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O ESTUDO DAS EMOÇÕES

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1 
 
 
 
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU / Unidade Belém 
Curso de Psicologia 
Professor (a): Eliana Cavalcante Maués Santos 
 
 
O ESTUDO DAS EMOÇÕES 
 
Resumo: O presente artigo incidiu sobre o estudo das Emoções, descrevendo 
de forma breve, os principais tópicos sobre o tema. A elaboração desse 
trabalho tem como objetivo, uma breve abordagem sobre algumas teorias das 
Emoções, a descrição de algumas definições e classificações das emoções, 
bem como alguma de suas funções. 
 
Palavras-Chave: Emoções, Definições, Classificação, Teorias das emoções. 
 
Introdução 
As emoções tem sido um tema de muitas pesquisas ao longo dos últimos anos, 
e o seu estudo vem se tornando importante devido à necessidade cada vez 
maior de compreender e controlar as atuais patologias associadas ao aspecto 
emocional. Por ser um tema presente e marcante na vida humana, esse 
assunto sofreu um grande avanço nos últimos anos e seu estudo constitui um 
domínio particularmente interessante nas áreas Sociais e Humanas. 
A Psicologia diz que o ser humano traz ao nascer algumas emoções básicas 
como o medo, a tristeza, a raiva e a alegria. Todas elas têm uma função 
importante em nossas vidas, principalmente no que diz respeito à 
sobrevivência da espécie. O estudo das emoções tem sido um assunto 
apaixonante e envolvente, apresenta diversas reflexões, que apontam a 
emoção numa interação relacional humana, ou seja, das emoções como 
processo adaptativo da pessoa ao ambiente, bem como um processo 
adaptativo do homem aos contextos dinâmicos sociais. As emoções foram 
ignoradas por muito tempo, até mesmo por filósofos e pesquisadores das 
ciências em detrimento da razão ou do pensamento lógico. Elas eram 
consideradas processos menos importantes, primitivos e até mesmo 
indicadores patológicos. 
 
Objetivo 
O presente artigo tem por objetivo uma breve revisão sobre o estudo das 
Emoções, os tópicos que considero essenciais para uma abordagem 
2 
 
introdutória, a fim de fornecer contributos para um referencial teórico, 
localizando reflexões sobre as temáticas das emoções, bem como uma revisão 
de conceitos das mesmas e uma sucinta análise das principais teorias da 
Emoção. 
 
1 Definições De Emoção 
Como pode ser entendida a emoção? Pinto defende: 
A emoção é uma experiência subjetiva que envolve a pessoa toda, a mente e o 
corpo. É uma reação complexa desencadeada por um estímulo ou pensamento 
e envolve reações orgânicas e sensações pessoais. É uma resposta que 
envolve diferentes componentes, nomeadamente uma reação observável, uma 
excitação fisiológica, uma interpretação cognitiva e uma experiência subjetiva 
(2001). 
 
Por seu lado, Goleman disse: 
Quanto a mim, interpreto emoção como referindo-se a um sentimento e aos 
raciocínios aí derivados, estados psicológicos e biológicos, e o leque de 
propensões para a ação. Há centenas de emoções, incluindo respectivas 
combinações, variações, mutações e tonalidades (1997). 
Uma definição de emoção, numa simplificação do processo neurobiológico, 
conforme Damásio diz que consiste numa variação psíquica e física, 
desencadeada por um estímulo, subjetivamente experimentada e automática e 
que coloca num estado de resposta ao estímulo, ou seja, as emoções são um 
meio natural de avaliar o ambiente que nos rodeia e de reagir de forma 
adaptativa (2000). 
 
1.1 - Emoções e Sentimentos 
Verifica-se que muitas vezes, uma confusão conceitual entre sentimentos e 
emoções, pois são dois processos que se relacionam, no entanto são 
diferentes entre si, e são usados de certa forma como se fosse o mesmo 
conceito. 
Segundo Damásio, o que distingue essencialmente sentimento de emoção é: 
enquanto a primeira é orientada para o interior, o segundo é 
eminentemente exterior; ou seja, o indivíduo experimenta a emoção, da 
qual surge um “efeito” interno, o sentimento. Os sentimentos são gerados 
por emoções e sentir emoções significa ter sentimentos. Na relação emoção / 
sentimento, Damásio diz ainda que apesar de alguns sentimentos estarem 
relacionados com as emoções, existem muitas que não estão, ou seja, todas 
as emoções originam sentimentos, se estivermos atentos, mas nem todos os 
sentimentos provêm de emoções (2000). 
3 
 
 
2 Classificação Das Emoções 
Na classificação das emoções, Antonio Damásio as divide em primárias e 
secundárias. As primárias são inatas, evolutivas e partilhadas por todos, 
enquanto as secundárias são sociais e resultam da aprendizagem. 
 
2.1 Emoções Primárias: o medo, a raiva, a tristeza e a alegria. 
Para Ballone as emoções primárias são inatas e estão ligadas à vida instintiva, 
à sobrevivência. Haverá concomitante contração generalizada dos músculos 
flexores, sendo possível adotar-se uma atitude regressiva fetal, 
vasoconstricção periférica, palidez da face e esfriamento das extremidades, 
com brevíssima parada dos movimentos respiratórios e dos batimentos 
cardíacos (2005). 
 De acordo com Abreu, as emoções primárias podem ser adaptativas ou 
desadaptativas. Emoções Primárias Adaptativas são: raiva, tristeza e medo. 
Tais emoções possuem uma relação com a sobrevivência e ao bem-estar 
psicológico. São aquelas rápidas quando aparecem e mais velozes ainda 
quando partem. As Emoções Primárias Desadaptativas, são as emoções das 
quais as pessoas lamentam tê-las expressado de maneira tão intensa ou 
equivocada e frequentemente se arrependem (2005). 
 
2.2 Emoções Secundárias (ciúme, inveja, vergonha) 
São estados afetivos de estrutura e conteúdos mais complexos que as 
primárias. Na realidade as Emoções Secundárias, embora levem o nome de 
"emoções", já se constituem em Sentimentos Sensoriais. 
Abreu afirma que: 
As emoções secundárias são aquelas que, ao atingirem a amídala e 
produzirem uma emoção, sofrem a influência e o possível domínio do córtex 
cerebral, mudando sua natureza primária. Neste sentido, estas emoções 
tornam-se respostas ou evitações (intelectualizadas) às emoções primárias 
(2005). 
 
Diz ainda Abreu: 
As emoções secundárias tornam-se então uma categoria de emoções usadas 
pelo indivíduo para se proteger das primárias que muitas vezes são 
vergonhosas, ameaçadoras, embaraçosas ou dolorosas por natureza. Por 
exemplo: uma pessoa pode estar se sentindo deprimida, mas sua depressão 
pode estar encobrindo um sentimento primário de raiva. Aparecem 
frequentemente quando ocorrem as tentativas (fracassadas) de controle ou 
4 
 
julgamento das emoções primárias – ou seja, quando se procura evitar ou 
negar aquilo que se está sentido, acaba-se por sentir-se mais mal ainda. É 
assim que se tornam desadaptativas, pois levam o indivíduo a se 
autodesorganizar (2005). 
 
3 Funções das Emoções 
Para Damásio a emoção tem duas funções biológicas: A primeira produz uma 
reação específica para a situação indutora e a segunda função é de 
Homeostase, regulando o estado interno do organismo, visando essa reação 
específica. Ou seja, as emoções são a forma que a natureza encontrou 
para proporcionar aos organismos comportamentos rápidos e eficazes 
orientados para a sua sobrevivência. 
De acordo com Newen, as emoções cumprem funções de grande 
importância. Podemos citar quatro delas: Prepara-nos e motiva-nos para 
ações; possibilita avaliarmos os estímulos do ambiente de maneira 
extremamente rápida, ajuda no controle das relações sociais; são formas de 
expressão típicas que indicam aos outros as próprias intenções (quando 
alguém sorri para nós, automaticamente supomos que tem uma postura 
amigável) (2009). 
Segundo Ballone, essas emoções são capazes de mobilizar o Sistema Nervoso 
Autônomo, órgãos e sistemas. Conclui-seque, as emoções influenciam a 
saúde não apenas em decorrência da psico-neuro-fisiologia, mas também 
através de suas propriedades motivacionais, através de condutas saudáveis, 
tais como os exercícios físicos, a dieta equilibrada, etc (2007). 
 
4 A Neurobiologia das Emoções 
As emoções são respostas neurológicas e fisiológicas a estímulos (externos e 
internos), coordenados pelo próprio pensamento que envolve as estruturas do 
sistema límbico. Os estudos na área neurológica vêm crescendo e as 
pesquisas têm confirmado a relação somática com o centro das emoções. 
Segundo Vaitsman 
A investigação do cérebro humano está ajudando a redefinir a origem das 
emoções e a contestar duas ideias estabelecidas. Uma dessas ideias diz que a 
personalidade é inteiramente formada no transcurso das experiências de vida. 
A outra garante que a origem de todas as nossas emoções está no 
inconsciente, ou seja, num conjunto de processos psíquicos que atuam sobre o 
comportamento, sem o controle da consciência (1998). 
De acordo com Vaitsman, os alicerces da vida emocional começam no cérebro 
e se estendem ao sistema imunológico. Pesquisas feitas pelos neurocientistas 
Antonio Damásio e Joseph LeDoux, indicam que a maioria das emoções - 
como a raiva e o medo - têm origem bioquímica. As pesquisas de LeDoux 
5 
 
sobre o funcionamento cerebral explicam, por exemplo, que alguém seja capaz 
de detectar o perigo antes mesmo que uma situação de ameaça aconteça. Isso 
significa que a reação bioquímica é anterior a emoção (1998). 
O ser humano possui em seu cérebro uma estrutura chamada de sistema 
límbico, responsável pelas emoções e sentimentos. O sistema límbico, quando 
recebe um estimulo, sensitivo (Audição, paladar, visão, olfato), envia essas 
“informações” para o tálamo e o hipotálamo que elabora respostas aos 
estímulos através do sistema endócrino e do sistema nervoso autônomo. 
Automaticamente produzem repostas, ativando esses sistemas, e então temos 
um estado, que são as emoções e sentimentos manifestos. 
Sistema Límbico é o nome dado às estruturas cerebrais que coordenam o 
comportamento emocional e os impulsos motivacionais e é formado por 
diversas estruturas localizadas na base do cérebro. 
De acordo com Ballone, os sentimentos e emoções, como amor, alegria, ódio, 
pavor, ira, paixão e tristeza tem origem no Sistema Límbico. Chama-se circuito 
de Papez a porção do Sistema Límbico relacionada às emoções e seus 
estereótipos comportamentais. Na década de 30, o neurofisiologista Papez 
propôs que componentes do Sistema Límbico mantinham numerosas e 
complexas conexões entre si. Este Sistema é responsável também pelo 
aspectos da identidade pessoal e por funções ligadas à memória (2005). 
 
5 Teorias das Emoções 
A emoção tem sido objeto de várias teorias formuladas desde a antiguidade, 
cada teoria é defendida por grupos de cientistas, que possuem grandes 
variações entre elas. De qualquer forma, conhecer algumas destas teorias é 
importante para nos ajudar a ter uma ideia geral das emoções. As emoções 
constituem um aspecto muito complexo do ser humano e são objetos de várias 
interpretações que se organizam em várias perspectivas. 
Algumas formulações tiveram início do século passado, e é interessante 
observarmos que a maioria delas tinha um caráter fisiológico, e também de 
forma evidente, nenhuma delas foi capaz de abordar todos os aspectos das 
emoções. 
5.1 Perspectiva Evolutiva Sobre as Emoções 
A primeira teoria sobre as emoções surge no Século XIX, em 1872, onde 
Darwin dedicou-se ao estudo das emoções, tanto no Homem como nos 
animais, chegando à conclusão de que as emoções ou a sua expressão, era 
algo inato a ambos. A fim de reforçar a ideia que já tinha de uma origem 
comum, levantou a questão da utilidade da expressão das emoções para a 
sobrevivência dos indivíduos. Darwin identificou seis emoções inatas ou 
universais - alegria, tristeza, surpresa, cólera, desgosto e medo, que serviriam 
como uma ferramenta para ajudar o indivíduo e a sua comunidade a 
6 
 
sobreviverem (através da observação dos sinais emitidos pela expressão das 
emoções). 
Segundo Rudge: 
Darwin considera que as expressões de emoções são um universal humano, 
assim como assinala certas similaridades entre a expressão emocional no 
homem e em outros mamíferos. Assim, visa indicar que o comportamento 
expressivo humano é, do mesmo modo que sua anatomia e fisiologia, fruto da 
evolução (2005). 
Rudge diz ainda que: 
Segundo Darwin, a expressão de emoções são movimentos e ações 
expressivos típicos, que se fixaram na espécie ao longo da evolução. Esses 
movimentos que foram repetidos inúmeras vezes, por serem úteis para obter 
gratificação ou alívio, tornaram–se tão habituais que se repetem quando a 
mesma sensação é sentida, mesmo quando sua utilidade não mais existe. Os 
movimentos pelos quais as emoções se expressam são involuntários, e os 
mais importantes deles são inatos e herdados. Entretanto, em momentos 
anteriores da evolução da espécie, eles foram executados muitas vezes 
voluntariamente e com um objetivo apropriado (2005). 
 
5.2 Perspectiva Fisiológica das Emoções 
No final do século XIX surgiu a primeira teoria das emoções, desenvolvida pelo 
psicólogo americano William James e pelo dinamarquês Carl Lange. 
Trabalhando de forma independente, os dois pesquisadores postularam que a 
característica central das emoções, ou seja, de nossa experiência subjetiva 
particular, está relacionada aos processos fisiológicos (NEWEN, 2009, p.38). 
Segundo Newen, na teoria James-Lange, as emoções são o resultado de 
estados fisiológicos desencadeados por estímulos ou situações ambientais. 
Eles postulam que não choramos porque estamos tristes, mas ficamos tristes 
porque choramos. Uma pessoa sente medo porque o seu corpo respondeu 
com determinadas reações fisiológicas a uma situação. A percepção do estado 
de nosso próprio corpo: são simplesmente aquilo que experimentamos quando 
esse estado se altera devido a acontecimentos do meio ambiente (2009). 
Resumindo, perante uma situação de emergência, primeiro o homem reage 
e foge e é por fugir que sente medo. De acordo com William James, o que 
diferencia as emoções é que cada uma delas esta relacionada a 
percepção de transformações corporais. Esta teoria é conhecida como 
teoria de James-Lange, porque essa mesma teoria era defendida por Carl 
Lange. 
James declarava que quando um indivíduo é afetado por um estimulo, sofre 
alterações fisiológicas perturbadoras, como falta de ar, palpitações, angústia e 
etc. O reconhecimento desses sintomas é que vai gerar emoção no indivíduo. 
7 
 
A teoria de James-Lange recebeu críticas do fisiologista Walter Cannon, que 
em 1927 propôs uma teoria alternativa, baseando-se nas investigações de 
Philip Bard. De acordo a teoria de Cannon-Bard, as emoções têm origem no 
cérebro, ocorrem ao mesmo tempo em que as reações fisiológicas, mas não 
são causadas por estas. Segundo essa Teoria, os estímulos emocionais têm 
dois efeitos excitatórios independentes: Provocam o sentimento da emoção no 
cérebro bem como a expressão da emoção no sistema nervoso autônomo e 
somático. Tanto a emoção como a reação a um estímulo seriam simultâneos. 
Assim, numa situação de perigo, o indivíduo perante um estímulo ameaçador 
sente primeiro medo e depois tem a reação física, foge. 
Segundo Ballone: 
Os neurofisiologistas Walter Cannon e Philip Bard formularam teorias sobre a 
importância das estruturas subcorticais na mediação entre as emoções e o 
resto do organismo. Pesquisando em gatos, eles observaram respostas 
emocionais integradas mesmo quando o córtex cerebral desses animais era 
removido,entretanto, não ocorriam respostas quando o Hipotálamo, que é uma 
estrutura subcortical, era removido (2005). 
 
5.2.1 Comparação das teorias sobre as emoções de Cannon-Bard e James-
Lange. 
Na teoria Cannon-Bard, o estímulo ameaçador produz em primeiro lugar um 
sentimento de medo, causando posteriormente no indivíduo, uma reação física 
(tremores, sudorese, dilatação da pupila e etc). De acordo com a teoria de 
James-Lange, o homem percebe um estímulo ameaçador e reage com 
manifestações físicas. O resultado dessa reação física desprazerosa, é o 
sentimento de medo. 
5.3 Perspectiva Cognitivista das Emoções 
As teorias cognitivistas afirmam que os processos cognitivos, como as 
percepções, recordações e aprendizagens, são fundamentais para se 
perceberem as emoções. Uma situação provoca uma reação fisiológica e 
procuramos identificar a razão (compreender) dessa excitação fisiológica de 
modo a nomear a emoção que lhe corresponde. 
Myers, diz que: 
A maioria dos psicólogos acredita hoje que a nossa cognição constituem um 
ingrediente essencial da emoção. Um desses teóricos é Stanley Schachter, que 
propôs uma teoria dos dois fatores, em que as emoções possuem dois 
ingredientes: excitação física e um rótulo cognitivo. Schachter presumiu que 
nossa experiência da emoção cresce a partir de nossa consciência da 
excitação do corpo. Como Cannon e Bard, Schachter também achava que as 
emoções são fisiologicamente similares. Assim, em sua opinião, uma 
experiência emocional exige uma interpretação consciente da excitação (1999, 
292). 
8 
 
Essa teoria é denominada de Teoria Bifatorial de Schachter-Singer, que 
resumindo diz que as emoções produzem estados internos de excitação e nós 
procuramos no mundo exterior uma explicação para isso. 
5.4 Perspectiva Culturalista das Emoções 
Segundo Pereira, a perspectiva Culturalista diz que as emoções são 
comportamentos apreendidos no processo de socialização. Cada cultura tem 
diferentes formas de exprimir as diferentes emoções. As emoções são uma 
construção social que exige aprendizagem e que, por isso, dependem da 
cultura em que o indivíduo está inserido. O tipo de emoções que se manifesta 
em cada situação, a forma como são demonstradas, e o conjunto de regras de 
cada cultura especifica é própria em cada cultura e para cada uma delas, há 
uma linguagem da emoção específica que é reconhecida por todos aqueles 
que nela estão inseridos. 
Segundo Casanova et alli, para os partidários da abordagem culturalista, a 
emoção é um papel social que aprendemos num certo tipo de sociedade, o que 
supõe que outras pessoas criadas em outros lugares sentirão e expressarão 
emoções diferentes (2009). 
 
Conclusão 
O estudo das emoções é muito importante com relação a nossa sobrevivência 
enquanto seres Humanos. Se não mantivermos nossas emoções bem 
estruturadas, nossas chances de sobrevivência ficam bem reduzidas. Somos 
seres com uma biologia elaborada e de emoções bem refinadas como 
altruísmo, solidariedade, compaixão. Mas é imprescindível que essas 
atividades emocionais sejam harmonizadas e equilibradas com o uso da 
racionalidade e do pensamento analítico e investigativo. Cultivando a tolerância 
e respeitando as diferenças individuais, a fim de termos um convívio pacífico, 
teremos todas as chances possíveis para sobreviver em épocas tão difíceis 
quanto as que nos aguardam no futuro. 
 
Referências: 
ABREU, Cristiano Nabuco de e-FILHO, Raphael Cangelli. A abordagem cognitivo-construtivista 
de psicoterapia no tratamento da anorexia nervosa e bulimia nervosa. Rev. bras.ter. 
cogn. [online]. 2005, vol.1, n.1, pp. 45-58. ISSN 1808-5687. 
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