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AULA 1 alunos - Dir. Agrario

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DIREITO AGRÁRIO
4º PERÍODO 
DIREITO – IESA/CNEC
PROFESSOR: RÔMULO DA SILVA MENEZES
1. Breve Histórico do Direito Agrário no Brasil:
	- As origens do Direito Agrário remontam aos primórdios da civilização (Cód. de Hammurabi e Lei das XII Tábuas).
	- Tratado de Tordesilhas (07/06/1494): Portugal adquiriu o domínio sobre as terras encontradas à direita da linha imaginária do pólo ártico ao pólo antártico, distante 370 léguas das Ilhas de Cabo Verde (direito de propriedade decorreu do Tratado).
	1.1 Regime Sesmarial (1531 a 17/07/1822): 
	- Em Portugal o regime sesmarial era utilizado para corrigir distorções detectadas no uso de terras rurais (ociosidade, êxodo rural e falta de alimentos): confisco e redistribuição, PRODUÇÃO DE ALIMENTOS, COMBATER A CRISE AGRÍCOLA QUE ATINGIA PORTUGAL E TODA A EUROPA, ALIADA A PESTE NEGRA, E EM PORTUGAL A ORIGEM DATA EM 1375. No Brasil apenas o domínio útil era transmitido (similitude com a enfiteuse).
	- 1531: Martim Afonso de Souza – missão: distribuir as terras descobertas para fins de colonização (defesa do território contra invasões estrangeiras). Grandes quantidades de terras entregues a um pequeno número de pessoas.
	- Obrigações impostas ao sesmeiro (cláusulas resolutivas): colonizar a terra, ter nela sua morada habitual e cultura permanente, demarcar os limites, pagar os tributos, A) EXPLORAR E AUFERIR LUCRO DESSA EXPLORAÇÃO B) PROTEGER AS TERRAS CONTRA POSSÍVEIS INVASÕES. Instituto do comisso: se não cumprisse as obrigações, caía em comisso e as terras voltavam ao patrimônio da Coroa. Era transmissível por herança (causa mortis). MAS TAMBÉM HAVIAM DIREITOS: LEGAR AS TERRAS AOS SEUS HERDEIROS; B) REDISTRIBUIR PARCELAS DE TERRAS DE SUA CAPITANIA.
	- Influenciou o processo de formação de latifúndios e minifúndios (trabalhadores que ocupavam as sobras de sesmarias não aproveitadas ou áreas não concedidas – abastecimento interno - posseiros). 
	1.2 Período “Extra legal” ou “das posses” (de 17/07/1822 a 18/09/1850):
	- Período sem qualquer lei disciplinando a aquisição de terras (nem a Constituição de 1824 trouxe regulamentação a respeito – Resolução do Príncipe Regente de 07/07/1822: “conceda-se as terras requeridas e suspenda-se a concessão de novas sesmarias até a assembléia constituinte”). 
- Situações verificadas: a) proprietários legítimos, por títulos de sesmarias concedidas e confirmadas, com todas as obrigações adimplidas pelos sesmeiros; b) possuidores de terras originárias de sesmarias, mas sem conformação por inadimplência das obrigações assumidas pelos sesmeiros; c) possuidores sem nenhum título hábil subjacente; e d) terras devolutas: aquelas dadas em sesmarias que foram devolvidas porque os sesmeiros caíram em comisso. 
- Ocupação desordenada do território (pequenas e grandes áreas). Império da força.
	1.3 Período de institucionalização do direito agrário (de 18/09/1850 em diante):
	a) Lei de Terras de 1850 (Lei nº 601 de 18/09/1850) (tentativa de converter as situações fáticas em jurídicas): 
- objetivos: a) proibir a investidura de qualquer súdito, ou estrangeiro, no domínio de terras devolutas, excetuando-se os casos de compra e venda; b) outorgar títulos de domínio aos detentores de sesmarias confirmadas; c) outorgar títulos de domínio a portadores de quaisquer outros tipos de concessões de terras feitas na forma da lei então em vigor uma vez comprovado o cumprimento das obrigações assumidas nos respectivos instrumentos; e d) assegurar a aquisição do domínio de terras devolutas através da legitimação de posse, desde que fosse mansa e pacífica, anterior e até a vigência da lei. Foi regulamentada pelo Decreto nº 1.318 em 30/01/1854.
- Registro Paroquial ou do Vigário (art. 97 do Decreto nº 1.318/1854): 
Art. 97. Os Vigários de cada uma das Freguesias do Império são os encarregados de receber as declarações para o registro das terras, e os incumbidos de proceder a esse registro dentro de suas Freguesias, fazendo-o por si, ou por escreventes, que poderão nomear, o Ter sob sua responsabilidade
		- problemas: insuficiência de pessoal habilitado para o desempenho dos ofícios de juiz comissário e inspetor de medição de terras vagas; barreiras institucionais e geográficas.
		- destaques: legitimação de posse; proteção aos silvícolas; limitações ao acesso de estrangeiros; proteção às terras situadas na faixa de fronteira.
		- impediu o acesso à terra aos negros e aos pobres, pois obrigou que a terras públicas, após a data da edição da Lei, somente poderiam ser vendidas.
	b) Constituição Republicana de 1891: transferiu (art. 64) aos Estados as terras devolutas, ficando reservadas à União apenas as áreas destinadas à defesa das fronteiras, fortificações, construções militares e estradas de ferro, e terrenos de marinha.
Art. 64. Pertencem aos Estados as minas e terras devolutas situadas nos seus respectivos territórios, cabendo à União somente a porção do território que for indispensável para a defesa das fronteiras, fortificações, construções militares e estradas de ferro federais.
Parágrafo único. Os próprios nacionais, que não forem necessários para o serviço da União, passarão ao domínio dos Estados, em cujo território estiverem situados.
Art. 72. § 17. O direito de propriedade mantém-se em toda a sua plenitude, salva a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, mediante indenização prévia.
As minas pertencem aos proprietários do solo, salvas as limitações que forem estabelecidas por lei a bem da exploração deste ramo de indústria.
	c) Código Civil de 1916: disciplinou vários institutos (como a posse, por exemplo), mas com uma visão muito individualista. Posse agrária X posse civil. 
DIFERENÇAS ENTRE POSSE AGRÁRIA E POSSE CIVIL
	POSSE AGRÁRIA
	POSSE CIVIL
	Verifica-se somente em imóveis públicos rurais
	Verifica-se somente em terras particulares (rurais e urbanas)
	É imprescindível que seja legítima
	Pode ser legítima ou ilegítima
	Deve ser exercida diretamente pelo posseiro e seus familiares
	Pode ser exercida por interposta pessoa
	Sua transformação em domínio visa o atendimento de um interesse social
	Sua transformação em domínio visa o atendimento de um interesse individual
	Transforma-se em domínio através da legitimação de posse
	Transforma-se em domínio através do usucapião
	d) Constituição Federal de 1934: 
Art. 113. 17) É garantido o direito de propriedade, que não poderá ser exercido contra o interesse social ou coletivo, na forma que a lei determinar. A desapropriação por necessidade ou utilidade pública far-se-á nos termos da lei, mediante prévia e justa indenização. Em caso de perigo iminente, como guerra ou comoção intestina, poderão as autoridades competentes usar da propriedade particular até onde o bem público o exija, ressalvado o direito à indenização ulterior.
Art. 125�. Todo brasileiro que, não sendo proprietário rural ou urbano, ocupar, por dez anos contínuos, sem oposição nem reconhecimento de domínio alheio, um trecho de terra até dez hectares, tornando-o produtivo por seu trabalho e tendo nele a sua morada, adquirirá o domínio do solo, mediante sentença declaratória devidamente transcrita.
Art. 129. Será respeitada a posse de terras de silvícolas que nelas se achem permanentemente localizados, sendo-lhes, no entanto, vedado aliená-las.
Art. 130. Nenhuma concessão de terras de superfície, superior a dez mil hectares, poderá ser feita sem que, para cada caso, preceda autorização do Senado Federal.
Art. 166. Dentro de uma faixa de cem quilômetros ao longo das fronteiras,
nenhuma concessão de terras ou de vias de comunicação e a abertura destas se efetuarão sem audiência do Conselho Superior da Segurança Nacional, estabelecendo este o predomínio de capitais e trabalhadores nacionais e determinando as ligações interiores necessárias à defesa das zonas servidas pelas estradas de penetração.
§ 3º O Poder Executivo, tendo em vista as necessidades de ordem sanitária, aduaneirae da defesa nacional, regulamentará a utilização das terras públicas, em região de fronteira, pela União e pelos Estados, ficando subordinada à aprovação do Poder Legislativo a sua alienação.
e) Constituição de 1937:
Art. 122. 14) O direito de propriedade, salvo a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, mediante indenização prévia. O seu conteúdo e os seus limites serão os definidos nas leis que lhe regularem o exercício.
Art. 148. Todo brasileiro que, não sendo proprietário rural ou urbano, ocupar,por dez anos contínuos, sem oposição nem reconhecimento de domínio alheio ,um trecho de terra até dez hectares, tornando-o produtivo com o seu trabalho e tendo nele a sua morada, adquirirá o domínio, mediante sentença declaratória devidamente transcrita.
Art. 155. Nenhuma concessão de terras, de área superior a dez mil hectares, poderá ser feita sem que, em cada caso, preceda autorização do Conselho Federal.
Art. 165. Dentro de uma faixa de cento e cinqüenta quilômetros ao longo das fronteiras, nenhuma concessão de terras ou de vias de comunicação poderá efetivar-se sem audiência do Conselho Superior de Segurança Nacional, e a lei providenciará para que nas indústrias situadas no interior da referida faixa predominem os capitais e trabalhadores de origem nacional.
f) Constituição de 1946:
Art. 141 § 16. É garantido o direito de propriedade, salvo o caso de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social�, mediante prévia e justa indenização em dinheiro. Em caso de perigo iminente, como guerra ou comoção intestina, as autoridades competentes poderão usar da propriedade particular, se assim o exigir o bem público, ficando, todavia, assegurado o direito à indenização ulterior.
Art. 147. O uso da propriedade será condicionado ao bem-estar social. A lei poderá, com observância do disposto no art. 141, § 16, promover a justa distribuição da propriedade, com igual oportunidade para todos.
Art. 156. A lei facilitará a fixação do homem no campo, estabelecendo planos de colonização e de aproveitamento das terras públicas. Para esse fim, serão preferidos os nacionais e, dentre eles, os habitantes das zonas empobrecidas e os desempregados.
§ 1º Os Estados assegurarão aos posseiros de terras devolutas, que nelas
tenham morada habitual, preferência para aquisição até vinte e cinco hectares.
§ 2º Sem prévia autorização do Senado Federal, não se fará qualquer alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dez mil hectares.
§ 3º Todo aquele que, não sendo proprietário rural nem urbano, ocupar, por dez anos ininterruptos, sem oposição nem reconhecimento de domínio
alheio, trecho de terra não superior a vinte e cinco hectares, tornando-o produtivo por seu trabalho e tendo nele sua morada, adquirir-lhe-á a propriedade, mediante sentença declaratória devidamente transcrita.
Art. 180. Nas zonas indispensáveis à defesa do País, não se permitirá, sem
prévio assentimento do Conselho de Segurança Nacional:
I – qualquer ato referente à concessão de terras, a abertura de vias de comunicação e a instalação de meios de transmissão;
§ 1º A lei especificará as zonas indispensáveis à defesa nacional, regulará a sua utilização e assegurará, nas indústrias nelas situadas, predominância de capitais e trabalhadores brasileiros.
g) Emenda Constitucional nº 10 de 10/11/1964:
Art. 1º A letra a do nº XV do art. 5º da Constituição Federal passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 5º Compete à União:
XV – Legislar sobre:
a) Direito Civil, Comercial, Penal, Processual, Eleitoral, Aeronáutico, do
Trabalho e Agrário”;
h) Estatuto da Terra (Lei nº 4.504 de 30/11/1964)
	- necessidade do Estado apresentar proposta para a resolução da questão agrária (agravada nos anos 60 e 70 – condução da questão agrícola, processo de industrialização)
	- marco no regime jurídico brasileiro; consagrou o princípio da função social da propriedade rural (primeiro atender às necessidades coletivas e só depois satisfazer as do indivíduo proprietário); traçou a disciplina das relações jurídicas agrárias.
	 No campo específico do direito agrário, tem-se a função social da propriedade quando ela produz, respeita a ecologia e as regras inerentes às relações de trabalho.
	- Carlos Marés: "No Brasil, o Estatuto da Terra de 1964 seguiu a tradição dos sistemas anteriores de permitir um discurso reformista ao Governo mas impedir, de fato, uma quebra da tradição latifundiária da ocupação territorial. É verdade que modernizou os termos, humanizou os contratos, impediu velhas práticas semifeudais e pós-escravistas, mas na essência manteve intacta a ideologia da supremacia da propriedade privada sobre qualquer benefício social".
	1.4 Marcos do Direito Agrário Brasileiro: Lei de Terras (Lei nº 601/1850); EC 10/64 e Estatuto da Terra.
2. Autonomia do Direito Agrário:
	2.1 Autonomia legislativa: Emenda Constitucional nº 10 de 10/11/1964 (art. 5º, XV, “a”: compete à União legislar sobre direito agrário); Estatuto da Terra (Lei nº 4.504, de 30/11/1964).
	2.2 Autonomia científica: existência de princípios e normas próprias; objeto particularizado (atividade agrária).
	2.3 Autonomia didática: disciplina em cursos de graduação e pós-graduação.
	2.4 Autonomia jurisdicional: agraristas defendem a implantação da Justiça Agrária; a CF/88 refere-se ao tema no art. 126:
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio.
3. Conceito de Direito Agrário:
3.1 Denominação: A denominação mais utilizada é direito agrário (direito rural, direito da reforma agrária, direito da agricultura, direito agrícola). A EC nº 10 de 10/11/1964 adotou a terminologia “direito agrário”, o que foi mantido na CF/88 (art. 22, I).
	3.2 Conceitos da doutrina: Todos os conceitos convergem para um denominador comum: ou falam dos princípios ou da atividade agrária (objeto); a função social da propriedade também é a grande fundamentação dos principais conceitos de direito agrário. (homem, terra, produção, sociedade, dignidade da pessoa humana, solidariedade).
	- Fernando Pereira Sodero: “é o conjunto de princípios e normas, de direito público e de direito privado, que visa disciplinar as relações emergentes da atividade rural, com base na função social da terra”.
	- Paulo Torminn Borges: “é o conjunto sistemático de normas jurídicas que visam disciplinar as relações do homem com a terra, tendo em vista o progresso social e econômico do rurícula e o enriquecimento da comunidade”.
	- Octávio Mello Alvarenga: “é o ramo da ciência jurídica, composto de normas imperativas e supletivas, que rege as relações emergentes da atividade do homem sobre a terra, observados os princípios de produtividade e justiça social”.
	- Raymundo Laranjeira: “é o conjunto de princípios e normas que, visando a imprimir função social à terra, regulam relações afeitas à sua pertença e uso e disciplinam a prática das explorações agrárias e da conservação dos recursos naturais”.
Logo, o Direito Agrário é o conjunto sistemático de normas jurídicas que visam disciplinar as relações do homem com a terra, tendo em vista o progresso econômico e social do rurícola e o enriquecimento da comunidade.
	3.3 Atividades Agrárias (objeto): ação humana orientada no sentido da produção agrícola (processo produtivo). Classificação: a) explorações rurais típicas (lavoura, pecuária, extrativismo vegetal e animal, hotigranjearia); b) exploração rural atípica (agroindústria); c) atividade complementar da exploração rural (transporte e comercialização dos produtos).
4. Princípios de Direito Agrário:
	4.1: Princípios conforme Benedito Ferreira Marques:a) monopólio legislativo da União (art. 22, I, CF);
b) a utilização da terra se sobrepõe à titulação dominial;
c) a propriedade da terra é garantida, mas condicionada ao cumprimento da função social;
d) o direito agrário é dicotômico: compreende política de reforma (reforma agrária) e política de desenvolvimento (política agrícola);
e) as normas jurídicas primam pela prevalência do interesse público sobre o individual;
f) a reformulação da estrutura fundiária é uma necessidade constante;
g) o fortalecimento do espírito comunitário, através de cooperativas e associações;
h) o combate ao latifúndio, ao minifúndio, ao êxodo rural, à exploração predatória e aos mercenários da terra (especulação);
i) a privatização dos imóveis rurais públicos;
j) a proteção à propriedade familiar, à pequena e à média propriedade;
k) o fortalecimento da empresa agrária;
l) a proteção da propriedade consorcial indígena;
m) o dimensionamento eficaz das áreas exploráveis;
n) a proteção do trabalhador rural; e
o) a conservação e preservação dos recursos naturais e a proteção do meio-ambiente.
	BARROS, cita 5 princípios fundamentais do Direito Agrário: 
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE, 
JUSTIÇA SOCIAL, com a criação do direito agrário buscou a justiça social no campo criando leis inovadoras que permitissem mudar a estrutura injusta existente em que o homem do campo era apenas um trabalhador, uma engrenagem.
PREVALÊNCIA DO INTERESSE COLETIVO SOBRE O INDIVIDUAL, é a forma intermediária para que se pudesse chegar à justiça social.
REFORMULAÇÃO DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA
PROGRESSO ECONÔMICO E SOCIAL, as mudanças propostas também visavam a maior produtividade, não só no contexto individual, mas também no aumento da produção primária do País.
	4.2 A Função Social da Propriedade:
	- primeiro momento da história: desenvolvimento da agricultura e domesticação dos animais: propriedade coletiva; 
	- conceito absolutista de propriedade: aquele pelo qual deve ser assegurado em toda a sua plenitude, podendo o proprietário usar, gozar e dispor da coisa como bem entenda;
	- socialismo: propunha a abolição da propriedade;
	- função social da propriedade: mitigação do conceito absolutista, não para extinguir o direito, mas para tornar possível a sua sustentação;
	- as duas primeiras Constituições brasileiras não fizeram menção à função social da propriedade: caráter absolutista;
	- Constituição de 1934: subordinação do exercício do direito de propriedade ao interesse social ou coletivo;
	- Constituição de 1937: apesar de não vincular diretamente o exercício do direito de propriedade ao interesse social ou coletivo, dispôs que "o seu conteúdo e seus limites serão definidos nas leis que regulam o seu exercício";
	- Constituição de 1946: criação do instituto da desapropriação por interesse social;
- Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964 (Estatuto da Terra): instituiu o princípio da função social na legislação brasileira:
"Art.2º. É assegurada a todos a oportunidade de acesso à propriedade da terra, condicionada pela sua função social, na forma prevista nesta Lei.
§1º A propriedade da terra desempenha integralmente a sua função social quando, simultaneamente:
a) favorece o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores que nela labutam, assim como de suas famílias;
b) mantém níveis satisfatórios de produtividade;
c) assegura a conservação dos recursos naturais;
d) observa as disposições legais que regulam as justas relações de trabalho entre os que a possuem e a cultivam."
- Constituição de 1967: a função social da propriedade alcançou status constitucional:
"Art.157. A ordem econômica tem por fim realizar a justiça social, com base nos seguintes princípios:
(...)
III - função social da propriedade."
	- Constituição de 1988:
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
	A função social da propriedade sustenta que o direito de propriedade está condicionado ao bem-estar social.
5. Terras Devolutas e Ação Discriminatória:
	5.1 Terras devolutas: 
- instituto genuinamente brasileiro; origens: terras dadas em sesmarias que foram devolvidas porque os sesmeiros caíram em comisso (não cumpriram as obrigações);
- Lei nº 601/1850, art. 3º: São terras devolutas: as que não se acharem aplicadas a algum uso público nacional, provincial ou municipal; as que não se acharem no domínio particular, por qualquer título legítimo, nem forem havidas por sesmarias e outras concessões do Governo Geral ou Provincial, não incursas em comisso por falta de cumprimento das condições de medição, confirmação e cultura; as que não se acharem dadas por sesmarias, ou outras concessões do governo, que, apesar de incursas em comisso, forem revalidadas por esta lei; as que não se acharem ocupadas por posses, que, apesar de não se fundarem em título geral, forem legitimadas por esta lei (definição por exclusão);
- Constituição de 1891 transferiu aos Estados as terras devolutas, ficando reservadas à União apenas as áreas destinadas à defesa das fronteiras, fortificações, construções militares e estradas de ferro, e terrenos de marinha;
- o Decreto-lei nº 2.375/87 trouxe o conceito de não serem devolutas as terras que eventualmente tenham sido arrecadadas ou discriminadas e matriculadas em nome da União por força do DL nº 1.164 /71 (faixa de 100 km às margens das rodovias citadas): o STF acolheu esse conceito (ACO nº 481-TO e ACO nº477-TO):
“não são passíveis de enquadramento como terras devolutas, para o efeito previsto no caput do artigo 2º do Decreto-Lei nº 2.375/87, as glebas que tiveram situação jurídica devidamente constituída ou em processo de formação. Tal é o caso de imóvel matriculado no registro de imóveis em nome da União, ao tempo em que ocorre a tramitação de processos objetivando a titulação por posseiros via o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)”.
		- Constituição Federal de 1988:
Art. 20. São bens da União:
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
Art. 188. A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária.
§ 1º - A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.
§ 2º - Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões de terras públicas para fins de reforma agrária
Art. 225 § 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
	5.2 Processo Discriminatório:
	- conceito da Lei nº 601/1850: estremar o domínio público do particular;
	- o INCRA é o representante da União (art. 11 do Estatuto da Terra);
	- Lei nº 6.383/76: procedimento administrativo e procedimento judicial (ação); sentença homologatória serve de título de proprietário para o registro imobiliário competente; tem caráter preferencial e prejudicial em relação às ações em andamento, que se refiram ao domínio ou à posse de imóveis situados no todo ou em parte, na área discriminada.
PROCESSO ADMINISTRATIVO: a Presidência do INCRA cria uma Comissão Especial de 3 membros com a finalidade específica de discriminar terras devolutas da União. Formada esta, inicia-se o processo administrativopropriamente dito, com a apresentação de memorial descritivo da área apontada como devoluta, intimando-se os interessados por edital para que em 60 dias se manifestem a respeito, abrindo-se-lhes prazo de defesa e produção de prova. Ausentes de dúvidas, que as terras são efetivamente devolutas, o Presidente da Comissão Especial determinará seu registro no Registro de Imóveis competente.
PROCESSO JUDICIAL: de discriminação de terras devolutas tem o rito sumário do Código de Processo Civil e será proposto na Justiça Federal, diante do interesse da União. A petição inicial será instruída com memorial descritivo do imóvel; os interessados serão citados e poderão responder e produzir provas. A apelação da sentença que discrimina a terra devoluta tem apenas efeito devolutivo, o que faculta sua imediata execução, que corresponde à demarcação da área. O Ministério Público da União é presença obrigatória no processo.
6. Imóvel Rural:
	6.1 Definição: 
		- art. 4º, I do Estatuto da Terra: o prédio rústico, de área contínua qualquer que seja a sua localização que se destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agro-industrial, quer através de planos públicos de valorização, quer através de iniciativa privada.
		- art. 4º, I da Lei nº 8.629/93: o prédio rústico de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se destine ou possa se destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agro-industrial.
Estatuto da Terra (Lei n. 4054/64), art. 4°, inciso I:
“I - "Imóvel Rural", o prédio rústico, de área contínua qualquer que seja a sua localização que se destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agro-industrial, quer através de planos públicos de valorização, quer através de iniciativa privada;”
Logo, o Estatuto da Terra adotou o critério da DESTINAÇÀO como elemento diferenciador entre imóvel rústico e urbano.
O Código Tributário Nacional (Lei n. 5172/66) adotou o critério da LOCALIZAÇÃO, no art. 29:
“Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município.”
Posteriormente, quanto a matéria legal em plena vigência, a Lei n. 8.629/93, que veio regulamentar os arts. 184 e 186 da CF/88, trouxe em seu art. 4°, inciso I, novamente o critério DESTINAÇÃO DO IMÓVEL:
“I - Imóvel Rural - o prédio rústico de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se destine ou possa se destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agro-industrial;” 
Não obstante, a Lei. 9.393/96, que atualmente dispõem sobre o ITR também utilizou-se do critério LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL, em seu art. 1°:
Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano. 
§ 1º O ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária, enquanto não transferida a propriedade, exceto se houver imissão prévia na posse. 
§ 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras, localizada na zona rural do município.
§ 3º O imóvel que pertencer a mais de um município deverá ser enquadrado no município onde fique a sede do imóvel e, se esta não existir, será enquadrado no município onde se localize a maior parte do imóvel.
Elementos constitutivos do Imóvel Rural: prédio rústico, área contínua e destinação voltada para as atividades agrárias.
Prédio rústico: O prédio rústico é aquela construção que atende às necessidades de moradia e exploração econômica do meio rural, repleto de benfeitorias para o recolhimento de gado, para estocagem de frutos, cereais, etc.
Área contínua: é a extensão de terra continuamente, ou seja ininterruptamente que se dedica à atividade agrária. (existe a possibilidade de intervalos de produção para descanso do solo etc, não desnaturando a finalidade da área para a exploração de atividades rurais).
	6.2 Dimensionamento do imóvel rural:
		- Módulo rural: segundo o Estatuto da Terra (art. 4º, II e III) era a medida de área fixada para a propriedade familiar; obs.: art. 65: o imóvel rural não é divisível em áreas de dimensão inferior à constitutiva do módulo de propriedade rural;
O inciso II, do art. 4º, do Estatuto da Terra (Lei 4.504/64), define como "Propriedade Familiar" o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantido-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente, trabalhado com a ajuda de terceiros.
O conceito de módulo rural é derivado do conceito de propriedade familiar, e, em sendo assim, é uma unidade de medida, expressa em hectares, que busca exprimir a interdependência entre a dimensão, a situação geográfica dos imóveis rurais e a forma e condições do seu aproveitamento econômico. Definir o que seja Propriedade Familiar é fundamental para entender o significado de Módulo Rural.
Logo: MÓDULO RURAL = PROPRIEDADE FAMILIAR!!!
Órgão competente para afixar a medida de área: INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
A INDIVISIBILIDADE DO MÓDULO RURAL
Um dos fundamentos básicos para a criação do módulo rural foi a necessidade de se estabelecer uma área mínima de terra, onde o homem do campo e sua família pudessem trabalhar com perspectiva de progresso econômico e social.
Ao estabelecer essa quantidade mínima de terra dentro de sua pretensão reformista de desapropriação de áreas, cobranças de tributos, também o legislador proibir que, fora de seu campo de atuação, pudessem os imóveis sofrer divisões em áreas inferiores a esse mínimo, ou nos também chamados minifúndios.
Art. 65. O imóvel rural não é divisível em áreas de dimensão inferior à constitutiva do módulo de propriedade rural.
§ 1º Em caso de sucessão causa mortis e nas partilhas judiciais ou amigáveis, não se poderão dividir imóveis em áreas inferiores às da dimensão do módulo de propriedade rural.
§ 2º Os herdeiros ou os legatários, que adquirirem por sucessão o domínio de imóveis rurais, não poderão dividi-los em outros de dimensão inferior ao módulo de propriedade rural.
 	Módulo Fiscal (art. 50, §2°, Estatuto da Terra, com redação dada pela Lei n. 6746/79)
Conceito: Unidade de medida expressa em hectares, fixada para cada município, considerando os seguintes fatores:
• Tipo de exploração predominante no município;
• Renda obtida com a exploração predominante;
• Outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam significativas em função da renda ou da área utilizada; e
• Conceito de propriedade familiar.
 - Finalidades do Módulo Fiscal:
• Inicialmente servia como elemento constitutivo para a fixação do ITR;
• Segundo o art. 22, incisos I, II e III, do Decreto n. 84.685/80: minifúndio, propriedade familiar, empresa rural, latifúndio por exploração e latifúndio por dimensão13;
• serve de parâmetro para classificação do imóvel rural quanto a sua dimensão, definindo os limites para a pequena e média propriedade nos termos do art. 4º , incisos II e III da Lei nº 8.629 de 25 de fevereiro de 1993;
• delimitação dos beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF;
• estabelece os critérios de resgate da dívida agrária pagos como indenização das desapropriações por interesse social, de acordo com o art. 5º, parágrafo 3º, da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 e suas alterações;
• base de cálculo para a contribuição do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR.
O Módulo Fiscal, vigente de cada município,foi fixado pelos seguintes atos normativos: Instruções Especiais/INCRA Nº 19/80, 20/80, 23/82, 27/83, 29/84, 32/85, 33/86 e 37/87; Portaria/MIRAD nº 665/88 e 33/89; Portaria MA nº 167/89; Instrução Especial/INCRA nº 39/90, Portaria Interministerial MEFP/MARA nº 308/91 e nº 404/93; Instrução Especial INCRA nº 51/97, Instrução Especial INCRA Nº 1/2001e Instrução Especial INCRA Nº 03/2005.
Diferença entre Módulo Rural e Módulo Fiscal:
Módulo Rural é calculado para cada imóvel rural em separado, e sua área reflete o tipo de exploração predominante no imóvel rural, segundo sua região de localização.
Módulo Fiscal por sua vez é estabelecido para cada município, e procura refletir a área mediana dos Módulos Rurais dos imóveis rurais do município.
Fração Mínima de Parcelamento – FMP:
Conceito de Fração Mínima de Parcelamento:
Área mínima fixada para cada município, que a lei permite desmembrar, para constituição de um novo imóvel rural, desde que o imóvel original permaneça com área igual ou superior à área mínima fixada (artigo 8º, da Lei nº 5.868/72).
A Fração Mínima de Parcelamento do imóvel rural corresponderá sempre à menor área entre o módulo rural e a fração mínima do município. Quando o módulo rural do imóvel for menor do que a fração mínima do município, este imóvel não poderá ser desmembrado.
A Instrução Especial INCRA nº 50/97 que estabelece as novas ZTM – Zona Típica de Módulo, estende a FMP – Fração Mínima de Parcelamento, prevista para as capitais dos estados aos demais municípios e revoga as Portarias MIRAD nº 32/89 e MA nº 168/89. Com a aprovação desta Instrução Especial, a FMP do município passou a corresponder ao módulo de exploração hortigranjeira da ZTM a que pertence.
	6.3 Classificação do imóvel rural:
		
		- minifúndio: imóvel rural de área e possibilidades inferiores às da propriedade familiar;
		- propriedade familiar: art. 4º, II do Estatuto da Terra: o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros; conceito era antes vinculado ao módulo rural, mas após a criação da fração mínima de parcelamento passou a ser atrelado a ela;
		- pequena propriedade: art. 4º, II, a, da Lei nº 8.629/93: área compreendida entre 1 e 4 módulos fiscais;
		- média propriedade: art. 4º, III, a, da Lei nº 8.629/93: área compreendida entre 4 e 15 módulos fiscais;
		- grande propriedade: área compreendida entre 15 e 600 módulos fiscais;
		- latifúndio: a) por extensão: mais de 600 módulos fiscais (Decreto nº 84.658/80 que regulamentou a Lei nº 6.746/79); b) por exploração: art. 22, II, b, do Decreto nº 84.658/80: não excedendo o limite referido no inciso anterior e tendo dimensão igual ou superior a um módulo fiscal, seja mantido inexplorado em relação às possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com fins especulativos, ou seja, deficiente ou inadequadamente explorado, de modo a vedar-lhe a inclusão no conceito de empresa rural.
	
� Usucapião pro labore
� Criação da desapropriação por interesse social
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