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06 AGRAVO EXECUÇÃO APOSTILA

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UNESC 
Faculdades Integradas de Cacoal 
Mantidas pela Associação Educacional de Rondônia 
e-mail: unesc@unescnet.br – Internet: www.unescnet.br 
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PPrrooff.. AAlleexxaannddrree BBoorrggeess BBaaccccaarriinnii 
 
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AAGGRRAAVVOO EEMM EEXXEECCUUÇÇÃÃOO 
 
1 CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E HIPÓTESES DE CABIMENTO 
O Agravo em Execução é um recurso criminal que NÃO está expressamente previsto 
no Código de Processo Penal e sim na Lei de Execução Penal - LEP, Lei n. 7.210/84, em seu 
artigo art. 197. Ele será cabível contra as decisões, despachos ou sentenças proferidas pelo 
Juiz da Vara de Execuções Penais. Neste sentido, vale lembrar o teor do artigo: 
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de 
agravo, sem efeito suspensivo. 
 
Quanto às hipóteses de cabimento do RESE, deve-se ter muito cuidado em relação à 
redação do art. 581 do CPP, tendo em vista que antes da LEP ele previa algumas hipóteses de 
Recurso em Sentido Estrito, entretanto, após a LEP, caberá Agravo em Execução da decisão, 
despacho ou sentença proferida pelo juiz da Vara de Execuções Penais que: 
���� Conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena. 
���� Conceder, negar ou revogar livramento condicional. 
���� Decidir sobre a unificação de penas. 
���� Decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado. 
���� Impuser medida de segurança por transgressão de outra. 
���� Mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774. 
���� Revogar a medida de segurança. 
���� Deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a 
revogação. 
 
O agravo em execução não se destina a discutir mérito, e sim uma questão de 
execução da pena que foi obstada pelo juiz, ou seja, a decisão do juiz das execuções penais 
terá algo ligado à execução de pena e que deverá ser reanalisado por meio do agravo em 
execução. 
Exemplos: 
• Pedir para revogar medida de segurança e o juiz decide por não conceder a 
revogação, caberá o agravo em execução. 
• O réu tem decretada pelo juiz da vara das execuções penais a perda dos dias 
remidos porque cometeu uma falta leve, pode ser interposto agravo em execução sob o 
fundamento de que a perda dos dias remidos somente seria possível se o réu tivesse cometido 
falta grave. 
 
 
 
UNESC 
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PPrrooff.. AAlleexxaannddrree BBoorrggeess BBaaccccaarriinnii 
 
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O procedimento do agravo em execução não é trazido de forma expressa pela LEP, 
entretanto, o entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante no sentido de que deve ser 
aplicado o mesmo do Recurso em Sentido Estrito. Por esta razão o seu prazo é de 5 dias para 
a petição de interposição e 2 dias para a apresentação de razões ou contrarrazões. 
Desta forma, o endereçamento da petição de interposição é para o próprio juiz da 
vara de execuções que proferiu a decisão a ser recorrida, devendo haver, assim como no 
recurso em sentido estrito, um pedido de retratação (o chamado efeito regressivo). 
Por sua vez, as razões do agravo em execução serão endereçadas ao Tribunal de 
Justiça ou Tribunal Regional Federal, a depender do caso se a decisão for proferida por juiz 
das execuções penais da alçada da Justiça Estadual ou Justiça Federal, respectivamente. 
Quanto aos efeitos do Agravo em Execução este, via de regra, não possui efeito 
suspensivo, por expressa disposição do art. 197 da LEP, entretanto excepcionalmente terá 
efeito suspensivo contra a decisão que julga extinta a medida de segurança pela cessação da 
periculosidade, consoante entendimento doutrinário e por interpretação do art. 179 da LEP. 
 
OBSERVAÇÕES: 
���� O prazo do Agravo em Execução está previsto expressamente na Súmula 700 do 
STF e NÃO se confunde com o prazo do Agravo da esfera civil que é de 10 dias: 
Súmula 700 STF – É de cinco dias o prazo para interposição de 
agravo contra decisão do juiz da execução penal. 
 
���� A lei de execução penal aplica-se ao preso provisório e ao preso definitivo, ou 
seja, as regras da LEP não são aplicadas somente ao preso definitivo, incluindo também o 
preso provisório, conforme art. 2º, parágrafo único da LEP. 
Exemplo: Pessoa presa preventivamente está sujeita a uma série de direitos da LEP, 
como a remição. Não interessa se a pena é provisória, caso o juiz não conceda esta e seja 
hipótese de concessão deste direito caberá o Agravo em Execução. 
 
���� O direito à prisão especial subsiste apenas até o trânsito em julgado da sentença 
penal. 
 
���� Nem sempre a competência de aplicar a execução penal ao preso será do juízo das 
execuções penais. Não é apenas a vara de execuções penais que cabe aplicar a pena. Se existir 
no caso concreto um réu com competência por prerrogativa da função a execução da pena será 
realizada pelo órgão ao qual o sujeito tem foro por prerrogativa da função. Neste caso 
específico a petição de interposição será endereçada ao presidente do tribunal ao qual o réu é 
vinculado, e as razões para o Egrégio Tribunal, representando uma exceção. 
 
 
 
 
 
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2 ESTRUTURA DO AGRAVO EM EXECUÇÃO 
 
2.1. Petição de interposição. 
 
���� Endereçamento: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE EXECUÇÕES 
CRIMINAIS DA COMARCA DE _______________________ (Regra Geral) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DE EXECUÇÕES 
CRIMINAIS DA SECÇÃO JUDICIÁRIA DE ___________________(Crimes da Competência 
da Justiça Federal) 
Processo número: 
 
 
 
 
(Nome do Recorrente), já qualificado nos autos do processo que lhe move o 
Ministério Público, à fls.____, por seu advogado formalmente constituído que esta subscreve, 
vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável 
sentença _________________, conforme fls._________________, interpor tempestivamente 
o presente 
AGRAVO EM EXECUÇÃO 
com fundamento no artigo 197 da Lei de Execuções Penais. 
Requer a realização do juízo de retratação e, em sendo mantida a decisão atacada, 
seja o presente recurso encaminhado a superior instância para o devido processamento e 
julgamento. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
 
Comarca..., Data... 
Advogado..., OAB... 
 
 
 
 
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2.2. Razões ou Contrarrazões. 
 
���� Endereçamento: 
 
RAZÕES (OU CONTRARRAZÕES) DO AGRAVO EM EXECUÇÃO. 
RECORRENTE: 
RECORRIDO: 
PROCESSO NÚMERO: 
EGRÉGIO TRIBUNAL 
COLENDA CÂMARA 
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES 
 
1. Dos Fatos. 
Seja mais sucinto no resumo dos fatos e mais enfático no resumo do processo. Cita-
se o mínimo necessário para os fatos e o máximo para o processo. Deve-se expor como se 
chegou a sentença. 
No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o seguinte teor: 
“A respeitável decisão proferida merece ser reformada pelos motivos de fato e direito 
a seguir aduzidos”. 
 
2. Do Direito. 
Fale inicialmente qual foi o equívoco cometido pelo juiz das execuções penais para 
depois mencionar o direito aplicado ao caso concreto que será o fundamento do agravo em 
execução. 
 
3. Do Pedido. 
Deve-se fazer o pedido pleiteando o provimento do recurso para aplicar o direito 
referente a execução da pena ao caso concreto. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
 
Comarca..., Data... 
Advogado..., OAB...

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