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Aulas Processo Civil I - Prof. Scarparo - UFRGS

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Direito Processual Civil I
Professor Eduardo K. Scarparo
Combinações: horário 8h-11h. Não tem chamada. Duas provas (04/10; 29/11) + prova de rec (06/12). P1 c/ peso 1/3; P2 c/ peso 2/3. NF = MS + PR /2. OBS: 7,6 a 8,9 é B. OBS2: 8,95 é A. Intervalo: 9:20. 
ACESSAR O MOODLE PARA BIBLIOGRAFIA (para cada aula). 
Combinação da Prova
8h30min
Matéria: até ‘Benefícios de prazos’
Individual
Consulta CPC
Consulta textos
10 questões objetivas (4 opções)
*vai ter uma questão de preenchimento de prazo
*moodle: exemplo de prova anterior
AULA 01 - 02/08/16
Introdução da matéria – fase de conhecimento
Petição Inicial (citação – audiência preliminar)
Contestação (revelia – reconvenção)
Réplica
Saneamento (verificação de erros e preparação para provas)
Provas
OBS: casos em que se vai da réplica p/ sentença, como: extinção do processo, julgamento antecipado de mérito/parcial de mérito). 
Fim da introdução.
Competência
Noção Geral
Jurisdição: poder que o Estado tem para aplicar, concretizar e criar situações de Direito – criar litígios e etc. (tema de TGP – contenção voluntária, etc). Cada juiz exerce essa jurisdição de uma forma e, por isso, há uma limitação do exercício da jurisdição para cada juiz. Costuma-se dizer que competência é a medida/limite da jurisdição. 
Jurisdição: casos criminais/trabalhistas/militares/eleitorais, etc. 
Competência = o quanto desses pedaços são atribuídos a cada juiz, qual a medida. 
Competência coloca de uma forma repartida algo que é um todo, pois é o poder do Estado. 
Juiz exerce a jurisdição, no entanto o limite seria a competência. 
Art. 42.  As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei
O poder do juiz vai até onde o limite da competência atribui – esse art. seria regra geral. 
Classificação
Absoluta: 64 e 65. Nessa competência, ela é determinada por um interesse público. Eu estabeleço que o juiz tem o limite para ver essas causas pelo interesse público. Ex.: existe um interesse do Estado que um juiz cível não julgue causas penais, pelo interesse de não colocar tanto poder na mão de um juiz só. Há interesse público em dividir matérias. 
Como há interesse público na instituição e na divisão de poderes do juiz, há consequências: 
O juiz deve reconhecer eventual incompetência de ofício (não é necessário que alguém o diga que ele é incompetente). 
Pode ser reconhecida a qualquer tempo – em primeiro ou segundo grau. Não preclui.
Acarreta nulidade dos atos decisórios. As outras partes do processo podem ser aproveitadas
Ação rescisória – art. 966 – se houve uma decisão, com coisa julgada, posso destruir essa coisa julgada pela incompetência absoluta. 
O que cria incompetência absoluta: questões pertinentes à matéria, à hierarquia/função ou aos sujeitos. 
Matéria = sobre o que versa o processo.
Hierarquia/função = quando o juiz tem função x e exerce y. Ex.: juiz que não julga recurso, quando julga um recurso. 
Sujeito = quando o sujeito determina a competência da Justiça Federal. 
Art. 62.  A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.
Relativa: fundada num interesse privado. O que a sustenta é a comodidade das partes. 
Só pode ser reconhecida a requerimento do réu. Pois o autor já escolheu quando propôs a demanda. Exceções: contrato de adesão com cláusula abusiva. Art. 63 -> pode ser conhecida de ofício pelo juiz. 
Existe um momento específico para o réu alegar isso: na contestação. Se ele não alega na contestação, teremos preclusão. Ou seja, ela se prorroga. 
Não gera nulidade de atos decisórios.
Não é causa rescisória. 
O que causa:
Valor da causa* = na Justiça Estadual, dependendo do valor, podemos escolher o Juizado Especial ou a Justiça Comum. *Na Justiça Federal, não há escolha – o Juizado Especial Federal tem regras que essa competência é absoluta. 
→ O réu não pode impugnar essa escolha do autor. (exceção). 
Território* = local da comarca em que se vai processar os dados (elas podem convencionar antes, já no contrato). *Sobre bens imóveis e pretensões reais, a competência apesar de territorial, onde ela deve ocorrer é absoluta. 
→ Foro Regional: juiz pode declinar a competência de ofício
Art. 63.  As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
Quando temos competência relativa, as partes podem convencionar entre si. Se elas não combinarem, há sugestões. 
Competencia exclusiva e concorrente
Exclusiva = só é possível que um foro seja competente para determinada matéria. Ex.: STF em relação a questões do presidente da república. 
Concorrente = existe mais de um juízo competente. Ex.: ação de cobrança – na 1ª ou na 2ª vara cível.
Competencia especial por foro privilegiado e por foro comum
Quando o que justifica a competência é em razão a uma peculiaridade do sujeito ou sua função – foro privilegiado. Não necessariamente é privilegiado, pois faz com que a pessoa não tenha recursos em relação a certas decisões; além dos processos demorarem mais. 
Competencia originária e derivada
Originária = qual o primeiro juízo que recebe o processo. 
Derivada = para onde o processo foi: começou em x, subiu para y – agora a competência é de y. 
Competencias originarias no tribunal: às vezes o processo começa no tribunal – o primeiro grau seria o tribunal. Ex.: ação rescisória. 
Guia: Faça você também
1 – Competência Originária STF/STJ: 102 da CF (ms, habeas data, e, f, m, n, o, r).. Art 105 (b, d, g, i). 
2 – Qual Justiça? 
2.1 As justiças especiais são preferenciais: Trabalhista (114 da CF), Eleitoral (processo eleitoral e crimes eleitorais, art. 121 da CF e código eleitoral), Militar (124 da CF, crimes militares). 
2.2 Justiça comum: Federal e Justiça Comum Estadual. 
Federal = 109 da CF, I, II, III, V-A, VIII. (ex.: empresa pública federal: caixa). Art. 45 do CPC15.
O que não for nenhuma dessas, é Justiça Comum Estadual. 
3 – Qual Foro?
4 – Que Juízo?
AULA 02 - 09/08/2016
Competência (2)
Identificação do Foro
Regra Geral: 
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
Ação Pessoal
Direito Real → Bens móveis
→domicílio do réu
Por que existem regras de competência?
O autor está em uma posição de vantagem. Atuação em fundada certeza quando analisamos historicamente, uma política de conservadorismo (desprotege o autor em favor do réu). 
E se o réu tem dois domicílios?
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
E se for incerto?
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
A rigor, onde se encontra o réu e no domicílio do autor. Será procedida a remessa dos autos no caso de o réu comprovar seu domicílio.
Se o réu é, por exemplo, circense, pode ser no domicílio do autor. Numa hipótese em que o autor também não tenha domicílio certo (como uma lide envolvendo dois artistas circenses), em qualquer lugar onde se encontrar.
Havendo dois réus, com diferentes domicílios:
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
O autor escolhe como bem entender. 
E se o autor indica parte ilegítima para escolher o foro?
Até a prova de ilegitimidade, o processamento se dá no local escolhido pelo autor. Mas tem que se saber quem é competente pra julgar antes de julgar. Jurisprudência:
REsp: 996670/DF (2008)
Ao excluir parte ilegítima, Juiz pode definir o local para julgamento da causa. Artifício usado para burlar o p. do juiz natural. 
REsp: 786777/DF (2006)
Julgado antagônico, dizendo que a ilegitimidade não pode ser avaliada antes da competência.Ponto em aberto na jurisprudência, mas parece que a melhor solução seria a que impede o uso fraudulento da regra. Deveria ser utilizada, segundo o professor, em casos de manifesta ilegitimidade, em especial nas chamadas provas de direito processual. 
Execução fiscal
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
Bens imóveis = local da coisa
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
Competência territorial em que se reconhece a declinação de ofício do juiz, de natureza absoluta com asterisco, porque pode ser relativizada nos termos do §1º:
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
Para o professor, a escolha do legislador é para fins probatórios (local do bem geralmente é o local da prova). Uma situação vinculada a esta hipótese, tem imóveis com sede em mais de uma comarca (conurbação). Nesse caso, resolve-se pela regra de prevenção (primeiro juiz que despachar).
Já no caso de ação possessória: 
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
Herança (art. 48)
	O último domicílio do de cujus (autor da herança), pois presume-se que a maior parte dos bens está no domicílio do espólio. Se houver bens imóveis, no local deles, quaisquer que sejam, inclusive se houver dois.
Ausente (art. 49)
Incapaz
Domicílio do assistente
União (tão-somente ela, não suas autarquias e etc.)
Domicílio do autor 
Local do fato
Capital federal
Outras pessoas (entes jurídicos), outra regra.
Estado ou DF (art. 52)
se for autor, domicílio do réu
se for ré, domicílio do autor ou capital do Estado.
Divórcio ou dissolução de união estável (art. 53)
	Código de 1973, dizia que o foro era o domicílio da mulher. Agora, é daquele que detiver a guarda das crianças. A posição que se esperava da mulher era hipossuficiência, dependência do homem. O olhar que se tinha para elas era dessa necessidade, o Código deu um parâmetro de igualdade. Apesar de forte a cultura misógina, atualmente não é tão terrível a situação da mulher quando comparada àquela época. (alínea ‘a’)
Não havendo filho incapaz, a competênca será do último domicílio do casal (alínea ‘b’)
Se não houver filhos e ninguém residir mais no local do último domicílio, será no de domicílio do réu (alínea ‘c’).
Alimentos
	Domicílio do alimentado
Pessoa Jurídica como réu
sede da pessoa jurídica
agência ou sucursal onde foi contraída a obrigação
onde exerce a atividade
Idoso
em causas que versem sobre o Estatuto, no seu local de residência
Notários
Art. 53, III, f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
Reparação civil 
local do fato
Acidentes de veículos
local do fato
Identificação do Juízo (COJE???)
	Depois de definida a comarca, regras de organização Judiciária local. No Código está descrito que existem diversas varas/juízos (crime, falência, sucessão, família, etc.).
Ex.: marido cobrando dinheiro emprestado para a mulher = Vara Cível.
Conflitos de Competência
	Se houver divergência quanto ao local de ajuizamento, mas não entre partes, entre Juízos.
Espécies
positivo - dois mais Juízos reivindicam a competência
negativo - dois ou mais juízes refutam a competência
Processamento
Ajuizamento: Partes, MP ou o próprio juiz (este último caso mais comum)
De ofício ou por petição
Competência
	STF
	Tribunais Superiores x Qualquer tribunal
	CF, 102, I, a
	STJ
	Tribunais diversos x Tribunais Diversos ou juízes vinculados a tribunais diversos
	CF, 105, D
	TRF
	Juízes vinculados aos seus tribunais
	CF, 105, I, e
	TJ
	Entre juízes subordinados
	CERS art. 93, V + VIII, b
Prevenção
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
(MOMENTO DA PREVENÇÃO)
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Diante de uma ação de divórcio, sorteada por exemplo para a 4ª Vara de Família. Dias depois, foi proposta uma ação de alimentos. A ideia de prevenção é aplicada para a reunião de causas comuns, nos termos do art. 58:
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.
Esses termos de reunião de processos serão decididos no tópico a seguir.
Conexão e Continência
	Elementos da ação: 
Partes
Causa de pedir
Pedido
	Dá-se conexão ou continência quando há identidade das partes, no pedido ou causa de pedir.
Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada;
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.
Conexão
Vínculos comuns fortes, reunir processos com identidade de pedidos, mesmo que a ação seja diferente (por conta da causa de pedir). A prevenção dá o critério para competência de julgar os processos conexos.
Quando o caso está em instâncias diferentes, não se aplica a conexão.
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
§ 2o Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
Reunião de processos
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
Interpretação elástica da conexão segundo Barbosa Moreira, de certa forma adaptada pelo Código, que não entende ser a natureza de conexão, mas a finalidade e a consequência são as mesmas.
Continência
É um tipo de conexão quando uma demanda é englobada por outra, fazendo parte dela. 
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
Dependência
As ações não são propostas por sorteio, mas por dependência.
Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada;
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;
III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3o, ao juízo prevento.
	REgras de conexão e continência determinam quem julga, o auditório. 
Litisconsórcio
O que caracteriza a posição de autor e réu? Chiovenda diz que autor é quem pede tutela jurisdicional, e contra quem se pede é réu (quem pede/contra quem se pede). Pode haver uma confusão entre o conceito de parte no sentido material e do sentido processual. O critério para identificar a parte é conceito estritamente processual. Se a relação de direito material se deu com terceiros, não importanto para a demanda. Parte ilegítima também é parte, e também é litisconsorte. Pode-se ter mais de um autor e mais de um réu ao mesmo tempo.
Classificação
Posição
Ariovaldo e Ariovalda contra Reinaldo e Renata: Litisconsórcio recíproco, plural(passivo e ativo)
Momento
Originário: desde a petição inicial, há dois réus ou dois autores, por exemplo. 
Ulterior: formado durante o curso do processo
AULA 02 - 16/08/16
Litisconsórcio necessário
Imposição de sua formação, não há como se deixar de cumprir. Não há validade, nçao há como se pressupor uma tutela jurisdicional exitosa sem ambas as partes. 
Art. 114, CPC: O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
MOTIVOS
Unitariedade (Natureza da Relação Jurídica)
Conveniência (LEgal)
A lei pode instituir uma obrigatoriedade (conveniência legislativa). O que pode acontecer, é que, diante de uma determinada demanda (natureza da relação jurídica), precisa de litisconsórcio - questão de unitariedade.
Ex.: relação de casamento
O participante que não é parte no processo,pode ingressar como litisconsorte por afinidade à causa. 
Para que a tutela jurisdicional passe a fazer efeitos contra terceiro, ele precisa ingressar no polo passivo. Efeitos diretos ocorrem da sentença.
A sentença condenatória de procedência, que tenha efeitos práticos financeiros e/ou econômicos na vida de terceiro, ainda assim, com efeito pragmático, não é direto, é reflexo. Ou mesmo consequências jurídicas indiretas → não pode ser litisconsorte.
Ex.: se o locador ingressa com uma ação de despejo contra o locatário, o sublocatário é mero terceiro (efeitos da sentença são indiretos). A decorrência dessa ruptura em outra relação jurídica é reflexa. 
→ Legitimação ordinária: atuar em nome próprio por direito próprio (Art. 18/NCPC).
→ Legitimação extraordinária: caso em que se pede direito alheio em nome próprio. Ex.: Ministério Público atuando em substituição de um menor que não pode
→ Incapazes: são representados.
Existe capacidade PROCESSUAL e capacidade POSTULATÓRIA (por meio de procurador). 
Seria possível legitimação extraordinária por convenção da parte? Até março/2016 não (Art. 3º, CPC/73), salvo autorizado por lei. O NCPC diz “salvo autorizado pelo ordenamento jurídico”. Ex.: contrato faz lei entre as partes + art. 190, NCPC
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. → pode-se negociar questões processuais, mas há limites? As teorias não são unânimes.
Se estamos diante de legitimação extraordinária, os efeitos da sentença são sofridos por terceiro. Ex.: coisa julgada
Seria o litisconsórcio unitário uma espécie, um tipo de litisconsórcio necessário? Chiovenda dizia que em dois momentos se dá esse litisconsórcio unitário: decisão conjunta e homogênea. Barbosa Moreira também dizia assim. Mas, existem litisconsórcios unitários que não são necessários (caindo por terra a tese). 
Ex.: Ação Popular
Porto Alegre - Fernanda Melchionna e Pedro Ruas x tarifas de ônibus
Se há litisconsórcios facultativos unitários, não podemos dizer que todo litisconsórcio unitário é necessário. 
	No Brasil, a conveniência não é do juízo. 
Exemplo de litisconsórcio passivo necessário: Usucapião → partes igual o que está na matrícula e todos os lindeiros (vizinhos), além de um edital para convocar o resto do mundo que quiser se opor. 
TÉCNICAS LEGISLATIVAS PARA EVITAR O LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO
	4 técnicas (Barbosa Moreira e Dinamarco)
Estender os efeitos diretos da sentença a quem não é parte. 
Eventualmente, a lei pode dizer que mesmo que o terceiro não participe do processo, pode sofrer os efeitos integrais ou só os benéficos da sentença. 
Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito. 
Se tivesse que incluir todos os cocredores no polo, seria um caso de litisconsórcio necessário. Mas essa técnica de extensão evita o litisconsórcio.
Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros. A redação correlata de 1973 dizia que “não beneficiando” também, por isso entende-se que, agora, há situações benéficas que afetam o terceiro não litisconsorte.
Outorga para integração de capacidade processual (autorização para suprir capacidade processual).
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
Direito real imobiliário um cônjuge anui com o pleito do outro cônjuge.
Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo.
Atribuir colegitimidade a cada credor solidário ou codetentor do direito
Coproprietários de um bem e uma pretensão possessória de um bem. (?)
 Legitimação processual plúrima ou legitimação para processo coletivo (quase uma ação popular).
Se não fosse possível, para exercer essa ação, ter-se-ia de demandar todas as pessoas do mundo, inviabilizando a tutela jurisdicional. Direitos difusos, por exemplo, são uma técnica para se evitar o litisconsórcio necessário. 
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO ATIVO?
	Se o litisconsorte não quer litigar, inviabilizaria o outro?
→Teses:
Barbosa Moreira (N) - efeitos diferentes 
Liebman (N) - 
Talamini (S) - exigível, mas se o sujeito não tem apoio dos demais, não poderia litigar. Seria possível, no caso, citar os demais autores como réus para decidirem em que polo litigar (isso não é previsto na lei).
EFEITOS DA SENTENÇA NAS AUSÊNCIAS
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo;
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.
Nulo se, além de necessário, era unitário.
Ineficácia ( nos outros casos) para quem não foi citado
Aconteceu a decisão transitada em julgado, sem o litisconsórcio necessário. Caminhos: 
Ação Rescisória: via excepcional para atacar decisão meritória transitada em julgado, em razão de vícios muito graves. art. 966
Impugnação na Execução: mesmo não sendo parte, ele pode, em caso de afetação dos seus bens (ou Embargos de Terceiro).
Ação declaratória de nulidade (querela nulitatis): a alegação a qualquer tempo desconstitui atos descisórios.
Ao professor, parecem legítimos todos os encaminhamentos.
Litisconsórcio facultativo
Ato de vontade da parte, que escolhe ingressar em conjunto com outro ou não. A relação jurídica material é cindível ou exigida isoladamente
Relação Cindível: 
Exigível isoladamente
GERAL
LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
§ 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
§ 2o O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar.
Para limitar o polo, depende da relação. Se o réu requerer a limitação do polo quando citado, o juiz decide e reabre-se o prazo para contestação.Litisconsórcio unitário x Litisconsórcio simples (comum)
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Diz respeito à unidade da sentença para os dois litisconsortes. Se o juiz tem plena liberdade de decidir de maneira diferente a cada um dos litisconsortes, se trata de litisconsórcio simples.
No litisconsórcio simples, o juiz pode regular de forma díspar.
No litisconsórcio unitário, necessariamente o juiz deve dar a mesma tutela jurisdicional Ex.: anulação de casamento. 
O litisconsortes são realmente consortes? Tem a mesma solução pra causa? Duas soluções:
MP x 2 réus casados entre si, pedindo a dissolução do casamento
Nesse caso, é indissociável a solução de um para outro. (compartilham a sorte da lide). Por outro lado, se A cobra uma conta de dois Réus, e os réus brigam entre si quanto a responsabilidade pelo pagamento, e o autor diz que eles sejam solidários, a sorte deles pode ser qualquer uma, não é compartilhada. As circunstâncias que os une não são próprias do litígio, mas estão reunidos no polo passivo porque o autor quis.
Unitário → natureza da relação jurídica exigir a relação. Demandas constitutivas (Ex.: contratos com mais de duas partes, não pode ser nulo pra um e nulo pra outro). Chiovenda dizia que somente ocorre litisconsórcio unitário em demandas constitutivas. Mas é plenamente viável um litisconsórcio unitário numa demanda declaratória (nulidade de contrato que tem por objeto compra e venda de cocaína). 
COMUM
Comum → quando o juiz pode decidir de forma diferente um pro outro. 
PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA DOS LITISCONSORTES
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
Art. 118. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, e todos devem ser intimados dos respectivos atos.
Se um confessa uma dívida, por exemplo, o outro não é afetado. Nenhuma confissão aproveita ao outro, ou recusa recursal. Cada um é independente na sua atuação
Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
	Se diz respeito à anulação do ato, por exemplo, aproveita a todos. Mas no caso de dizer respeito a um individualmente, não.
Integração posterior
Geralmente condiz com litisconsórcio necessário, e, nesse caso, se ausente, o juiz de ofício forma o liticonsórcio. O litisconsórcio facultativo é formado pela vontade da parte.
Se dá em linhas gerais de um litisconsórcio necessário, a qualquer tempo; dentro do facultativo, é questionável. Pode-se, por meio de intervenção de terceiros, realizar-se uma intervenção de terceiros. 
AD CITATIO
⇒ INTERVENÇÃO SUBJETIVA POR INICIATIVA DO RÉU
	Formula latina de substituir/ampliar a demanda por iniciativa do réu. É como se o réu pudesse ampliar subjetivamente a demanda, como na intervenção de terceiros (chamamento ao processo). 
A x R, mas no direito material, seria A x R & D. Por isso, R indica D a participar da lide.
EXCEPTIO PLURIUM LITISCONSORTIUM
Hipóteses de litisconsórcio necessário não formado. O juiz deve determiná-lo a qualquer tempo (composição subjetiva do processo). 
Questão “elegante”
LITISCONSÓRCIO ALTERNATIVO
LITISCONSÓRCIO SUCESSIVO
AULA 03 - 23/08/16
Litisconsórcio (2)
Litisconsórcio Alternativo
Como se fossem pedidos alternativos, mas em face de diferentes réus.
Vai ocorrer quando se estiver diante de pedidos alternativos diante de pessoas distintas, ou o mesmo pedido diante de pessoas distintas que não podem participar concomitantemente do resultado. 
Ex.: ação de consignação em pagamento em face de dois réus, quando não se tem certeza de para qual passar → caso de procedência parcial.
Como se propõe uma demanda que não se sabe contra quem? Existe uma noção do direito que acredita o autor saber todos os fatos e expor tudo na inicial , mas para evitar um problema argumentativo, admitir esse direito de litigar em litis. alternativo é admitir a incerteza do autor quanto à totalidade e/ou extensão dos fatos e até seu direito. 
Litisconsórcio Sucessivo
Pleiteia-se algo de alguém, mas não dando certo, sucede-se após outro, como num pedido sucessivo, o qual importa uma hierarquia. 
Ex.: Ação reinvindicatória de terra usucapida, demanda-se contra dois réus (o que vendeu e o que usucapiu), para imitir-se na posse ou para haver ressarcimento.
PERGUNTAS
Professor, são tipos de litisconsórcio simples, ou estão numa classificação à parte? Parecem ser tipos simples, mas são uma classificação à parte.
Quanto há condenação solidária, poderia haver? 
Intervenção de Terceiros
Terceiros e efeitos da tutela
	Quem sofre os efeitos da sentença é o réu. Em regra, a intervenção de terceiros serve para que quem não é parte seja alçado à condição de parte. Por exemplo:
Espécies de intervenção
Chamamento ao processo
Momento 1: A x R
Momento 2: A x R1 & R2, por iniciativa do réu.
R2 deixa de ser terceiro e passa a ser parte (participação conjunta). 
Denunciação à lide
Momento 1: A x R
Momento 2: A x (R1 e R2, por iniciativa do réu) ← pode ser incluído em outra ação de regresso
Há uma lide paralela de R2 contra R1. 
Assistência: não é parte, mas pode assistir alguma das partes. Por exemplo, uma sublocação. 
Momento 1: A x R
Momento 2: A x R
		 T
Assistência viabiliza que a demanda se mantenha como tal, com um “instruso” assistindo em todas as acepções. No caso do exemplo, há um vínculo jurídico entre os réus. A assistência pode ser simples (interesse jurídico é com a parte que assiste) ou litisconsorcial (interesse com a contraparte).
Tipos novos:
Desconsideração da personalidade jurídica
A x Empresa de R (R confusão patrimonial)
Incidente: A x Empresa de R
		R
De terceiro, R passa a ser parte.
Amicus Curiae
causas de interesse público, econômico, jurídico
grande relevância social
as consequências ultrapassam as partes
Ex.: mulher quer abortar
os amicus são palpitadores com prestígio, credenciais, reconhecimento, etc. que agregam à argumentação. 
terceiro que mantém essa condição, dando parecer e participando prestando esclarecimentos e pedindo provas, por exemplo. 
Quem pode solicitar? O juiz determina, mas a parte pode sugerir. 
De um modo geral, terceiros são alçados à condição de parte ou admitidos a intervir e atuar numa causa em que não sofreriam os efeitos direitos. 
Requisitos gerais e restrições
não se faz intervenção de terceiro contra parte
o terceiro tem de ter algum qualificativo, normalmente dizendo respeito a um interesse jurídico (afetado ou vinculado ao interesse de alguma das partes).
Exceptio plurium litisconsorcium não é IT
Sucessão ou Substituição da parte
quem atua no processo por dever funcional → juiz, advogado, MP. 
IT só acontece nas hipóteses taxativas da lei. 
Restrições
JEC/JEF
CDC art. 13
ASSISTÊNCIA
Relação jurídica subjacente (reflexa ou indireta) de alguma forma afetada pelo curso do processo.
Art. 119, CPC dispõe sobre a assistência
→ Hipóteses: 
causa pendente: significa tão-somente a existência de uma determinada demanda que ainda não foi plenamente resolvida. Mas isso por si só não autoriza a assistência, por isso a necessidade da segunda hipótese.
interesse jurídico do terceiro: por ter interesse, ele passa a auxiliar o autor ou o réu
§ único
admitida em qualquer tipo de procedimento, em todos os graus de jurisdição (onde/quando). Qualquer procedimento, seja procedimento comum ou especial, exceto em expressa vedação. O momento quando ele intervém é de sua livre escolha.
Tradicionalmente, se diz que, no curso da execução, não é viável a intervenção de terceiros. Mas, pode-se fazer uma ressalva com relação a esse entendimento. Existem questões na fase de conhecimento que não são tocantes à assistência. Masaexistem atos de execução na fase de cnhecimento e atos de conhecimento (atividades cognitivas) no curso de execução. 
Admissibilidade
Proceder
Ato voluntário do assistente (intervenção voluntária).
Art. 120
Manifestação por petição, sendo as partes intimadas para se opor ou anuir no prazo de quinze dias. As partes poderiam se opor no caso das restrições (§ único). 
Tipologia
Assistência Simples
	Interesse jurídico do assistente é relacionado com a parte que ele assiste.
Art. 121
As atuações são limitadas à vontade da parte que assiste, sobre relação jurídica da qual não participa. Se ele quiser atuar compondo, auxiliando, prestando ajuda ao assistido, 
Assistência litisconsorcial
	Cria-se um vínculo com a contraparte. Exemplos de assistência qualificada
afiançado/fiador: fiador presta assessoramento ao afiançado. A relação jurídica em mira é uma relação de cobrança. Ele atua para defender a relação com a contraparte
condutor/proprietário: Roberta é a dona do carro, e Reinaldo, condutor, bateu. Roberta tem todo o interesse que Reinaldo ganhe a causa, mas a relaçao que ela busca proteger é com o autor, porque se a parte autora perde, também haverá interesse contra a proprietária.
	Os efeitos da sentença caem sobre o assistente, nesse caso, mas alguns autores dizem que só atinge se de fato o contraditório for exercido. Mas, qual é o momento do exercício efetivo do contraditório?
	Se ele é assistente, ele não se vincula aos efeitos diretos da tutela jurisdicional. Mas por se vincular em alguma medida, essa é a chamada justiça da decisão.
Forma de atuação
	Intervenção litisconsorcial voluntária - amplia-se a demanda para uma intervenção própria (do autor). Por seu ato de vontade, quis entrar. No Código, não sabe-se se é possível ou impossível. Enxerga-se a assistência litisconsorcial como tutela própria, não como assistencial. Por isso a celeuma da doutrina. 
Art. 124 
Artigo do Barbosa Moreira.
Autoriza o ordenamento jurídico que o assistente assuma a posição de defesa como uma espécie de gestor de negócios. Se o assistente há tempo está atuando, o ordenamento atribui a ele uma espécie de legitimação extraordinária.
Art. 121, § único. 
Justiça da decisão
Art. 123, CPC:
O que é decidir a justiça da decisão? Só diz respeito à eficácia preclusiva da coisa em julgado. Julgada a causa, reputam-se repelidas todas as defesas (com exceção de fatos e direitos oponíveis, como pagar depois da sentença). É considerar refutadas todas as defesas e opiniões que não foram deduzidas. É viabilizar que o assistente não possa se opor à eficíacia preclusiva da coisa em julgado. Ex.: sublocatário demandando contra locatário despejado. Ele poderia ter dito que o locatário simulou o processo com o locador, mas não poderia dizer que na verdade ele pagou e por isso deveria ficar. 
AULA 04 - 30/08/16
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
	Pressupõe uma ação de regresso (se perder, pode demandar contra outro)
Modelos
romano: notícia - avisar o terceiro que, se ele quiser, pode participar como assistente. Se não quiser, sujeita-se aos efeitos da eficácia preclusiva da coisa em julgado
germânico: A demanda R para que no mesmo expediente, processo, notifica não só para assistência na relação com a contraparte, mas instituindo uma própria demanda incidente - cobrando o denunciado. 
	A curiosidade, na Itália adota-se o modelo germânico e na Alemanha o modelo romano. No Brasil adota-se o modelo germânico. 
Admissibilidade
A denunciação deve ser feita na Contestação pelo réu
o propósito desse litisconsorte é viabilizar a pretensão executiva diretamente (ex.: seguradora).
Ao professor, parece muito mais uma figura de assistente.
No JEC, não é possível intervenção de terceiros. Como incluir a seguradora no JEC? Por uma situação muito mais pragmática, começou a se admitir que o autor fizesse constar na petição inicial o réu e a seguradora do réu (caso o autor saiba qual é). Seria difícil para o autor saber as relações jurídicas do réu.
Facultatividade
	A denunciação da lide é facultativa. A maior vantagem que ela apresenta é poder resolver tudo numa via só - tanto a principal quanto a regressiva. A segunda vantagem para o denunciante, um tanto oculta, tem a ver com a notícia da lide. A doutrina se dividia, achando que se não houvesse denunciação da lide haveria perda do direito de regresso. No Código atual, se não houver denunciação?
Art. 125, § 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.
*pegar com mari* → responde pela má gestão do processo? Pelo processo não tem como chamar o denunciado para ser assistente, para evitar a sucumbência.
CC, 456 - para se permitir um ressarcimento imediato, se viabilizava a chamada “denunciação persalto”. O Código novo, contudo, estabeleceu no art. I do 125 que demanda-se apenas contra o alienante direto.
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
X.x.x.X.x.x.x.X
E se o denunciado for um devedor sem bens? Mesmo que o terceiro denunciado assuma a defesa, o autor terá título contra ambos.
Procedimento
Autor
Réu
Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu.
Art. 128. Feita a denunciação pelo réu:
I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado;
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso.
Prejudicabilidade (caráter prejudicial)
O resultando da denunciação é dependente da demanda originária.
Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide.
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.
O julgamento do mérito da ação de regresso depende do resultado da ação principal, e esse é o caráter de admissibilidade.
Se o réu vence a ação, o Código afirma que, em razão da denunciação feita, existe sucumbência. Dessa forma, o denunciante sucumbe em face do denunciado. 
Denunciações sucessivas
art. 125, § 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.
ex.: resseguros (seguradora de seguradora).
Qual seria a hipótese de viabilizar uma tutela efetiva com inúmeras denunciações? Nova denunciação pelo 2º denunciado é inviável. Relação com indenização por salto,
	
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Litisconsórcio facultativo (demandar contra os dois réus ou contra um só)
Por meio do chamamento, na contestação pode-se chamar o terceiro para ser incluído no polo passivo.
Admissibilidade
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
Hipóteses: 
relação direta entre o autor e o terceiro, tanto que o autor poderia indicar como litisconsorte se assim quisesse. Ex.: contrato com codeveras solidárias. 
Não existe chamamentoao processo pelo autor. A escolha do autor de não formar o litisconsórcio é ignorada pelo réu.
Chamamento ao processo também exige direito de regresso.
a diferença entre denunciação e chamamento, neste último se institui uma relação direta com o chamado - litisconsórcio. Na denunciação da lide, o denunciado figura como assistente. 
Obs.: Não existe direito de regresso do afiançado com o fiador 
Facultatividade
	Se não há chamamento, pode ter eventual decaimento nas duas demandas. Ex.: R1 teve de pagar a dívida para A e R2 já tinha pago (defesa indevida)
Procedimento
Na contestação, o réu indica a necessidade de preenchimento dos requisitos e requer a citação do chamado que deve se dar em 30 dias ou até 2 meses em situação excepcional - a partir daí se institui o litisconsórcio facultativo.
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento.
Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses.
Eficácia
	Título contra o réu originário e contra o chamado (igual a relação da eficácia da sentença a um litisconsórcio facultativo originário).
Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar.
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PJ
Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
§ 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas.
§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o.
§ 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideração da personalidade jurídica.
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória.
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.
Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.
Novidade do código, mas a desconsideração da pj não é uma tese nova.
A história é assi: PJ titular de obrigações e deveres com relação ao autor.
A desconsideração inversa também é cabível 
É necessária quando há uma confusão patrimonial e demais termos do art. 50.
É cabível em qualquer fase do processo, inclusive na execução. O que está se alegando é que não existe separação entre os patrimônios, por isso a defesa de um seria aproveitada pelo outro. Até porque a confusão pode ter se instaurado no curso do processo. 
Pode ser requerida na inicial alegando-se o art. 50, CC. Se requerida no curso do processo, é instaurado acidente que suspende o curso do processo principal. 
É um caso de litisconsórcio
Em especial na execução, a suspensão serve tão-somente quanto à executibilidade do terceiro.
Acolhido o pedido de desconsideração art. 137
AMICUS CURIAE
Representativo do interesse social a respeito de um assunto para melhor viabilizar uma tutela jurisdicional.
Quem defende os interesses é uma associção, que representa interesse social.
Pode ser instaurado a qualquer tempo do processo, geralmente na fase de conhecimento. 
O juiz determina, pode ser a pedido da parte, do MP ou ainda de ofício. 
Emite opinião geralmente dando parecer, mas pode requerer produção de prova, alegar vícios e etc. O que define o poder do amicus é o juiz que permite essa intervenção do terceiro
O amicus não transloca competência. Ex.: reinvindicação de posse na Justiça Comum, contra índio, ouvida a FUNAI, não declina-se para a JF
O amicus só pode recorrer por embargos de declaração 
Quando se admite prova pelo amicus curiae, quem perde a demanda paga as custas. 
Se admite o amicus curiae no IRDR (REsp/RExt, no STF/STJ)
Atuação:
argumentar
apresentar ponto de vista
eventualmente produzir prova
Incidente de suspeição e impedimento (peritos e juiz)
Afastamento do princípio do juiz natural, não em razão de incompetência, mas de suspeitabilidade.
Impedimento é mais grave - possibilita ação rescisória.
Suspeição é menos grave, mas pode atacar vício de vontade.
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
§ 5o Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeição, o tribunal condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal, podendo o juiz recorrer da decisão.
Lugar dos Atos Processuais
Na sede do juízo
excepcionalmente se realiza fora do juízo, como uma penhora em sede distinta (natureza do ato, ordem expressa)
Comunicação dos Atos Processuais
	Vários tipos diferentes de comunicação processual. Pode-se pensar uma carta para o réu, ou um pedido de um juízo a outro para depoimento de testemnha. Cada tipo de comunicação possui um regramento ligeiramente diferente.
	A forma mais destacada dos atos processuais 
Citação 
	Ato por meio do qual se comunica o réu acerca da existência de um processo contra ele. Se convida aquele contra a quem se busca tutela jurisdicional para se ofertar defesa.
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.
Citação é a comunicação de um processo, eventualmente pode ser para um terceiro trazer um documento importante para uma defesa.
Validade do Processo?
Obs.: Tereza Almudavin danvia??? (tese pouco aceita) Citação é requisito de validade do processo, de existência do processo. Em não havendo angularização, não há relação processual, e não há processo. 
Quando o autor busca uma tutela, por meio da petição inicial, é um momento do processo, até a sentença, em outro momento da prolação de sentença (no curso do procedimento ele quer outra coisa). O processo não é uma fotografia. A citação, por ocorrer no curso do processo, seria possível dizer que antes dela não houve processo? Se a citação é constitutiva, parece que há processo, mas parece de um vício terrível - a ausência de citação. Até porque há causas de improcedência liminar, que fazem coisa julgada que beneficia o réu (antes mesmo da citação).
⇒ Vício na citação pode ser arguido a qualquer tempo (mesmo na fase de cumprimento de sentença)! “vícios transrescisórios”. Não convalida jamais. 
Alguns vícios dependem de uma ação própria para fazer valer sua eficácia Ex.: juiz corrupto. art. 966 (ação rescisória) - Processo II
Outros vícios nem podem ser objeto de ação rescisória. Ex. erro na intimação de uma das partes para quesitos, juiz suspeito, etc.→ convalidados com o transito em julgado. 
Por isso há de ser seletivo nas citações por edital, que são residuais.
Comparecimento espontâneo
Seria possível o réu aparecer no processo sem ser citado? Sem dúvida. Se por algum motivo o réu aparece em juízo dizendo-se por ciente do processo, se faz desnecessária a citação. 
Adiantamento o tema de prazo, se o sujeito comparece espontaneamente,o prazo pertinente corre do comparecimento. 
Comparecimento espontâneo não “remenda uma citação nula”, ela faz desnecessária a citação.
A quem se faz a citação
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
§ 1o Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, preposto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2o O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habilitado para representar o locador em juízo.
§ 3o A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial.
Ao réu
Procurador legalmente autorizado com poderes para receber citação (mandatário)
administrador do imóvel
PGE, PFN, AGU, etc.
Réu mentalmente incapaz: curador. Não se determinação interdição interna, mas designa-se um curador especial se constatado por perícia a incapacidade. Essa designação serve especificamente para o processo. Se está interdito, se faz na pessoa do curador. Se não tem condições, por laudo pericial ou atestado médico - RÉU MENTALMENTE INCAPAZ (Art. 245)
Art. 245. Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está impossibilitado de recebê-la.
Local
Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o interessado.
Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não for conhecida sua residência ou nela não for encontrado.
Vedações
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I - de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II - de cônjuge, e companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV - de doente, enquanto grave o seu estado.
Efeitos
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
induz litispendência
faz litigiosa a coisa
constitui em mora o devedor (na sentença se contam os juros moratórios da citação)
ordem da citação interrompe a prescrição
Formas de citação
correios - AR
ações de Estado
réu incapaz
réu pessoa de direito público
em localidade não atendida pelos correios
se o autor requerer de outra forma
Oficial de Justiça - mandado
previsão legal: processo de execução de título extrajudicial (art. 829)
quando o autor requer
pode citar comarcas contíguas
citação por hora certa (suspeita de ocultação) → chamada citação ficta
em cartório (balcão)
	A ideia é que o citado comparece pessoalmente ao balcão do cartório e, diante do comparecimento, cita-se o réu. Só acontece quando o próprio réu comparece em cartório e pede ao escrivão para dar-se por citado. 
edital
	Nota de ciência, pelo diário eletrônico e também pode ser pelo jornal de circulação e tal. 
	
Art. 256. A citação por edital será feita:
I - quando desconhecido ou incerto o citando;
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III - nos casos expressos em lei.
Art. 259. Serão publicados editais: 
I - na ação de usucapião de imóvel;
II - na ação de recuperação ou substituição de título ao portador;
III - em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a provocação, para participação no processo, de interessados incertos ou desconhecidos.
Nessas ações, há a figura de interessados incertos e não sabidos. Em usucapião, que antes era previsão de procedimento especial, determina uma comunicação ao resto do mundo. 
Art. 257. São requisitos da citação por edital:
I - a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autorizadoras;
II - a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos;
III - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo da data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;
IV - a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção ou da subseção judiciárias.
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção ou da subseção judiciárias.
Depois do vencimento do edital, começa a contar o prazo da prática do ato. Ex.: contestação.
Por ser uma citação ficta, como a da hora certa, há a figura do curador especial (defensor). Essa figura contestará a ação por negativa geral. 
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:
II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.
meio eletrônico
	art. 246, § 1o Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.
Esses atos de citação devem conter vários dados possíveis de identificar as partes, o juízo, o prazo e o processo, inclusive a forma de defesa realizável.
Intimação
Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
Parte ou terceiros (peritos, etc.)
Formas de intimação
meio eletrônico
Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da lei.
Parágrafo único. Aplica-se ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública o disposto no § 1o do art. 246.
publicação oficial
“nota de expediente”
Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.
Os parágrafos trazem as condições para publicação 
§ 5o Constando dos autos pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam feitas em nome dos advogados indicados, o seu desatendimento implicará nulidade. 
→ cuidar quando há pedido expresso para constar na nota de expediente
§ 6o A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qualquer decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação.
termo nos autos
correios
oficial de justiça
edital
Cooperação nacional
Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores.
Modo informal de um juízo auxiliar outro em uma atividade ou ato que se faz necessário, ainda que esses juízos sejam de tribunais diferentes.
Cartas
Precatória, Rogatória, deOrdem, Arbitral
	Tipos de carta
	1) Precatória = a diligência nela requisitada tem de ser cumprida por juiz da mesma hierarquia.
2) De ordem = juiz de hierarquia superior expede esta carta para que outro de hierarquia inferior pratique o ato necessário;
3) Rogatória = são atos realizados em juízos de jurisdição diferentes (países diferentes)
	Juiz deprecante e deprecado
	Deprecante = quem expede a carta
Deprecado = recebe a carta
⇒ ROGATÓRIA - distintas jurisdições (países diferentes). Jurisdição é o poder do Estado, e é una, o que se divide é a competência. Ex.: juiz do canadá 
⇒ PRECATÓRIA - juizes de mesma hierarquia. Ex.: comarcas diferentes, ou juiz de vara federal para juiz comum 
⇒ DE ORDEM - hierarquia superior para inferior Ex.: TRF para juiz federal, TJ para juiz comum
⇒ ARBITRAL: a instrumentalização da comunicação entre o árbitro e o juiz estatal. A nova Lei de Arbitragem e o novo CPC inovaram o ordenamento ao prever a carta arbitral - instrumento de cooperação entre o árbitro e o juiz estatal - que facilitará a operacionalização das medidas cautelares/de urgência no âmbito do juízo arbitral. Obedece, no que couber, ao disposto no capítulo das Cartas.
DAS CARTAS
Art. 260. São requisitos das cartas de ordem, precatória e rogatória:
I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado;
III - a menção do ato processual que lhe constitui o objeto;
IV - o encerramento com a assinatura do juiz.
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§ 3o A carta arbitral atenderá, no que couber, aos requisitos a que se refere o caput e será instruída com a convenção de arbitragem e com as provas da nomeação do árbitro e de sua aceitação da função.
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Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
Parágrafo único. O encaminhamento da carta a outro juízo será imediatamente comunicado ao órgão expedidor, que intimará as partes.
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Art. 267. O juiz recusará cumprimento a carta precatória ou arbitral, devolvendo-a com decisão motivada quando:
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Parágrafo único. No caso de incompetência em razão da matéria ou da hierarquia, o juiz deprecado, conforme o ato a ser praticado, poderá remeter a carta ao juiz ou ao tribunal competente.
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AULA 5 - 27/09/2016
Tempos dos Atos Processuais
Horários
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Significa que esse é o período geral da prática dos atos processuais, como citação do oficial de justiça, leilão de um bem, etc. Uma audiência com inúmeras testemunhas poderia ser iniciado às 18h, considerando que possivelmente terminaria após às 20h? 
§ 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
O que importa é o início do ato se dar dentro do prazo do caput.
§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
O código passado informava que intimações, citações e penhoras poderiam ser feitas apenas com autorização expressa do juiz. O Código novo, por sua vez, nos indica que não é mais necessária para esses atos. Parece que existe uma certa adaptação que pode ser feita quanto à prática de outros atos, desde que devidamente fundamentada pelo Juiz.
Já o peticionamento em autos físicos se dá no horário de funcionamento do foro.
§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local.
Processo eletrônico possibilita o peticionamento em qualquer horário
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo.
Férias e feriados
Férias forenses 
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se:
I - os atos previstos no art. 212, § 2o;
II - a tutela de urgência.
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III - os processos que a lei determinar.
Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense.
Código novo institui o sábado como feriado, sem repercussão prática nenhuma. 
Períodos de suspensão
Recesso forense: Não são férias coletivas, mas não se contam os prazos para a prática jurídica. É a possibilidade de férias para advogados.
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive.
§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput.
§ 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.
Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação.
Parágrafo único. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos.
Obstáculos / justa causa
Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação.
Parágrafo único. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos.
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
§ 1o Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.
§ 2o Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
Prazos
locais, judiciais, convencionais
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
§ 1o Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
§ 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
§ 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
Calendário processual: resolvem-se de antemão quando serão realizados os atos naquele processo. Não precisa sair intimação porque os atos estão agendados, começando a correr da data programada.
peremptórios, dilatórios
→ Peremptórios: sem possibilidade de alteração pelas partes
→Dilatórios: podem ser ampliados
	Código novo relativizou isso,pq as partes podem dispor sobre processo.
próprios, impróprios
→Próprios: não praticá-los tem uma consequência jurídica. Ex.: contestação, apelação.
→Impróprios: a ausência de sua prática não gera nenhuma consequência processual.
Art. 226. O juiz proferirá:
I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
 
pré-tempestividade?
Pra que servem os prazos? Para possibilitar que o processo termine.
REcursos pré-tempestivos seriam aqueles que foram peticionados antes da publicação do acórdão, o que o STJ entendeu como intempestivo (seria uma aberração, visto que o melhor argumento é a celeridade para a prática dos atos).
Contagem
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
Dias, horas, meses
Como contar prazos processuais em horas?
contar corrido
calcular em dias
calcular em horários forenses
Mês → contagem em bloco, de 16 a 16, por exemplo.
Início da contagem
Inclui o vencimento e exclui o começo
Ex.: 10 dias a contar do dia 3/10/16
Disponibilizado por nota de expediente dia 03
O início do prazo é o dia 04, se excluindo
começa a contar dia 05.
Feriado dia 12/10/2016
Último dia: 19/10/2016.
Intimações por edital: começa a contar do fim do prazo de validade
Ex.: Edital de citação com prazo de 20 dias, 15 dias após o término
20 dias úteis*
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
Obs: Prazo processual ou material?
Recurso - processual
Declarar imposto de renda - material
Ajuizar ação rescisória - decadencial é material segundo o professor, inclusive prescricional
Benefícios de prazos (fazenda, defensoria, mp, etc.)
Advocacia, defensoria, mp - representação pública. O prazo em dobro se dá pela burocratização ante a organização do Estado. Em razão disso, essas defesas são dobradas; 
arts. 183, 186 e 180
Litisconsortes passivos com procuradores diferentes - os réus podem ter interesses contrapostos no processo e por isso constituem advogados diferentes. 
art. 229 
Prazo comum se veda a carga. Podem ser aplicados prazos em dobro por motivos diferentes. Ex. litisconsórcio de particular com a Fazenda. O prazo é em dobro para o particular em razão do procurador diferente.
É exigível de advogados o dom da previsão do futuro? Ao que parece, não. Então de regra o prazo é em dobro incondicionado ao ato de terceiro (primeiro ato no processo é dobrado). Se houver revelia, aí a partir de então o prazo será simples.
Obs.: isso não se aplica a autos eletrônicos
Preclusão
é a perda da prática de um ato processual (Diniz de Aragão)
Preclusão temporal: encerramento da prática do ato.
Preclusão consumativa: não se sopra duas vezes a mesma velinha (se já apresentou contestação, não pode apresentar outra).
Preclusão lógica: prática de ato incompatível. Ex.: fazer uma petição cumprindo a condenação no prazo de recurso e querer apelar depois. 
INVALIDADES PROCESSUAIS
A noção de invalidade diz respeito a uma comparação de um ato com um tipo previsto. 
A inadequação gera uma atipicidade, dando abertura para se pensar nos problemas de validade.
→Invalidade gera ineficácia
→Atos válidos podem ser eficazes ou ineficazes.
Princípio 
da instrumentalidade (liberdade de formas , finalidade, prejuízo)
convalidação/aproveitamento
causalidade
Sistemas
cominatório (pontes de miranda)
finalidade e natureza das normas (galeano lacerda)
relevância da atipicidade (calmon de passos)

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