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Projeto de rede aereas de distribuição urbana

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Projetos de Redes Aéreas Urbanas 
de Distribuição de Energia Elétrica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão 05 – 07/2015 
 
NORMA ND.22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELEKTRO Eletricidade e Serviços S.A. 
Diretoria de Operações 
Gerência Executiva de Engenharia, Planejamento e Operação 
 
 
 
 
 
Rua Ary Antenor de Souza, 321 – Jd. Nova América 
Campinas – SP 
Tel.: (19) 2122-1000 
Site: www.elektro.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ND.22 
 
Projetos de Redes Aéreas 
Urbanas de Distribuição de 
Energia Elétrica 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas – SP, 2015 
 
113 páginas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovações 
 
 
 
 
 
Giancarlo Vassão de Souza 
Gerente Executivo de Engenharia, Planejamento 
e Operação 
 
 
 
 
Frederico Jacob Candian 
Gerente de Expansão e Preservação de Redes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 4 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
 
 
 Página 5 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaboração 
 
 
Clarice Itokazu Oshiro 
José Carlos Paccos Caram Junior 
 
 
 
 
 
 
 
ND.22 
 
 
 
 
 Página 6 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À ELEKTRO é reservado o direito de modificar total ou parcialmente o conteúdo desta norma, a qualquer 
tempo e sem prévio aviso considerando a constante evolução da técnica, dos materiais e equipamentos 
bem como das legislações vigentes. 
 
 
 Página 7 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
ÍNDICE 
CONTROLE DE REVISÕES ............................................................................................................... 9 
1 OBJETIVO ................................................................................................................................. 11 
2 CAMPO DE APLICAÇÃO .......................................................................................................... 11 
3 DEFINIÇÕES .............................................................................................................................. 11 
4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ................................................................................................. 15 
4.1 Normas técnicas brasileiras .................................................................................................. 15 
4.2 Normas técnicas da ELEKTRO .............................................................................................. 15 
5 CONDIÇÕES GERAIS ............................................................................................................... 16 
5.1 Recomendações ..................................................................................................................... 16 
5.2 Roteiro para elaboração de projeto ....................................................................................... 16 
5.3 Levantamento dos dados preliminares ................................................................................. 17 
5.3.1 Características do projeto .................................................................................................. 17 
5.3.2 Planejamento básico ........................................................................................................... 17 
5.3.3 Planos e projetos existentes .............................................................................................. 17 
5.3.4 Mapas e plantas ................................................................................................................... 17 
5.4 Levantamento dos dados de carga ....................................................................................... 18 
5.4.1 Projeto de reforma de rede ................................................................................................. 18 
5.5 Determinação da demanda .................................................................................................... 19 
5.5.1 Projeto de reforma de rede ................................................................................................. 19 
5.5.1.1 Processo por medição ...................................................................................................... 19 
5.5.1.2 Processo estimativo ......................................................................................................... 20 
6 CONDIÇÕES E ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS ....................................................................... 21 
6.1 Diretrizes para projeto de redes de distribuição .................................................................. 21 
6.1.1 Planejamento da rede.......................................................................................................... 21 
6.1.2 Rede primária ...................................................................................................................... 21 
6.1.2.1 Configuração básica da rede primária ............................................................................. 21 
6.1.2.2 Traçado da rede primária .................................................................................................. 23 
6.1.2.3 Dimensionamento de condutores da rede primária ....................................................... 23 
6.1.2.4 Níveis de tensão ................................................................................................................ 24 
6.1.2.5 Carregamento .................................................................................................................... 24 
6.1.3 Transformadores ................................................................................................................. 24 
 
 
 Página 8 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
6.1.4 Rede secundária .................................................................................................................. 25 
6.1.4.1 Configuração da rede secundária .................................................................................... 25 
6.1.4.2 Dimensionamento de condutores da rede secundária ................................................... 25 
6.1.5 Locaçãode postes e viabilidade ........................................................................................ 26 
6.1.6 Proteção e seccionamento ................................................................................................. 29 
6.1.6.1 Proteção contra sobrecorrentes ...................................................................................... 29 
6.1.6.2 Proteção contra sobretensões ......................................................................................... 31 
6.1.6.3 Seccionamento e manobra ............................................................................................... 31 
6.1.7 Aterramento ......................................................................................................................... 32 
6.1.8 Ramal de ligação de consumidor ....................................................................................... 32 
6.1.9 Dimensionamento mecânico .............................................................................................. 32 
6.1.9.1 Condições ambientais ...................................................................................................... 32 
6.1.9.2 Postes ................................................................................................................................ 33 
6.1.9.3 Utilização dos postes quanto à resistência mecânica .................................................... 36 
6.1.9.4 Escolha do tipo de estrutura ............................................................................................ 37 
6.1.9.5 Estaiamento aéreo ............................................................................................................ 37 
6.1.9.6 Redução das trações (Tração reduzida) .......................................................................... 38 
6.1.10 Recursos especiais do projeto ......................................................................................... 38 
6.1.10.1 Correção de níveis de tensão ......................................................................................... 38 
6.1.10.2 Compensação de reativos .............................................................................................. 39 
6.2 Simbologia .............................................................................................................................. 40 
6.3 Atendimento a loteamentos ................................................................................................... 40 
6.3.1 Apresentação do Projeto .................................................................................................... 40 
6.4 Iluminação pública ................................................................................................................. 41 
6.4.1 Diretrizes para elaboração de projeto de iluminação pública .......................................... 41 
6.4.2 Projeto de novos pontos de iluminação pública em redes de distribuição existentes .. 41 
6.4.3 Projeto de rede de distribuição para atendimento à iluminação pública ........................ 41 
6.4.4 Apresentação de projeto de iluminação pública ............................................................... 42 
TABELAS ......................................................................................................................................... 43 
ANEXOS ........................................................................................................................................... 99 
 
 
 
 Página 9 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
CONTROLE DE REVISÕES 
Revisão Data Descrição 
03 27-02-2009 Revisão e atualização do documento às diretrizes do SGQ e ao 
modelo F-SGQ-010. 
04 05-05-2014 
� Correção da referência de desenho da base concretada na nota 
da Tabela 18. 
� Subseção 6.1.10.1.7: exclusão da referência da padronização do 
relé fotoeletrônico. 
� Exclusão da Tabela 16, pois a definição do elo fusível deve ser 
conforme norma ND.78. 
� Inclusão dos documentos necessários para apresentação do 
projeto de loteamento – subseção 6.2. 
05 07-07-2015 
� Inclusão da subseção 6.4 sobre Iluminação Pública. 
� Exclusão da Tabela 8 — Demanda de lâmpada e reator de 
iluminação pública e Tabela 9 — Sistemas de comando de 
iluminação pública. 
� Revisão de forma. 
 
 
 Página 10 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
 
 
 Página 11 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
1 OBJETIVO 
Esta Norma tem por objetivo estabelecer os critérios básicos para elaboração de projetos de 
reformas de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição de Energia Elétrica (RDU) com 
condutores nus e de iluminação pública, de forma a assegurar boas condições técnico-
econômicas das instalações e a qualidade do serviço de energia elétrica. 
2 CAMPO DE APLICAÇÃO 
Aplica-se somente aos projetos de reformas de redes de distribuição aéreas secundárias e 
primárias na tensão nominal de 13,8 kV, com condutores nus e de iluminação pública, nas 
áreas com características urbanas tais como sedes municipais, distritos, vilas e loteamentos. 
Esta Norma não se aplica aos projetos de novas redes e extensões de redes de distribuição 
executados pela ELEKTRO e loteamentos executados por terceiros que devem obedecer às 
diretrizes estabelecidas nas normas ND.25 (para rede secundária isolada) e ND.12 (para 
rede primária compacta). 
3 DEFINIÇÕES 
Para efeito desta Norma, aplicam-se as definições da ABNT NBR 5460, ABNT NBR 15688, 
das normas técnicas da ELEKTRO relacionadas em 4.2 e as seguintes. 
3.1 
sistema de distribuição 
parte de um sistema de potência destinada à distribuição de energia elétrica 
3.2 
distribuição de energia elétrica 
transporte de energia elétrica a partir dos pontos onde se considera terminada a transmissão 
(ou subtransmissão), até a medição de energia, inclusive 
3.3 
rede aérea 
rede elétrica em que os condutores geralmente nus, ficam elevados em relação ao solo e 
afastados de outras superfícies que não os respectivos suportes 
3.4 
rede de distribuição aérea urbana (RDU) 
rede elétrica destinada ao fornecimento de energia em tensão de distribuição e cujo traçado 
se desenvolve na área configurada urbana 
3.5 
rede de distribuição primária 
rede elétrica destinada a levar energia de uma subestação de distribuição a transformadores 
de distribuição ou a pontos de consumo 
3.6 
alimentador de distribuição 
parte de uma rede primária numa determinada área de uma localidade, que alimenta, 
diretamente ou por intermédio de seus ramais, transformadores de distribuição da 
concessionária e/ou de consumidores 
 
 
 Página 12 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
3.7 
tronco de alimentador 
parte de um alimentador de distribuição que transporta a parcela principal da carga total 
3.8 
ramal de alimentador 
parte de um alimentador de distribuição que se deriva diretamente de um tronco de 
alimentador 
3.9 
rede de distribuição secundária 
rede elétrica destinada a levar energia de transformadores de distribuiçãoaos pontos de 
consumo 
3.10 
ramal de ligação 
conjunto de condutores e acessórios que liga uma rede de distribuição a uma ou mais 
unidades de consumo 
3.11 
carga instalada 
soma das potências nominais dos equipamentos de uma unidade de consumo que, depois 
de concluídos os trabalhos de instalação, estão em condições de entrar em funcionamento 
3.12 
demanda 
média das potências elétricas instantâneas solicitadas por consumidor ou concessionária 
durante um período especificado 
3.13 
demanda máxima 
maior demanda verificada durante um intervalo de tempo especificado 
3.14 
demanda diversificada 
demanda média de um consumidor de um grupo de consumidores da mesma classe deste 
grupo, tomada em conjunto e dividida pelo número de consumidores desta classe 
3.15 
demanda simultânea 
soma das demandas verificadas no mesmo intervalo de tempo especificado 
3.16 
demanda simultânea máxima 
maior das demandas simultâneas registradas durante um intervalo de tempo especificado 
3.17 
fator de carga 
razão de demanda média para a demanda máxima ocorrida no mesmo intervalo de tempo 
especificado 
 
 
 Página 13 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
3.18 
fator de demanda 
razão da demanda máxima num intervalo de tempo especificado, para a carga instalada total 
3.19 
fator de diversidade 
razão da soma das demandas máximas individuais de um conjunto de equipamentos ou 
instalações elétricas, para a demanda simultânea máxima ocorrida no mesmo intervalo de 
tempo especificado 
3.20 
fator de coincidência ou de simultaneidade 
razão da demanda simultânea máxima de um conjunto de equipamentos ou instalações 
elétricas, para a soma das demandas máximas individuais ocorridas no mesmo intervalo de 
tempo especificado 
3.21 
fator de utilização 
razão da demanda máxima ocorrida num intervalo de tempo especificado para potência 
instalada 
3.22 
fator de potência 
é a razão da energia ativa para a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias ativa e 
reativa, num mesmo intervalo de tempo especificado 
3.23 
queda de tensão 
diferença entre as tensões elétricas existentes entre dois pontos de um circuito elétrico 
observado num mesmo instante 
3.24 
fator de correção sazonal 
fator de correção da demanda máxima medida dos consumidores residenciais e comerciais, 
com o objetivo de se excluir a possibilidade de que a demanda medida não corresponda à 
ponta máxima do ano 
3.25 
kVAT (kVA-térmico) 
potência limite de carregamento do transformador estabelecida em função de suas 
características do tipo de curva de carga adotando máximo de 156% 
3.26 
consumo 
quantidade de energia elétrica absorvida em um dado intervalo de tempo 
3.27 
consumidores de classe baixa ou baixa renda 
consumidores de pequeno recurso com modestas possibilidades de utilização de aparelhos 
eletrodomésticos 
 
 
 Página 14 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
3.28 
consumidores de classe média ou média Renda 
consumidores de mediano recurso com possibilidades normais de utilização de aparelhos 
eletrodomésticos 
3.29 
consumidores de classe alta ou alta renda 
consumidores de alto recurso possuidores de carga instalada muito significativa 
3.30 
consumidores de classe extra alta 
consumidores de grande recurso possuidores de altíssima carga instalada 
3.31 
consumidores especiais 
consumidores cujas cargas ocasionam flutuações de tensão na rede necessitando, portanto, 
de uma análise específica para o dimensionamento elétrico da mesma 
3.32 
chaves de proteção 
dispositivos utilizados com a finalidade básica de proteção dos circuitos primários de 
distribuição ou de equipamentos neles instalados, desligando automaticamente os circuitos 
ou equipamentos que estejam sob condições de defeito ou sob tensão ou correntes 
anormais 
3.33 
chaves de manobra 
dispositivos utilizados com a finalidade básica de seccionamento ou restabelecimento de 
circuitos, em condições normais, para fins de manobras como transferências de cargas, 
desligamentos de circuitos etc. 
3.34 
chave-fusível de distribuição 
dispositivo com função principal de proteger ou isolar automaticamente parte da rede, 
baseado em princípio térmico, através de sobreaquecimento e fusão de um elo condutor 
fusível quando atingido o limite de corrente preestabelecido 
3.35 
seccionador unipolar tipo faca 
dispositivo com função principal de permitir conexão ou desconexão de parte da rede nas 
manobras por ocasião das operações de fluxo de carga, de manutenção, de reforma ou de 
construção, pelo fechamento ou abertura de um componente em forma de barra metálica 
basculante condutora, e operado mecanicamente com auxílio de vara de manobra 
3.36 
iluminação pública 
fornecimento de energia elétrica para iluminação de ruas, praças, avenidas, túneis, 
passagens subterrâneas, jardins, vias, estradas, passarelas, abrigos de usuários de 
transportes coletivos, e outros logradouros de domínio público ou por esta delegada 
mediante concessão ou autorização, incluindo o fornecimento destinado à iluminação de 
monumentos, fachadas, fontes luminosas e obras de arte de valor histórico, cultural ou 
ambiental, localizadas em áreas públicas e definidas por meio de legislação específica, 
 
 
 Página 15 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
excluído o fornecimento de energia elétrica que tenha por objetivo qualquer forma de 
propaganda ou publicidade, situada no município contratante 
3.37 
projetos de reforma de rede 
são aqueles que visam à substituição de materiais e equipamentos danificados e ou 
introduzir alterações na rede existente para adequá-la às necessidades de crescimento da 
carga ou às modificações físicas do local (alargamento de rua, garagens, rede de esgotos 
etc.) 
3.38 
projetos de redes novas 
são aqueles que visam à implantação do sistema de distribuição aérea necessário ao 
atendimento de uma determinada área, onde não exista rede de distribuição 
3.39 
projetos de extensões de redes 
são aqueles necessários a (expansão) da rede de distribuição aérea destinada a atender 
novos consumidores 
4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS 
4.1 Normas técnicas brasileiras 
ABNT NBR 5101, Iluminação pública 
ABNT NBR 5118, Fios de alumínio 1350 nus, de seção circular, para fins elétricos 
ABNT NBR 5460, Sistemas elétricos de potência – Terminologia 
ABNT NBR 8158, Ferragens eletrotécnicas para redes aéreas de distribuição de energia 
elétrica — Especificação 
ABNT NBR 8159, Ferragens eletrotécnicas para redes aéreas de distribuição de energia 
elétrica — Padronização 
ABNT NBR 15129, Luminárias para iluminação pública — Requisitos particulares 
ABNT NBR 15688, Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nus 
4.2 Normas técnicas da ELEKTRO 
ND.01, Materiais e equipamentos para redes aéreas de distribuição de energia elétrica – 
Padronização 
ND.02, Estruturas para redes aéreas urbanas de distribuição de energia elétrica – 
Padronização 
ND.06, Materiais e equipamentos para redes aéreas isoladas de distribuição de energia 
elétrica – Padronização 
ND.07, Estruturas para redes aéreas isoladas de distribuição de energia elétrica – 
Padronização 
ND.09, Materiais em liga de alumínio para redes aéreasde distribuição de energia elétrica – 
Padronização 
ND.10, Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária a edificações individuais 
ND.12, Redes protegidas compactas – Critérios para projetos e padronização de estruturas 
 
 
 Página 16 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
ND.13, Padronização de estruturas e critérios para utilização de postes de concreto duplo T 
em redes urbanas 
ND.20, Fornecimento de energia em tensão primária de distribuição de energia elétrica 
ND.25, Projetos de redes aéreas isoladas e protegidas de distribuição de energia elétrica – 
Norma 
ND.26, Fornecimento de energia elétrica a edifícios de uso coletivo e medição agrupada 
ND.40, Simbologia para projetos de redes urbanas e rurais de distribuição de energia 
elétrica 
ND.46, Critérios para projetos e construção de redes subterrâneas em condomínios 
ND.78, Proteção de redes aéreas de distribuição 
5 CONDIÇÕES GERAIS 
5.1 Recomendações 
Na elaboração dos projetos devem ser observados os critérios e as especificações 
relacionados a seguir a fim de garantir um bom desempenho do sistema de distribuição de 
energia elétrica e minimizar os riscos de acidentes: 
― previsão de carga e dimensionamento de circuitos primários e secundários; 
― traçado de alimentadores e circuitos secundários; 
― afastamentos ou distâncias mínimas; 
― proteção e manobra; 
― escolha de estruturas, locação e estaiamento; 
― áreas arborizadas e condições de acesso a construção, operação e manutenção do 
sistema elétrico. 
Além disso, deve ser observada a necessidade de uma maior segurança na utilização de 
materiais, equipamentos e proteção do pessoal da empresa envolvido nos trabalhos bem 
como da população atendida. 
5.2 Roteiro para elaboração de projeto 
O projeto de reforma da rede área urbana compreende, basicamente, as seguintes etapas: 
• Levantamento dos dados preliminares 
― características de projeto; 
― planejamento básico; 
― planos e projetos existentes; 
― mapas e plantas. 
• Levantamento dos dados de carga 
― levantamento da carga; 
― determinação da demanda. 
• Diretrizes para projeto 
― rede primária; 
― transformadores etc. 
― rede secundária; 
― proteção e seccionamento; 
 
 
 Página 17 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
― locação e viabilidade de campo; 
― dimensionamento mecânico; 
― iluminação pública. 
No caso de projetos de redes aéreas urbanas elaborados pela ELEKTRO, a determinação 
da demanda e os cálculos elétricos necessários ao projeto de rede primária e secundária 
devem ser obtidos do sistema técnico da ELEKTRO. 
5.3 Levantamento dos dados preliminares 
5.3.1 Características do projeto 
Consiste na determinação do tipo de projeto a ser desenvolvido, considerando-se: 
― área a ser abrangida pelo projeto; 
― estado atual da rede; 
― causas de origem e/ou finalidade de sua aplicação. 
5.3.2 Planejamento básico 
Os projetos devem atender a um planejamento básico, possibilitando um desenvolvimento 
contínuo e uniforme da rede, dentro da expectativa de crescimento de cada localidade. 
Em áreas onde haja necessidade de implantação de redes novas, o planejamento básico 
deve ser efetuado através de análise das condições locais, tais como: grau de urbanização 
das ruas, dimensões dos lotes e tipos de loteamento, considerando-se ainda, as tendências 
regionais e áreas com características semelhantes onde são conhecidas as taxas de 
crescimento e dados de cargas. 
Nos casos de reforma ou extensão de redes, deve ser feita uma análise do sistema elétrico 
disponível, sendo o projeto elaborado de acordo com o planejamento existente para a área 
em estudo. 
5.3.3 Planos e projetos existentes 
Devem ser verificados os projetos anteriormente elaborados e ainda não executados, 
abrangidos pela área em estudo, que servirão de subsídios ao projeto atual. 
5.3.4 Mapas e plantas 
Devem ser obtidas as plantas, atualizadas, da área em estudo na escala de 1:5 000 e 
1:1 000, para o planejamento do circuito primário e secundário, respectivamente, devendo 
conter os seguintes dados: 
a) Plantas de rede primária 
― logradouros (ruas, praças, avenidas etc.), rodovias e ferrovias; 
― túneis, pontes e viadutos; 
― situação física da rua; 
― acidentes topográficos e obstáculos mais destacados, que podem influenciar na 
escolha do melhor traçado da rede; 
― detalhes da rede de distribuição existente, omo, condutores (tipo e bitola), 
transformadores (número de fases e potência) etc.; 
― indicação das linhas de transmissão e das redes particulares com as respectivas 
tensões nominais; 
― diagrama unifilar da rede primária, incluindo condutores, dispositivos e proteção, 
manobra etc. 
 
 
 Página 18 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
b) Plantas de rede secundária 
― logradouros (ruas, praças, avenidas etc.), rodovias e ferrovias; 
― túneis, pontes e viadutos; 
― indicação de edificações e respectivas numerações; 
― situação física da rua e benfeitorias existentes; 
― acidentes topográficos e obstáculos mais destacados, que podem influenciar na 
escolha do melhor traçado de rede; 
― detalhes da rede de distribuição existente, como posteação (tipo, altura, resistência), 
condutores (tipo e bitola), transformadores (número de fases e potência), iluminação pública 
(tipo e potência de lâmpada), ramais de ligação; 
― indicação das linhas de transmissão e redes particulares com as respectivas tensões 
nominais; 
― redes de telecomunicações existentes com respectivos esforços. 
5.4 Levantamento dos dados de carga 
Consiste no levantamento de dados de carga dos consumidores abrangidos pela área em 
estudo. Esses dados devem ser obtidos por meio sistema técnico da ELEKTRO. 
Caso essas áreas não possuam ainda informações atualizadas, podem ser utilizados os 
dados obtidos de áreas de características semelhantes. 
Eventualmente, quando necessário, estas informações devem ser obtidas ou 
complementadas pelos levantamentos no campo. 
5.4.1 Projeto de reforma de rede 
a) Consumidores ligados em tensão primária de distribuição 
Localizar em planta todos os consumidores ligados em tensão primária de distribuição. Ex.: 
hospitais, indústrias, escolas etc. 
Anotar os seguintes dados: 
― natureza da atividade; 
― horário de funcionamento, indicando período de carga máxima e sazonalidade, caso 
exista; 
― carga total, caso não haja medição de demanda, e capacidade instalada; 
― verificar, na área do projeto, as possibilidades de novas ligações em AT, ou acréscimo 
de carga. 
b) Consumidores ligados em tensão secundária de distribuição 
― localizar os consumidores residenciais anotando em planta o tipo de ligação 
(monofásico, bifásico ou trifásico). 
― localizar em planta todos os consumidores não residenciais, indicando-se a carga total 
instalada e seu horário de funcionamento. Ex. oficinas, panificadoras etc. 
― os consumidores não residenciais com pequena carga que podem ser tratados como 
residenciais. Ex.: pequenos bares, lojas etc. 
NOTA No caso de edifícios de uso coletivo, verificar e anotar o número de unidades e a 
área de cada apartamento, verificando a existência de cargas especiais (ar condicionado, 
aquecimento central, fogão elétrico) indicando o número de aparelhos e as suas potências.Página 19 Revisão 05 – 07/2015 
Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
c) Consumidores especiais 
Para os consumidores especiais devem ser anotados o horário de funcionamento e a carga 
instalada, observando a existência de aparelhos que possam ocasionar flutuações de tensão 
na rede (raios X, máquina de solda a transformador, máquinas de solda a resistência, fornos 
de indução, equipamentos de eletrólise, motores etc.). 
Para elaboração do estudo de viabilidade de ligação de cargas especiais nas redes de 
distribuição devem ser consultadas as normas específicas. 
d) Iluminação pública 
Indicar na planta o tipo de iluminação existente (VM, VS etc.), anotando a potência das 
lâmpadas instaladas e sistema de comando. 
5.5 Determinação da demanda 
5.5.1 Projeto de reforma de rede 
5.5.1.1 Processo por medição 
a) Rede primária 
Pelo processo de medição, indicado abaixo, deve ser obtido o perfil da carga do alimentador 
diretamente das medições simultâneas de seu tronco e ramais, observando-se sempre a 
coincidência com as demandas das ligações existentes em tensão primária. Confrontando-
se esses resultados das medições com as respectivas cargas instaladas são obtidos fatores 
de demanda típicos que podem ser utilizados como recurso na determinação de demandas 
por estimativa. 
Para os alimentadores e ramais, as medições devem ser efetuadas com a rede operando 
em sua configuração normal, em dia de carga típica, por um período mínimo de 24 h. 
― Tronco de alimentadores 
A determinação da demanda máxima de alimentadores, basicamente, é feita por meio de 
relatório de acompanhamento da subestação de distribuição. 
Na impossibilidade de obter a demanda máxima pelos relatórios de acompanhamento, 
devem ser feitas medições na saída do alimentador em estudo na subestação. 
― Ramais de alimentadores 
Para determinação da demanda máxima dos ramais de alimentadores, devem ser instalados 
aparelhos indicadores de corrente máxima no início do ramal. 
― Consumidores ligados em tensão primária 
Deve ser feita verificação da demanda máxima do consumidor pelas leituras no medidor de 
demanda, considerando, ainda, previsão de aumento de carga, se houver. 
― Edificações de uso coletivo 
No caso de prédio de uso coletivo deve ser instalado aparelho indicador de corrente máxima 
ou registradores no ramal de ligação do mesmo, durante 24 h, no mínimo. 
b) Rede secundária 
A determinação das demandas para efeito de dimensionamento de rede secundária é 
baseada em medições de uma amostragem de transformadores (em geral 30% a 50%) da 
área em estudo que, em função do número de consumidores, determinarão o kVA médio, 
salvo em áreas de características muito heterogêneas. 
 
 
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Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
― Transformadores 
Devem ser efetuadas simultaneamente as seguintes medições na saída do transformador: 
• medição gráfica de tensão (uma fase x neutro) no borne do transformador e no ponto 
mais desfavorável; 
• medição gráfica de corrente de uma fase; 
• medição do valor de máxima corrente nas demais fases. 
O valor máximo de demanda de cada transformador é calculado, multiplicando-se a soma 
dos valores máximos de corrente de cada fase, pelo valor de tensão na hora de demanda 
máxima. 
Em áreas sujeitas a grandes variações de demanda, devido à sazonalidade, como por 
exemplo, as áreas de veraneio, as medições de transformadores devem ser efetuadas no 
período suposto de máxima demanda. 
Na impossibilidade de se efetuar medições nesse período, deve ser adotado um fator de 
majoração que dependerá de informações disponíveis na região a respeito do 
comportamento de demanda na área do projeto. 
Para circuitos com cargas homogêneas as medições podem ser feitas com aparelhos 
instantâneos indicadores de máxima corrente em horário provável de demanda máxima. 
― Consumidores 
Adotar a rotina a seguir: 
• subtrair da demanda máxima do transformador a demanda (coincidente com a ponta do 
transformador) dos consumidores não residenciais. Dividir o valor obtido acima pelo número 
de consumidores residenciais, obtendo-se assim, a demanda individual diversificada 
(kVA/Consumidor) dos consumidores residenciais, conforme exemplo do Anexo B. 
• quando o transformador de distribuição alimentar áreas de características heterogêneas 
(ex.: favelas, prédios de apartamentos), devem ser efetuadas medições distintas que 
caracterizem as respectivas cargas. Para a determinação da demanda total do circuito a ser 
projetado deve ser observada a tendência de ocupação dos lotes vagos. 
• devem ser tratados, à parte, consumidores não residenciais que apresentem demandas 
significativas (ex.: oficinas, serrarias etc.). 
• a demanda máxima desses consumidores deve ser determinada por meio de medição, 
procurando-se determinar a simultaneidade de funcionamento dos equipamentos. 
• os demais consumidores não residenciais (ex.: pequenos bares e lojas etc.) podem ser 
tratados como consumidores residenciais. 
• as cargas devidas à iluminação pública, ligadas no circuito, já estão computadas 
automaticamente. 
5.5.1.2 Processo estimativo 
a) Rede primária 
― Tronco de alimentadores 
No caso de reforma de rede, o processo estimativo não se aplica ao tronco de 
alimentadores. Neste caso, a determinação da demanda é sempre feita através de relatórios 
de acompanhamento ou medição. 
― Ramais de alimentador 
A estimativa da demanda máxima de ramais da rede primária pode ser feita através da 
demanda máxima em confronto com a capacidade das cargas dos transformadores 
 
 
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Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
instalados ao longo do mesmo. 
Deve ser analisada sempre a simultaneidade de funcionamento das cargas dos 
consumidores ligados na rede primária. 
b) Rede secundária 
― Consumidores residenciais 
Para estimativa da demanda de consumidores residenciais podem ser adotados os valores 
de demanda diversificada obtidos de redes existentes em áreas de características 
semelhantes. Podem ser utilizados, também, os valores de demanda diversificada 
(kVA/consumidor) obtidos pela Tabela 1, correlacionado a quantidade de consumidores e a 
característica da área em estudo (baixo, médio, alto e extra alto). 
No caso de edifícios de uso coletivo a Elektro deverá calcular a demanda a Instrução de 
Trabalho I-ENG-053 e fornecer o valor para o dimensionamento da rede. 
― Consumidores não residenciais 
Para consumidores não residenciais deve ser levantada a carga total instalada ou prevista 
para esses consumidores, em kVA (kW), e aplicado o fator de demanda conforme a 
categoria do estabelecimento (Tabela 2 e Tabela 3) e o fator de coincidência para grupo de 
consumidores (Tabela 4). 
A determinação da potência absorvida da rede em kVA, para motores, deve ser calculada 
conforme a Tabela 6 (motores monofásicos) e Tabela 7 (motores trifásicos). 
Deve ser verificado se a demanda estimada refere-se ao período diurno ou noturno; os 
condutores e os transformadores são dimensionados considerando os dois períodos. 
Exemplo de cálculo de demanda para motores (potência absorvida de rede) pode ser 
observado no Anexo C. 
― Iluminação pública 
A demanda estimada para iluminação pública é calculada somando-se a potência total das 
lâmpadas às perdas dos reatores, em kVA. 
Os valores das perdas dos reatores devem atender às normas da ABNT pertinentes e 
legislações vigentes.6 CONDIÇÕES E ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS 
6.1 Diretrizes para projeto de redes de distribuição 
6.1.1 Planejamento da rede 
O planejamento, sendo a etapa mais abrangente do projeto, deve ser objeto de estudos 
projetados para, no mínimo, 10 (dez) anos. 
Em casos de áreas com evidências de tendência a mudança de ocupação do solo, devem 
ser previstas etapas de recursos técnicos apropriados na transformação racional do 
planejamento, em algum período, múltiplo de cinco anos, como no caso de crescimento 
acentuado da densidade de carga. 
Nos planejamentos sempre devem ser almejadas as metas de segurança, economia, 
continuidade e qualidade de energia, escopos esses perenes de todas as fases do projeto. 
6.1.2 Rede primária 
6.1.2.1 Configuração básica da rede primária 
A configuração da rede primária é definida em função do grau de confiabilidade a ser 
 
 
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Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
adotado em um projeto de rede de distribuição urbana, compatibilizando-o com a 
importância da carga ou da localidade a ser atendida. 
Podem ser utilizadas as seguintes configurações para o sistema aéreo primário: 
a) Radial simples 
Os sistemas radiais simples devem ser utilizados em áreas de baixa densidade de carga, 
nas quais os circuitos tomam direções distintas, face às próprias características de 
distribuição da carga, tornando antieconômico o estabelecimento de pontos de interligação. 
R
 
Figura 1 — configuração radial simples 
b) Radial com recurso 
Os sistemas radiais com recursos devem ser utilizados em áreas que demandem maiores 
densidades de carga ou requeiram maior grau de confiabilidade devido às suas 
particularidades (hospitais, cargas sensíveis etc.). 
R
R
N.A. N.A.
 
Figura 2 — configuração radial com recurso 
Este sistema caracteriza-se pelos seguintes aspectos: 
― existência de interligações normalmente abertas, entre alimentadores adjacentes da 
mesma ou de subestações diferentes; 
― ser projetado de forma que exista certa reserva de capacidade em cada circuito, para a 
absorção de carga de outro circuito na eventualidade de defeito; 
― limita o número de consumidores interrompidos por defeitos e diminui o tempo de 
interrupção em relação ao sistema radial simples. 
 
 
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Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
6.1.2.2 Traçado da rede primária 
a) Tronco de alimentadores 
O traçado deve obedecer às seguintes diretrizes básicas: 
― procurar sempre utilizar arruamentos já definidos e o traçado aprovado pela Prefeitura, 
sempre que possível onde existam guias colocadas, evitando ângulos e curvas 
desnecessárias; 
― acompanhar a distribuição das cargas (com suas previsões); 
― procurar equilibrar as demandas entre os alimentadores; 
― procurar atribuir a cada alimentador, áreas de dimensões semelhantes evitando, sempre 
que possível, trechos paralelos na mesma rua ou circuitos duplos; 
― obedecer à sequência de fases desde a Subestação; 
― sendo necessário mais de um alimentador, deve ser prevista a interligação dos mesmos 
para manobras de emergência, através de seccionadores que permitam a transferência de 
carga de um para outro; 
― o posicionamento de interligação e chaveamento de alimentadores deve ser de tal forma 
que favoreça a confiabilidade dos consumidores especiais, tais como, hospitais, torres 
repetidoras, bombas d’águas, laticínios etc.; 
― para os arruamentos onde há previsão de rede primária, a posteação da rede 
secundária deve ser dimensionada de modo a permitir a sua futura implantação; 
― partindo-se do princípio de que ao alimentador cabe a função de suprir as cargas 
através de seus ramais, deve-se portanto evitar a instalação de transformadores de 
distribuição no tronco. 
b) Ramais de alimentadores 
No traçado deve-se obedecer aos seguintes critérios: 
― os ramais devem ser, sempre que possível, dirigidos em sentido paralelo uns aos outros, 
orientados de maneira a favorecer a expansão prevista para o bairro por eles alimentados; 
― deve ser levada em consideração a posição da fonte de energia no sentido de se seguir 
o caminho mais curto; 
― devem ser planejados evitando-se voltas desnecessárias. 
6.1.2.3 Dimensionamento de condutores da rede primária 
As bitolas e capacidades térmicas dos condutores a utilizados nas redes primárias de 
distribuição estão apresentadas na Tabela 8. 
O dimensionamento dos condutores deve ser efetuado observando-se a queda de tensão 
máxima permitida, perdas e capacidade térmica dos condutores conforme Tabela 8 e Tabela 
9. 
Entende-se como queda de tensão máxima na rede primária, a diferença de tensão 
compreendida entre o barramento da subestação e o ponto mais desfavorável onde se situa 
um transformador de distribuição ou um consumidor primário. 
Para o cálculo de queda de tensão podem ser utilizados os coeficiente de queda de tensão 
primária (%/MVA x km) da Tabela 9. 
Para cálculo elétrico na rede primária pode ser utilizado qualquer método de simulação de 
rede em vigor na empresa. 
 
 
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Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
Com base no traçado previsto para a rede primária, na bitola dos condutores a serem 
utilizados e na evolução da estimativa da carga, é realizada a simulação para um período 
mínimo de cinco anos, de modo a verificar se as condições de fornecimento estão em 
consonância com os parâmetros considerados satisfatórios pela ELEKTRO conforme 6.1.2.4 
e 6.1.2.5. 
6.1.2.4 Níveis de tensão 
Em qualquer situação, os níveis de tensão ao longo da rede primária devem estar de acordo 
com os valores estabelecidos nas legislações vigentes. 
6.1.2.5 Carregamento 
O carregamento de alimentadores é função da configuração do sistema (radial ou radial com 
recursos), que implicará ou não numa disponibilidade de reserva para absorção de carga por 
ocasião das manobras e situações de emergência. Para os alimentadores interligáveis o 
carregamento máximo deve situar-se entre 50% e 70% da capacidade térmica dos 
condutores. 
Como critério orientativo, é recomendado os seguintes números de alimentadores para as 
cargas especificadas por localidades. 
― até 1 000 kVA - 1 alimentador; 
― de 1 000 kVA a 3 000 kVA - 2 alimentadores; 
― de 3 000 kVA a 10 000 kVA - 3 alimentadores. 
Para os valores de demanda superiores aos indicados, considerando que uma subestação é 
projetada para uma potência final de transformação de 50/60 MVA (2 transformadores de 
25/30 MVA) e 10 saídas de alimentadores, considerar em média 5 000 kVA por alimentador. 
6.1.3 Transformadores 
São trifásicos na classe de tensão de 15 kV com primário em triângulo e secundário em 
estrela com neutro acessível, nas potências nominais de 30 kVA, 45 kVA, 75 kVA, 
112,5 kVA, 150 kVA, 225 kVA e 300 kVA, e relações de tensões previstas para as seguintes 
ligações: primária em 13 800/13 200/12 600 V e secundária em 220/127 V ou 380/220 V 
para parte da cidade de São João da Boa Vista. 
A utilização dos transformadores de 150 kVA, 225 kVA e 300 kVA somente se justifica 
quando a concentração de carga próximo ao poste do transformador é muito elevada, como 
no atendimento a edifícios de uso coletivo através da rede secundária. 
Em casos gerais de cargas distribuídas aproximadamente homogêneas, devem-se sempre 
preferir transformadores menores e redesmais leves. 
Os transformadores devem ser dimensionados de tal forma a minimizar os custos anuais de 
investimentos iniciais, substituição e perdas, dentro do horizonte do projeto. 
Os transformadores devem ser dimensionados em função do crescimento da carga, 
projetando-se que, em um período aproximado de três anos deva atingir um carregamento 
em torno de 100% do kVAT. Caso o transformador atenda somente a iluminação pública, o 
carregamento deve situar-se em torno de 100% do kVA nominal. 
O carregamento máximo dos transformadores é estabelecido pelo sistema técnico da 
ELEKTRO. 
As instalações de transformadores devem atender aos seguintes requisitos básicos: 
― localizá-lo tanto quanto possível no centro de carga; 
― localizá-lo próximo às cargas concentradas, principalmente as que ocasionam flutuação 
de tensão; 
 
 
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Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
― localizá-lo de forma que as futuras relocações sejam minimizadas. 
Para a interligação dos bornes secundário do transformador e o barramento da rede 
secundária devem ser utilizados cabos de cobre isolados dimensionados conforme a Tabela 
14. 
No dimensionamento dos transformadores, deve ser levado em consideração, também, o 
modo de carregamento dos mesmos, que é função das peculiaridades da demanda diurna e 
noturna, e da diversidade das condições climáticas regionais. 
Os transformadores de 15 kVA podem ser utilizados em situações específicas e desde que 
sejam atendidos os critérios de projetos estabelecidos pela ELEKTRO. 
6.1.4 Rede secundária 
6.1.4.1 Configuração da rede secundária 
Sempre que possível, são adotados circuitos típicos de acordo com as combinações das 
bitolas dos condutores apresentados no Anexo D. 
Essas configurações permitem o atendimento em 220/127 V de toda gama de densidades 
de carga característica de rede de distribuição aérea. 
A adoção de um determinado circuito típico é função da densidade de carga inicial, taxa de 
crescimento e da configuração do arruamento. Em cada projeto individualmente 
considerado, torna-se, na maioria dos casos, difícil a aplicação dos circuitos típicos 
caracterizados. Entretanto, essas configurações devem ser gradativamente atendidas à 
medida que a integração desses projetos individuais o permita, e isto pode ser alcançado 
através de um planejamento orientado para as pequenas extensões. 
Em nenhum caso pode haver rede secundária distante mais de 350 m do transformador e, 
por questões de segurança, não é permitida a instalação de dois circuitos secundários na 
mesma posteação. 
6.1.4.2 Dimensionamento de condutores da rede secundária 
6.1.4.2.1 Critérios gerais 
A rede secundária deve ser dimensionada de tal forma a minimizar os custos anuais de 
investimento inicial, ampliações, modificações e perdas dentro do horizonte do projeto, 
normalmente de cinco anos. 
O número de fases deve se restringir ao mínimo necessário com base na previsão de carga, 
ficando a complementação do mesmo destinada a atender futuros aumentos de carga, 
conseguindo-se desta forma, um projeto mais econômico. 
Para o cálculo do crescimento da demanda devem ser aplicados fatores multiplicativos da 
Tabela 5, em função do índice anual de crescimento e o tempo considerado. 
No dimensionamento elétrico deve-se considerar que o atendimento ao crescimento da 
carga é feito procurando-se esgotar a capacidade da rede, observando-se o limite de queda 
de tensão de 5,0% (final), e também os limites de capacidade térmica dos condutores, 
conforme Tabela 10. 
A rede secundária deve ser dimensionada para atender os critérios acima, com a 
configuração inicial do circuito, a evolução da carga até o 5º ano, quando pode ser prevista 
uma subdivisão do circuito. Na nova configuração, a rede secundária deve atender a 
evolução da carga até o 10º ano, no mínimo. 
No cálculo elétrico dos projetos de redes secundárias devem ser utilizados os coeficientes 
de queda de tensão (%/kVA x 100 m) indicados na Tabela 11, Tabela 12 e Tabela 13, de 
acordo com a configuração da rede existente ou projetada, sendo a carga sempre 
 
 
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Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
de Energia Elétrica ND.22 
considerada equilibrada ou igualmente distribuída pelos circuitos monofásicos existentes. 
Apesar de se procurar equilibrar as cargas entre as fases, os resultados desse 
dimensionamento devem ser periodicamente aferidos através de relatórios emitidos pelo 
sistema técnico da ELEKTRO ou medições posteriores dos circuitos, a fim de determinar 
possíveis fatores de correção a serem adotados em projetos futuros. 
Em qualquer situação, os níveis de tensão ao longo da rede secundária devem estar de 
acordo com os valores estabelecidos pelas legislações vigentes. Sendo contatada 
transgressão aos valores estabelecidos devem ser propostas adequações na rede. 
O cálculo de queda de tensão da rede secundária pode ser feito por meio do sistema técnico 
da ELEKTRO ou de acordo com a metodologia do exemplo do Anexo E. 
6.1.4.2.2 Projeto de reforma de rede 
A rotina a ser seguida no dimensionamento da rede secundária deve atender as etapas a 
seguir: 
― obter o valor da densidade de carga atual do circuito (kVA/poste), multiplicando o 
kVA/consumidor obtido pelo número de consumidores por poste existente nos circuito. 
― preparar os esquemas de redes secundárias típicas de acordo com a configuração dos 
quarteirões existentes na área do projeto. 
― os esquemas devem atender o perfil da tensão adotada para a área com valores 
extrapolados para o 10º ano; podendo-se prever a subdivisão do circuito no 5º ano. 
― no Anexo D desta Norma são apresentadas as configurações típicas técnico- 
economicamente recomendadas em função da densidade de carga inicial do circuito com a 
respectiva taxa de crescimento. 
― conferir os resultados obtidos levando-se em conta os consumidores trifásicos de carga 
elevada e os de cargas especiais, calculando a queda de tensão do circuito cujo valor para o 
10º ano deve atender o perfil de tensão definido em 6.1.2.4. 
6.1.5 Locação de postes e viabilidade 
6.1.5.1 Definidos os traçados das redes primárias e secundárias e os centros de carga, 
devem ser locados em plantas os postes necessários para a sustentação da rede de 
distribuição. 
6.1.5.2 A correta verificação da viabilidade técnica de execução de um projeto é de 
grande importância, pois evita que ocorram imprevistos por ocasião da execução da obra, 
provocando modificações no projeto original, com consequente alteração do custo da obra. 
6.1.5.3 Para que não haja problemas na construção, a localização dos postes deve ser 
feita, sempre que possível, de acordo com as observações feitas no levantamento de campo 
e assinaladas em planta, obedecendo aos critérios a seguir: 
― manter contatos com órgãos públicos sobre melhoramentos futuros no local; 
― não locar postes em frente de entrada de garagem, guias rebaixadas em postos de 
gasolina, anúncios luminosos, marquises e sacadas etc.; 
― verificar a existência de projetos de redes de telecomunicações e os locais previstos 
para instalação de seus equipamentos, assinalando os pontos de interferência com a 
mesma; 
― evitar interferências com alinhamentos de galerias pluviais, esgotos e redes aéreas ou 
subterrâneas de outras concessionárias; 
― verificar existência de terminais para derivações de ramais primárias e secundárias; 
 
 
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Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
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― verificar as locações prováveis dos transformadores, analisando: facilidade de instalação 
e retirada dos equipamentos; operação das chaves-fusíveis a partir de local seguro e livre de 
qualquer obstáculo; 
― projetar as redes com vãos de 30 a 40 m, sendo o vão básico de 35 m. Nos locais em 
que existir somente a rede primária, podem ser projetados vãos de 60 a 80 m, prevendo-se 
futuras intercalações de postes; 
― procurar locar a posteação, sempre que possível, nas divisas de lotes; 
― a fim de transpor marquises, sacadas e anúncios luminosos é recomendado o uso de 
afastadores para redes secundárias. 
― em ruas com até 14 m de largura, os postes devem ser projetados sempre em um só 
lado (unilateral), conforme ilustrado na Figura 3, observando-se o alinhamento da rede 
existente e a existência ou futura implantação de arborização. 
L ≤ 14 m
 VÃO
BÁSICO
L
 
Figura 3 — posteação unilateral 
― em ruas com largura superior a 14 m e até 20 m, a posteação deve ser em zigue-zague 
(bilateral alternada), conforme Figura 4. 
14 m < L ≤ 20 m VÃO BÁSICO
L
 
Figura 4 — posteação bilateral alternada 
― em ruas com largura superior a 20 m, recomenda-se utilizar posteação bilateral 
simétrica, conforme ilustrado na Figura 5. 
 
 
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Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
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L > 20 m VÃO BÁSICO
L
 
Figura 5 — posteação bilateral simétrica 
― deve-se considerar que nos critérios de posteação acima, interferem, além da largura 
das ruas, a existência ou não de canteiro central, implantação de mais de um alimentador, 
necessidade de níveis de iluminamento especiais na via pública etc.; 
― não instalar postes em esquinas, mesmo em ruas estreitas, podendo usar um par de 
postes próximos um do outro em substituição à implantação de um só no vértice da esquina; 
― nos cruzamentos aéreos, as distâncias X e Y dos postes à esquina devem, 
preferencialmente, ser iguais e estarem situadas entre 6 e 15 m, conforme ilustrado na 
Figura 6; 
 
Y
X
Cruzamento aéreo
 
Figura 6 — localização dos postes em cruzamento de redes 
― em ruas sem arborização, implantar a rede nas faces norte e oeste e evitar o lado das 
grandes arborizações como praças públicas; 
― indicar no projeto os valores das resultantes dos esforços nos postes em ângulo e fim de 
rede, conforme exemplo da Figura 7. 
 
 
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Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
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A
B
Exemplo de tabela de
indicação de esforços
Tabela de esforços
Poste Resultante(daN)
A 606
B 406
 
Figura 7 — indicação de esforços resultantes 
6.1.6 Proteção e seccionamento 
Os equipamentos de proteção e seccionamento devem ser convenientemente alocados e 
especificados, conforme critérios descritos a seguir: 
6.1.6.1 Proteção contra sobrecorrentes 
A filosofia, os critérios e as diretrizes para elaboração de estudos de proteção contra 
sobrecorrentes, assim como as orientações para seleção e dimensionamento dos 
equipamentos para proteção de redes devem ser de acordo com a Norma ND.78. 
6.1.6.1.1 Localização dos equipamentos 
A aplicação de equipamentos de proteção contra sobrecorrente deve ser condicionada a 
uma análise técnico-econômica de alternativas dos esquemas de proteção de cada circuito 
de acordo com a Norma ND.78. Em princípio, esses equipamentos devem ser instalados nos 
seguintes pontos: 
a) Troncos de alimentadores 
― próximo à saída de cada circuito da subestação, no caso de dois circuitos protegidos por 
um mesmo disjuntor, pode-se utilizar religador ou seccionalizador, levando-se em conta a 
coordenação dos mesmos com o disjuntor; 
― após cargas, cujas características especiais exijam uma elevada continuidade de 
serviço, usando religador ou seccionalizador; 
― onde o valor da corrente de curto-circuito mínimo não é suficiente para sensibilizar 
dispositivos de proteção de retaguarda, deve-se utilizar religador ou chave-fusível. 
b) Ramais de alimentadores 
― no início de ramais que alimentam áreas sujeitas a falhas, cuja probabilidade elevada de 
interrupções tenha sido constatada através de dados estatísticos, deve-se utilizar religador 
ou seccionalizador. 
― nos demais casos não abrangidos pelo item acima, usar chave-fusível tanto no ramal 
como no sub-ramal. 
 
 
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c) Transformadores 
― todos os transformadores devem ser protegidos por chaves-fusíveis, com elos fusíveis 
de corrente nominal adequada à potência do transformador, observando-se o item e abaixo. 
d) Ramais de consumidores atendidos em tensão primária 
― devem ser protegidos por chaves-fusíveis de capacidade adequada, salvo nos casos 
onde a proteção é feita por disjuntor localizado na subestação abrigada da unidade 
consumidora; 
e) Ramais que alimentam apenas um transformador 
― desde que a extensão do ramal seja igual ou inferior a 75 m, não tenha nenhum 
obstáculo para a visualização das chaves a partir do local do transformador e não tenha 
obstáculos à locomoção direta no trecho do transformador até a chave, pode ser instalada a 
chave-fusível apenas no início do sub-ramal. 
6.1.6.1.2 Critérios para seleção de equipamentos de proteção 
Os equipamentos a serem instalados nas RDU devem ter a tensão nominal e o nível básico 
de isolamento compatíveis com a classe de tensão do sistema e também atender as demais 
condições necessárias em função do seu ponto de instalação. 
a) Chaves-fusíveis de distribuição 
• Para proteção de redes primárias 
― a corrente nominal da chave-fusível deve ser igual ou maior que 150% do valor nominal 
do elo fusível a ser instalado no ponto considerado, exceto se existir a possibilidade de 
crescimento de carga; 
― a capacidade de interrupção, associada ao valor de X/R do circuito, no ponto de 
instalação, deve ser, no mínimo, igual à máxima corrente de defeito nesse ponto; 
― para possibilitar o desligamento de ramais sem necessidade de prejudicar o 
fornecimento a outros consumidores devem ser utilizadas chaves-fusíveis equipadas com 
dispositivo para permitir abertura em carga, mediante a utilização do dispositivo para 
abertura em carga. 
• Para proteção de transformadores de distribuição 
As chaves-fusíveis para proteção de transformador de distribuição devem cumprir os 
seguintes requisitos: 
― operar para curto-circuito no transformador ou na rede secundária, fazendo com que 
estes defeitos não tenham repercussão na rede primária; 
― o elo fusível deve suportar continuamente, sem fundir, a sobrecarga que o transformador 
é capaz de suportar sem prejuízo de sua vida útil; 
― os elos fusíveis para a proteção dos transformadores instalados em redes urbanas de 
13,8 kV devem ser dimensionado de acordo norma ND.78. 
b) Religadores 
Os religadores devem ser empregados em derivações de alimentadores sujeitos a defeitos 
intermitentes, quando suas correntes de carga e as correntes de curto-circuito fase-terra são 
elevadas, de modo a interferir no relé de neutro da subestação, comprometendo a 
coordenação. 
 
 
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Projetos de Redes Aéreas Urbanas de Distribuição 
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c) Seccionalizadores 
A instalação de seccionalizadores requer que os mesmos só possam ser usados no lado da 
carga em série com o religador ou disjuntor, tendo um dispositivo de religamento automático 
na retaguarda, no caso do disjuntor. 
6.1.6.2 Proteção contra sobretensões 
Para proteção das redes e dos equipamentos contra sobretensões de origem atmosférica 
devem ser previstas as instalações de para-raios nos seguintes pontos: 
a) Transformadores de distribuição 
Em todos os transformadores de distribuição. 
b) Reguladores de tensão ligados em deIta aberto 
Instalar dois jogos de para-raios por fase, sendo um do lado da fonte e outro do lado da 
carga, com exceção da fase central, onde deve ser instalado apenas um para-raios. 
c) Banco de capacitores 
Instalar para-raios em cada fase, do lado da fonte em relação à chave-fusível. 
d) Religadores e seccionalizadores 
Instalar um conjunto de para-raios em cada lado (fonte e carga), na própria estrutura. 
e) Chaves a óleo 
Instalar um conjunto de para-raios em cada lado (fonte e carga), na própria estrutura nos 
locais em que as mesmas operam normalmente abertas. No caso das chaves normalmente 
fechadas deve-se instalar apenas um jogo de para-raios no lado fonte. 
f) Estruturas de transição de modalidades de redes 
Instalar um conjunto de para-raios nas estruturas de transição de modalidade de redes 
primárias (aérea - protegida compacta; aérea - isolada; aérea - subterrânea). 
Nas travessias subterrâneas devem ser instalados para-raios nas estruturas, tanto no ponto 
de descida como no ponto de subida do cabo subterrâneo. 
g) Entradas primárias subterrâneas 
Instalar para-raios na estrutura de descida dos cabos subterrâneos. 
Para entradas subterrâneas com extensão acima de 18 m, instalar para-raios no interior da 
subestação abrigada junto ao transformador. 
6.1.6.3 Seccionamento e manobra 
Os equipamentos de seccionamento e manobra a serem utilizados nas redes aéreas de 
distribuição são: 
― seccionador unipolar tipo faca com dispositivo para abertura sob carga; 
― chave-fusível de distribuição com dispositivo para abertura sob carga; 
― chave a óleo. 
6.1.6.3.1 Localização dos equipamentos de seccionamento 
A localização dos equipamentos de seccionamento deve ser escolhida de acordo as 
necessidades operacionais da rede e devem ser utilizados em pontos de manobras, visando 
 
 
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à eliminação da necessidade de desligamento nas subestações para sua abertura, e a 
minimização do tempo necessário à realização de uma determinada manobra e do número 
de consumidores atingidos por ela. 
Devem ser instalados em pontos de fácil acesso para sua operação. 
Como casos gerais de pontos onde devem ser instaladas essas chaves, temos: 
― pontos de interligação de alimentadores; 
― pontos da rede onde são previstas manobras para transferências de cargas, localização 
de defeitos ou desligamentos de trechos para serviços de manutenção e construção, 
observando-se a não existência de outra chave com dispositivo para abertura em carga, 
próximo ao ponto considerado pelo lado da alimentação; 
― após os pontos de entrada de consumidores importantes, a fim de preservar 
continuidade de serviço por ocasião de manobras; 
― pontos no lado da fonte, junto ao início de grandes concentrações de cargas. 
6.1.7 Aterramento 
a) Os aterramentos dos tanques dos equipamentos especiais, para-raios e secundários de 
transformadores devem ser interligados através do neutro, em toda área de distribuição 
da cidade (sistema multiaterrado com neutro contínuo). 
b) Todos os transformadores na instalados em redes aéreas de distribuição urbana devem 
ser aterrados com seis hastes em alinhamento, junto à calçada, independentemente do 
valor da resistência de terra local. 
c) Todo o final da rede secundária deve ser aterrado com uma haste de aterramento. 
d) Deve ser instalada uma haste de aterramento a cada 300 m de rede, quando não houver 
nenhum aterramento nesse trecho. 
e) Os equipamentos especiais (reguladores, religadores, seccionalizadores, bancos de 
capacitores e chaves a óleo), instalados na área urbana, devem possuir aterramentos 
dimensionados especificamente para o local. 
f) Deve ser levantada a resistividade do solo e elaborado um projeto, visando obter valores 
de resistência economicamente viáveis e dentro dos limites de segurança. 
g) Quando a rede urbana tiver até quatro transformadores, os aterramentos dos mesmos 
devem ser executados mediante projetos específicos. 
6.1.8 Ramal de ligação de consumidor 
O ramal de ligação do consumidor atendido em tensão primária pode ser: aéreo com cabos 
pré-reunidos (multiplexados), cobertos ou nus ou subterrâneo com cabos isolados. 
O ramal de ligação do consumidor atendido em tensão secundária deve ser aéreo com 
cabos pré-reunidos (multiplexados) desde que sejam atendidas as condições técnicas e de 
segurança. 
6.1.9 Dimensionamento mecânico 
6.1.9.1 Condições ambientais 
Foram adotadas as seguintes condições para dimensionamento mecânico dos cabos e 
estruturas que os sustentam: 
― Vento máximo: 60 km/h a 15 ºC; 
― Pressão do vento em superfícies cilíndricas (cabos e postes circulares): 
 
 
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― 
2V00471,0p ×=
 
― Pressão do vento em superfícies planas (poste duplo T): 
― 
2V00754,0p ×=
 
Sendo: 
― p = pressão do vento, em daN/m2 
― V = velocidade do vento, em km/h 
― Temperatura 0 ºC a 50 ºC 
― Vãos calculados: até 150 m (de 5 m em 5 m); 
― Cabos básicos: 
• Alumínio: 2 AWG 
• Cobre: 25 mm2 
― Estado básico 1: 
• Temperatura: 0 ºC 
• Velocidade do vento: 0 km/h (sem vento) 
• Tração horizontal máxima: 15% da tração de ruptura do cabo básico 
― Estado básico 2: 
• Temperatura:15 ºC 
• Velocidade do vento: 60 km/h 
• Tração horizontal máxima: 20% da tração de ruptura do cabo básico 
6.1.9.1.1 Condutores 
a) As seções mínimas dos condutores a serem utilizados nas reformas de redes primárias 
existentes com condutores nus, atendidos os requisitos elétricos e mecânicos, são os 
seguintes: 
― para condutores de cobre: 25 mm2 
― para condutores de alumínio: 2 AWG (33,61 mm2). 
b) Na Tabela 8 são apresentadas as características dos condutores nus existentes nas 
redes primárias. 
c) Na Tabela 10 são apresentadas as características dos condutores nus existentes nas 
redes secundárias. 
d) Na Tabela 22 e Tabela 23 são apresentados os valores de flechas de montagens das 
redes para os cabos de alumínio e cobre, respectivamente. Na Tabela 24 a Tabela 32 
são apresentados os valores das trações horizontais de montagem para os cabos nus 
padronizados para utilização em redes urbanas. 
6.1.9.2 Postes 
6.1.9.2.1 Comprimento do poste 
Os comprimentos dos postes normalmente utilizados são de 9 m, 11 m e 12 m, sendo: 
• 9 m - somente rede secundária 
• 11 m - para rede primária e secundária ou somente rede primária. 
 
 
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• 12 m - para instalação de chaves a óleo, transformadores, derivação de ramais 
primários, cruzamentos aéreos, saídas de subestações comprevisão de circuitos duplos 
de alimentadores com cabos pré-reunidos, protegidos, instalação de ramal de entrada 
subterrânea, tronco de alimentador quando há previsão de derivação de ramais 
primários. 
Podem ser utilizados também postes de 14 m e 16 m em casos especiais como em 
travessias. 
Quando, de acordo com o planejamento, houver previsão futura de extensão da rede 
primária, devem ser projetados postes de 11 m, mesmo que inicialmente esteja prevista 
somente a extensão da rede secundária. 
Postes com previsão de futura instalação de transformadores, chaves, em saídas de 
subestações, circuitos duplos etc., devem ser previstos com 12 m e capacidade adequada. 
Nos casos de previsão de postes de concreto para instalação de transformadores devem ser 
previstos aterramento adequado, conforme 6.1.7. 
6.1.9.2.2 Engastamento dos postes 
a) Profundidade 
A profundidade de engastamento simples é determinada, para qualquer tipo de poste, pela 
seguinte expressão: 
e = 10
L + 0,60 m 
Sendo: 
L = comprimento do poste, em metros 
e = engastamento (mínimo 1,5 m) 
b) Tipos de engastamentos 
Nas redes de distribuição urbana são utilizados os seguintes tipos de reforços no 
engastamento de postes: simples, estai de subsolo e base concretada. 
Na Tabela 18 estão indicadas as características dos engastamentos a serem utilizados nas 
redes de distribuição urbanas. 
6.1.9.2.3 Tipos de postes 
Para as redes de distribuição urbana (extensões, melhorias e loteamentos executados pela 
ELEKTRO) devem ser utilizados postes de concreto duplo T. Em loteamentos particulares, 
as redes podem ser construídas com postes de concreto circulares ou duplo T. 
Nos alimentadores em saídas de subestações com previsão de mais de um circuito por 
poste, estruturas em ângulos acentuados, derivações etc. que requeiram poste 
excessivamente pesado podem ser utilizados postes de concreto circular. 
Os postes de concreto circular e duplo T devem ser conforme padronizações constantes na 
norma ND.01. 
Os postes de concreto de seção circular devem ser conforme a padronização contida na 
norma ND.01. Na Tabela 15 são apresentadas as características dos postes de concreto de 
seção circular padronizados. 
6.1.9.2.4 Cruzetas e estruturas 
As cruzetas utilizadas nas redes urbanas são de seção retangular de 
90 x 112,5 x 2 000 mm. As cruzetas devem ser de acordo com a norma ND.01. 
 
 
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As estruturas para redes urbanas devem ser do tipo M (meio beco) ou B (beco), exceto em 
fins de linha, derivações onde não há possibilidade de utilização de estai de cruzeta, em 
estruturas de mudança de bitola e em estruturas do poste intermediário entre o vão de 
tração normal e o vão de tração reduzida, nos quais devem ser utilizadas estruturas tipo N 
(normal). 
6.1.9.2.5 Cálculo mecânico 
Consiste na determinação dos esforços resultantes aplicados nos postes e identificação dos 
meios necessários para absorver estes esforços. O valor da resultante é obtido pela 
composição das trações de projeto dos condutores que atuam no poste em todas as 
direções e transferidas a 100 mm do topo do poste. As trações de projeto dos condutores 
nus padronizados estão indicadas na Tabela 21. A resultante pode ser calculada tanto pelo 
método geométrico como pelo método analítico, conforme os métodos a seguir. 
a) Método geométrico 
A tração resultante (R) pode ser obtida pelo método geométrico através da representação 
das trações dos condutores (F1 e F2) por dois vetores em escala, de modo que as suas 
origens coincidam e construindo um paralelogramo conforme indicado a seguir: 
R 
=
 
F1
 
+
 
F2F
1
F2α
β
 
Figura 8 — método geométrico 
2F1FR += 
 
Sendo: 
R - tração resultante 
21 F,F - trações de projeto dos condutores 
α - ângulo de deflexão da rede 
b) Método analítico 
De posse dos valores das trações dos condutores que atuam no poste e do ângulo formado 
pelos condutores, tem-se: 
 
 
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R
F
1
F2α
β
β1
β2
 
Figura 9 — método analítico 
A resultante R pode ser calculada pela seguinte expressão: 
R = β++ cos.F.F2FF 212221 
Sendo: 
R - tração resultante 
F1, F2 - trações de projeto dos condutores 
β = 180º - α 
α - ângulo de deflexão da rede 





 β⋅
=β
R
senF
arcsen 21 e 




 β⋅
=β
R
senF
arcsen 12 
Se as trações F1 e F2 forem de valores iguais, a resultante pode ser 
calculada pela seguinte expressão simplificada: 
2
senF2R α⋅⋅= 
6.1.9.3 Utilização dos postes quanto à resistência mecânica 
a) Os postes devem ser dimensionados de modo que suportem as trações aplicadas pelos 
condutores nele instalados e estarem de acordo com as resistências nominais 
padronizadas. 
b) Para as configurações de redes recomendadas (somente primária, somente secundária 
ou primária e secundária), nas situações de fim de linha e ângulos de deflexão 
horizontal, os valores dos esforços resultantes transferidos a 100 mm do topo estão 
indicados nas tabelas: 
― Rede primária e secundária com cabos de alumínio CA: Tabela 33; 
― Rede primária com cabos de alumínio CA e rede secundária isolada: Tabela 35, 
― Rede primária e secundária com cabos de cobre: Tabela 37; 
― Rede primária com cabos de cobre e rede secundária isolada: Tabela 39. 
Também devem ser considerados os esforços resultantes de cabos telefônicos, TV a cabo, 
ramais de ligação etc., quando existirem. 
c) As resistências nominais mínimas dos postes necessárias para as situações descritas 
no item b) são apresentadas nas tabelas: 
― Rede primária e secundária com cabos de alumínio CA: Tabela 34; 
― Rede primária com cabos de alumínio CA e rede secundária isolada: Tabela 36; 
 
 
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― Rede primária e secundária com cabos de cobre: Tabela 38; 
― Rede primária com cabos de cobre e rede secundária isolada: Tabela 40. 
d) Os postes com derivações de redes secundárias e/ou primárias, com cabos de 
telecomunicações ou outros tipos de cabos nele instalados devem ser redimensionados 
considerando as trações de projeto, ângulos de aplicação e alturas de fixação desses 
cabos. 
e) Os ramais de ligação cuja soma dos esforços resultantes produzam valor elevado, 
também devem ser considerados no dimensionamento do poste. Os valores das trações 
dos ramais de ligação são apresentados na Tabela 19 e na Tabela 20. 
f) Os postes para instalação de transformadores devem ter no mínimo as características 
apresentadas na Tabela 16 e para instalação de seccionadores devem ser de acordo 
com a Tabela 17. 
6.1.9.4 Escolha do tipo de estrutura 
A escolha das estruturas é em função da bitola dos condutores, do vão, do ângulo de 
deflexão horizontal e do espaçamento elétrico, de acordo com a Tabela 41 e Tabela 42. 
6.1.9.5 Estaiamento aéreo 
São utilizados estaiamentos para se obter a estabilidade de postes ou estruturas sem 
equilíbrio, ocasionados por solo excessivamente fraco ou por elevado esforço mecânico 
externo, o qual acarreta um momento fletor solicitante também elevado. 
Os estaiamentos podem ser efetuados de poste a poste, cruzeta a poste, ou mediante 
utilização de poste

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