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Resumo Faustini

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DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
I. Introdução:
 - Sanção penal.
 - Periculosidade: é um estado subjetivo mais ou menos duradouro de anti-sociabilidade, que se evidencia ou resulta da prática do crime e se funda no perigo da reincidência.
 - Natureza essencialmente preventiva
 - OBS: Caráter curativo (Art. 98, CP)
II. Da Lei anterior à reforma de 1984:
 - Sistema do duplo binário: pena e medida de segurança aplicadas cumulativamente e sucessivamente.
 - Sistema vicariante ou unitário: pena OU medida de segurança.
- Imputável: pena.
- Semi-imputável (Art. 26, parágrafo único, CP): pena (algumas vezes medida de segurança).
- Inimputável (Art. 26, caput, CP): medida de segurança.
 * Considerar o momento do crime.
 *Aplicação conjunta lesa o princípio “no bis in idem”.
III. Princípios:
 a) Legalidade: só a lei pode criar medida de segurança.
 b) Anterioridade: só pode ser aplicada se a sua cominação legal preceder a prática do crime.
 c) Retroatividade da lei mais benéfica: a medida de segurança mais severa criada posteriormente a prática do crime não poderá ser aplicada.
 d) Jurisdicionalidade: só pode ser aplicada pelo Juízo Criminal, mediante a estrita observância do devido processo legal.
IV. Distinção entre pena e medida de segurança:
V. Espécies (Art. 97, CP):
 a) Detentiva (Internação): importa em internação, em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico.
 - Obrigatória quando a pena prevista para o crime praticado pelo agente for de reclusão.
 - Período indeterminado. Todavia, atualmente ganha intensidade o entendimento de que a medida de segurança não pode ultrapassar o limite máximo da pena privativa de liberdade prevista em abstrato para o crime praticado, de modo a adequar-se a proibição constitucional de uso de penas perpétuas, artigo 5º, inciso 47, letra b. Há também decisão do STF, impondo por analogia o limite de 30 anos, como previsto no artigo 75 do CP.
 - Averiguação da cessão da periculosidade por um prazo mínimo de 1 a 3 anos, podendo porém, ocorrer a qualquer tempo, por determinação do juízo da execução penal.
 b) Restritiva (Tratamento ambulatorial): aquela que determina a sujeição do agente a tratamento ambulatorial, ou seja, não há a necessidade de internação, apenas o agente comparece periodicamente à hospital da rede pública para receber medicação ou eventualmente passar por tratamento psiquiátrico. Apenado com detenção.
 - Aplicada por período indeterminado, ou seja, a sentença não fixa um prazo de duração da Medida de Segurança, o que há é a fixação de um período mínimo e máximo (1 a 3 anos) para o agente ser submetido a exame de cessação de periculosidade.
 *OBS: 
 a) A internação deve ser em estabelecimento com características hospitalares. 
 b) Possibilidade de aplicação de medida de segurança detentiva em crime apenado com detenção.
 c) Possibilidade de medida de segurança restritiva em crime apenado com reclusão – Lei 10.261-01.
 d) Crimes de drogas – Art. 45, Lei 11.343-06.
VI. Pressupostos de aplicação são dois:
 1. Prática de fato descrito como crime:
 - Prova de autoria e materialidade.
 - E no caso do agente atuar com excludente de ilicitude? É preciso que não exista qualquer causa de exclusão de ilicitude (ex.: um deficiente mental que agindo em legítima defesa pratica um homicídio não pode receber Medida de Segurança).
 - E no caso de excludente de culpabilidade?
 - Semi-imputável: A Medida de Segurança só é aplicável ao semi-imputável quando ele é condenado (haverá uma substituição da pena pela Medida de Segurança), isto porque ele tem discernimento reduzido sobre o fato praticado. Quando ele age sob causa excludente de culpabilidade ocorre a absolvição, portanto não sofrerá Medida de Segurança porque esta é substitutiva da pena privativa de liberdade reduzida.
 - Inimputável: Pode sofrer Medida de Segurança, isto porque ele é absolvido tanto pelo fato de ser inimputável como pelo fato de ter agido sob excludente de culpabilidade, no entanto, o pressuposto da aplicação da Medida de Segurança é a periculosidade, ou seja, como o fato praticado é descrito como crime e há a periculosidade, pouco importa se agiu sob excludente de culpabilidade ou não.
 
 2. Periculosidade do sujeito ativo:
 - Pode ser:
 a) Presumida: Aquela que ocorre quando a própria lei penal estabelece que determinado indivíduo é perigoso, assim, há uma situação de perigo presumida de forma absoluta “Juris et de jure" = presunção que não admite prova em contrário). Ocorre nas hipóteses de inimputabilidade (quando a Medida de Segurança é obrigatória), ou seja, se o agente é inimputável é presumidamente perigoso.
 b) Real: É aquela que ocorre quando a periculosidade deve ser averiguada pelo juiz no caso concreto. Entre nós, verifica-se nos casos de semi-imputabilidade onde o juiz pode substituir a pena reduzida por Medida de Segurança. Na prática, o magistrado vai se valer da perícia médica para formação do juízo de prognose quanto à periculosidade real. Sempre deve ser observada a individualização da pena (critério trifásico), para só depois, verificada a periculosidade real, ser substituída a pena restritiva de liberdade por Medida de Segurança, portanto, o juiz é obrigado a condenar o réu(aplicando o sistema trifásico), para só depois, fundamentando a periculosidade real, substituir a pena por Medida de Segurança.
VII. Aplicação:
 1. Ao inimputável (Art. 26, caput c.c. 97 do CP): Aplica-se na sentença absolutória imprópria a Medida de Segurança cabível, ao ser constatada a inimputabilidade quando da instauração do Incidente de Insanidade Mental.
 2. Substituição da pena por medida de segurança:
 a) Semi-imputável (Art. 26, parágrafo único c.c. 96 do CP)
 - A sentença será sempre condenatória.
 - Necessidade do “Especial tratamento curativo”.
 - Deverá proceder a individualização da pena.
 - Só é possível no caso de pena privativa de liberdade.
 - Duração da medida de segurança substitutiva:
 - Mirabete: Entende que a Medida de Segurança aplicada ao semi-imputável recebe tratamento idêntico à aplicada ao inimputável, ou seja, será por prazo indeterminado. É o entendimento da maioria da jurisprudência. Efetuada a substituição, passa o sentenciado a situação de inimputável, não havendo portanto, prazo determinado para o término da medida de segurança, não havendo qualquer limitação face a pena substituída.
 - Luiz F. Gomes e C. R. Bittencourt: Sustentam que, em face dos princípios da proporcionalidade, da igualdade e da humanização, o tempo máximo de duração da Medida de Segurança substitutiva será idêntico ao da pena substituída, evitando-se, assim, que haja sanção penal de caráter perpétuo. 
 b) Conversão da pena em medida de segurança (Art. 183, LEP): É uma hipótese em que o agente sofrerá uma Medida de Segurança sendo Imputável na época do crime (na época do crime o agente tinha plena capacidade de discernimento quanto a ilicitude do fato). A conversão ocorre quando o agente foi condenado a uma pena privativa de liberdade e durante o cumprimento desta pena sobreveio doença mental que determina a conversão da Pena em Medida de Segurança de ofício pelo juiz, a requerimento do MP, ou da autoridade administrativa.
 
 3. Conversão das espécies de medida de segurança (Art. 184, LEP e Art. 97, parágrafo 4º, CP): Durante o tratamento ambulatorial este se mostrando ineficaz é possível o juiz da execução converter a Medida de Segurança Restritiva em Medida de Segurança Detentiva. Já situação inversa (progressão da Medida de Segurança), ou seja, conversãode Medida de Segurança Detentiva em Medida de Segurança Restritiva não é prevista pela lei, no entanto, o Conselho Penitenciário Nacional, através de Resolução, recomenda esta possibilidade, muito embora haja na prática resistência do judiciário quanto a esta recomendação, não fazendo a aplicação.
VIII. PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DA MEDIDA DE SEGURANÇA:
 - Cabe ao Juízo da execução: expedição de guia de internação ou de tratamento, após o trânsito em julgado
 - Exame de guia de cessação da periculosidade
 - Laudo psiquiátrico 
 - Relatório minucioso do Diretor do Estado de Cumprimento da M.S.
 - Manifestação MP e Defesa (03 dias)
 - Decisão (05 dias): Suspensão condicional.
 - Recurso: Art. 197 e 179, LEP: É cabível impugnação através do recurso Agravo de Execução contra decisão que determina a desinternação ou a liberação do sentenciado e também contra a decisão que mantém a Medida de Segurança. O Agravo de Execução, em regra, não tem efeito suspensivo, ou seja, a decisão, apesar de impugnada, tem efeito imediato. Porém, o Agravo de execução em relação a decisão que determina a desinternação ou a liberação do agente tem efeito suspensivo, ou seja, somente ocorrerá a efetiva desinternação ou liberação após transitado em julgado da sentença(ex.: se o promotor recorrer, o agente aguarda o julgamento do recurso para poder ser desinternado ou liberado), diferentemente da Liberdade Condicional.
 - Extinção: Decorrido um ano da desinternação ou liberação, sem que seja dada causa ao restabelecimento da Medida de Segurança, o juiz declara esta extinta.
*OBS:
 a) Detração penal
 b) Novo exame de cessação anualmente
 c) Prática de fato que indique periculosidade
IX. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE NA MEDIDA DE SEGURANÇA:
 - Causa extintiva da punibilidade.
 - Art. 107, CP
 - Art. 96, parágrafo único, CP
 - Prescrição na Medida de Segurança
AÇÃO PENAL
- Art. 100/105 do CP e Art. 24/62 do CPP
- Classificação:
 1. Pública incondicionada: quando age por seus próprios impulsos, sem necessitar de representação ou requisição
 2. Pública condicionada: quando representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça. Não há desistência após feita representação ou requisição.
 3. Privada exclusiva: é aquela em que a vítima ou seu representante legal exerce diretamente.
 4. Privada subsidiária: sempre que numa ação penal pública o Ministério Público apresentar inércia, deixando de atuar nos prazos legais, não promovendo a denúncia, não pedindo arquivamento ou não requisitando novas diligências (previsão do artigo 46 do CPP), o ofendido apresenta a queixa e o Ministério Público sairá de sua posição de inércia e poderá aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervindo sempre em todos os termos do processo. O MP continua sendo o autor da ação, o dono da legitimidade ativa.
 5. Privada personalíssima: somente pode ser proposta pela vítima. Somente ela tem este direito. Não há representante legal nem a possibilidade dos legitimados no artigo 31 do CPP.
- Princípios da Ação Penal Pública:
 1. Obrigatoriedade: Existindo elementos probatórios razoáveis o MP é obrigado a oferecer a denúncia.
 2. Indivisibilidade: No caso da ação pública, esta deve ser proposta contra todos os acusados do delito, regra é o desdobramento do princípio da legalidade. Se o Ministério Público está obrigado a agir, é óbvio que não poderá escolher, dentre os indiciados, quais serão processados.
 3. Indisponibilidade: Oferecida a ação penal o MP não pode desistir e nem sobre ela transigir. Não poderá, também, renunciar ou desistir de recurso por ele interposto.
 4. Intranscedência: A ação penal não pode ultrapassar pessoa do autor do delito, isto é, somente poderá ser denunciado àquele que deu causa ao crime.
- Princípios da Ação Penal Privada:
 1. Oportunidade ou Conveniência: sendo o titular da ação a vítima, a ela cabe propor ou não a ação, conforme sua conveniência.
 2. Disponibilidade: compete ao autor da ação penal privada decidir se deseja prosseguir ou não até seu final.
 3. Indivisibilidade: Ou a ação é proposta contra todos ou não o é contra nenhum.
* Questões:
10.10.2016
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
I. CONCEITO DE PUNIBILIDADE: possibilidade jurídica de o Estado impor a sanção. Assim, a punibilidade não é requisito ou elemento do crime, mas sim sua conseqüência jurídica.
 - Consequência do crime.
 - Opera após o fato.
 - O que se entende por condições objetivas de punibilidade? Constituem pressupostos materiais da punibilidade, na medida em que certas condições legalmente previstas futuras e incertas, positivas ou negativas, em determinados casos, condicionam a punibilidade do crime. Note-se que a punibilidade não fica desde logo excluída, mas sim, suspensa.
 - Características:
 a) Fora do crime: condição externa do crime.
 b) Estão fora do dolo do agente: não depende da vontade do agente.
 Ex.: Art. 7º, parágrafo 2º, “b” e “c” do CP
 *Diferente de condições de procedibilidade
 *Diferente de escusas absolutórias: são causas que fazem com que ao fato típico e antijurídico não obstante a culpabilidade do sujeito não se associe pena alguma, por razões de política criminal. São consideradas causas de exclusão ou isenção de pena.
 Ex.: Art. 181, I e II, CP.
 Art. 348, parágrafo 2º, CP.
II. CONSIDERAÇÕES GERAIS
 A) CAUSAS – Art. 107, CP:
 - Rol exemplificativo.
 Ex.: - Art. 312, parágrafo 3º, CP; Art. 522, CPP; Art. 89, LEI 9.099-95.
 - Podem ser:
 a) Gerais (comuns): quando se referem a todos os delitos (ex.: morte do agente, anistia, prescrição, etc.)
 b) Especiais (particulares): Quando relativas a determinados delitos (ex.: ressarcimento do dano no caso de crime de peculato culposo [Art. 312, § 3º, CP], renúncia ou perdão do ofendido nos crimes de ação penal privada).
 - E também:
 a) Comunicáveis: Quando aproveita a todos os agentes do crime, como, por exemplo, no caso de renúncia e perdão nos crimes de iniciativa privada, se o perdão é concedido a um dos querelados este perdão atinge a todos, salvo se o perdoado não aceitar o perdão.
 b) Incomunicáveis: Quando não atingem os demais participantes do fato, são causas subjetivas (próprias da pessoa), como, a retratação do agente nos crimes contra a honra; a morte do agente. Por exemplo, várias pessoas praticam crime de roubo ou um crime contra a honra e por isso são denunciadas, se durante o processo um dos agentes morrer a punibilidade dos demais não será extinta.
 - Podem decorrer de:
 a) Fato jurídico: quando provém de um fato natural humano. Exemplo: a prescrição; a decadência; a morte do agente, etc., isto porque essas causas decorrem de um fato natural (do decorrer do tempo ou da morte), ou seja, não são a prescrição, a decadência e a morte, um ato humano próprio para extinguir a punibilidade, decorrem de um fato natural.
 b) Ato jurídico: quando provém de um comportamento humano tendente à extinção da punibilidade, ou seja, o ato é dirigido especificamente para atingir a extinção da punibilidade, ele não é uma decorrência natural. Exemplo: o perdão judicial; a renúncia; o perdão do ofendido; o indulto; a anistia, etc.
 B) MOMENTO DA OCORRÊNCIA: 
 - Podem ocorrer antes ou depois da sentença definitiva.
 - Relevância quanto aos efeitos:
 - Regra: Ex nunc (para o futuro). 
 - Exceção: Ex tunc (retroage).
 - Hipóteses:
 - Abolotio criminis
 - Anistia
III. CRIMES ACESSÓRIOS, COMPLEXOS E CONEXOS (Art. 108, CP)
 - Crimes acessórios: é aquele que depende de um crime principal(Ex.: Receptação). Ocorrendo a extinção da punibilidade do crime principal (aquele que faz com que o crime acessório exista), não haverá a extinção da punibilidade do crime acessório.
 - Crimes complexos: aquele que ocorre quando um delito funciona como elemento ou circunstância qualificadora de outro. A extinção da punibilidade de crime que é elemento de outro ou circunstância qualificadora não se estende a este. Exemplo: No crime de extorsão mediante sequestro (Art. 159, CP), ocorrendo a extinção no crime de sequestro (Art. 148, CP) o primeiro continuará sendo punível, o mesmo ocorrendo na hipótese do dano(Art. 163, CP) que constitui qualificadora no crime de furto qualificado(Art. 155, § 4º, I, CP). 
 - Crimes conexos: aqueles cometidos para assegurar a execução, impunidade ou vantagem de um outro delito, por isso havendo uma causa qualificadora resultante da conexão, ou seja, a pena será aumentada (ex:: o agente cometeu homicídio e ocultou o cadáver para garantir a impunidade; estuprou a vítima e matou a testemunha, etc.). A extinção da punibilidade de qualquer dos crimes praticados em conexão não afasta a circunstância qualificadora, por força do Art. 108 do CP.
11.10.2016
CONTINUAÇÃO
IV. CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE (Art. 107, CP):
 1. Morte do agente:
 - Adotou o CP, o princípio “Mors Omnia Solut”, que significa “a morte tudo apaga”.
 - Princípio da personalidade da pena (Art. 5º, XLV, CF): Nenhuma pena passará da pessoa do delinqüente.
 - Prova: Art. 62, CPP (Certidão de óbito).
 - E na hipótese de morte presumida? (Art. 10, CC) Em algumas situações pode a pessoa ser declarada como possivelmente morta, como, por exemplo, quando há um acidente a pessoa, mas o seu corpo não é encontrado. Assim, não será expedida certidão de óbito, mas pode ser declarada a morte. Em se tratando declaração de morte presumida de agente que esteja respondendo a processo criminal, há duas correntes doutrinárias quanto à questão da extinção da punibilidade, que são:
 - Damásio e Mirabete: Só efeito cível
 - Húngria e Noronha: Estende os efeitos à área penal.
 - E no caso de ser decretada a extinção da punibilidade com base em certidão de óbito falsa, posteriormente aparecendo vivo o agente?
 - Seria possível a revisão criminal “pro societaté”? A maioria da doutrina entende que haverá a extinção da punibilidade, isto porque não há revisão em favor da sociedade (revisão pro "societaté"), isto é, se a sentença transitou em julgado estará extinta punibilidade e o agente responderá por crime de uso de documento falso (Art. 304, CP). 
 - Comunicabilidade? A morte, como causa extintiva de punibilidade, não se comunica aos participantes do crime, isto porque é causa subjetiva, própria daquele que morreu. Portanto, se, por exemplo, o crime foi praticado por mais de um agente e um deles morrendo, a extinção da punibilidade só ocorrerá em relação àquele que morreu, não se comunicando aos demais participantes do crime.
 - Efeitos Ex Nunc: Já existindo uma sentença condenatória definitiva a morte do agente irá causar a extinção da punibilidade em relação aos efeitos principais da condenação (a pena), subsistindo o dever de reparar o dano, que se transmite aos herdeiros na medida da força da herança (porque é efeito extrapenal, razão pela qual não fere o princípio da personalidade).
 2. Anistia, graça e indulto (Art. 107, II, CP): São atos oriundos da clemência ou indulgência soberana do Estado, como medidas equitativas para temperar a aspereza da justiça, quando circunstâncias políticas, sociais econômicas, tornassem o rigor da sanção imposta desnecessária. (Maggiore). 
 A. Anistia:
 - Efeitos mais amplos.
 - Etmologicamente significa: esquecimento.
 - Tem caráter geral abrangendo fatos e não pessoas.
 - Pode ser: 
 - Anistia Especial: crimes políticos.
 - Anistia comum: crimes comuns.
 - Vedação constitucional: Art. 5º, XLIII, CF.
 - Compete à união através de Lei de competência do Cong. Nacional: Art. 48, VIII, CF.
 - Efeitos: ex tunc (retroage)
 - Não subsiste qualquer efeito de natureza penal, porém subsistem os efeitos de natureza civil, podendo a sentença ser executada (Art. 63, CPP)
 - A anistia pode ser recusada? 
 - A anistia pode ser recusada? 
 - Qual a diferente com a abolitio criminis?
17.10.2016
CONTINUAÇÃO
 B. Graça e indulto:
 - Noção: O indulto e a graça, no sentido estrito, são providências de ordem administrativa deixadas ao relativo poder discricionário do Presidente da república para extinguir ou comutar pena. O Indulto é medida de ordem geral e a Graça é medida de ordem individual, embora na prática os dois institutos se empregam indistintamente para indicar ambas as formas de indulgência soberana. Atingem os efeitos executórios penais da condenação permanecendo íntegros os efeitos extrapenais.
 1. Graça ou indulto individual:
 - Destina-se a pessoa determinada.
 - Concedida mediante provocação do interessado.
 2. Indulto coletivo:
 - Abrange um grupo indeterminado de pessoas.
 - Concedido espontaneamente.
 - Via de regra é estipulado requisitos objetivos e subjetivos.
 - Efeitos: só atingem os efeitos principais da condenação substituindo os efeitos secundários penais e extrapenais.
 - Competência: 
 - Presidente da república: Art. 84, XI, CF.
 - Pode ser delegado a Ministro do Estado, PGR, Advogado Geral da União: Art. 84, parágrafo único, CF.
 - Formas:
 a) Pleno: quando extingue toda a pena.
 b) Parcial: quando reduz ou comuta a pena. 
 - É possível indulto condicional? Exemplo: seria possível só conceder o indulto na condição de o agente permanecer 2 anos sem praticar crime, não se ausentar da comarca, conseguir ocupação lícita, etc.? Parte da doutrina é contrária ao indulto condicional, isto porque o indulto significa clemência (perdão), como não existe perdão condicional seria ilógico fixar condição para a concessão do indulto. Porém, a maioria da doutrina e a jurisprudência admitem o indulto condicional, ficando submetido a sua efetivação ao preenchimento de condição ou exigência futura por parte do indultado. Caso a condição não seja cumprida deixa de subsistir o favor, devendo o juiz determinar o reinício da execução da pena.
 - O indulto ou graça podem ser recusados? Se o indulto for concedido sob condições, é possível que o sentenciado recuse e prefira cumprir a pena, até porque é possível a concessão de indulto ao agente que está em sursis ou livramento condicional, portanto, o sentenciado pode, por exemplo, achar mais conveniente para si cumprir o período de prova do sursis e ter a pena extinta. Se for incondicional não pode ser recusado.
 - Se o sentenciado estiver de L.C. ou “Sursis” é possível? Sim.
 - Qual o momento para análise dos requisitos no indulto coletivo? Por exemplo, quando do decreto o sentenciado preenchia todos os requisitos legais para a concessão do indulto, mas antes de o juiz da execução analisar esses requisitos para conceder a extinção da punibilidade (o que ocorre na sentença) o sentenciado praticou uma falta grave que impossibilitaria a concessão do benefício (extinção da punibilidade). Nesse caso, será decretada a extinção da punibilidade em razão do indulto considerando-se o preenchimento dos requisitos na época do Decreto Presidencial ou na época da sentença concessiva da extinção da punibilidade? Há quem entenda que é na data do decreto, porque o condenado teria o direito público subjetivo á extinção da punibilidade, porém, o entendimento preponderante da doutrina e jurisprudência entende que quando do decreto o agente ainda não tinha o direito adquiro,mas sim a perspectiva do direito, por isso deverá ser considerada a data da sentença concessiva (Juiz de direito).
 - Só é possível após condenação definitiva? É possível, desde que tenha havido transito em julgado da condenação para a acusação, isto porque se houver recurso por parte da acusação a pena pode aumentar.
 - Todos os crimes são suscetíveis de graça ou indulto? Veda-se a crimes hediondos e equiparados.
 - Art. 5º, XLIII, CF.
 - Lei 8.072-90 (Retroatividade – Art. 5º, XL, CF: não retroage em prejuízo do réu).
 - Cabe indulto ou graça nos crimes de ação penal privada? Sendo o Estado o único titular do direito de punir, evidentemente pode haver a concessão de graça ou indulto para agentes condenados por crime de ação penal privada.
 3. Abolitio Criminis:
 - Art. 2º, CP.
 - Competência para decretação da extinção da punibilidade
 a) Processo em andamento (Art. 61, CPP) - É o próprio juiz do conhecimento de 1º grau, de ofício, ou seja, a competência é do próprio juiz que julgará o caso.
 b) Processo em grau de recurso (Art. 61, CPP) - A competência é do Tribunal. 
 c) Processo transitado em julgado para ambas as partes (Art. 66, II, LEP) - A competência para decretar a extinção da punibilidade será do juízo da execução penal.
 - Efeitos:
 - “Ex tunc”.
 - Subsistem os efeitos extrapenais. Os efeitos penais desaparecem.
18.10.2016
CONTINUAÇÃO
 4. Renúncia e perdão (Art. 107, IV, CP):
I. Renúncia do direito de queixa
 a) Conceito: É a abdicação do ofendido ou de seu representante legal do direito de promover a ação penal privada.
- É possível na fase de ação penal condicionada? Ação penal Pública Condicionada é aquela que o MP é o titular do direito de acusar, porém, somente poderá fazê-lo mediante Representação. A regra é que Pelo Código Penal (que só trata de irretratabilidade da Representação) não é possível a Renúncia na Ação Penal Pública, porém, a lei 9099/95 (Art. 74, § único), que trata dos crimes de menor potencial ofensivo, prevê a hipótese de Renúncia à Representação (Renúncia Tácita): se houver transação civil quanto a reparação do dano, a sentença que homologa a transação civil equivale à Renúncia da Representação e do direito de Queixa.
- E no caso de ação penal privada subsidiária da pública? Os professores Mirabete e Cezar Roberto Bittencourt entendem que sim, é possível a renúncia do ofendido com relação à ação penal privada subsidiária à ação penal pública, porém, em razão disso, não ocorre a extinção da punibilidade, isto porque, no caso de Ação Penal Privada Subsidiária Á Pública, o MP pode, a qualquer tempo, em face da inércia do ofendido, oferecer a Denúncia ou retomar a titularidade da Ação Penal.
b) Oportunidade da renúncia: é possível até antes do oferecimento da queixa.
c) Formas:
 1. Expressa: feita por escrito e assinada pelo ofendido ou representante legal ou procurador, desde que a procuração contenha poderes especiais para requerer a renúncia (Art. 50, CPP).
 2. Tácita: Decorre de qualquer comportamento que demonstra que não há vontade de processar o ofensor.
* Recebimento de indenização importa em renúncia tácita?
- Se crime comum - O recebimento de indenização não acarreta renúncia tácita (Art. 104, § único, segunda parte).
- Se crime de menor potencial ofensivo (Art. 74, § único, LEI 9099/95) - Composição dos danos (transação civil) homologada por sentença determina a renúncia do direito de queixa ou de representação, portanto, a indenização, nesse caso, equivale à renúncia tácita do direito queixa.
* Dupla subjetividade passiva, a renúncia de um ofendido se estende aos demais? Havendo dois ou mais ofendidos e somente um renunciando ao direito de queixa, a extinção da punibilidade ocorre somente em relação àquele que ofereceu a Renúncia. Em relação aos demais, o direito de queixa prossegue.
* E no concurso de pessoas? É possível, porém, em razão do princípio da indivisibilidade da ação penal, a renúncia é extensiva a todos os agentes que praticaram o crime. 
 * Poderá o MP aditar a queixa? Há divergências doutrinárias: 
 - TOURINHO - Para garantir o princípio da indivisibilidade da ação penal privada, nos termos do Art. 48, segunda parte, do CPP, deve o MP aditar a queixa para incluir os ofensores não constantes da inicial. 
 - DAMÁSIO E MIRABETE - Neste caso, como falta ao MP legitimidade ativa que só pertence ao ofendido, caberá ao MP, como "custos legis" (fiscal da lei) requerer a extinção da punibilidade de todos os ofensores. Portanto, não pode o MP aditar a queixa para incluir um dos ofensores no pólo passivo da ação penal, o MP funciona apenas como "custos legis", intervém no processo no sentido de que a lei seja cumprida. Assim, a atividade do MP seria para pedir a extinção da punibilidade porque ocorreu Renúncia Tácita em relação aos demais ofensores. 
 - BITTENCOURT - É a corrente defendida pelo Professor Faustini. Nesta hipótese, deverá o MP requerer que seja intimado o querelante para, querendo, aditar a queixa, incluindo os autores do crime. Todavia, caso assim não proceda o querelante, cumprirá ao MP requerer a extinção da punibilidade, nos termos do Art. 49, do CPP, em face da renúncia tácita.
II. Perdão ao ofendido – Art. 105, CP
Conceito: é o ato pelo qual iniciada a ação penal privada o ofendido ou seu representante legal desiste do seu prosseguimento.
Distinção com a renúncia: Renúncia é antes do início da ação penal privada. Perdão é depois de iniciada. Renúncia não se exige aceitação do réu, unilateral. Perdão do ofendido é um ato bilateral, se o querelado não aceitar o perdão continua o processo.
Cabimento: Só nos crimes de ação penal privada. Na subsidiária da pública não cabe o perdão. Caso isso acontecer promotor reassume a titularidade e vai até o final.
Oportunidade: Perdão do ofendido até que haja sentença penal condenatória definitiva. 
Formas:
Expresso (sempre processual): feita por escrito e assinado.
Tácito: Quando o querelante pratica ato incompatível com o desejo de prosseguir com a ação penal.
Processual: Perdão colhido no processo. Na audiência de instrução.
Extraprocessual: Perdão via escritura publica via cartório. Fora do processo.
Titularidade: Maior de 18, plenamente capaz. Representante legal. Procurador e defensor dativo com poderes especiais que autorizem fazer isso ou defensor público.
Aceitação: ato bilateral, ou seja, aceitação dos dois lados.
Extensão: Não, em razão da indivisibilidade da ação penal privada, ou seja, o perdão concedido a um atingirá a todos os demais réus, salvo se um dos réus não aceitar o perdão (em relação ao que não aceitou o perdão a ação prossegue até o final).
III. Perdão Judicial: 
Conceito: É o instituto pelo qual o juiz não obstante comprovada pratica da infração penal pelo sujeito culpado deixa de aplicar a pena em face de justificadas circunstâncias. Só pode ser aplicado nos casos expressamente autorizados pelo legislador. Exemplo: homicídio culposo, lesão corporal culposa, receptação culposa etc. 
Natureza jurídica: Direito Público subjetivo de liberdade do réu. Buscar o perdão judicial.
Extensão: O Perdão Judicial tem a característica de extensividade, ou seja, não é aplicado somente ao crime praticado pelo agente, mas também a todos os outros crimes cometidos no mesmo contexto fático. Exemplo: João está viajando com a sua esposa e em determinado ponto da estrada dá carona a uma outra pessoa estranha. Por imprudência, João se envolve em acidente que resulta na morte da sua esposa e do carona, ou seja, ocorreram dois crimes. Neste caso, haverá o perdão judicial em relação aos dois crimes (tanto em relação às consequências materiais, como, por exemplo, o próprio agente perdeu uma perna, quanto morais, como, por exemplo, morreu a esposa), isto em razão do caráter extensivo do Perdão Judicial.
Comunicabilidade: A causa extintivada punibilidade (o Perdão judicial) não se comunica com os demais participantes do crime na hipótese de co-autoria ou participação, ou seja, somente o agente que suporta as conseqüências do crime terá o Perdão Judicial, isto porque o Perdão Judicial é causa de extinção da punibilidade de natureza subjetiva (própria do agente).
Natureza jurídica da sentença que confere perdão judicial: Tem importância para que possam ser verificados os efeitos da sentença. Há duas correntes doutrinárias: 
 - DAMÁSIO, MIRABETE, MAGALHÃES NORONHA E CAPEZ: Entendem que a sentença concessiva do Perdão Judicial tem natureza condenatória, somente deixando de aplicar a sanção penal por desnecessário. Afinal, somente se perdoa quem errou, assim, a concessão do Perdão Judicial significa que o juiz entendeu quer houve o crime, caso contrário não haveria distinção da sentença concessiva do perdão com a absolutória. Além disso, ao prevê o Art. 120, do CP, que a sentença concessiva do Perdão Judicial não gera reincidência, fica claro que é ela condenatória pois, se assim não fosse, o referido dispositivo legal seria desnecessário. Para estes, todos os efeitos da sentença condenatória subsiste, salvo a eficácia para gerar reincidência, cabendo, inclusive, recursos. 
 - FLÁVIO AUGUSTO MONTEITO DE BARROS, PAULO JOSÉ DA COSTA JÚNIOR, BITTENCOURT E LUIZ REGIS PRADO - Entendem que a sentença concessiva do Perdão Judicial tem natureza declaratória de responsabilidade e extintiva da punibilidade, isto porque a exposição de motivos da parte geral do Código Penal, no item 98, foi expresso em assinalar que, no caso de Perdão Judicial, a sentença não terá natureza ou gerará qualquer efeito próprio da condenação. Ao prevêr o Art. 120, do CP, quis o legislador somente explicitar que esta não gera reincidência. Sendo ilógico admitir na sentença como condenatória se esta não aplica pena alguma. Reforçando este entendimento, o STJ editou a Súmula nº 18 fixando posicionamento quanto a natureza jurídica declaratória da sentença concessiva do Perdão Judicial. É a tese que está se consolidando.
24.10.2016
CONTINUAÇÃO 
5. DECADÊNCIA E PEREMPÇÃO:
I. Decadência:
 a) Conceito: É a perda do direito de promover a ação penal exclusivamente privada e da ação privada subsidiária da pública e do direito de representação nos casos de ação penal pública condicionada, em face da inércia do ofendido ou de seu representante legal durante determinado tempo fixado em lei.
 b) Efeito: Atinge o direito de ação e indiretamente o direito de punir do Estado, isto porque, diferentemente da prescrição, o que será atingido pela decadência é o direito de ação e não o direito de punir do Estado, ou seja, não havendo mais o direito de ação não há como provocar o Estado-juiz para que ele aplique a pena, portanto, o instrumento para provocar o Estado-Juiz a aplicar a pena deixa de existir. 
 c) Prazo decadencial: 
 - Regra: Art. 38, CPP e 107, CP. Em regra, de 6 meses, a partir da data em que se teve conhecimento do autor do crime(em se tratando de ação penal privada subsidiária da ação penal pública o prazo é contado a partir do encerramento do prazo do Promotor oferecer a denúncia), sendo peremptório(não é interrompido e nem suspenso). 
 - Contagem: Art. 10, CP. Prazo penal, ou seja, conta-se o dia do início
 - Cessa com o oferecimento da queixa.
 d) Titularidade: Ofendido (a partir de 18 anos) ou representante legal.
II. Perempção: 
 a) Conceito: Causa de extinção da punibilidade consistente em uma sanção processual ao querelante desidioso que deixa de dar andamento normal a ação penal exclusivamente privada. Só é possível após iniciar a ação penal privada.
 b) Hipóteses: Art. 60, CPP:
 I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 (trinta) dias seguidos; 
 II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; 
 III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; 
 IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
 - É possível perempção em ação penal privada subsidiária à ação penal pública? Não é possível. Ocorrendo a hipótese de o querelante deixar de dar andamento ao processo na ação penal privada subsidiária à pública o Promotor retoma a titularidade da ação penal, não ocorrendo a perempção.
6. RETRATAÇÃO DO AGENTE (Art. 107, VI, CP): 
 a) Conceito: Significa desdizer-se, retirar o que disse, voltar atrás.
 b) Hipóteses legais:
 - Art. 143, CP: Crimes contra a honra com exceção da injúria, apenas calúnia e difamação.
 - Art. 342, parágrafo 3º, CP: Crime de falso testemunho e falsa perícia.
* Honra objetiva: É o conceito que o ofendido goza no meio social em que vive.
* Honra subjetiva: É o conceito que o ofendido tem de si mesmo.
* Calúnia: Crime que consiste na imputação falsa a alguém de um fato que constitui crime (ex.: dizer falsamente que alguém trabalhou na empresa tal e furtou dinheiro).
* Injúria - É a atribuição de uma qualidade que apenas deixa a vítima chateada, ofendida (ex.: dizer que alguém é burro) .
* Difamação: É a imputação de um fato, mas um fato que, embora não constitua crime, é pejorativo, ofende a imagem e honra da pessoa (ex.: dizer que alguém é caloteiro).
 c) Oportunidade:
 - Até sentença do processo em primeira instância onde ocorreu o falso.
 * No caso do júri, até sentença condenatória de mérito (plenário).
 d) Comunicabilidade: 
 - Art. 143, CP: O agente que se retrata é isento de pena. Portanto, não se comunica com os concorrentes.
 - Art. 342, parágrafo 3º, CP: O fato deixa de ser punível com a retratação. Portanto, comunica-se com os concorrentes.
7. CASAMENTO DA VÍTIMA (Art. 107, VII e VIII, CP): Até 2005 o casamento do agente com a vítima ou o casamento da vítima com terceiro antes da sentença condenatória definitiva constituía causa extintiva da punibilidade nos crimes contra os costumes, isto porque o casamento com a vítima era uma forma de retratação da honra da mulher, já que culturalmente o objetivo maior da mulher era o casamento. Hoje estas duas causas extintivas de punibilidade não mais existem, foram revogadas pela Lei 11.106/05.
25.10.2016
CONTINUAÇÃO
8. PRESCRIÇÃO PENAL:
I. Conceito e fundamento:
 - A prescrição penal, segundo a doutrina, tem tríplice fundamento:
 a) O descaso do tempo: esquecimento. 
 b) A correção do condenado:
 c) Negligência da autoridade: ineficiência do estado.

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