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DIREITO PROCESSUAL PENAL I FINAL

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Direito Processo Penal I
- As provas são cumulativas. Prova: 11/04
Com o código
- Introdução: Princípios
- Inquérito (procedimento administrativo – sem direito ao contraditório) policial
- Ação penal
- Competência
- Prisões 
- Sujeitos
- Questões incidentes
- Provas
- Sentenças
Aula do dia 06/03/17
Direito Penal: conjunto de normas que qualifica certos comportamentos humanos como infrações penais, define seus agentes e fixa as respectivas sanções penais. 
Processo Penal: José Frederico Marques diz: “conjunto de princípios e normas que disciplinam a composição das lides penais por meio da aplicação do direito penal objetivo, bem como a atividade persecutória da polícia judiciaria e a estruturação dos órgãos jurisdicionais e dos seus respectivos auxiliares”. É a onde o Estado consegue exercer seu poder/dever de punir. É um poder porque é exclusivamente do Estado e é um dever, pois o Estado deve verificar, agir. Em caso de ação penal pública, não precisa ser provocado e na ação privada, sim. “Matou alguém” – o Estado deve perseguir, existe um ônus.
* Características
- Monopólio: PODER/DEVER. Só o Estado pode punir, não existe vingança privada. Exceção: Estatuto do Índio, não é o índio moderno e sim aquele que não é civilizado, questão cultural. O Estado decidiu não interferir nessa questão cultural que é anterior a ele. O “dever” significa que o Estado tem que averiguar/agir. 
- Limite:
Temporal: prescrição (é uma excludente de punibilidade – ex.: art. 109, CP – homicídio prescreve). Ex.: racismo não prescreve – art. 5º, 42º, CF.
Espacial: princípio da territorialidade. Alcança dentro dos nossos limites territoriais. Toda extensão territorial.
Modal: forma – art. 5º, XLVII, CF. Ex.: não pode haver pena de morte. 
- Infração de menor potencial ofensivo: é qualquer infração penal com pena menor ou igual a 2 anos. Lei 9099. 
Persecução penal:
1) Administrativa: inquérito penal – é a base da inicial acusatória. Não interessa se é público ou privado
2) Conhecimento: ação penal/processo
3) Executória: ex.: pena de 6/20 anos.
“O Jus Puniendi” é o poder que o Estado tem de punir (exclusivamente). É o dever, por exemplo, quando um indivíduo mata o outro, o Estado tem o ônus de agir, tem que perseguir. É o poder/dever de punir. 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS – PROCESSO PENAL
1) Humanidade: art. 5º, III, XLIX, CF/88.
Ações necessárias do Estado para que este princípio seja eficaz:
1. Processo penal de curta duração (duração razoável do processo)
2. Limitação de causas de prisão anteriores a sentença definitiva: a prisão é exceção; a regra é responder ao processo em liberdade.
3. Separação de presos provisórios (qualquer prisão antes da sentença definitiva) e presos definitivos. (Está difícil separar por sexo, imagine entre provisório e definitivo).
Princípios
2) Legalidade: não sou obrigado a fazer nada, a não ser que exista uma lei, um contrato (o contrato pactuado entre as partes, é lei – para o direito civil) que me obrigue. No DP, não posso ser processado criminalmente, se não tiver uma lei que diz que aquele comportamento ativo ou omissivo é crime. A lei não pode punir fato pretérito. Somente posso ser punido posterior a vigência da lei. Não há pena sem previa cominação legal. Mesmo que determinada lei ganhe uma qualificadora após o fato do agente, não poderá ser julgado com a qualificadora, somente se for benéfica ao réu. 
- SOMENTE ATRAVÉS DE LEI (ORDINÁRIA OU COMPLEMENTAR).
- EM SENTIDO ESTRITO
- TEM QUE SER ANTERIOR AO FATO.
- ESCRITA, TAXATIVA. 
- ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIA
3) Igualdade processual ou judicial: art. 5º, I, CF/88. “Homens e mulheres são iguais perante a lei”. Não posso tratar de forma desigual. 
- Igualdade material: tratar de forma igual, os iguais. E tratar de forma desigual, os desiguais na medida de suas desigualdades. (É uma situação delicada, precisa-se de um equilíbrio). Por exemplo: direito do consumidor, logo, o consumidor é considerado hipossuficiente. Uma medida é inverter o ônus da prova – se o consumidor entra com a ação, a empresa/fabricante/fornecedor tem que provar que não é assim. No direito do trabalho, a parte hipossuficiente é o empregado; o patrão é capaz de produzir mais provas. “O Estado que tem que provar que eu sou culpado, ninguém é obrigado a produzir provas contra a si mesmo; o réu não é obrigado a colaborar com a justiça na persecução penal”. Por exemplo, a confissão é um atenuante. 
- ISONOMIA.
4) Juiz Natural: o juiz natural é quem acompanha o processo desde o começo, todas as fases e dá a sentença. A chance dele cometer uma injustiça, é mínima. Ele sabe as emoções dos envolvidos. Art. 5º, LIII, CF/88; IMPARCIALIDADE. Existem exceções que fogem desse padrão: 
- Substituição entre juízes em razão de férias, falecimento ou afastamento temporário. 
- Modificação de competência com criação ou extinção de varas. 
- Desaforamento em caso de tribunal do júri. É o deslocamento do julgamento, do local. Art. 427, CPP.
5) Devido Processo Legal: art. 5º, LIV, CF/88. 
6) Publicidade: todos os atos processuais devem ser públicos. Art. 93º, IX, CF/88. (Regra geral). Exceções: art. 5º, LX, CF/88 – a defesa da intimidade ou interesse social o exigirem. Ex.: caso dos Nardones, todos queriam assistir. Crime de abuso sexual, a vítima já sofreu o suficiente. Súmula vinculante n. 14. 
Art. 485, CPP – a votação é secreta para que o jurado não sofra nenhuma influência externa. 
- Princípios
7) Presunção da Inocência: até o trânsito em julgado, o indivíduo não pode ser considerado culpado.
Art. 5º, LVIII, CF/88
Prisão provisória
HC 126 e 292, STF
Consequências: obrigação do julgador verificar detalhadamente a necessidade de restrição antecipada (prisão provisória); necessidade de atribuir o ônus da prova da culpabilidade do acusado ao MP ou ao querelante (quem oferece a queixa; titular da ação privada); assegurar a validade da regra in dubio pro réu.
- Garantia contra a auto incriminação: em regra, ninguém é obrigado a prestar qualquer tipo de obrigação, praticar qualquer tipo de ato que possa incriminar.
Art. 5º, LXIII, CF/88
Direito ao silêncio
Benefícios 
8) Contraditório 
Art. 5º, LV, CF/88
Ciência + manifestação
Exceções
Regras: 1º isonomia processual; 2º bilateralidade da audiência e ciência bilateral dos atos processuais; 3º direito a ciência prévia, precisa, detalhada e a tempo da acusação, 4º direito a contrariar a acusação e de apresentar provas e especificar a linha de defesa; 5º direito de escolher o seu defensor e de fazer-se revel. 
** O direito de defesa já nasce com a pessoa. 
- Ampla defesa: 2 defesas – defesa técnica (quem faz é o advogado) e pessoal
Art. 5º, LV, CF/88
Inato
Técnica
Pessoal: quando opta pelo silêncio, alega defesa diferente do advogado 
- Duplo grau de jurisdição
Art. 5º, LV, CF/88
Abrangência 
Garantias: 1º direito ao reexame da causa, quanto ao mérito; 2º direito a revisão da pena; 3º direito em reincidir a sentença condenatória transitada em julgado. Art. 621º, CPP. 
Princípios gerais do processo penal
Verdade Real – Não há presunção de veracidade no processo penal, como há no processo civil, o juiz não pode presumir a culpa do réu por ele não se defender de uma acusação.
Verdade Processual x Verdade Real
Obrigação – O Estado tem obrigação de buscar o verdadeiro autor da ação. Tem obrigação de punir pelo fato praticado e de como foi praticado. Obrigação de delimitar exatamente a culpabilidade do agente;
Exceções – Impossibilidade de rescisão de sentença absolutória indevida. Perempção em caso de ação penal privada. O perdão aceito na ação privada;
Oralidade
Célere – Agilidade processual, quanto mais se tem atos orais, mais ágil corre o processo, quanto mais atos documentais, mais lento é o tramite;
Concentração de atos – Art. 400, CP e Art. 203, CPP, também o Art. 62, Lei dos juizados especiais.
Obrigatoriedade da Ação Penal – Na ação pública o titular é o MP, possui a denúncia para abrir o processo, na ação privada o titular é o querelante e o processoé aberto através de uma queixa. 
Defesa Social
MP – Atividade vinculada, o MP vê fortes evidências da autoria do crime, tem como obrigação oferecer a denúncia, com uma exceção, se for um crime de menor potencial ofensivo pode haver uma troca por multa ou trabalho voluntario, ou seja, a transação penal; 
Art. 28, CPP;
Exceção – Crime de menor potencial ofensivo;
Oficialidade – Deriva e é intimamente relacionado com os princípios da legalidade e obrigatoriedade da ação penal, pois essas atividades da persecução penal devem ser exercidas exclusivamente, em regra, pelos órgãos oficiais.
Legalidade e Obrigatoriedade;
Órgãos oficiais;
Art. 144, CF/88 – O delegado é o presidente do inquérito policial, primeiro responsável pela ação penal, no âmbito estadual é a polícia civil;
Art. 129, I, CF/88 – Inconstitucional, diz que o MP tem como obrigação promover ações públicas privativamente;
Exceções – Art. 29 e 30, CPP;
Indisponibilidade
Inquérito Policial – Art. 17, CPP, a autoridade policial não pode mandar arquivar os autos do inquérito;
Ação Penal - Art. 42, CPP, ministério público não pode desistir da ação;
Recurso – Art. 576, CPP, se o MP apela torna-se indispensável. 
Iniciativa das partes
- No procedat judex ex officio: o juiz não age de ofício, a jurisdição não pode agir de ofício. O juiz só pode prestar a atividade jurisdicional após ser provocado. Se o juiz iniciar, acabou a imparcialidade (agir de ofício). Após ser provocado, deve agir.
- Quem é responsável para provocar o Estado?
- MP: através de ação penal pública condicionada e incondicionada, assim, provoca a jurisdição, o juiz. 
- Querelante: titular da ação privada. Fazer com que a jurisdição saia da inércia. 
- Correlação: o que está sendo pedido e a sentença. O juiz não decidir além daquilo do que está sendo pedido e nem (a quem) desprezar. Deve agir com proporcionalidade, nem a mais e nem a menos. O juiz está vinculado ao pedido da parte, a provocação e quando responde, deve responder dentro dos limites daquilo que foi provocado. 
Impulso Oficial: 
- A partir da provocação, o juiz responsável pela atividade jurisdicional tem o dever de manter a regularidade processual. A parte não precisa pedir para o juiz marcar a audiência, faz parte do impulso oficial. Só pode fazer isso após a provocação. 
- Regularidade processual: art. 251º, CPP
- Compete ao juiz: art. 156º, CPP; art. 234º, CPP; art. 196º, CPP.
Ordem consecutiva legal: 
- Lógica processual: fase inicial (denúncia ou queixa) até a sentença. E para cada procedimento existe uma lógica que deve ser praticado no intervalo da fase inicial a sentença. Ex.: procedimento comum ordinário: - MP provoca; através do impulso oficial, o juiz analisa a inépcia da inicial e cita o acusado para oferecer a resposta. Vários atos são praticados até a sentença – 395 ao 405, CPP e está na ordem da Código. 
Se for procedimento comum do júri, é outra sequência, outros prazos. Depende do tipo do procedimento. 
- Características: 
1º - Sucessão lógica e ordenada de atos na forma da lei.
2º - Dependência e concatenação entre os atos sucessivos. (Todo ato tem um momento para ser realizado e um prazo – depende do tipo de procedimento, eles variam).
Economia processual: é economia de atos processuais, quanto menos atos processuais mais eu conseguir praticar desde o momento que o juiz provocado até a decisão, mais economia eu terei. Quanto mais atos, menos economia processual. 
- Economia para solução do conflito e não questão financeira.
- Menos oneroso: em questão de números de atos e tempo para a sua realização. Não é economicamente falando (pois não há custas processuais no processo penal – para prestar uma queixa e denúncia) – não tem valor da causa.
- Exemplos: lei 9.099/95 – art. 74º e p. ú. - solução de conflitos de interesse com a prática de um ato, traduz a economia processual. Art. 395º e 397º, CPP – em qualquer situação, não houve vítima, acusação, não interroga o acusado, acaba “aqui”. 
Ne bis in idem: (coisa julgada)
- Pacto São José da Costa Rica: “o acusado absolvido por sentença passada em julgado não poderá ser submetido a novo julgamento pelos mesmos fatos”. 
- Art. 5º, XXXVI, CF/88 – protege este instituto. “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.
** Litispendência: 2 ações em tramite ao mesmo tempo (mesma causa de pedir, mesmas partes).
** Coisa julgada: quando a decisão não cabe mais recurso. Quando existe uma decisão pelo mesmo fato, mesma causa de pedir e mesmas partes e uma decisão e após um tempo entra com uma ação igual. A pessoa não pode ser punida duas vezes pelo mesmo fato. 
- Art. 95º, CPP. Entre as exceções, tem a de coisa julgada. É uma matéria de defesa. 
Fator libertatis (In dubio pro reo)
- Insuficiência de Provas: tem prova mas é insuficiente. É menos pior absolver o culpado do que condenar o inocente. A confissão é uma prova fantástica pois o sujeito dá detalhes do crime mas por si só não é suficiente (art. 197º, CPP). Art. 386º, VII, CPP.
- Proibição do reformatio in prejus: proibição da reforma para pior. Por exemplo, após a apelação e a revisão do processo, querer aumentar a pena do condenado, não é possível. Art. 617º, CPP. O que pode acontecer de pior só quando você apela é permanecer a decisão, proibi a reformar para pior. Só não pode agravar quando somente a defesa tenha apelado, se o MP apelar para aumentar, a situação do indivíduo pode agravar.
Só quando a defesa apelar não há mudança para pior. Não pode analisar nem a mais e nem a menos – correlação. O prazo para apelação é 5 dias, art. 593º.
- Revisão criminal: 621º, CPP. A revisão da sentença condenatória transitada em julgado, só cabe em favor do acusado e não contra o acusado. Somente em favor da defesa. 
Inquérito Policial: procedimento administrativa de cognição imediata, mediata e coercitiva. Ele não condena ninguém, quando trabalhamos inquérito, estamos em um juízo de probabilidade e suspeita. Não há juízo de certeza, pelo simples motivo de que os elementos que são produzidos no inquérito não têm obediência do contraditório e ampla defesa.
- Conceito: é procedimento administrativo, inquisitório e preparatório da ação penal, consistente em um conjunto de diligências realizadas pela polícia investigatória, para apuração preliminar de uma infração penal e de sua autoria. 
- Destinatário: o titular da ação que irá propor a denúncia ou a queixa; vai fazer a denúncia ou a queixa baseada no inquérito. 
- Objetivo: materialidade (indícios de autoria). Trocando em miúdos, tem que ter elemento quanto a materialidade, se é crime e não somente isso, devo ter indícios de autoria, pois no inquérito não se condena. É um juízo de suspeita, probabilidade. No inquérito não tem contraditório e ampla defesa, não há oportunidade de defesa. O delegado que conduz o inquérito policial e ele quem diz quais perícias serão realizadas, por exemplo. É considerado o presidente do inquérito.
- Termo Circunstanciado: só existe termo circunstanciado se estivermos em uma infração de menor potencial ofensivo, onde a pena máxima seja de até 2 anos – não há instauração de inquérito. Substituímos o inquérito pelo termo circunstanciado. Coloca-se a identificação das partes, descrição do fato delituoso, testemunha, local, data e hora e é encaminhado para o juizado. Também tem os objetivos do inquérito, se destina ao titular da ação mas é infinitamente mais simples que o inquérito. É informal, é o resumo do inquérito. Caso não seja infração de menor potencial, instaura-se o inquérito. O termo traz apenas informações básicas de qualificação da vítima, do suspeito, descrição do fato “delituoso”, quem são as testemunhas, quais provas a pessoa irá produzir, etc. 
- Características do inquérito:
Escrito: art. 9º, CPP. Tem que ser transcrito para o papel. 
Instrumental: ou seja, aconteceu o fato que em tese é um crime. Imagina-se que esse fato que em tese é crime se processa através de ação pública incondicionada (o Estado tem que agir mesmo contraa vontade da vítima, é obrigado a agir). Como o Estado apura a ação? Como age na 1º fase da persecução penal? Através do inquérito. É um instrumento através do qual o Estado coleta esses elementos relativos a materialidade e indícios de autoria. Deve está estipulado de forma legal para agir dessa forma.
Obrigatório: para a autoridade policial. Se tiver um mínimo de elemento, o delegado tem que instaurar o inquérito, não há outra opção. Tem o dever de apurar a infração penal, seja mediante requerimento, requisição. Por exemplo: viu um indício de pele no asfalto e o corpo no acostamento, quando chegar na delegacia, há a obrigação de instaurar o inquérito. Nesse sentido, se torna obrigatório – para a autoridade policial, para o delegado. Mesmo que tenha morrido no hospital, existem casos que há a necessidade do inquérito, havendo suspeita de negligência, por exemplo. Se há o dever, ele é obrigado. (Quando é de ofício, é quando o delegado enxerga o crime, por ex.)
Dispensável: art. 27º, CPP. Qualquer pessoa pode pedir para que o MP iniciar uma ação, mas tem que ter informações (suficiente) sobre a materialidade e indícios de autoria. Já está produzido, já tem elementos sobre a materialidade, logo, em tese, está dispensável o inquérito. (O professor nunca viu nenhuma ação sem a instauração do inquérito – questão de segurança e subsídio para propor a ação). O que é importante saber é que a LEI AUTORIZA a propositora da ação sem instauração de inquérito se tiver todos os elementos suficientes. 
Sigiloso: art. 20º, CPP – durante o inquérito, ninguém é condenado. Logo, seria natural preservar a identidade de quem é investigado. Na ação penal, há o princípio da publicidade. Aqui é apenas uma suspeita, pois, o sujeito pode não ter indícios de autoria e arquivamento de inquérito. Se o indivíduo for imposto, a sociedade irá julgar que ele fez o crime, há motivo para ser investigado. Esse sigilo não alcança a defesa, é sigiloso para a sociedade – o advogado de defesa tem amplo e restrito acesso ao inquérito - súmula vinculante n. 14.
Inquisitorial: o delegado da a sua opinião no final do inquérito, há uma concentração de atos, pois ele mesmo o produziu. Se é inquisitorial, não há contraditório e ampla defesa. (107, CPP)
Informativo: são produzidos elementos de informação que precisam ser confirmados na ação penal (pois, há o contraditório e ampla defesa na ação). Art. 155º, CPP. Na ação, juiz não pode fundamentar a ação em elementos de informação coletados exclusivamente na fase de inquérito. Provas cautelares, não repetíveis: levantamento do local do crime (ou faz após o crime ou na sequência do crime – está tudo no inquérito), não dá para repetir. Testemunha chave, 97 anos, sofre com câncer terminal e foi ouvida no inquérito e provavelmente será ouvida na ação penal; interceptação telefônica – são provas que só existem a possibilidade de existir quando não há ampla defesa, na fase administrativa. Esse é o detalhe de caráter informativo e não de prova, com exceção das provas cautelares.
Discricionário: art. 14º, CPP. Você pode requerer durante o inquérito o que quiser mas quem decide se irá realizar é o delegado. Ele que irá dizer qual pedido será atendido, pois é o presidente do inquérito, tem a autonomia e caso não atenda o seu pedido, não poderá ser feito nada (somente se houver alguma ilegalidade). 
* Instauração do Inquérito: art. 5º, CPP. Ação pública incondicionada;
- De ofício: quando a autoridade se depara com o fato criminoso. Através de uma autoria. Lembrar da obrigatoriedade.
- Requisição: MP ou juiz; 
- Requerimento: ofendido;
A diferença é que o requerimento tem caráter de pedido e a requisição caráter de determinação, de ordem.
- Delatio Criminis: é a comunicação que qualquer pessoa do povo comunica a autoridade policial de um crime. Há duas formas: qualificada – quando a pessoa comunica e se identifica e a inqualificada – ligação anônima – a pessoa faz a comunicação sem identificação (delação anônima).
- Prisão em flagrante: auto de prisão em flagrante inicia/instaura o inquérito. 
* Espécies
- Ação penal privada: perante queixa – requerimento do ofendido. Art. 5º, § 5º. Mesmo que o delegado presencie o crime, não pode instaurar. 
- Ação penal pública condicionada: representação do ofendido (requisição do Ministro da Justiça). Art. 145º, CP - § único. Excepcionalmente também pode ser de ação pública condicionada – crime contra honra é contra o presidente da república ou contra chefe de governo estrangeiro, ou ainda, quando o crime é praticado contra funcionário público no exercício da função (crime contra honra).
* Notitia Criminis: noticiar o crime é, conhecimento do fato delituoso pela autoridade policial. 
- De cognição imediata: (espontânea) – ocorre quando a autoridade policial se depara com o fato delituoso por intermédio de sua atividade funcional rotineira. Se depara só, sem interferência nenhuma. 
- De cognição mediata: (provocada) – ocorre quando a autoridade policial se depara com a infração, mediante, expediente de terceiro (requerimento ou requisição). 
- De cognição coercitiva (prisão em flagrante) – ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento da infração pela prisão em flagrante (302, CPP).
* Diligências Investigatórias
- Art. 6º, CPP 
- Art. 187º, CPP – interrogatório judicial /2 etapas: sobre a pessoa que está sendo acusada e a segunda sobre o fato delituoso.
- Sempre que o crime deixar vestígio tem que ter corpo de delito não só na pessoa, como nos objetos também.
* Identificação Criminal
- Regra geral – art. 5º, LVIII, CF/88
- Processo Datiloscópico (coleta das impressões digitais de todos os dedos da mão) e Fotográfico (foto de frente, de perfil) – consiste nesses métodos e este simples fato de coletar e pousar a foto oficial, por si só já gera uma agressão, completamente vexatório. Art. 6º, VIII. Em regra, se tenho documento de identificação civil, não preciso realizar identificação criminal, salvo quando a lei determinar. Lei 12.037/2009.
- Hipóteses legais: art. 3º da lei 12.037.
* Indiciamento: é atribuir a alguém formalmente a prática de uma infração penal 
- Direto: com o indiciado presente ao procedimento administrativo.
- Indireto: com o indiciado ausente ao procedimento administrativo. Está em lins (lugar incerto)
- Pressupostos: para que seja imputada a essa pessoa a infração penal, são 2 hipóteses – prova da materialidade e indícios de autoria. (1º - tem que ser crime e tenho que ter indícios mínimos da autoria).
- Sujeito Passivo: qualquer pessoa do povo desde que maior (18 anos)
Quem ocupa o polo ativo é o delegado. Na verdade é o Estado e o delegado é quem o representa.
* Prazo para conclusão do inquérito
- Regra geral: Em regra, 10 dias preso e 30 dias solto.
- Prazo processual: art. 798º, § 1º, CPP. Não posso iniciar e nem terminar em dia que não for considerado útil. 
- Prazo material: art. 10º, CP
- Prazos especiais:
- Índice do art. 10, CPP.
* Arquivamento do inquérito: 
1º - oferecer a denúncia
2º - solicitar novas diligências: quando o delegado está em dúvida se há materialidade suficiente. 
3º - extinção da punibilidade – art. 107º, IV (prescrição)
4º - quando entende que não tem prova da materialidade do delito ou indícios de autoria, o MP (titular da ação pública) pede arquivamento. 28º, CPP (conflito de atividade, pois a função é do MP e não do juiz – pela redação do código, o juiz pode interferir da atividade do MP)
* Trancamento do inquérito
O trancamento vai ocorrer antes do inquérito ser concluído. E pode acontecer em razão da atipicidade do fato¹, pode ocorrer se houver a extinção da punibilidade² e, por fim, ausência absoluta de elementos de autoria³. 
Através do HABEAS CORPUS. Art. 647º, CPP – para trancamento do inquérito
* Prosseguimento das investigações
- É possível reabertura de determinado inquérito que já foi arquivado? 
- Sim, art. 18º, CPP. 
- Súmula 524 do STF.
- Coisa julgada formal (decisão que faz o inquérito ser arquivado) – mesmo fazendo, só posso reabrir se tiverum elemento novo, prova nova.
- Atipicidade; - extinção da punibilidade (caso tenha sido fundamentada nessas hipóteses) – coisa julgada material mesmo que haja novas hipóteses não posso retomar as investigações. O juiz para determinar o arquivamento do inquérito tem que fundamentar e se for porque é atípico ou causas de extinção de punibilidade (como a prescrição) e mesmo que apareça uma prova nova, não pode reabrir. Quando faz coisa julgada material, ele é imutável. Por exemplo, se o crime foi prescrito, não pode abrir o inquérito.
Ação penal 
- Conceito: é o direito do titular da ação Penal (MP ou querelante), de ingressar em juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação da lei penal ao caso concreto. 
Havendo um conflito de interesse, o titular da ação tem direito de exigir/solicitar do Estado esse direito. Fazer com que a prestação jurisdicional seja aplicada ao caso concreto. 
- Finalidade: é a efetivação do Jus Puniendi. Efetivar o poder dever de punir do Estado, o Estado só vai aplicar uma pena que irá variar de x a x desde que eu tenha dentro do processo prova da materialidade e da autoria. Sem prova, o Estado não pode punir. E há casos que mesmo havendo casos que ele não pode punir, por exemplo, tem certeza de quem provocou o crime, do tipo mas praticou em legitima defesa. 
- Características:
1º - visa a aplicação do direito penal (ao ramo do direito público);
2º - pertence ao titular;
3º- não se confunde com o direito material tutelado;
4º - independe do resultado; (toda ação penal gera condenação? Se o sujeito foi absolvido, o titular da ação exerceu o seu direito, pediu para o Estado e a condenação e absorção depende das provas – quanto a materialidade e autoria). Teve a chance de pedir a prestação jurisdicional do estado, o direito de ação não pode ser negado a ninguém desde que a pessoa tenha titularidade para isso. É um direito abstrato.
* Condições Genéricas da ação 
- Possibilidade jurídica do pedido: a sanção deve estar prevista em lei. Art. 121º, CP – o MP pede a condenação do sujeito de acordo com este acordo (homicídio). Na petição inicial pede a condenação do crime que seja condenado nas pernas do artigo 121º - quanto vai ser depende das variáveis que será analisada posteriormente.
No DP ou está escrito na norma ou o fato é atípico. A legalidade é estrita. Não se aplica analogia, interpretação extensiva, estipular crime por costume. Ou está descrito ou não é crime; o MP pede para o sujeito do art. 121º seja condenado a pena de morte e é um pedido impossível pois não respeita a primeira condição genérica da ação pois não há possibilidade jurídica do pedido.
- Legitimidade AD CAUSAM: tenho 2 polos: ativo e passivo. O polo ativo é o titular da ação que pode ser o MP (público), o querelante ou o representante legal (se a ação for privada) essas pessoas estão legitimadas para assumir esse polo e o passivo é qualquer pessoa desde que seja maior de idade (18 anos). Essa legitimidade se subdivide em extraordinária, sucessão processual e ativa concorrente.
- Extraordinária: art. 68º, CPP. Todo crime tem dois reflexos, gera uma responsabilidade penal e em contrapartida gera uma responsabilidade penal porque todo crime gera “dano” (tanto material quanto psíquico – deve ser transformado em valor). Nas duas áreas do direito: penal (discute o crime) e civil (a vítima pode requerer do seu agressor uma indenização pelos prejuízos acarretados da parte delituosa). 
“Pobre” – quando a pessoa se dispor daquele valor para as custas, terá problema na sua subsistência. O MP age no meu lugar, postula em nome próprio interesse alheio de quem provou que é pobre, contra o agressor em nome da vítima. Há um requisito a cumprir – o requisito da pobreza. É chamada a ação civil ex delito, cobra indenização pelo crime (não dentro da ação penal) e sim dentro da área civil. 
- Sucessão Processual: específico da ação penal privada. A sucessão processual acontece toda vez que o querelante falecer ou se tornar incapaz. Tem que haver a sucessão processual e quem sucede é o art. 31º, CPP. E ainda está nessa lista o companheiro ou companheira não assume o lugar do titular, gera perempção, será extinta a punibilidade – o processo será arquivado. 
- Ativa Concorrente: o prazo para oferecer a denúncia é art. 46º. O MP tem um prazo para agir e caso ele não ofereça dentro do prazo, eu aplico o art. 29º, CPP. 
- Interesse de agir: não há interesse se o crime já prescreveu. Não é interesse pois já sei que não vou atingir a minha finalidade, não chego no Jus Puniendi pois terá o reconhecimento da prescrição. Se não tem interesse, não tem motivo para o Estado agir. 
É uma condição específica. Seria o motivo para não punir pois não há motivo juridicamente. Apesar que se existir o processo, será comprovado mas não poderá punir porque o crime já prescreveu. Mesmo que a defesa não peça, o juiz deve reconhecer porque é matéria de ordem pública. 
- Justa Causa: ninguém pode ser processado sem motivo. Para o MP oferecer a denúncia, o que o inquérito precisa ter? Prova da materialidade e indícios de autoria, isso é a justa causa. São os elementos mínimos necessários que viabilizam a propositura da ação. Se não tiver pelo menos o mínimo de fundamento fático e jurídico, não pode entrar com ação penal. A ação se torna precária – art. 395º, o juiz nem recebe a petição, denuncia ou queixa. Liminar ele rejeita. O juiz não encontra o fundamento mínimo. 
O advogado representa o querelante.
* Condições Específicas: 
- Representação/Requisição: a ação pública pode ser condicionada a representação ou requisição. Se for a representação, quem faz é o ofendido/vítima e a requisição quem faz é o Ministro da Justiça. Sem essa representação, o MP não poderá oferecer a denúncia. Pois a denúncia está condicionada a representação do ofendido ou requisição do MJ. Precisa-se da autorização, do pedido, pois não tem como oferecer a denúncia. O MP só está autorizado após a representação e a requisição.
- Garantida no território nacional: o estrangeiro que prática crime no exterior contra o brasileiro (é assaltado pelo americano), tem como aplicar a nossa lei nos EUA? NÃO! Princípio da soberania. Se a pessoa que praticou vier para o Brasil, responde pelo roubo de acordo com a nossa legislação. Há essa condição, só julgo ele de acordo com a nossa legislação se estiver dentro do nosso território.
- Autorização do legislativo: para processar criminalmente o presidente da república ou governador. Um detalhe: por crime comum (homicídio). Crime de responsabilidade e em razão da função não. É uma condição para a progressão da ação essa autorização.
* Classificação da ação quanto ao sujeito
- Ação penal pública: 
- Titular: MP. Art. 129º, I, CF/88; art. 24º, CPP; art. 100, § 1º, CP.
- Peça inicial acusatória: o MP ingressa com a denúncia em juízo. Art. 24º. A denúncia é direcionada ao juiz, na delegacia faz registro de ocorrência, representação.
- Espécies: subdivide em espécies
- Incondicionada: é destinada para os crimes mais graves. Para julgar crimes com a maior pena, pois, são esses os crimes que violam o interesse social, coletivo. Há uma consequência direta para a vítima, por exemplo, o homicídio – atinge toda a comunidade. A vontade da vítima não prevalece (caso não queira processar) o que importa é o interesse público/coletivo e é proposta contra a vontade da vítima (o MP tem o dever de agir).
- Condicionada: crimes contra honra, em regra, é privada. Art. 145º, CP - § único – é uma exceção, pois a ação deixa de ser privada e passa a ser pública condicionada a requisição do Ministro da Justiça. Ou mediante representação do ofendido caso o crime tenha sido praticado contra funcionário público – deve pedir para o MP representar, caso não peça, o MP não poderá agir.
Para a ação ser privada, tem que está expresso no Código. Para ser pública condicionada também deve estar expressa e quando não falar nada ela é PÚBLICA INCONDICIONADA. 
Não poderá errar o tipo da ação – se for privada deve dizerque é mediante queixa, se for condicionada, tem que está escrito, pois se não estiver, caio na regra da pública incondicionada. 
* Ação penal privada
- Titular: querelante. Art. 30º.
- Peça inicial acusatória: queixa; queixa-crime. Não se faz na delegacia, é dirigida ao juiz. Se representa e não entregue ao delegado, tecnicamente falando.
- Espécies
- Personalíssima: art. 236º, CP. Somente o ofendido pode ingressar com a ação. Crime: induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento. Art. 1521, CC. Por exemplo, a pessoa cada com a outra sem saber do impedimento. E nesse caso só a vítima pode ingressar com a ação e se o indivíduo morrer, o processo morre junto.
- Exclusivamente privado: regra geral da ação privada. Art. 145º, CP. Se o ofendido morrer – conjugue, ascendente, descendente, irmão, pode substituir. Todos os demais crimes.
- Privada subsidiária da pública: também é exceção. Art. 29º, CPP. Legitimidade ativa concorrente. A ação deixa de ser pública e passa a ser privada subsidiária da pública. Só exerce quando o MP deixar de oferecer a denúncia dentro do prazo legal.
Condições de Procedibilidade
Representação do Ofendido: é a manifestação inequívoca do ofendido ou do seu representante legal, autorizando o MP a ingressar com a respectiva ação penal. (O ofendido tem 6 meses para apresentar a denúncia contado do dia do conhecimento da autoria do crime). 
- Forma – Art. 39, CPP
- Prazo – 6 meses, Art. 38, CPP
2) Requisição do Ministro da Justiça: é um ato político e discriminatório do Ministro da Justiça pelo qual autoriza o MP a propor a ação penal pública nas hipóteses legais. (Não tem prazo para fazer a requisição, mas respeita-se a prescrição do crime. 
- Conceito
- Prazo (não tem).
- Hipóteses – Art. 145, § único, CP; Art. 7, §3º, c, CP
Ação Penal nos Crimes Contra a Dignidade Sexual
- Previsão Legal – Art. 225, CPP
- Regra – Ação Penal Pública Condicionada à representação do ofendido
- Exceções: ação pública incondicionada
- Menor de 18 anos; 
- Vulnerável, Art. 217, a, §1º, CP;
Ação Penal nos Crimes Contra Honra
(Se houver lesão corporal grave ou gravíssima, a ação será pública incondicionada).
- Revisão Legal – Art.145, CP
- Regra – Art. Ação Penal Privada (queixa)
- Exceções - Pública Condicionada a Representação do Ministro da Justiça
- Pública Condicionada com representação do ofendido (art. 145º, § ú., CF).
Particularidade da Ação Penal Privada
- Renúncia – Artes da Propositura da Ação; ato unilateral; (a renúncia do direito de queixa se estenderá a todos os autores do crime, não pode escolher processar um ou outro (art. 49º, CP). Pode ser expressa ou tácita (art. 104º, CP). Parágrafo único 104: entende-se renúncia tácita, quando, por exemplo, a vítima casa com o agressor. 
- Perdão – Após a propositura da ação; ato bilateral; (ocorre depois da propositura da ação. O acusado deve aceitar o perdão (arts. 105º e 106º, CP).
*A desistência da ação deve ocorrer antes da sentença, é ato unilateral).
- Perempção: desinteresse do querelante na ação (art. 107º, IV, CP; art. 60º, CP). 
Jurisdição 
Conceito - É função estatal exercida pelo poder judiciário consistente na aplicação de normas jurídicas a um caso concreto, com a consequente solução do conflito. 
Princípios
Juiz natural – O juiz natural é somente aquele integrado no Poder Judiciário, com todas as garantias institucionais e pessoais previstas na Constituição Federal.  Art. 5º, XLIII, CF/88;
Devido Processo legal – Não pode perder a liberdade senão pelo devido processo legal, ou seja, existem uma série de normas princípios e regras que o estado deve levar em consideração para retirar a liberdade ou propriedade de alguém, Art. 5º, XLIV, CF/88;
Inércia – O juiz não age de oficio, é preciso haver provocação, uma denúncia ou queixa, pelo MP ou por um particular, respectivamente. 
Indelegabilidade - A atividade jurisdicional é uma atividade exclusiva do poder judiciário, não pode o juiz delegar sua jurisdição a outro órgão, com exceção de alguns artigos como Art. 52, I e II, CF/88;
Investidura – Em resumo, ele precisa estar em pleno exercício sem nenhum impedimento; A pessoa não investida na autoridade de juiz não poderá desfrutar do poder de julgar. Consequentemente, estará impossibilitada de validamente desempenhar a função jurisdicional, sob pena de, se assim o fizer, serem declarados nulos o processo e a sentença, sem prejuízo de o pseudojuiz responder criminalmente pelo delito de usurpação de função pública, previsto no artigo 328 do Código Penal.
Improrrogabilidade – A jurisdição não se prorroga, o juiz não pode atuar na parcela jurisdicional de outro juiz, ou seja, tem que estar dentro dos seus limites; o princípio da improrrogabilidade veda ao juiz o exercício da função jurisdicional fora dos limites delineados pela lei. Assim sendo, não poderá o crime de competência de um juiz ser julgado por outro, mesmo que haja anuência expressa das partes, sob pena de nulidade. 
Inevitabilidade – Obrigatoriamente deve haver interesses diversos, opostos, um polo busca a absolvição e o outro a condenação; o juiz deve decidir qual rumo deve tomar, absolvendo ou condenando o réu. A lide, uma vez levada ao judiciário, não poderá às partes impedir a decisão do juiz. Existindo uma decisão as partes devem cumpri-la, independente da satisfação das partes sobre ela.
Indeclinabilidade – O juiz não pode se negar a julgar o processo por motivos particulares, Art. 5º, XXXV, CF/88; o juiz não pode subtrair-se da função jurisdicional, sendo que, mesmo havendo lacuna ou obscuridade na lei, deverá proferir decisão (art. 126, CPC).
Aderência ao território – A jurisdição só pode ser exercida de forma plena dentro do território do país (em regra). Exceção: Ação de pensão ALIMENTICIA SUA DESGRAÇA, se o réu foge para outro país, por meio de carta rogatória ele é intimado e pode ser até ser extraditado para responder ao processo aqui. 
Competência
Conceito – Competência fixa os limites dentro dos quais o juiz pode exercer a jurisdição. É a permissão legal para exercer uma parcela da jurisdição. 
Competência absoluta – Envolve interesse público, significa que ela tem que ser reconhecida de oficio, não se prorroga, não se transfere, uma violação a essa competência gera nulidade absoluta. A parte que foi prejudicada ela não tem prazo para alegar essa violação, já que esse ato não vai poder se convalidar. Mesmo depois do transito em julgado, pode-se reclamar e anular todo o processo.
Competência Relativa – Envolve interesse particular, admite prorrogação, se modifica, se um terceiro comete um crime em SD, mas por algum motivo é denunciado em barreiras, ele tem prazo para alegar essa incompetência relativa, se não fizer isso dentro do prazo esse ato se convalida. Se acabado o prazo sem que ele reclamasse, não poderá mais reclamar. 
Critérios de Fixação de Competência, Art. 69, CPP.
Regra Geral – Art. 70, CPP, Teoria do Resultado;
Lugar de infração – Onde o ato foi consumado.
Espécies de Competência
Ratione Materiae – é necessário verificar a natureza do crime investigado, vale dizer, se o respectivo julgamento concerne à jurisdição especial (eleitoral, militar ou trabalhista) ou à jurisdição comum (federal ou estadual).
Ratione Personae – Prerrogativa de função, enquanto eu estou exercendo aquela função eu tenho aquele direito. Em função da pessoa
Ratione loci – Competência em razão do lugar, Art. 70, CPP. Em razão do domicílio das partes, do lugar da coisa, da prática do ato jurídico, da realização do negócio ou de sua execução. Vide competência territorial.
Competência Funcional – Dentro de um mesmo órgão jurisdicional pode haver tarefas diferentes, funções diversas, mas um não pode cumprir a função do outro. O juiz não pode fazer o papel de escrivão e vitória-versa. 
Justiça Competente
Especiais
Militar - Códigos e crimes específicos;
Eleitoral - Códigos e crimes específicos;
Trabalhista - Ordenamento específico;
Política – Art. Especifico da constituição (crimes de responsabilidade)
ComunsFederal – Art. 108 e 109, CF – apuração das infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesses da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções penais e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral.
Estadual – competência residual, abarcando tudo aquilo que não for de competência das jurisdições especiais e da jurisdição comum federal.
Foro competente
Estadual
1º instancia – Comarca;
2º instancia – Estado – TJ. Todas as comarcas estão sujeitas ao TJ do seu respectivo estado;
Federal 
1º instancia – Seção Judiciária, ou subseção;
2º instancia – Região – TRF;
Regras Especiais
Homicídio Plurilocal Doloso – Envolve mais de uma comarca, mais de um foro, entre ação, omissão e produção de resultado, como por exemplo um sujeito atira em alguém em SD, foge e some. A vítima vem para barreiras ser socorrido e por causas dos ferimentos vem a óbito. Segundo a doutrina o processo deve ocorrer em SD, já que lá é onde ocorre a ação/omissão, é onde está a facilidade de produção de prova (onde há as testemunhas, onde está o local da ação), abre-se mão, então, da Teoria do resultado em troca do local onde ocorreu a ação ou omissão.
Fraude no pagamento por meio de cheque – Sum. 244, STJ e Sum. 521, STF;
Estacionamento mediante falsificação de cheque – Sum.48, STJ – No local onde obteve vantagem ilícita com o cheque falsificado;
Infrações e menor potencial ofensivo – Art. 63, Lei 9.099/95; 
Apropriação Indébita – Art. 168, CP. A doutrina entende que o processo deve correr no juízo de onde deveria ocorrer a prestação de contas;
Crime e Formas (Mera Conduta) – Não interessa o resultado naturalístico, só o local da ação e omissão, aqui o resultado é mero exaurimento, como o crime de ameaça, porte ilegal de arma, extorsão mediante ligação telefônica;
Crime de falso testemunho mediante precatória – Testemunha não pode mentir ou calar-se durante interrogatório. O processo deve correr onde ocorreu o resultado, ocorreu a oitiva (deprecado); 
Crimes Permanentes – Crime que se protrai no tempo, se prolonga no tempo, como o sequestro, o autor está sempre em consumação do ato enquanto estiver em poder da vítima, Art.71, CP;
Crime que se consuma na Divisa entre duas comarcas – Art. 70, §3º, CPP (ATENTAR-SE PARA A DIFERENÇA COM O ITEM 8.8.); 
Crime à distância – Envolvem dois ou mais países, a execução começa em um país e termina em outro (não necessariamente precisa ter resultado naturalístico, se ele começou a execução já configura). Segundo o ordenamento jurídico o processo deve correr onde ocorreu o último ato de execução NO PAÍS. Art. 70, §1º e §2º, CPP;
Crime praticado por Brasileiro no Exterior – Art. 88, CPP. Processo corre onde o resultado deveria ocorrer, independente se ocorreu resultado ou não. Se o crime for tipificado aqui no país também, eles respondem pelo crime em si, se cometeram um crime fora que não é tipificado aqui se vier para cá não responderá por crime algum, mas se for pego lá, será julgado lá. Se for extraditado responderá no local do seu último domicilio no país. Se nunca houve residência no país, responderá na capital do país; 
Crime praticado a bordo de embarcação – Art. 89, CPP. Há duas alternativas, ele saindo do Brasil indo para o exterior e ele saindo do exterior e vindo para o Brasil. Se sai do Brasil para o exterior o local competente é o local de onde a embarcação partiu, ou seja, o ultimo porto em que estava atracado no país. Se o contrário, o foro competente é onde em primeiro lugar tocou o território nacional; 
Domicilio a Residência do Réu
Art. 72, CPP; 
Domicilio;
Vários Domicílios – Pode ser processado em qualquer dos foros onde há domicilio. Art. 71, CV;
Domicílio Ignorado – Será processado onde for encontrado; 
Competência em razão da matéria (Regra especifica afasta a geral)
Comum
Estadual – Competência residual, tudo o que não for federal, eleitoral e militar vem para a justiça estadual; 
Federal – Art. 109 CF/88;
Especial
Eleitoral – Deve estar descrito, deve ser expresso de forma especifica no ordenamento. Ex.: Código Eleitoral
Militar - Deve estar descrito, deve ser expresso de forma especifica no ordenamento. Ex.: Código Penal Militar
Competência em razão da prerrogativa da função - 
Garantia inerente à função - Enquanto a pessoa estiver investida na função. O acusado será processado pelo crime, porém não pelo juiz singular, mas sim por um órgão colegiado. 
Lei 8.038/90 – Estabelece o como o processo se dá tanto no STF quanto no STJ. 
STF – Quando há o tempo “originariamente” vai direto para o STF; Art. 102, I, b, c, CF/88
STJ – Quando há o tempo “originariamente” vai direto para o STJ; Art. 105, I, a, CF/88; 
Fixação de Competência
Prevenção – Ocorre a prevenção quando dois ou mais juízes forem igualmente competentes, e um dele anteceder aos outros na pratica de um ato ou medida, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou queixa. 
Atos que geram prevenção – Decretação de prisão preventiva; Decretação de prisão temporária; Decretação de busca e apreensão; Concessão de fiança;
Distribuição
Sorteio - 
Modificação da Competência
Conexão
Intersubjetiva
Por simultaneidade - Ocorre quando duas ou mais infrações houverem sido praticadas por duas ou mais pessoas, sem vínculo subjetivo, ao mesmo tempo. Ex.: Na saída da Fasb, vem um caminhão carregado de lata de cerveja 
Por Concurso – Ocorre quando duas ou mais infrações houverem sido praticadas por duas ou mais pessoas com vinculo subjetivo, apesar de diversos o tempo e o lugar. Assalto a PROSSEGUR: Houveram vários crimes em vários lugares em tempos diferentes. 
Por reciprocidade – Ocorre quando duas ou mais infrações houverem sido praticadas por duas ou mais pessoas umas contra as outras. Ex.: Briga de torcida. 
Objetiva – Art. 76, CPP;
Teleológica – Ocorre quando duas ou mais infrações houverem sido praticadas para assegurar a execução de outra infração. Pratica um crime meio para ter um crime fim. 
Consequencial – Ocorre quando duas ou mais infrações houverem sido praticadas para garantir a ocultação de outra, garantir a impunidade ou para assegurar vantagem. 
Instrumental ou Probatória –Ocorre quando a prova de uma infração penal, ou quaisquer de suas circunstancias elementares, interferir na prova de outra infração penal.
	CRIME 1
	CRIME 2
	FURTO
	RECEPTAÇÃO
	A coisa alheia móvel é prova tanto para o crime 1 quanto para o crime 2, ou seja, a prova do crime 1 interfere no crime dois e vitória-versa. Por esse motivo ambos os crimes terão de ser julgados no mesmo processo.
Continência – Art. 77, CPP;
Subjetiva – Se configura quando duas ou mais pessoas forem acusadas pelo mesmo crime (concurso de agentes);
Objetiva – São várias ações, porém consideradas um único delito pelo direito penal
Em concurso formal – Art. 70, CP (primeira parte). Que nada mais é que praticando uma única conduta, comete mais de um crime (explodir uma bomba em um local com muita gente, muitas mortes, muitas lesões);
Por aberratio ictus – Art. 73, CP (parte final). Com uma única conduta produz dois resultados diferentes. Por um erro na execução com uma única conduta se produz resultado duplo;
Aberratio Criminis – Art. 74, CP (parte final). Aqui ocorre o resultado diverso do pretendido e produz, mesmo assim, outros dois crimes;
Concurso entre Jurisdições – Art. 78, CPP. Continência ou conexão, sempre que há vínculo entre os sujeitos da ação criminosa e poderá existir um concurso entre jurisdição, instâncias, naturezas diferentes e qual prevalecer? Todo crime doloso contra a vida será processado no Tribunal do Júri e todos os crimes a ele conexo (que pertence a jurisdição comum atribuídos para a jurisdição especifica);
Julgamento em Separado – Art. 79, CPP. Em regra, se tiver conexão e continência, se processa junto, SALVO entre o concurso de justiça comum e militar;
Separação Facultativa – Art. 80, CPP. Juiz quem decide se separa ou não, optará por isso quando as infrações tiverem sido praticadasem locais e/ou tempo diferentes for excessivamente grande o número de acusados, por motivo relevante o juiz julgar conveniente;
Prisões – Arts. 282 a 350, CPP;
Conceito - Consiste na privação da liberdade de locomoção, mediante clausura, decretada por ordem escrita e fundamentada da autoridade competente ou decorrente de flagrante delito;
Espécies;
Prisão Pena – Prisão definitiva. Esta modalidade de prisão é aquela que acontece após o transito em julgado de sentença condenatória, ou seja, irrecorrível;
Prisão Processual – Todas aquelas prisões cautelares, provisórias que ocorrem até o transito em julgado da sentença.
Preventiva;
Temporária;
Em razão da pronuncia;
Prisão Civil – Art. 5º, LXVII, CF (SÓ PODE PRENDER ASSIM SE FOR NÃO PAGAMENTO DE PENSÃO ALIMENTICIA);
Mandado de Prisão – A ordem que é emanada da autoridade competente para prender alguém. Será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade competente. O mandado deve designar, o nome ou sinais característicos da pessoa a ser presa, a infração penal que motivou a prisão, o valor da fiança (se for afiançável) e será dirigido a quem tenha qualidade para executa-la. A execução do mandado ocorrerá em qualquer dia e horário, respeitadas as regras da inviolabilidade do domicilio. Art. 285, CPP. 
Prisão em Domicilio ou em Perseguição – Não pode fazer a prisão entre as 18h e as 06h da manhã, nem com mandato, a não ser que seja em perseguição;
PRISÃO ESPECIAL –Tratamento diferenciado para algumas pessoas, e esse tratamento perdura até a sentença condenatória transitada em julgada. Se houver necessidade de prender o indiciado, ele será encarcerado em um local diferente do preso comum, Art. 295, CPP. 
Prisão em Flagrante;
Conceito - É medida restritiva da liberdade, de natureza processual e cautelar, independente de ordem escrita e fundamentada da autoridade competente, daquele que é surpreendido enquanto comete o acaba de cometer a infração penal;
Espécies;
Próprio – Art. 302, I, II, CPP;
Impróprio – Art. 302, III, CPP. O suspeito pratica o crime e se evade do local, foge, e logo após cometer o crime, no momento da fuga, ele é perseguido, seja por autoridade policial ou qualquer pessoa do povo. Esse “logo após” não é definido pelo CPP, ou seja, se for perseguido por um mês, ele ainda poderá ser preso, mas interrompendo a busca, não há mais como declarar prisão em flagrante;
Presumido – Art. 302, IV, CPP. O suspeito é encontrado com objetos, sejam quais forem, que faça presumir que ele é o autor da infração penal;
Obrigatório – Art. 301, CPP. A autoridade policial tem o dever, a obrigação de efetuar a prisão em flagrante;
Facultativo - Art. 301, CPP. Nesse caso, qualquer cidadão pode efetuar esse tipo de flagrante, sendo mais especifico, nós, que não somos autoridade policial, tempos a faculdade de escolher se declaramos a prisão em flagrante ou não;
Prorrogada – Não estão descritos no CPP. Quando o policial se infiltra, por policiais, em atividade de investigação. Lei 12.850/13, Art. 3º, VII e 11º. 
Preparado - 
Etapas da prisão em flagrante;
Comunicação dos Direitos – A autoridade policial tem que falar a quem está sendo preso que ele tem o direito de comunicar a família, o advogado e até permanecer calado. Quem está sendo preso tem que saber qual autoridade está efetuando a prisão;
Oitivas – Durante o processo de produção do auto de flagrante ouve-se primeiro o condutor, depois o delegado ouve duas testemunhas (não precisa ser necessariamente testemunhas do fato ocorrido) a fim de que garanta a licitude do auto de flagrante, em seguida, se possível ouve a vítima. A próxima etapa é o interrogatório do preso;
Interrogatório – Interroga-se o preso;
Entrega da Nota de Culpa – É entrega ao preso um documento com todas as informações sobre a prisão, data, local, motivo. Deve ser entregue ao preso em até 24h após a prisão. Se não for entregue o flagrante se torna ilegal, cabendo a defesa contestar essa prisão;
Comunicação ao juiz – Art. 310, CPP. Todas as prisões em flagrante devem ser imediatamente comunicadas ao juiz. Como é feito? Todos os flagrantes lavrados até as 17h da tarde são encaminhadas ao fórum, após esse horário só no próximo dia (IMPORTANTE, ISSO NÃO DEVERIA ACONTECER, MAS É COMO NORMALMENTE OCORRE NOS FORUNS/DELEGACIAS). Por que isso ocorre? Desde 2016 há uma resolução (213, CNJ) que regulamentou a audiência de custódia, O PRESO DEVE SER OUVIDO EM ATÉ 24H, é lei;
Audiência de Custódia – Resolução 213, CNJ, define que o juiz deve ser ‘avisado’ sobre todos os flagrantes ocorrido em até 24horas;
Prisão preventiva – Depois que o juiz confirma a licitude do flagrante, ele declara a prisão preventiva;
Conceito – É modalidade de prisão processual, cautelar que pode ser decretada, tanto na fase investigatória, quanto durante a ação penal até a sentença definitiva; 
Legitimidade – PERDEU PQP;
Pressupostos – Não obedecendo os pressupostos para a prisão preventiva, o juiz deve liberar o preso, com ou sem fiança;
Prisão Temporárias;
Lei 7.960/89;
Pressuposta;
Prisão Preventiva – 
Conceito - 
Legitimidade
Pressupostas
Fumus boni Iuris
Materialidade + Autoria
Periculum in Mora
Ordem Pública
Ord	em Economia
Instrução Processual
Aplicação da Lei Penal
Prisão Temporária – É a prisão cautelar, que somente pode ser decretada durante o inquérito policial, por representação do MP ou da autoridade policial. 
Lei 7960/89
Legitimidade
Prazo - Em regra, 5 dias, prorrogável por mais 5.
Hipóteses
Imprescindível
Falha de Residência
Crimes – Rol
Prisão em Flagrante
Prisão Preventiva
Prisão Temporária
Liberdade Provisória;
Conceito – É uma contracautela, que deve vigorar até o transito em julgado da sentença condenatória, quando haverá a execução definitiva da pena, aplicada em caso de condenação, ou então a liberdade definitiva em caso de absolvição;
Crimes Inafiançáveis;
Arts. 323 e 324, CP – Terrorismo, Tortura, Trafico, Crimes hediondos, Crimes praticados por grupos armados, ou quem já tenha quebrado a fiança num processo ocorrido anteriormente, no caso de prisão civil (pensão alimentícia) e militar (crimes específicos) e prisão preventiva. Em todas essas situações não são aceitáveis o pagamento de fiança;
Fiança – Não é só monetária, pode ser paga de outras maneiras. A fiança é um calção que pode ser paga de várias formas, não só em dinheiro, com o intuito de garantir ao indiciado que responda o processo em liberdade. Vem para garantir o cumprimento das obrigações processuais por parte do réu ou indiciado, podendo ser prestada por terceiro, nas modalidades de deposito ou hipoteca; 
Obrigações sob pena de Quebramento – Comparecimento a todos os atos de que for intimado (caso falte deverá ser justificada), obrigação de comunicar o juízo qualquer mudança de endereço, facilitando o encontro do mesmo, sendo endereço profissional ou de domicilio, não se ausentar da comarca por mais de oito dias sem autorização do juiz; 
Valor da fiança – Arts. 325 e 326, CPP;
Reforço da Fiança – Em algumas situações é necessário o reforço da fiança, quando a fiança for tomada por engano (valor insuficiente), quando houver inovação na classificação do delito, quando houver depreciação do objeto da fiança;
Cassação – Arts. 338 e 339, CPP;
Quebra – Perde a metade do valor da fiança, ou seja, não conseguirá reaver metade do valor, por não cumprir as obrigações, pode também ser preso e impossibilidade de pagar nova fiança no mesmo processo;
Medidas Cautelares;
Art. 319, CP -;
Questões Prejudiciais 
Conceito – A questão prejudicial põe uma decisão prévia como condição necessária ao exame do mérito. É uma controvérsia que se coloca no curso de um processo, a respeito da qual depende a existência da infração penal, e por tal razão deve ser decida pelo juiz antes de julgar o processo principal.
Características
Anterioridade Lógica – Primeiro decide-se o resultado da questão prejudicial e só depois dar-se-á um resultado no processo principal. 
Necessariedade – A questão prejudicial sempre subordina o examedo processo principal. Influencia-se diretamente no mérito. 
Autonomia – Há autonomia entre o processo principal e a questão prejudicial, tanto que ambas são de esferas diferentes da área de direito. Apesar da influência exercida uma sobre a outra, elas são autônomas. 
Espécies – 
Obrigatórias (Estado Civil) – Art. 92, CPP. Quando a questão principal tratar de Estado Civil, a questão prejudicial é obrigatória, ação de alimentos, estado civil de casamento, dentre outras situações. Caberá 
Facultativas - Art. 93, CPP. – Todas as questões principais que não envolverem a esfera cível não há necessidade de suspenção do princípio. Ficará a cargo do juiz se escolhe ou não esperar a questão judicial ser terminada. É cabível de recurso tanto na obrigatória quanto na facultativa;
Exceções (Arts. 97 e 111, CPP)
Conceito – É uma forma de defesa indireta com o objetivo de extinguir ou de retardar o exercício da ação penal. Na exceção geralmente o réu tenta impedir a ação, o titular da ação ingressa com a ação requerendo determinada pretensão, e o réu, dentro das matérias de defesa possível ele tenta retardar a continuidade do processo. Não se ataca diretamente o mérito, se ataca pressupostos processuais ou condições da ação.
Espécies
Peremptórias – São aquelas que tem o objetivo de gerar a extinção da ação, como por exemplo a litispendência, a coisa julgada;
Dilatórias – Pretende apenas estender, atrasar o curso da ação penal, alongado o processo, como por exemplo a suspeição;
Exceção de Suspeição
Conceito – Se refere a 
Art. 25, CPP;
Proibido Venire Contra Factum Proprio - Art. 256. Não pode se beneficiar da sua própria torpeza. Não pode provocar a exceção de suspeição de propósito;
Processamento
Por petição – Se inicia por petição assinada pela própria parte ou procurador com poderes especiais. Deve conter o motivo do pedido de suspeição acompanhado de provas documentais e/ou testemunhais. 
Excepiente – É quem vai arguir a exceção, é quem pede a suspeição, é o termo técnico a quem pede a suspeição; 
Excepto – É contra quem está arguindo a exceção, é a parte interessada que está se opondo;
- Quando o Juiz reconhece 
- Quando o Juiz não Reconhece
Exceção de Incompetência do Juízo
Competência – Ordem pública
Perante o próprio juiz
Incompetência Absoluta
Incompetência Relativa
Prazo p/ arguição
Procedimento
Petição – Escrita ou Oral
Autuada em apartado
Ouve-se o MP
Juiz Decide
Pela Procedência
Pela Improcedência
Exceção de Ilegitimidade de Parte
Partes Ilegítimas 
Ilegitimidade AD causam
Ilegitimidade AD processum
Exceção de Litispendências e coisa julgada
NE BIS IDEM
Litispendência
Coisa Julgada
Incidente de Insanidade Mental
Dúvida sobre a saúde mental do Acusado
Legitimidade 
Procedimento
Teoria Geral das Provas
Da prova
Conceito – É todo elemento trazido ao processo, destinado a comprovar a realidade de um fato, a existência de algo ou ainda a veracidade de uma afirmação. 
Objeto de Prova 
Classificação das Provas
Direta - É aquela que se refere diretamente ao fato descrito na inicial acusatória. Como por exemplo, a testemunha ocular que presenciou o crime. 
Indireta – É a prova que não se refere ao fato.
Pessoal – É aquela que é derivada de uma pessoa, testemunha, interrogatório do acusado;
Documental – Todo e qualquer tipo de documento, seja foto, contrato, carta, gravação, filmagem. 
Material - 
Plena - 
Não plena – Apenas se refere a um juízo de probabilidade
Meios de Prova
Nominados – São os que estão expressos no CPP
Inominados – São outros meios lícitos que não estão presentes na legislação.
Sujeito das Provas - 
Princípios
Comum não das provas - 
Audiência contraditória – Para toda prova juntada no processo, tem que ser dada a oportunidade, dentro de um prazo, da parte contraria produzir uma contraprova 
Liberdade dos meios de provas
Ônus da Prova – Obrigação, dever de provar a acusação. 
Sistemas
Convicção intima – O juiz poderia jugar, mas sem precisar fundamentar
Prova legal – Existia uma tabela com a valoração das notas
Livre Convencimento Motivado – O juiz tem liberdade de produzi provas, mas ,obrigatoriamente, fundamentando a decisão, seja para condenar ou absolver.

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