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contestação 15 de p simulada 1 2017

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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO 
PERTENCENTE AO 1° JEC. DA COMARCA DE NOVA IGUAÇU/RJ. 
 
 
 
 
 
PROCESSO Nº: (XXXX) 
 
 
 
 
 
Paula Oliveira, já devidamente qualificado nos autos da AÇÃO DE 
COBRANÇA, pelo rito especial, que lhe move Marcus Cavalcante, vem por seu advogado abaixo 
subscrito com endereço profissional na Rua …, nº…, bairro, cidade, oferecer a V. Exa. sua 
 
 
 
 
 
CONTESTAÇÃO 
 
Para expor e requerer o que segue: 
 
I. BREVE SÍNTESE DOS FATOS 
 
Marcos ingressou com ação de cobrança com a finalidade de obter êxito em 
cobrança do valor de R$ 1.600,00 relativos a cotas de condomínio e contas de gás do imóvel em que 
Paula reside, imóvel este, objeto de negócio de compra e venda realizada entre a ré e a autora e, com os 
débitos referentes aos meses de outubro a dezembro de 2016. 
 
II. DAS PRELIMINARES 
 
II.I DA INCOMPETÊNCIA 
 
Excelência, a presente ação não deveria ser proposta neste foro em que agora 
está, em virtude do que dispõe o art. 4°, I, da Lei 9.099/95, que reconhece o foro de domicilio do réu 
para julgar as causas previstas nesta lei. E amparada pelo art. 51, III da mesma lei, peço seja julgado 
extinto o processo, sem exame do mérito. 
 
II.II DA LITISPENDÊNCIA 
 
Consta no Juizado Especial Cível de Resende, processo movido contra a ré, com 
mesmo autor, mesmo pedido e mesma causa de pedir em andamento, pelo qual a ré fora intimada a 
comparecer em audiência para a mesma semana, fazendo clara, portanto, a existência da preliminar 
existente no art. 337, VI, §§ 1°, 2° e 3°, qual seja a de Litispendência, motivo pelo qual, requer a extinção 
do processo sem resolução do mérito, com base no art. 51, caput, da Lei 9.099/95. 
 
 
III. DO MÉRITO 
 
Prevalecendo as preliminares, se faz necessário observar que a autora não faz jus 
aos débitos a ela imputados, a ré assinou contrato com Marcos referente ao imóvel em que reside, na 
data de 23 de setembro de 2016. 
Da cláusula n° 2 do Contrato e Compra e Venda, consta expresso que o imóvel 
objeto do contrato “está desocupado, livre e desembaraçado de quaisquer ônus real, pessoal ou fiscal, 
judicial ou extrajudicial, dívidas, arresto, sequestro, penhora, impostos, taxas, medidas cautelares, 
locação, comodato, ou restrições de qualquer natureza...”. O ITBI foi pago pela Ré no dia 02/01/2017 e 
o contrato registrado no RI em 16/01/2017. Em 17/01/2017 Marcos recebeu o valor de R$ 178. 000,00, 
quando Paula recebeu as chaves do imóvel. 
Paula e sua mãe mudaram-se para o imóvel no dia 24/01/2017. A transferência 
da conta do gás para o nome da Ré foi feita no dia 21/01/2017. Desde que recebeu a posse do imóvel 
Paula tem pago, em dia, todos os encargos condominiais e taxas referentes e ele. Não há qualquer débito, 
como comprova através de documentos. 
Vale ressaltar que o documento acostado pela autora como fundamento da ação 
é a comprovação do depósito de reserva, feito por Paula, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), datado 
de 23 de dezembro de 2016, no qual constam as seguintes observações: “a) O móvel será vendido 
inteiramente livre e desembaraçado de todos e quaisquer ônus judiciais, extrajudiciais, quite de impostos, 
taxas, luz, gás, água e IPTU. b) A posse do imóvel será dada no ato da apresentação do protocolo do 
registro de imóveis. ” 
Por fim, a ré aduz que a demora para a efetivação da compra deveu-se ao fato de 
que a documentação do imóvel não estava regularizada o que atrasou a conclusão do processo de 
financiamento. 
Isto exposto e amparada pelo art. 1.245, § 1°, do CC: 
 
Art. 1.245. Transfere-se entre 
vivos a propriedade mediante o registro do título 
translativo no Registro de Imóveis. 
§ 1o Enquanto não se registrar o 
título translativo, o alienante continua a ser havido 
como dono do imóvel. 
 
Bem como pela jurisprudência: 
 
TJ-RS - Apelação Cível AC 
70042608455 RS (TJ-RS) 
Data de publicação: 03/06/2011 
Ementa: AÇÃO DE 
COBRANÇA. ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA 
E VENDA. AQUISIÇÃO, PELA CONSTRUTORA, 
DE IMÓVEL. DÉBITOS RELATIVOS AO 
FORNECIMENTO DE ÁGUA ANTERIORES À SUA 
POSSE. FUNDAMENTAÇÃO DO PLEITO EM 
DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE ÔNUS 
REAIS SOBRE O IMÓVEL VEICULADA PELOS 
VENDEDORES. CASO EM QUE, EFETIVAMENTE, 
INEXISTIA QUALQUER ÔNUS REAL SOBRE O 
BEM. DISPENSA DE APRESENTAÇÃO DE 
CERTIDÕES NEGATIVAS PELA COMPRADORA, 
QUE ASSUMIU O PAGAMENTO DE DÍVIDAS DE 
IPTU. CONCLUSÃO NO SENTIDO QUE TAMBÉM 
SE RESPONSABILIZOU PELO PAGAMENTO DE 
DÍVIDAS REFERENTE AO FORNECIMENTO DE 
ÁGUA. APELO DESPROVIDO. 
 
Requer seja julgado improcedente o pedido da Autora no que tange a ação de 
cobrança por ela movida. 
 
 
 IV.DO PEDIDO CONTRAPOSTO 
 
A autora demanda por dívida inexistente, eis que a Ré cumpriu fielmente todas 
as obrigações contratuais. De tal modo, nos termos do artigo 940 do Código Civil requer seja condenada 
a pagar à Ré o valor demandado. 
 
V. DOS PEDIDOS 
 
 Por todo o exposto, o réu, com o devido acatamento e respeito, desde 
logo, requer: 
 
1. Sejam acolhidas as preliminares, extinguindo-se 
o processo sem exame de mérito; 
2. No mérito, seja julgado improcedente o pedido 
autoral; 
3. Seja julgado procedente o pedido contraposto, 
com a condenação da autora ao pagamento de 
R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais) à Ré. 
 
 
VI. DAS PROVAS 
 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do art. 
32 da Lei 9.099/95, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor. 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 Rio de Janeiro, 06 de junho de 2017. 
 
 
NAYARA VASCONCELOS 
OAB/RJ Nº XX.XXX-X

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