)
Interesse de agir – é o elemento material do direito de ação e consiste no interesse em obter o provimento solicitado. É a necessidade sempre existente do exercício da jurisdição penal para que se possa aplicar qualquer sanção de natureza penal. Com ou sem ação, será sempre preciso a intervenção do Estado-Juiz na aplicação de uma pena, seja ela qual for. Ou seja, o M.P. não poderá fazer com que cumpra qualquer sanção penal antes da ação penal. 
Possibilidade jurídica do pedido – diz respeito a possibilidade jurídica do pedido. Consiste na formulação de pretensão que, em tese, exista na ordem jurídica como possível, ou seja, que a ordem jurídica brasileira preveja a providência pretendida pelo interessado.
Justa causa – quer dizer um lastro probatório mínimo que dê suporte aos fatos narrados na peça inicial de acusação. É necessário que exista alguma prova, ainda que leve. Esse suporte probatório mínimo se relaciona com os indícios de autoria e materialidade de uma conduta típica e alguma prova da antijuricidade e culpabilidade.
Espécies da Ação Penal. 
	
	
PÚBLICA 
(Promovida pelo MP. Inicia-se com o oferecimento da denúncia)
Incondicionada (via de regra) - O Ministério Público é titular do direito da ação e não está sujeito a nenhuma condição, isso significa que, praticado o delito, ele já pode oferecer a denúncia, desde que respeitadas as condições de autoria e materialidade. A propositura da denúncia independe da manifestação da vontade da vítima.
Condicionada - A propositura da ação penal depende da manifestação da vontade do ofendido. O Ministério Público, neste caso, está sujeito a alguma condição, isso significa que ele só agirá mediante representação do ofendido ou ministro da justiça. 
PRIVADA
(Promovida pelo particular. Inicia-se com o oferecimento da queixa-crime)
Exclusivamente privada – Pode ser ingressada pela vítima ou seu representante legal, e, em caso de morte da vítima, por seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos termos do parágrafo 4º do artigo 100 do Código Penal. 
Subsidiária da pública – Nos termos do artigo 100, parágrafo 3º do Código Penal, artigo 29 do Código de Processo Penal, juntamente com o texto do artigo 5º, LIX, da Constituição Federal de 1988, admite-se ação privada nos crimes de ação pública se esta não for intentada no prazo legal. Ou seja, abre-se ao particular a possibilidade de oferecer sua queixa-crime, substituindo o MP, dando, assim, início a ação penal. 
Prazos: 
O Ministério Público tem, para propor a ação, 5 dias se estiver preso e 15 dias se estiver solto. Passados 6 meses de inércia do M.P., a ação pode ser proposta pelo particular. 
Personalíssima – A propositura da ação é exclusivamente feita pela vítima, e, em caso de morte, ninguém poderá exercer o direito de queixa em seu nome. 
Anotações de Helen dos Santos.
OBS: Este material é composto por minhas anotações pessoais em sala de aula complementadas com doutrinas. Não utilize essas anotações como fonte para trabalhos acadêmicos.
Referência:
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal Parte Geral. 13. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2011. 669-683 p.

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