Buscar

caso 11 pratica V

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA...VARA CIVEL DE PATOS DE MINAS – MINAS GERAIS
ASSOCIAÇAO AMIGA DOS AMIGOS, inscrita no CNPJ sob nº..., com sede (endereço completo) representada por..., vem, por seu advogado infra-assinado, com escritório (endereço completo), que indica para fins do artigo 106 CPC, com fulcro no art 81, parágrafo único, incisos I,II,III da lei 8078/90 e no artigo 1º, II, da lei 7347/85, propor
AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE LIMINAR
Em face de ESCOLA DOS JOVENS LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº... com sede (endereço completo), e SEGURADORA DE SEGUROS, inscrita no CGC sob o nº... com sede ( endereço completo), com fundamento no CDC pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
Alguns milhares de consumidores, atraídos pelo bom conceito que goza a Ré no ramo da prestação de serviçoes de educação, matricularam seus filhos naquele estabelecimento educacional mediante contrato de adesão que estabelecia valores e forma de pagamento da prestação de serviços.
As Rés, aproveitatando da clientela formada pela primeira ré, resolveram criar uma modalidade de Seguro Educacional, na forma coletiva, que custará para cada aluno a importância de R$ 20,00 (vinte reais) ao mês.
A primeira Ré comunicou, aos seus alunos e pais de alunos que o valor do seguro passaria a ser incluído no carne de pagamento da mensalidade escolar, a partir de primeiro de janeiro de 2005, durante doze meses.
Portanto, o valor do contrato de seguro a que cada um dos alunos estará submetido e de 240,00.
É certo que a Lei 8.078/90 em seu artigo 39, III e parágrafo único, veda o fornecimento d e produtos ou serviços ao consumidor sem sua prévia solicitação,definindo esta prática na relação de consumo como abusiva, inclusive estabelecendo que os serviços ou produtos fornecidos desta forma são equiparados à amostra grátis, e não pod em ser cobrados. 
No entanto, os consumidores de serviços educa cionais da primeira Ré foram surpreendidos com o novo serviço criado, todavia, ainda que fossem condições preestabelecidas no corpo do contrato de serviços educacionais, desde a ntes do início do ano letivo, não haveriam de prosperar em razão da vedação que também estabelece o Código de Defesa do Consumido
É de ser destacado ainda que os eventuais contratos de seguro não poderão ser 
simplesmente colocados à disposição dos consumidores para que dele tomem conhecimento em determinado local e horário. O C ódigo de Defesa do Consumidor, com o intuito de coibir esta prática, estab eleceu qu e o consumidor deverá ter conh ecimento prévio do seu conteúdo, sob pena de não obrigá-lo, conforme dispõe o artigo 46 do CDC. 
A Primeira Ré informou que irá cobrar dos cons umidores, responsáveis dos 
alunos de seus cursos, a parcela relativa ao deno minado “Se guro Norte” já a partir de 01 de janeiro de 2005. 
Ocorre que, a forma de comunicação expedida aos consumidores, somad a ao 
fato de que os responsáveis pelos alunos d everão se MANIFESTAR POR ESCRITO NA SECRETARIA DA ESCOLA NA HIPÓTESE DE NÃO ACEITAR O SEGURO, além da vedação legal, se materializa em atitude excepcionalmente constrangedo ra e, a penas por isso, já é capaz de indu zir o consumidor a suportar passiv amente a imposição deste serviço suplementar
A vulnerabilidade do Consumidor não é somente o primeiro dos princípios 
consagrados pelo Código de Defesa do Consumidor, na espécie é fato notório. 
Destarte, está fart amente demonstrada a clara violação, pelas Rés, dos artigos 
do Código de Defesa d o Consumidor, ao impo r, em detrimento dos responsáveis pelos alunos da primeira Ré, adesão automática a um pretenso contrato de seguros firmado entre elas. 
O agravamento se aflora quando o consumidor está obri gado a manifestar 
negativamente como única forma de excluir este serviço, além de sujeit ar-se ao 
constrangimento de ter de re gistrar, por escrito e perante a secretaria da escola, s eu desinteresse pelo seguro. 
Também e ainda, a falta de tempo dos pais de alunos p ara procurar a 
secretaria da escola, entre outras hipóteses, resultará no débito indevido de parcelas sob o título de seguros, nos seus carnês de pagamentos de serviços educacionais. 
Na hipót ese das rés receberem dos consumidores qualquer valor a título de 
seguro, sem suas resp ectivas, prévias e formais autorizações, os valores dev erão ser restituídos em dobro, em sint onia do que estabelece o a rt. 42, p.ú., do Código de Defesa do Consumidor.
DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR 
Torna-se imprescindível, in casu, a concessão de medida liminar com fulcro no 
artigo 12 da Lei nº 7.347 /85, determinando que a parte ré se abstenha de efetuar a cob rança da tax a de se guro nas mensalidades escolares, sob pena de mu lt a a ser arbit rada por V.Exª., pois preenchidos os requisitos para a concessão da medida liminar, uma vez que o periculum in mora mostra-se pres ente diante da produção de lesão grave e de difícil reparação aos consumidores. Já o fumus boni iu ris resta at estado diante do aviso enviado por parte da 1ª ré de que o valor do seguro s erá embutido no preço da mensalidade já no próximo mês
DO PEDIDO 
Diante do exposto, vem requerer a V.Exª: 
1) a concessão de liminar inaudita altera pars no sentido de ordenar a parte ré a 
abster-se de efetuar a cobrança do seguro, sob pena de multa diária no valor de R$... (...)
2) oitiva do Ministério Público na forma do artigo 5º, § 1º, da Lei nº 7.347/85 
3) a citação dos réus para, requerendo, contestem a presente ação, no prazo lega l, sob pena de sofrerem os efeitos da revelia; 
4) que seja julgado procedente o pedido para: 
4.1. condenar as Rés, na obrigação d e não fazer, consistente em se absterem de cobrar dos alunos da pr imeira Ré qualquer modalidade de seguros sem prévia e 
formal solicitação de seus responsáveis legais, tornando definitiva a limi nar 
concedida; 
 4.2. condenar as Rés na r epetição do indébito, por valor igual ao dobr o do que eventualmente tenham recebido de cada aluno da primeira Ré, a título de pagamento do “Seguro No rte”, até o desfecho desta dem anda, tudo acrescido de correção monetária e juros legais, que poderão s er creditados nos respectivos carnês dos alunos que ainda se encontrarem matriculados nos cursos da primeira Ré. 
5) Caso não haj a o cu mprimento da li minar e da sentença por p arte das rés, requer-se a cominação de multa no valor de R$... (...) por dia de descumprimento , com o dispõe o artigo 11 da Lei nº 7.347/85, em favor do Fundo Estadual do Meio Ambiente. 
6) a condenação do réu nos ônus da sucumbência. 
 
DAS PROVAS 
Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em 
especial o depoimento pessoal, a testemunhal e documental superveniente. 
 
DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (valor por extenso) 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local..., data... 
 
Advogado... 
 OAB/UF n.º...

Outros materiais