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CRIME CONSUMADO E CRIME TENTADO

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TEMA: CRIME CONSUMADO E CRIME TENTADO 
 
CRIME CONSUMADO 
 
 Significado: Terminar, acabar. 
 Importância: Termo inicial da prescrição e na competência territorial (não 
esquecer da teria da ubiqüidade quanto ao local do crime – art. 6.º, CP). 
 Conceito: art. 14, I, CP -> “Diz-se o crime consumado, quando nele se reúnem todos 
os elementos de sua definição legal”. Ou seja, quando são preenchidos todos os 
elementos do tipo objetivo. É por isso que se fala em “enquadramento legal”. 
 Diferença para o exaurimento: No exaurimento, o crime já está consumado, mas 
ainda ocorrem outros resultados lesivos. Exemplos: Oferecer R$ 100,00 reais ao 
PRF para evitar uma multa já consuma o crime, não ser multado apenas exaure o 
crime; Seqüestrar uma pessoa para solicitar o resgate consuma o crime, receber a 
quantia o exaure: 
 
Corrupção passiva 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em 
razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
 
Extorsão mediante seqüestro 
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, 
qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: 
Pena - reclusão, de oito a quinze anos. 
 
 O ITER CRIMINIS SE ENCERRA COM A CONSUMAÇÃO DO DELITO! 
 Consumação nos diferentes tipos de crime: 
o CRIMES MATERIAIS: Com o evento ou o resultado naturalístico. Ex: art. 
121, CP; 
o CRIMES CULPOSOS: Somente com o resultado naturalístico. A falta do 
dever de cuidado, sem produção de resultado, não implica em crime; 
o CRIMES FORMAIS OU DE MERA CONDUTA: Própria ação; 
o CRIMES HABITUAIS: Com a reiteração dos atos; 
o CRIMES PERMANENTES: A consumação de protrai no tempo, até que cesse 
o comportamento do agente; 
o CRIMES OMISSIVOS: 
 Próprios: No momento em que o agente deveria agir e não o faz; 
 Impróprios: Quando ocorre o resultado naturalístico. 
CRIME TENTADO 
 
 Importância: Aplicação da pena (art. 14, parágrafo único: diminui de 1 a 2/3). 
 Conceito: Art. 14, II, CP: “Diz-se o crime tentado quando, iniciada a execução, não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente”. 
 NA TENTATIVA, HÁ A PRÁTICA DE ATO DE EXECUÇÃO, MAS O AGENTE NÃO 
CONSUMA O CRIME POR CIRCUNSTÂNCIAS ACIDENTAIS! 
 
ITER CRIMINIS 
 
 A IDÉIA ANTECEDE A AÇÃO! -> VOLTAR À TEORIA DA AÇÃO 
 Conceito: É o caminho que o crime percorre desde a idéia até a sua consumação. 
 FASES: 
1. Fase interna: a) cogitação <- Não interessa ao Direito Penal; 
2. Fase externa: a) atos preparatórios; b) atos executórios; c) consumação. 
 
 COGITAÇÃO: Germinação da idéia, a elaboração mental; 
 PREPARAÇÃO: Ato externo, no qual o agente procura os 
instrumentos necessários, vai ao local apropriado, escolhe o 
horário mais favorável etc. Via de regra, não são puníveis (há 
quem defenda que deveria ser o contrário, como medida de 
prevenção criminal). Porém, há casos em que se pune os atos 
preparatórios, como p. ex. no art. 291 do CP (petrechos para 
falsificação de moeda). Verificar o conteúdo do art. 31 do CP: 
 
Casos de impunibilidade 
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo 
disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não 
chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
 EXECUÇÃO: Prática do crime (começa o enquadramento típico); 
 CONSUMAÇÃO: Quando o agente “terminar” o crime, quando 
restam preenchidos todos os elementos do tipo objetivo. 
 
DISTINÇÃO ENTRE ATOS PREPARATÓRIOS E ATOS EXECUTÓRIOS 
 
 Alguns autores defendem que o critério deve ser assim definido, com base no 
perigo ao bem jurídico: 
o Atos remotos ou distantes: preparatórios, pois equívocos; 
o Atos próximos: executórios, pois inequívocos. 
 Critério material: Ataque ao bem jurídico; 
 Critério formal: Início da realização da conduta núcleo do tipo. 
 CRITÉRIO ADOTADO NO BRASIL  CRITÉRIO FORMAL 
 
NATUREZA E TIPICIDADE DA TENTATIVA 
 
 O crime tentado não é um crime autônomo, mas apenas a realização incompleta de 
uma conduta típica. Não existe o crime de tentar matar alguém, p. ex. Basta 
verificar a tipificação dada pelo Ministério Público: art. 121 c/c 14, II, CP. 
 Isso ocorre porque o art. 14, II é uma norma de caráter extensivo, criando novos 
mandamentos proibitivos. É o que o Damásio chama de adequação típica de 
subordinação mediata. 
 
ELEMENTOS DA TENTATIVA 
 
 Possui tudo, exceto a consumação. 
 Elementos: 
1. Cogitação; 
2. Preparação; 
3. Início da execução – Adotamos a teoria objetiva (deve haver uma ação) Há 
a teoria subjetiva (preparação) e a teoria sintomática (periculosidade). 
4. Não consumação do crime por circunstâncias alheias à vontade do agente: 
 Circunstâncias alheias à vontade do agente: 
 Tentativa imperfeita: atuação no sentido psicofísico (obsta 
o agente, objetiva subjetivamente). Não conclui a execução. 
Ex: o seguram enquanto desferia socos na vítima; 
 Tentativa perfeita: obsta o agente somente objetivamente, 
mas ele faz todo o possível para a produção do resultado 
(conclui a execução), que não se concretiza por mero 
acidente. Ex: efetua o disparo com arma de fogo mas a 
pessoa sobrevive; 
 Se as circunstâncias dependem da vontade do agente, teremos: 
 Desistência voluntária; 
 Arrependimento eficaz. 
5. Dolo em relação ao crime total: não há dolo especial, aqui o dolo da 
tentativa é o mesmo do delito consumado (ex: matar alguém). 
 
PUNIBILIDADE DA TENTATIVA 
 
 Teoria subjetiva: A punibilidade se justifica na vontade do agente de produzir o 
resultado, por isso a pena deve ser igual à do crime consumado. Aplicada na 
Argentina e Alemanha. 
 Teoria objetiva: Perigo a que é exposto o bem jurídico. Como a lesão ou perigo ao 
bem jurídico é menor em razão da não consumação, a pena deve ser menor. 
Aplicada no Brasil  Art. 14, parágrafo único. 
o EX. DE EXCEÇÃO ONDE A PENA SERÁ IGUAL: ART. 352 DO CP. 
 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA 
 
 É a chamada tentativa abandonada. É uma medida de Política Criminal no sentido 
de incentivar a não consumação do crime. É o posso, mas não quero; já na tentativa 
é o quero, mas não posso. 
 Art. 15 – “O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou 
impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados”. 
 Não precisa ser espontânea!!! Só ocorre na tentativa imperfeita. Na tentativa 
perfeita, pode ocorrer apenas o arrependimento eficaz. 
 
ARREPENDIMENTO EFICAZ 
 
 Aqui o agente já esgotou todos os meios de que dispunha (atos executórios), mas 
consegue evitar que o resultado aconteça. 
 Não precisa ser espontâneo, basta ser voluntário. 
 EM AMBOS OS CASOS, O AGENTE RESPONDE PELOS ATOS JÁ PRATICADOS QUE 
CONSTITUÍREM CRIMES. 
 
NATUREZA JURÍDICA DA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E DO ARREPENDIMENTO 
EFICAZ 
 
 2 CORRENTES: 
1. Causas de extinção da punibilidade – Nelson Hungria; 
2. Causas de exclusão da adequação típica – Damásio, Mirabete, Bitencourt. 
 A SEGUNDA CORRENTE PARECE MAIS ACERTADA. ISSO PELO FATO DE QUE 
SÃO CIRCUNSTÂNCIAS VOLUNTÁRIAS, OU SEJA, NÃO SÃO ALHEIAS À 
VONTADE DO AGENTE. ASSIM, NÃO SE APLICA NA NORMA DE EXTENSÃO 
(ART. 14, II, CP), SENDO ATÍPICAS AS CONDUTAS. INCLUSIVE SERIA 
DESNECESSÁRIA A REGRA DO ART. 15. 
 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR 
 
 Arrependimento posterior: Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave 
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da 
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a 
dois terços.CRIME IMPOSSÍVEL OU TENTATIVA INIDÔNEA 
 
 Crime impossível: Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta 
do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o 
crime. 
 Ineficácia absoluta do meio: arma que não dispara; veneno consistente em farinha 
etc. 
 Absoluta impropriedade do objeto: ex: disparo de arma de fogo em cadáver, aborto 
em mulher que não está grávida etc 
 
CRIME PUTATIVO 
 
 Só existe na imaginação do agente. Não há crime. Ex: furto de uma caneta que já lhe 
pertencia. 
 
CRIME PROVOCADO 
 
 Ver Súmula 145 do STF; 
 Flagrante preparado/provocado: crime impossível; 
 Flagrante esperado: tentativa; 
 Flagrante forjado: não há crime.

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