Buscar

Aulas Processo Civil I - Prof. Scarparo - UFRGS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Processual Civil I
Professor Eduardo K. Scarparo
AULA 6 - 11/10/16
INVALIDADES PROCESSUAIS
Ato praticado em exame ao lado de um tipo previsto na lei. A grande questão sobre validades é saber se temos uma equivalência entre o ato praticado e o tipo previsto (paradigma normativo = consequência para a validade). Consequências:
válido
inválido
A noção de invalidade diz respeito a uma comparação de um ato com um tipo previsto. 
A inadequação gera uma atipicidade, dando abertura para se pensar nos problemas de validade.
→Invalidade gera ineficácia
→Atos válidos podem ser eficazes ou ineficazes.
Como o sistema apropria a validade/invalidade no processo? Como compor essa passagem entre a não-equivalência entre a passagem e o tipo confrontando com os valores e princípios processuais (ex.: celeridade, economia processual, etc.). Estudaremos os critérios-objetivo-teóricos dessa passagem para o processo.
Princípio 
da instrumentalidade do tipo 
O parâmetro para a validade do ato não é arbitrário. Ex.: tipos previstos para citação (carta AR, mandado, edital). Por que não por inbox no face? Quando propôs o legislador, partiu de determinada situação a fim de garantir direitos fundamentais, para preservar princípios. Os atos do processo não são aleatórios, como constar a qualificação das partes na inicial para possibilitar identificar quem são as partes. 
Os pressupostos servem para orientar qual a busca do legislador quando propôs aquele modelo, porque se o que ele entende pode ser bem realizado de outra forma, pode ser proposto outro modelo posteriormente.
A mecânica processual para atingir o objetivo é sugerida pelo Código. 
Microprincípios: 
liberdade de formas 
(art. 188, CPC)
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Diz o artigo que as formas são livres, mas sugere-se um modelo. 
prejuízo
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1o O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
	
Se o ato foi praticado de maneira diversa e não provocou distúrbio, como uma citação por WhatsApp que gerou uma contestação. No caso, mesmo se alegada a invalidade da forma, no máximo para fins práticos seria nulo o prazo para contestação, mas o ato (citação) não seria repetido. 
finalidade
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
A citação é válida para o finalidade do contraditório. Se o princípio atingido, é o que serve para validade como critério concreto. A noção de prejuízo surge quando descumprida a forma prevista e prejudicada a finalidade do ato. 
Exemplo: 
Art. 319 (requisitos da petição inicial)
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
O professor diz que é para fins de organização prospectiva do processo. Na prática, os advogados colocam “protesta-se pela produção de todos os meios de prova lícitos”.
convalidação/aproveitamento
Há alguma coisa que me impede de validar o ato? Ato praticado diferente do tipo gera atipicidade. Isso necessariamente leva ao inválido? 
- 
economia processual
Menor número de atos com maior aproveitamento possível.
Ex.: litígio em curso com acidente de trânsito, inúmeras periciais e testemunhas.
A ideia é concentrar os atos, como fazer UMA audiência só, não cinco. 
Essa ideia se reflete em aumento dos poderes do Juiz, como deturpar um procedimento prévio para evitar uma maior demora. Vide RExt 41414461/SP ???
causalidade → axiológico (segurança jurídica)
Um vício anterior afeta a validade do ato, os atos não são analisados separadamente. Ex.: citação nula
Sistematizações
Nulidades Cominadas (Pontes de Miranda)
INSANÁVEIS
Impossibilidade de saneamento, de convalidar dentro da forma que for possível. Se a lei diz que deve se realizar um ato de forma X sob pena de validade, a sua atipicidade é sinônimo de nulidade. 
Ex.: art. 272, §2º
Art. 272. § 2o Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados.
	Por que o Pontes resolvia dessa forma? Por que esse critério? O “mundo do direito” pontiano disassociava os fatos e mundo das ideias instituindo a lei como balisador. Pontes está mergulhado nesse paradigma, como critério mais seguro, mesmo que soe arbitrário. 
Finalidade e natureza das normas (Galeno Lacerda)
	
	NATUREZA
	FINALIDADE
	SANÁVEIS
	PODERES DO JUIZ 
	EXEMPLOS
	NULIDADES ABSOLUTAS
	Cogente
	Pública
	Não	Comment by Cristina Alves: Sim. De acordo com a doutrina, as nulidades absolutas ou relativas são sanáveis.
	Deve
Ex officio
	Rito
	NULIDADES RELATIVAS
	Cogente
	Privada
	Sim
	Pode
Ex officio
	Impenhorabilidade
	ANULABILIDADE
	Dispositiva
	Privada
	Sim
	A requerimento da parte
	Incompetência relativa
“Despacho saneador”
Critérios de enfrentamento de um tema difícil. Diante do tipo nulidade tem-se um esquema.
Adotada largamente pela doutrina brasileira.
500429162 TARS - Relator Galeano Lacerda
Improveu a própria tese (nulidade de rito alegada em apelação). Quando ele propôs o sistema, pensou idealmente a relação em normas do mundo do direito e o mundo dos fatos. Quando a idealização enfrentou o pragmático, se mostrou incoerente.
Nesse caso, o rito adotado foi o Ordinário (Procedimento Comum) mas deveria ter sido JEC, e isso foi o que o réu alegou na apelação, esperando uma nulidade de ofício. Galeno alegou que o “interesse público da instrumentalidade se sobrepõe ao interesse público da norma processual”. Desse modo, porque o réu não teve prejuízo na defesa. 
À idealização foi delegado todo o problema que não se resolve de forma abstrata.
Vantagem: sistematização aplicada que delimita os poderes do juiz (interesse privado reconhecido no trato do processo).
Relevância da atipicidade (Calmon de Passos)
	Não existem tipo de nulidade
	Atipicidade + Prejuízo = Invalidade
	Atipicidade sem prejuízo = irregularidade (Atos válidos)
	Ex.: o processo correu sem a citação do réu e foi julgado procedente. Invalidade
Numeração errada. Irregularidade
Não tem espaço pro Calmon a incompetência relativa requerida pela parte. Calmon tem ganhado o campo com alguma insistência.
Vantagem: Teoria que leva o problema ao real. Exame concreto fundado no prejuízo, e ampla sanabilidade dos atos.
Vantagem da tese do galeno: Divide o poder das partes no trato do processo e racionaliza o poder do juiz
	Um dos modos de se fazer uma junção da sanabilidade com poderes do juiz seria verificar no âmbito do juízo deve alegar o prejuízo, a quem afetou. 
Aula 18/10/2016
Petição Inicial
Noção Inicial
Visão geral de um processo:
Petição inicial chama o réu para uma audiência preliminar de conciliação.
Contestação
Despacho saneador
Provas, Instrução
Decisões parciais de mérito
A petição inicial indica as partes, a causa de pedir e o pedido (indica os limites da lide). A parte autora é mais poderosa na petição inicial que o juiz, nesse sentido. Ex.: quero cobrar R$50mil. Isso produz uma série de requisitos na petição inicial e uma projeção do que vai acontecer para o autor. É uma peça portal, de abertura, mas muito importante para exposição de razões e fatos.
Requisitos
art. 319, CPC
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Juízo
A quem se direciona a petição inicial (foro competente). Mesmo se estiver equivocado, pelo conteúdo costuma ser redistribuído. Posteriormente à entrega, há sorteio. 
Partes
Qualificação. E se for um ocupante do imóvel, desconhecido?
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
	Identifica-se dentro do possível o réu, se assemelhando até com uma descrição parecida com a criminal (ex.: altura do sujeito, etc).
Causa de pedir
A tradição diz que se indica 
I - dos fatos 
II - do direito
articulações entre os dois campos; jurisprudência; precedente
Pedido
Certo/condicional
Não pode ser um pedido do tipo “condene a 100mil se o inter não for rebaixado”
Pedido sob condição abstrata, não pedidos sucessivos (ex.: pagamento ou despejo)
Determinado/genérico
Especifica sua pretensão (condenação de 100 mil reais). Genérico diz que “o que vier vem bem” (que o réu pague o que deve)
Alternativo/sucessivo
Alternativo - compete a uma das partes escolher como cumprir a obrigação
Sucessivo (Subsidiário) - decaimento do principal
Pedido alternativo genérico: desfazimento do negócio, sucessivamente que se determine assim e assado. Em sacos de soja ou em sacos de arroz.
Interpretação do pedido
O Código de 1973 diziam que o pedido deve ser interpretado restritivamente. No código de 2015 não se considera somente o que consta no pedido. A interpretação do pedido observará o conjunto da peça. Ex: discorre sobre a necessidade de pagar alimentos mas não coloca no pedido. 
Pedidos implícitos
Pedidos implícitos: consideram-se formulados mesmo que não estejam formulados. Ex.: correção, juros, sucumbência, etc. A não ser que formule-se que não se quer correção, juros e sucumbêmcia
Cumulação de pedidos
	Pode-se cumular ações/pedidos. Ex.: litisconsórcio nas hipóteses do 113 (concurso subjetivo de ações/litisconsórcio). Mas pode-se fazer pedidos quanto a mesma parte mesmo que nada a ver. Ex.: empréstimo e indenização por ter batido no carro
Quanto a partes diferentes, sujeita-se ao rito dos litisconsortes.
Requisitos:
Competência absoluta deve ser a mesma
Rito adequado
Geralmente cumumlam-se pedidos conexos. Ex.: reconhecimento de paternidade / alimentos
Valor da causa
Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.
Pode determinar multas, competência, etc. Tem função no procedimento e nas consequências, em especial à sucumbência.
Valor da causa é bastante relevante. Ex.: % sobre a qual incide a multa por litigância de má-fé.
Como saber o valor da causa? Soma-se os pedidos para saber o valor da causa.
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
Mas e em pedidos sucessivos?
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
Pedido alternativo?
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
Ação de alimentos: Valor de 12 parcelas pretendidas pelo autor (1 ano de pretensão alimentar)
Divisão, remarcação, reivindicação: valor venal do terreno
Reivindicação é quem busca a posse de um bem. 
Qual o valor econômico de visitas? Valor de alçada - valor ajustado por índice. Valor fixo, todo mês muda, independente da causa, em que se estabelece o montante que vale uma causa determinada. 
A Justiça Federal não tem valor de alçada. Como ele é necessário para ajuizar, fixa-se um valor “para fins fiscais”.
Pode fixar o valor da causa de ofício?
Art. 292, § 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
Há um interesse do Estado em impugnar ex officio o valor da causa. 
Prestações vencidas e vincendas (as do passado e do futuro) tem que ser contadas. 
Art. 292
§ 1o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.
§ 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
Questões pertinentes ao valor da causa são preclusivas? Se passou a contestação, no dia a dia não se mexe nisso. Possibilitar-se-ia, no entanto, em certas causas, a retificação do valor da causa por ser uma questão de ordem pública (balizamento para tributação).
Docs indispensáveis
Ter ou não um contrato de 20 milhões de reais não é questão de propositura, mas probatória. Arts. 434 e 435, CPC (provas).
Ex.: procuração, etc.
Admissibilidade
1º) Presentes art. 319? Inépcia?
2º) Docs indispensáveis?
3º) Valor da Causa? Litispendência? Interesse de agir?
⇒ Caminho inicial constatada irregularidade: Emenda à inicial
ou, indeferimento à inicial.
	→Havendo cumprimento, prosseguir 
⇒ Se estiver ok: Indeferimento liminar ou prosseguimento. 
Emenda
Até a citação, se admite emenda à inicial. Ela pode ser determinada pelo juiz para vício sanável ou pela vontade do autor. 
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Estabilização da demanda
Indeferimento da inicial
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.
§ 1o No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à sentença sem resolução do mérito.
§ 2o A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado.
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos,observado o disposto no art. 334.
§ 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
A partir do Código de 2015, o juiz não faz nenhuma valoração quanto à apelação.
Improcedência Liminar
	Cognição Exauriente
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
	Hipóteses
DEcadência/prescrição
TEse contrária a precedente (não precisa de prova pra julgar precedente)
	Não é possível PROCEDÊNCIA Liminar sem citação.
Quando
	Recurso
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Indeferimento de inicial e improcedência de liminar tem um trâmite diferenciado quanto ao recurso
Audiência Preliminar
Noções Gerais
Chamar a parte ao processo para envolver um contexto de composição, mesmo já havendo o litígio ainda antes da contestação.
Quando à mediação, é destituída do propósito voluntário quando institucionalizada (antinomia grave).
Dispensa
É dispensável apenas no caso de dupla negativa.
Passada a audiência, 15 dias para contestar. 
Autor dispensa na inicial, réu falou que não quer. 
15 dias a contar da data da audiência. 
Comparecimento/Ausência
Ele pode comparecer com advogado com poderes para transigir. 
No JEC, tem audiência de conciliação e de instrução (na qual o sujeito apresenta a contestação). Qualquer não comparecimento à audiência pessoalmente pelo autor, importa extinção; se for o réu, revelia. Não se pode fazer por procurador.
No Juízo comum a contestação é após audiência preliminar. No rito comum, há multa se eles não comparecem, mas pode-se fazer comparecer por advogado.
Defesa do Réu
Contestação
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
Prazo
Quando não há audiência preliminar, conta-se o prazo da juntada do AR, término do edital… etc.
Prazos diferentes para contestações.
Forma
Escrita. No JEC, isso não acontece. Pode ter contestação oral (reduzida a termo)
Defesas Preliminares
Quando houver alguma causa, questão processual que viabilize extinção do processo que precisa ser deduzida antes. 
Art. 337
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Deixar de alegar essas coisas é renunciar.
Regra nova: ilegitimidade passiva. Se o réu alega ser parte ilegítima, pode alegar a parte legítima e o autor fazer um ajuste. 
Em 1973, tínhamos a “nomeação à autoria”
Agora, não vamos preosseguir o processo contra um réu só, mas vai ter uma pequena sucumbência. Litisconsórcio anterior.
Aula 01/11/2016
Preliminares x Prejudiciais → podem ser de mérito ou não, mas as prejudiciais modificam o julgado, enquanto as preliminares impedem a análise do julgado em si. 
Prescrição e decadência são questões de mérito porque dizem respeito à própria coisa. 
Coisa julgada é uma defesa preliminar.
Defesas meritórias
eventualidade
Na contestação devem constar todas as alegações e defesas, mesmo que elas não sejam posteriormente necessárias. 
Tomar cuidado com a incoerência (Goldschimidt/Couture)→ credibilidade das afirmações. A história precisa ser coerente. 
Não fazer defesas coerentes, por mais que a regra da eventualidade permita, soa melhor. 
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Exceções à regra da eventualidade:
Fato ou direito superveniente - não se pode exigir do réu a previsão do futuro. Mas se o fato altera o pedido do autor, não tem como porque os pedidos limitam o objeto litigioso (nova demanda para apurar a diferença do pedido). 
Se o juiz pode conhecer de ofício
Por expressa previsão legal
defesa de fatos
	
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato;
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
Ônus de impugnação específica → não pode ser genérica. Exceção: citação ficta. 
	Ônus se submete a um ato de vontade daquele que o exerce. enquanto o dever é imposto. Mas a lei prevê as consequências para ônus. No caso, se o réu não contestar alguma das alegações do autor, tem-nas por confessas. Ex.: réu bêbado, dirigindo com os pés, fumando maconha, se defende dizendo meramente que não estava bêbado. 
Se o réu impugna parcialmente as alegações do autor, teremos caracterizada a confissão. 
Quando não se admite confissão não se há ônus 
Exemplo tradicional: compra e venda de imóvel acima de R$X sem escritura. Não há como se verificar a validade da compra e venda se não foi feito esse documento. 
Quando as matérias estiverem em contradição com a defesa. Ex.: autor alega que réu estava em lugar tal dirigindo bêbado e etc., mas sujeito estava em outra cidade. Nesses casos não precisa impugnar especificamente, porque um ponto impugna os demais. 
defesa de direito
Iuri novit curia, ou “dá-me o fato que te dou o direito”. Forma idealista de exegese de que o direito é inaplicável e cogniscível independente do contraditório e dos fatos. Mas é amplamente aceito, com pequena corrente contrária minoritária. Nesse caso, por que apresentar a versão jurídica dos fatos nas suas peças? Porque sabemos que as regras, textos e normas são plenamente possíveis de interpretação. Ex.: art. 475, CC. 
Revelia
Revelia é diferente de efeitos de revelia. 
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.
Presunção “in totum” de confissão. Em algumas hipóteses, no entanto, não há efeitosde revelia, como na citação ficta (há revelia mas há negativa geral). Outros casos:
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
Fato impossível não gera conhecimento pelo Judiciário. Fatos inverossímeis. Ex.: saí de casa durante engarrafamento e cheguei em 5min. 
Para a eficácia executiva, é indiferente a revelia do réu. 
Reconvenção
	Noção geral
Contra-ataque do réu. O réu vai ao juízo na contestação e diz o seguinte: vou exercer meu direito de ação contra o autor nesta ação. A vantagem é a simplificação do procedimento.
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Proceder
§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
Temos uma vantagem da praticidade, mas recolhe custas e indica valor da causa igual. 
Prescindibilidade
O réu pode escolher se vai reconvir na contestação ou se vai ingressar em juízo quando bem entender. 
Limites objetivos
Conexão - ação e fundamentação com a defesa
Limites subjetivos
Pode-se reconvir contra o autor E terceiros, mas não só contra terceiros.
Ação coletiva passiva? Representação da coletividade é adequada? Coisa julgada sem representação? Não tem no nosso direito regulamento próprio sobre isso. 
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual.
A ideia do parágrafo quinto também é essa, de que o legitimado substituto para ajuizar a ação também é legitimado substituto para defender, no caso uma coletividade
Interesse de agir em propor a reconvenção? Supor uma reconvenção eventual: só reconvenho se perder a causa: ação declaratória que é nula, e o réu quer declarar válido e, sucessivamente se for declarado inválido, pra poder excluir.
As ações declaratórias são por natureza dúplice. O que o autor perde o réu ganha e vice-versa. A reconvenção negativa nesse caso seria litispendente, mas é difícil de se enxergar isso.
Pode ter conexão com revelia? Se conseguir se fazer conexão, escapa-se da revelia. 
Reconhecimento da procedência do pedido
O réu apresenta contestação sem refutar os fatos. Pode o juiz julgar a causa procedente de algo que efetivamente não seria devido?
	Não pode o juiz desdizer atos de vontade das partes com relação ao direito material. Cabe ao juiz aplicar o direito em razão de um litígio. Por isso, n cabe ao juiz avaliar se ao réu está de acordo. O que pode-se fazer fora, pode-se fazer dentro do processo, a menos que se tenha problemas de validade. Ex.: réu interdito - não há manifestação de vontade válido. 
	É diferente da revelia, porque considerar válidos os fatos não é concordar com o reconhecimento jurídico dos pedidos (pretensão)
Providências Preliminares
Art. 347. Findo o prazo para a contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as providências preliminares constantes das seções deste Capítulo.
Da Não Incidência dos Efeitos da Revelia
Art. 348. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no art. 344, ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado.
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.
Do Fato Impeditivo, Modificativo ou Extintivo do Direito do Autor
Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
Das Alegações do Réu
Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337, o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova.
Art. 352. Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.
Art. 353. Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo, observando o que dispõe o Capítulo X.
Réplica
15 dias. (hipótese do 350)
Indicações sobre revelia
Providências preliminares: revelia ou não, consertar a inicial se for o caso (sanável). Após:
Irregularidade
Sanável? 30 dias.
Julgamento conforme o estado do processo
Seguinte cenário: Pode o processo ser extinto sem a produção de prova?
Extinção do processo
Da Extinção do Processo
Art. 354. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento.
Remissão para o seguinte artigo:
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
Julgamento antecipado
Do Julgamento Antecipado do Mérito
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349.
Pode haver um julgamento meritório antecipado. 
Julgamento parcial do mérito
Do Julgamento Antecipado Parcial do Mérito
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.
Ex.: despejo cumulado com cobrança de 14 meses de aluguel.
Se julga picotado mesmo, como se a causa versasse só sobre isso. Exemplo: julga-se procedente o despejo porque verificado que ele deve 10 meses haverá julgamento parcial - decisão contra a qual cabe agravo. Aí quanto a cobrança, verifica-se que seria indevida, então ele não pode voltar atrás na decisão do despejo. 
Ação rescisória:
Art.975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.
A decisão parcial de mérito se dá por meio de ação interlocutória. 
Da decisão ilíquida, pode-se instaurar um processo de liquidação.
Aula 08/11/2016
Saneamento
Despacho/decisão saneador/saneadora
Exame retrospectivo
Exame prospectivo
Estabilização
Negócio saneador
Fatos controversos → Meios adequados
Art. 357, IV – delimitar as questões de direito relevantes para a decisão de mérito. Isso é para dizer que o juiz está atento ao que está sendo discutido. A ideia aqui é que o processo fique organizado. É um projeto de desenvolvimento do processo. Quando o juiz determina os pontos de direito – ele estabelece que não haverá surpresas. Há um interesse de não surpresa. É um projeto para a sentença.
Há situações extremamente relevantes com relação ao saneamento que vai nos revolver às questões de direito.
ESTABILIZAÇÃO. 
Após o saneamento, as partes têm direito de pedir ajustes, por um prazo de 5 dias – depois disso a decisão se tornará estável. Isso é muito difícil.
Estamos diante de uma estabilidade parcial – enquanto a situação for a mesma,
será estável. Se as situações forem diferentes, se surgirem novas questões, se
permitirão novos ajustes. Se no curso da ação se descobre que o réu tem maiores
condições de produzir a prova, dá para se determinar isso. Se não fosse possível, se afastaria da realidade, por causa de uma situação ficta. A estabilidade é importante,mas não pode engessar o processo.
Se a decisão saneamento for considerada estável, vai se estar determinando as questões de direito que serão julgadas, como acontecia com as formulas dos pretores romanos. É como se definisse uma questão jurídica antes da prova. Dependendo do modo como se trata a estabilização da questão de direito definida pelo juiz no saneamento, vai ter um namoro com a fase clássica do processo romano.
Talvez a gente deva pensar o seguinte: será que é estável mesmo? Será que estamos dizendo o que eu posso não fazer? Delimitar pode ser dizer o que tem – listar, mas pode ser também decidir. Qual a extensão do delimitar? Qual a estabilidade dessa decisão? No tradicional, “estável é uma pinóia” e o juiz vai falar qualquer coisa, ninguém vai tratar das questões de direito pertinentes e todos vão ignorar as questões de saneamento. Avançando, querendo desenvolver as questões, podemos pensar certas definições – podemos estabelecer essa questão de saneamento como uma não extensão do iura novit cúria – é uma forma de determinar o que se está sendo discutido.
Negócio Saneador
. Novidade do código. Art. 357, §2o - as partes podem apresentar para o juiz... vincula as partes e o juiz, se homologada. Compete as partes fixar qual o objeto litigioso – fazem isso com a inicial e com a contestação.
Elas limitam o debate. É só na inicial e na contestação que se fixa? Não.
Eventualmente as partes podem ter interesse m não produzir provas sobre determinado assunto. As partes podem determinar quais questões de direito elas acham aplicável ao caso. Isso é um negócio de delimitação que as partes apresentam ao juiz, o juiz pode homologar e daí ficaria limitado a isso. Mas o código não diz como fazer isso. O juiz não teria a oportunidade de iura novit cúria, como na estabilização também não teria. Para fundamentar um negócio processual, os direitos têm que ser compostos. Tem certos direitos que não podem ser renunciados.
Esse é um negócio jurídico processual típico.
Aula 8/11/2016
Teoria Geral da Prova
Noções preliminares
 Regra mais tradicional. Quem tem que produzir que prova?
Cabe ao autor ao réu? Se o fulano não produzir a prova, ele se ferra. O juiz tem que estabelecer que, diante dos fatos controvertidos dados, os meios adequados. Há uma forma tradicional, estática, e uma forma dinâmica.
ÔNUS DA PROVA
• ESTÁTICO
• DINÂMICO
A forma estática é a que está previamente estabelecida no código – o autor faz prova de fato constitutivo e o réu... é um prova de interesse. Quem tem interesse traz a prova. Essa regra tradicional, no entanto, às vezes, é inadequada, pois pode ser extremamente inacessível. É um exemplo o Direito do consumidor, em que há inversão do ônus da prova. O ônus recai sobre o fornecedor. Isso quer dizer que, se não tiver prova, quem se ferra é o fornecedor. No entanto, tem fatos que são perfeitamente comprováveis pelo consumidor – mas, por preguiça, não se estabelece quem faz o que. O juiz deve designar quem faz o que, quem deve provar cada um dos fatos controversos. Se não houver motivo para mudar a produção de prova, se mantém. O juiz pode designar quais fatos serão provados por cada uma das partes.
O ônus da prova não é integral. Para alguns fatos, o dever é de cada parte. Se o juiz designar, os esforços serão divididos, e serão provadas as partes que competem a eles. É uma forma de objetivar, tornar mais direcionada a atividade instrutória. Não é integral ou genérica, como usualmente se faz no direito do consumidor.
Estabelecer genericamente o ônus da prova não é o que define o art. 357 genericamente.
Conceito de prova
Objeto da prova
Admissibilidade
Valoração
A prova pode servir tanto para demonstrar a verdade das alegações que são feitas pelo autor, pelo réu e tal, quanto para influenciar a decisão. Prova em retórica é tudo que leva à persuasão. Por exemplo, quem fala influencia na persuasão. O orador interfere em convencimento.
Uma noção geral para o conceito de prova é tanto o que nos leva para consideração os fatos quanto o que essas provas interferem ou não na decisão do juiz.
Sobre o que recai a prova/ a prova recai sobre as alegações de fato que são pertinentes e relevantes ao julgamento do mérito. Nós precisamos saber se a alegação da parte é condizente ou não com a verdade. A alegação da parte é o que condiciona a produção da prova. A alegação a prova condiciona como a parte interpretou o fato bruto, o acontecimento. A prova visa demonstrar se a alegação é condizente com o que aconteceu.
Outro conceito inicial é a ideia de meio de prova. Meio de prova quer dizer uma técnica pela qual se produz a prova. Ex. prova testemunhal. Como assim? O resultado dessa atividade processual vai ser a prova. O modo como se encaminha essa prova é determinada pelo meio de prova. Os meios de prova são típicos – a lei estabeleça e regulamenta – ou atípicos.
Fonte de prova é de onde se extrai a prova. De onde se extrai a informação, de onde se extrai a prova. É uma matéria bruta da qual se extrai a prova.
A quem incumbe a produção da prova sob pena de uma sanção.
Quem é o destinatário da prova? Em tom arbitrário, totalitária, se afirmaria que é o juiz. As provas são de interesse das partes. Pode influenciar tanto na hora de propor a ação quanto em eventuais acordos. A parte tem um papel em relação ao julgamento da parte quanto ao processo. A parte julga o processo e condiciona seus agires de acordo com o que acontece no processo. Influencia no andamento do processo e em como a parte vai agir, qual tese jurídica vai adotar. A eficácia de uma prova não afeta exclusivamente ao juiz. Se uma decisão judicial sobre o mérito é uma conversa, é uma deliberação – como se diz que a prova não serve para quem está deliberando sobre esse assunto? Se o juiz é o destinatário da prova, como ter um recurso? Então o destinatário seria outro magistrado? Portanto, o processo é o destinatário da prova. A prova é uma forma de dar credibilidade ao processo, para resolver as questões controversas. A prova serve ao processo e é um dos elementos mais essenciais. O juiz também serve ao processo. Isso tem várias consequências para o enfrentamento do magistrado em relação às provas. O juiz não pode deferir e indeferir aquilo que lhe interessa ver provado. O juiz é servo do processo, que é um ambiente democrático – ou seja, não é ele o destinatário.
O que é subjacente a uma ideia de demonstração? Demonstrar significa tornar inquestionável. Se estabelece a relação como verdadeira.Demonstrar em geral está vinculado a uma forma de argumento lógico. Funciona de uma forma matematizada. As premissas são inquestionáveis. Elas contribuem igualmente para a solução.
Existe uma sequência ordenada que deve ser seguida. Quando se olha sob esse novo aspecto, a tendência é indicar a prova como uma argumentação. Argumentação pressupõe que existem formas diferentes de enfrentar um mesmo problema. Mais de uma forma de enfrentar um mesmo problema é possível. As premissas estão sujeitas à questionamento. Numa argumentação as premissas contribuem de forma diferente para a conclusão. Existem pesos diferentes. Há uma convergência... a convergência não quer dizer que não haverá divergências... a argumentação pressupõe alteridade. Se uma demonstração a verdade é tão forte quanto o mais fraco dos elos da corrente, na argumentação, é o encadear e coesão dos argumentos que dará força. A prova se enquadra nos dois espaços, aparentemente. A prova não pode ser meramente sofista. Não pode ser um mero falar, um mero discurso. A prova
não é só argumentação. Ela não pode se desconectar do fato bruto. Por outro lado, na demonstração se ignora qualquer subjetividade da interpretação do fato bruto.
Daí será sempre a mesma avaliação. Os fatos brutos precisam de interpretação
subjetiva. A prova é argumentação e demonstração. As argumentações, por vezes,
situam-se em torno de pontos de consenso, mas as vezes influencia na própria
demonstração.
VERDADE
O tema da verdade na prova, o próprio conceito de prova como demonstração
ou argumentação é um dos temas mais bonitos e mais complicados no campo de
teoria geral da prova.
OBJETO DA PROVA. ART. 369. 
As partes têm direito de... para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido e a defesa. Art. 370. Cabe ao juiz, de ofício ou a requerimento das partes determinar as provas a serem produzidas. Esse, a rigor, é o grande objeto da prova – fatos relevantes, fatos pertinentes. A prova sobre esses fatos deve ser eficaz em relação ao que se está deliberando e sua prova, sua descoberta, permite julgar a causa por um ou por outro lado. A prova recai sobre os fatos que são pertinentes e relevantes ao julgamento de mérito. O objeto da prova vai levar em conta as alegações da causa, que serão delimitadas pelo autor e pelo réu na inicial e da contestação. O juiz tem alguns limites com relação ao objeto da prova (art. 141, CPC). Os fatos primários da causa, sobre os quais se funda a causa de pedir, não são suscetíveis à escolha do juiz. O art. 369 diz que para provar a verdade dos fatos, em que se funda o pedido ou defesa. O juiz não pode “querer saber alguma coisa”, se isso importar em alteração da causa que pedir. O juiz está limitado aos fatos primários. O juiz não pode inventar situações hipotéticas. Excepcionalmente, se permite a produção de provas sobre o direito – art. 376 do
código. Ex.: direito internacional.
Não são sujeitos a provas fatos notórios. Fatos notórios são fatos conhecidos por todos. Ex.: houve uma deposição da presidência da república. Não se pode ignorar que aconteceu. O fato notório pode ser também uma grande catástrofe que aconteceu. A notoriedade pode ser também circunscrita a uma dada comunidade.
A notoriedade pode ser em relação a uma determinada comunidade. São fatos
sabidos por todos.
Fatos incontroversos também não estão sujeitos à produção de provas. Se não é questionável, se não é contradito, não se faz prova, se aceita a versão. O último aspecto em relação ao objeto de prova é o fato de não admitir prova enquanto viger presunção absoluta legal quanto à veracidade do fato. Ex.: uma criança de 7 anos não tem como fixar contratos. Há uma presunção absoluta nesse sentido. Independe da criança. Não adianta fazer prova nenhuma nesse caso.
Admissibilidade
A questão aqui diz respeito com a viabilidade ou não da produção da prova. Admissibilidade da prova é uma questão de direito. O direito permite ou não a produção de determinada prova. Não diz respeito com valoração do que se quer provar. Nisso a gente consegue situar alguns planos distintos de operacionalização da prova.
Há três passos de trabalho com a prova: 1) permitir a produção, a 2) valoração da prova e que 3) se explique porque e como se valorou a prova. Não se podem misturar essas etapas.
O juiz tem a missão de julgar a causa com o máximo de imparcialidade possível – indeferir provar é negar o direito fundamental. Existem outras formas, dentro do processo, para evitar os danos de atitudes protelatórias das partes.
Art. 443 – para indeferir produção de prova... aqui se analisa se já houve uma valoração. Há uma vantagem, a priori, em relação a documento ou declaração. Isso é excepcional. Isso não pode ser levado como regra para determinar a não produção de prova…
Aula x - 22/11/2016
Teoria Geral da Prova
Admissibilidade
	Planos de atividade para tratar de prova. Admite-se a produção de prova sobre fatos controvertidos, pertinentes e relevantes. Se a prova é requerida para algo impertinente, qualquer que seja o julgamento do mérito. Se esse ponto relevante não é controvertido, não tem como se implicar a produção de prova.
Provas ilícitas não podem ser admitidas (tema de validade da prova)
Diante de prova regular, tema controvertida, tema relevante:
Como o juiz afere se um fato ocorreu ou não? Essa pergunta diz respeito à valoração, não à permissão da prova. Como estabelecer um juízo sobre o valor das provas? Só é possível dar valor quando se admite. Se está pré-julgando a prova, mistura-se os planos de admissão e valoração. Como a prova não tem o juiz como único destinatário da prova, não pode ser o único a ser convencido. 
	Admitiu-se prova, fazemos o quê?
Valoração
Ordálios (místico)
	Sistemas de crenças e dogmas vinculadas a uma religião. A noção de ordálios surgiu desse meio - direito medieval e coisas do gênero. Ordálios eram chamados de julgamento de Deus. Exemplos:
prova da fogueira (se queimar, é bruxa)
prova do pão e do queijo - existiam pessoas controvertendo sobre dado fato, e se propunham a comer pão e queijo. Quem comesse mais, era o vencedor e estava correto. 
prova da cruz
prova do ferro em brasa
etc.
	Só dá pra se julgar o que aconteceu no passado diacronicamente, não anacronicamente (julgando os valores passados com os presentes). Esse marco cultural de uma religiosidade fundante e projetadas na cultura legitimam o sistema de ordários para dados casos. Embora a gente olhe para isso e pense que era desleixado, era um sistema extremamente procedimentalizado - bastante intenso. Ex.: tipo de pão, maturação do queijo, espessura das fatias, horário que começa, etc. (Michaelli Tarufo - Uma Simples Verdade).
	
Tarifas legais
Direito Canônico - desconfiança do juiz e confiança em sistemas ideais de julgamento. Previamente eram quantificados os pesos das provas, e após se estabelecia a verdade. Modelos de preconceito e desigualdade.
A particularidade determina a veracidade da parova, não a generalidade. 
A lei, a norma geral que estabelecia que, por exemplo, o testemunho de um padre valeria mais que um canônico, e de um homem, de uma mulher. 
Em termos de tarifas gerais, não excluía a apreciação do juiz. Por vezes, os testemunhos são favoráveis e desfavoráveis ao mesmo tempo. Sistema que explicitava o preconceito. 
Livre convencimento
No sistema puro de livre convencimento, as provas são todas produzidas e o juiz pode indicar livremente como um fato ocorreu ou não. 
Sistema no qual o juiz não está vinculado às tarifas e pesos - e não precisaria nem sopesar as provas, podendo usar conhecimentos privados e estranhos aos processos.
A ausência de qualquer amarra pela lei de prévia valoração da prova.
Retira-se da lei e joga-se na boca do juiz. 
Juri é um modelo de livre convencimento. 
Persuasão racional
	Como adendos ao sistema de livre cncenvimento e inviável à utilização do sistema de tarifas legais:
1) entende-se que o juiz precisa justificar a decisão racionalmente.
2) tudo que foi utilizado para embasara decisão deve constar nos autos (objeto de discussão/contraditório)
Isso tudo não quer dizer que não tenhamos um sistema de tarifas legais ainda vigente. Prévias valorações da prova de certa forma ainda são
Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:
I - já provados por documento ou confissão da parte;
II - que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.
A expectativa que se tem em relação à oralidade é menor que às provas físicas. 
Modelos de Constatação 
(quanto de prova preciso?)
O tema desses modelos não tem regulação no Código - vem do direito americano. Importa estabelecer que nem todos os processos precisam da mesma quantidade de prova para serem julgados. 
in dubio pro reu existe no cível? Não, apenas no penal. Critérios diferentes para valoração da prova (âmbitos cível e penal). Qual o critério que o juiz deve ter para avaliar fatos em determinadas causas. 
A cognição é sempre exauriente e plena?
A questão dos standards é: quanto de prova? em contraponto aos julgamentos pautados em “certeza”. Entre a certeza a a ignorância, quanto nessa diferença entre um e outro podemos verificar a probabilidade?
→Standards 
prova além da dúvida razoável 
Sequer a dúvida razoável existe. Nos determina um modelo bastante intenso de convencimento. É tolerar uma dúvida considerando que certeza absoluta não há, mas perguntar-se “será que é razoável outra versão? é factível?”. 
→ PENAL
prova clara e convincente
Além de mera questão patrimonial. Exala uma certeza/probabilidade maior que a preponderância. Ex.: improbidade administrativa.
→ 
preponderância de provas 
→ CIVIL
O significado dessas expressões estão em aberto. Diante desse cenário, temos variáveis, zonas de encaminhamento. Não se pode matematizar uma valoração de provas, mas dentre essas zonas eu posso encaminhar para um maior ou menor grau de necessidade de produção de provas para conhecimento. 
A dificuldade de nossa jurisprudência é o desconhecimento dos juízes quanto a esses critérios de valoração de provas. 
Redução do módulo de prova
Às vezes, a lei estabelece algumas presunções, pautadas num conhecimento mais provável, usual, que elidem a necessidade de produção de provas em um ou outro caso. 
ex: presume-se que o contratante leu o contrato de seguro; quem bate atrás tem a culpa. 
Com base nessa ideia de que a legislação ou o próprio senso comum influencia o julgamento, talvez o juiz possa baixar essa módulo - provas impossíveis. Ex.: extravio de mala. Como provar o conteúdo da mala? Como fazer essa prova? Impossível. Se nesses casos exigirmos os mesmos critérios de processos comuns, seria uma prova diabólica - indícios. Juiz tende a reduzir as expectativas para provar o critério alegado.
Ex.: clássico: cofre do banco. O cliente não declara o que tem no banco, e ele é assaltado. 
Máximas na experiência
Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
Definição clássica: Friederich Stein
São definições, juízos hipotéticos de conteúdo geral que são desligados de um caso particular, concreto, mas que permite pressupor que irão ocorrer novamente em fatos futuros. 
	Lugar onde o senso comum entra nesse processo. Implica uma série de consequências. 
São presunções relativas, admitem prova em sentido contrário.
Ex.: vende-se mais chocolate na época da Páscoa. 
gestação tem 9 meses
água ferve a 100º
chove mais no inverno que no verão em porto alegre
Poderes instrutórios
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Competência para determinar provas de ofício. Poder circunscrito ao objeto do litígio. Costuma-se dizer que o juiz tem liberdade quanto aos meios e restrição quanto às fontes - dainte dos fatos apresentados pelas partes, ele tem o poder de determinar a prova. 
Ônus de prova
É uma faculdade a qual se atribui uma sanção em caso de descumprimento - ninguém é obrigado a exercê-la. A sanção é que o fato é considerado contrário àquele que tinha o ônus de produzir a prova. 
A falta de prova não impede o julgamento. Regra de julgamento; ou seja, na ausÊncia de prova, o juiz julga o fato aplicando o ônus para aquele que deveria tê-la produzido.
Se a prova não existe ou não é minimamente suficiente para considerar o fato ocorrido ou não, na ausência de prova é um jeito de julgar para não deixar sem julgamento. 
Funções
função objetiva - é relevante se falar em ônus da prova durante o julgamento. Se é regra de julgamento, é a função objetiva: viabilizar julgamentos na ausência de prova.
função subjetiva - remete não à ideia de atuação do juiz, mas atuação das partes. Se sabemos que o Ariovaldo é responsável por produzir provas de que o sinal está vermelho, qual será a conduta do Ariovaldo durante o processo? Forte tendência de que o fulano se mobilize para sua produção - distribuição do ônus da produção processual. O momento para essa dinâmica é no Despacho Saneador.
		Em não sendo feito no saneador, se faz antes da sentença.
Modos de distribuição
estática
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Prova quem interessa provar.
dinâmica
Inverter o ônus da prova naquilo que é viável inverter - como se fazia nos casos de consumidor, mas agora ampliados, diante das peculiaridades do caso.
Ex.: ação pauliana (ação contra fraude aos credores)
crédito
atos de disposição do patrimônio 
insolvência
(Fatos constitutivos do direito)
A ação pauliana consiste numa ação pessoal movida por credores com intenção de anular negócio jurídico feito por devedores insolventes com bens que seriam usados para pagamento da dívida numa ação de execução. A ação pauliana pode ser ajuizada sem a necessidade de uma ação de execução anterior.
 Fazer prova de todos os bens do devedor é difícil. Como provar negativamente que o devedor não tem outros bens? Facilidade maior de produção de provas de uma parte do que para outra. Se não for paritária a produção probatória, não pode ser exigida uma prova diabólica. 
Código novo traz grandes regras para distribuição da distribuição do ônus da prova. Colocam-se os dois pés na função subjetiva do ônus da prova - ou diante do fato ou diante do sujeito. Impõe ainda alguns requintes: indicar, para esse fato, que se mantém o ônus estático.

Outros materiais