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TIPOS DE ARGUMENTO ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS

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ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS
NA PRODUÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO: um fato concreto, colhido dos autos, pode ser avaliado segundo múltiplas possibilidades argumentativas, dependendo da valoração que se queira atribuir a tal fato.
Não se pode dizer que um argumento é mais importante que o outro, mas que possui maior capacidade persuasiva em um determinado contexto.
EXEMPLO 1
FATO JURIDICAMENTE IMPORTANTE: Segundo perícia realizada, os meninos precisam de cirurgia plástica reparadora nas mãos para recuperarem os movimentos dos dedos.
MANEIRA DE VALORÁ-LO NA FUNDAMENTAÇÃO: A integridade física e moral dos meninos, garantida pela Constituição e pela legislação infraconstitucional, foi violada.
TIPO DE ARGUMENTO: Argumento de autoridade
EXEMPLO 2
MANEIRA DE VALORAR O FATO NA FUNDAMENTAÇÃO: Ainda que a intenção da mãe fosse educar os filhos (finalidade lícita), o meio a que recorreu foi ilícito, o que torna sua conduta criminosa à luz do direito.
TIPO DE ARGUMENTO: Argumento de oposição
TIPOS DE ARGUMENTOS
ARGUMENTOS: são recursos linguísticos que visam à persuasão, ao convencimento. O argumento não é uma prova inequívoca da verdade.
1. ARGUMENTO PRÓ-TESE
Caracteriza-se por ser extraído dos fatos reais contidos na narrativa. Deve ser o primeiro argumento a compor a fundamentação.
ESTRUTURA:
TESE + PORQUE + E TAMBÉM + ALÉM DISSO
EXEMPLO:
	Quanto à proposta de um sistema de cotas nas universidades, compreende-se ser a proposta demagógica e discriminatória, porque tem como critério a raça e também se encontra maculada pelo vício da inconstitucionalidade; além disso, esconde interesses políticos escusos que não visam à solução do problema da educação.
2. ARGUMENTO DE AUTORIDADE
Argumento constituído com base nas fontes do Direito, em pesquisas científicas comprovadas.
EXEMPLO:
	O artigo 196 da Constituição Federal dispõe que “a saúde é um direito de todos e dever do Estado”. Aduz o referido artigo que o Estado deve prover políticas econômicas e sociais que visem à redução dos riscos de doenças e de outros agravos à saúde. A antecipação do parto em hipótese de gravidez de feto anencefálico é o único procedimento médico cabível para minimizar o risco à saúde da gestante. Impedir a sua realização importa em indevida e injustificável restrição ao direito à saúde.
3. ARGUMENTO DE OPOSIÇÃO
Argumento que se caracteriza por contrapor uma informação favorável à tese a outra desfavorável à tese. Ao ponderar o que ambas representam, prevalece sempre a importância da prova “pró” sobre a prova “contrária”, sendo esta última irrelevante diante dos demais acontecimentos.
EXEMPLO A:
	Embora haja relatos esparsos sobre fetos anencefálicos que sobreviveram alguns dias fora do útero materno, o prognóstico nesses casos é de sobrevida de no máximo algumas horas após o parto, ou seja, não há qualquer possibilidade de tratamento ou reversão do quadro; logo, a morte será inevitável e certa.
EXEMPLO B:
	Embora o Código Penal de 1940, como se sabe, tenha tipificado o aborto na categoria dos crimes contra vida, esta visão, nos dias atuais, está longe de ser pacífica, pois a permanência do feto anencefálico no útero da mãe é potencialmente perigosa, podendo gerar danos à saúde da gestante e perigo de vida.
4. ARGUMENTO DE SENSO COMUM
Consiste no aproveitamento de uma afirmação que goza de consenso, não sendo contestada pro qualquer um dos interlocutores. Não possuiu lastro científico aprofundado, mas está amplamente difundido na sociedade. É um argumento que traz a qualidade de ser absolutamente incontestável. 
Qual argumentante pode afirmar que o direito não visa à justiça? Diante desse argumento, a parte contrária, à primeira vista, deve calar-se. A força do argumento de senso comum pode repousar em sua expressividade, na adesão dos espíritos àquilo que tem como maior qualidade sua. É o que acontece com provérbios e refrões populares invocados em contexto que o sustente.
EXEMPLO:
	Sabe-se que quem tem o nome incluído no SPC passa por uma situação constrangedora. Sendo assim, aquele cujo nome foi inserido indevidamente nesse cadastro tem direito à indenização por danos morais.
5. ARGUMENTO DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA
Estabelece a relação de causalidade. São apresentadas as causas e as consequências de um ato praticado.
EXEMPLO:
	Já que a vítima não possui automóvel e trabalha até tarde como vendedora em um shopping distante de sua casa, não poderia ela deixar de passar por tal lugar que, apesar de ermo, é caminho obrigatório para sua residência.
6. ARGUMENTO POR ABSURDO
Consiste em refutar uma asserção, mostrando-lhe a falta de cabimento ao contrariar a evidência. Para a retórica, a demonstração consequente de uma proposição conduz-nos a uma conclusão manifestadamente inaceitável, o que nos obriga a reconhecer a verdade da proposição oposta. Assim, absurdo é aquilo que tem um sentido falso, inaceitável para o senso comum.
EXEMPLO:
	Ora, até um leigo é capaz de identificar a relação de causalidade existente entre a alta hospitalar prematura e a morte de uma criança nascida com peso muito inferior ao normal e com deficiência respiratória. A eventual desnutrição da mãe e da própria criança não foi a causa adequada da morte desta última; foi apenas uma concausa antecedente – tal como a hemofilia, osteoporose etc. – mas que por si só não produziu o resultado morte. Inúmeras crianças nascem prematuramente e são salvas. O próprio médico que prestou depoimento às fls 21 informa que, quando alguma criança nasce com problema, nas 24 horas seguintes ao nascimento, a clínica transfere o recém-nascido para o berçário patológico para receber o tratamento devido. Mas isso não foi feito com Alan, o que torna a apelante responsável por sua morte.
ARGUMENTO POR ANALOGIA
Aparece principalmente no uso das decisões jurisprudenciais e baseia-se no princípio de que a justiça deva tratar de maneira semelhante situações idênticas.
ARGUMENTO A FORTIORI
Fundamenta-se na asserção de que a lei proíbe ou permite uma conduta maior ou menor, respectivamente.
Exemplo
Se tanto doutrinadores quanto os tribunais, com base no Decreto – lei nº 6777, passaram a admitir a alienação do bem gravado, com autorização judicial, por necessidade ou conveniência manifesta do titular, com a sub-rogação em outro bem, com muito mais razão deve-se permitir que o imóvel seja alienado e o produto depositado em caderneta de poupança à disposição do juízo, a fim de que o saldo custeie o tratamento do agravante.
EXPRESSÕES INTRODUTÓRIAS DE PARÁGRAFOS DE FUNDAMENTAÇÃO
É de verificar que...
Não se pode olvidar que...
Como se há de verificar...
Como se pode notar...
É de ser relevado...
Registre-se, ainda, que...
Bom é dizer que...
Cumpre-nos assinalar que...
Oportuno se torna dizer que...
Mister se faz ressaltar que...
É bem verdade que... 
Não há que falar-se...
Vale (ou cumpre) ratificar...
Não se pode perder de vista...
Convém ressaltar...
Posta assim a questão, é de se dizer...
Neste sentido, deve-se dizer...
Tenha-se presente que...
Inadequado seria esquecer...
Assinale-se, ainda, que...
É preciso insistir também no fato de que...

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