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Análise de um artigo sobre treinamento em habilidades sociais

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Disciplina: ABORDAGEM PSICOTERÁPICA: COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
	
	
	Período: 6 Turno: Noturno Ano/Sem.: 2017/1
	
Profa. Dra. : Giovana D. Stuhler 
 giovanads@univali.br
Acadêmica: Alessandra Schindler
ANÁLISE DE UM ARTIGO CIENTÍFICO SOBRE TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS
Pesquisar na net um artigo científico a partir de 2014, sobre a utilização do Treinamento em Habilidades Sociais em diferentes situações clínicas.
IDENTIFICAÇÃO DA REVISTA (ANO, NÚMERO, VOLUME): Conforme ABNT
Habilidades sociais de familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos. Estud. Psicol., Campinas, v.31, n.4, p.549-558, dez. 2014. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2014000400009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 18 abr.  2017.
TÍTULO DO ARTIGO: Habilidades sociais de familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos.
AUTOR (ES): LIMA, Diego Costa; BANDEIRA, Marina; TOSTES, Joanna G. de Andrade; OLIVEIRA, Marcos Santos.
OBJETIVO (S): Investigar o grau de habilidades sociais (HS), com ênfase na subclasse de assertividade dos familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos; identificar os subgrupos que apresentam maiores escores dessas habilidades e avaliar a relação entre o grau de habilidades sociais e o uso de estratégias de enfrentamento. 
METODOLOGIA: 
A amostragem foi constituída por familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos, atendidos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de uma cidade de Minas Gerais, e que estavam de acordo com os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Critérios de inclusão: familiares com 18 anos ou mais, amos os gêneros, indicados pela coordenadora do CAPS como os principais cuidadores dos pacientes e com convivência diária com o paciente. Critério de exclusão: menor de idade, familiares com algum transtorno psiquiátrico ou com dificuldades em compreender os itens dos instrumentos de medida. Foram entrevistados 53 familiares através de instrumento como o questionário sociodemográfico; inventário de habilidades sociais (visando o enfrentamento, autoafirmação com risco, autoafirmação na expressão de sentimento positivo, conversação, desenvoltura social, autoexposição a desconhecidos, situações novas e autocontrole da agressividade); e escala de assertividade Rathus (avalia os comportamentos das pessoas em situações cotidianas, subescalas que avaliam os graus de timidez, agressividade e assertividade). As entrevistas foram individuais e participação voluntária. 
RESULTADOS: 
Foram avaliados os escores através do IHS e RAS, sendo o primeiro relacionado as habilidades sociais e o segundo com foco na assertividade. Os resultados pelo IHS, indicaram que mais de 50% dos cuidadores estavam abaixo da média geral dos escores globais, enfatizando as subescalas de enfrentamento e autoafirmação com risco, conversação e desenvoltura social e autoexposição a desconhecidos e situações sociais, bem como autoafirmação na expressão de afeto positivo e autocontrole da agressividade em situações aversivas. Enquanto que os da escala RAS indicou alto nível dos familiares cuidadores em relação a inibição, timidez e agressividade. Constatou-se que a maioria dos cuidadores eram do gênero feminino, casada e com ensino fundamental incompleto. Observou-se que, quanto maior o grau de habilidades sociais, mais estratégias eram utilizadas para ajudar a lidar com o paciente. Esses resultados sugerem a necessidade de serem implantados programas de treinamento de habilidades sociais no serviço de saúde mental, de forma a conseguir obter outros tipos de intervenções eficazes, aprimorando a qualidade de vida e de relacionamento dos cuidadores e pacientes.
COMENTÁRIO: 
O artigo aborda sobre a relação intrapessoal entre o cuidador familiar e o paciente com transtorno psiquiátrico, observou-se que, através do modelo explicativo da sobrecarga, as habilidades sociais são identificadas como estratégias de enfrentamento para a qualidade do relacionamento entre familiares e pacientes e o suporte social. Uma das etapas comentadas em relação as HS, é a assertividade, que se mostrou importante para a construção de interações sociais e o desenvolvimento do paciente com o cuidador, visto que a assertividade é o meio de expressar sentimentos ao receptor de forma adequada. No artigo foi identificado os possíveis problemas que a falta de HS, da não assertividade, podem representar na vida dos pacientes e familiares ao dificultar a interação entre eles, comprometendo o desenvolvimento na rede de suporte social, visto que uma pessoa não assertiva apresenta dificuldades em expressar sentimentos e pensamentos ao receptor. No treinamento de habilidades sociais, existem algumas categorias criadas por Del Prette e Del Prette (2002) que são possíveis de serem correlacionadas ao artigo, são elas: habilidades sociais de comunicação – se enquadra pelas relações que os familiares cuidadores estabelecem não somente com o paciente, mas também com o CAPS e outros profissionais, onde é necessário pedir e dar feedback, manter e encerrar conversação e responder/fazer perguntas para um modelo educativo adequado, conversação e desenvoltura social; habilidades sociais de civilidade – por serem a base da educação por conter questões como cumprimento, despedida e apresentação dentro das relações intrapessoais; habilidades sociais assertivas de enfrentamento – identificado no artigo pelos comportamentos disfuncionais dos cuidadores (pelas amostras de agressividade) e também por escore de da subescala em relação a estratégia de enfrentamento utilizados para lidar com os pacientes (relação afetiva, manifestação de opinião); habilidades sociais empáticas – pelos resultados obtidos, a HS empática é observada através da busca por suporte social (por exemplo, o CAPS) – a expressão de apoio; habilidades sociais de trabalho – resolução de problemas, tomar decisões e mediar conflitos – habilidades importantes e que devem ser treinadas pelos cuidadores como formas de práticas educativas e de melhorar a qualidade de vida do paciente e habilidades sociais de expressão de sentimento positivo – que se relaciona pela solidariedade, pela compreensão dos cuidadores em relação ao estado de saúde do paciente, e, pode se dizer, solidariedade com eles mesmos visto que pelos resultados obtidos na pesquisa, o escore global foi abaixo da média.
REFERÊNCIAS: 
LIMA, Diego Costa; BANDEIRA, Marina; TOSTES, Joanna G. de Andrade; OLIVEIRA, Marcos Santos. Habilidades sociais de familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos. Estud. Psicol., Campinas, v.31, n.4, p.549-558, dez. 2014. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2014000400009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 18 abr.  2017.
SILVA, Alessandra T Bolsoni. Habilidades sociais: breve análise da teoria e da prática à luz da análise do comportamento. Interação em Psicologia, 2002, 6(2), p. 233-242.

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