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DIREITO EMPRESARIAL II

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DIREITO EMPRESARIAL II
DUPLICATA
Legislação 
Lei nº 5474/68.
Aplica-se de forma subsidiária às duplicatas o decreto 57663/66 que trata de letra de câmbio e nota promissória. 
Fatura
A fatura é o documento descritivo da compra e venda mercantil ou da prestação de serviços que contenha indicação da quantidade, qualidade e preço do produto transicionado ou serviço prestado. 
1. Obrigatória: é obrigatória na compra e venda mercantil a prazo, quando esse prazo é superior a 30 dias. 
2. Facultativa: é facultativa na compra e venda mercantil à vista ou com prazo inferior a 30 dias e também nas prestações de serviços. 
Conceito 
Título de crédito à ordem e formal originado necessariamente de um contrato de compra e venda mercantil ou prestação de serviços. 
Emissão facultativa: a duplicata não é obrigatória em nenhuma hipótese a emitir duplicata.
Classificação da duplicata
Quanto ao modelo: vinculada - deve obedecer a um padrão exigido por lei para que produza efeitos jurídicos cambiais. 
2. quanto a estrutura: ordem de pagamento - o título dá ensejo à três relações jurídicas distintas. Ex.: cheque, letra de câmbio, duplicata. 
Do sacador, vendedor que emite a duplicata; 
Do sacado, comprador a quem a ordem de pagamento é dirigida;
Beneficiário, em favor de quem a ordem é dirigida; 
3. Quanto a circulação: nominativo à ordem – sempre constará o nome do beneficiário do título. 
4. Quantos às hipóteses de emissão: causal - só podem ser emitidos em determinadas hipóteses previstas em lei. Ex.: duplicata somente pode ser emitida para documentar uma compra e venda mercantil ou prestações de serviços. 
Requisitos extrínsecos da duplicata
Denominação duplicata: Tem a função de identificar o título, bem como diferenciá-lo dos demais. Corresponde à cláusula cambiária, isso significa que o título pode circular por endosso, independentemente da existência de cláusula à ordem. 
Data da emissão é importante para se apurar o prazo de remessa da duplicata ao comprador.
Número de ordem tem a função de diferenciar as diversas duplicatas emitidas pelo empresário.
Número da fatura porque a emissão da duplicata só é possível se tiver uma duplicata. 
Vencimento deve constar a data do vencimento, se a vista ou a prazo, deve ter a data. A ÉPOCA DO VENCIMENTO É OBRIGATÓRIA! Se não houver data de vencimento a duplicata deixa de ter executividade.
 Nome e domicilio do vendedor e do comprador 
A importância a pagar em algarismos e por extenso a duplicata sempre indicará o valor total da fatura, ainda que o comprador tenha direito a um desconto ou a compra seja parcelada. 
Praça de pagamento a regra geral é que a praça do pagamento é no domicilio do comprador/sacado. Pode ser convencionado outro lugar. 
Cláusula à ordem deve ser transmitida por endosso. 
Declaração do reconhecimento da sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador como aceite cambial. Por esse requisito O ACEITO NA DUPLICATA É OBRIGATÓRIO e por meio dele o sacado se torna o devedor principal. 
Assinatura do emitente se endossar o título se vincula ao pagamento do título como devedor indireto. 
Remessa									03/10/16
Se a compra é a vista extrai-se a duplicata e a remete na hora, mas se for a prazo não precisa ser extraída no mesmo dia da compra. 
Se a compra for a prazo, a remessa da duplicata deve acontecer no prazo de 30 dias da emissão da duplicata, ou seja, o sacador deve remeter a duplicata ao sacado. 
Devolução 
Após a apresentação o comprador/sacador deve devolver a duplicata no prazo de 10 dias da apresentação do título. 
Retenção legítima: a retenção da duplicata pelo comprador é legitima quando ele emite e encaminha uma declaração comunicando seu aceite. Também é legítima a retenção quando o sacado se recusa a efetuar o aceite (conforme hipóteses previstas em lei) e encaminha ao sacador as razões da recusa dentro do prazo estipulado por lei. Nas outras hipóteses trata-se de retenção ilegítima se não devolver dentro do prazo de 10 dias. 
Aceite 
O aceite na duplicata é OBRIGATÓRIO
Ordinário 
Ocorre quando o sacado apõe a sua assinatura no título. Aceite por forma expressa. 
Presumido:
 Se o sacador não apor sua assinatura não significa que o sacado não aceitou a duplicata, pois este é obrigatório.
Aceite por comunicação: declaração que o sacado encaminha ao vendedor em documento apartado comunicando o seu aceite. O princípio da literalidade é mitigado. É presumido porque não há assinatura do sacado no título. 
Título + comprovante de entrega de mercadoria: quando se tem a duplicata ou triplicata não assinada + o comprovante que a mercadoria foi entregue, presume-se que houve o aceite. 
Protesto por indicação + comprovante de entrega: Quando se tem o instrumento do protesto por indicação das + o comprovante de entrega.
Razões de recusa 
Pode haver a recusa nas hipóteses expressamente determinadas em lei. Deve ser comunicada dentro do prazo de devolução da duplicata, se não justificar dentro desse prazo preclui-se o direito. 
Avaria ou não recebimento das mercadorias.
Vícios, defeitos ou diferença na qualidade, ou na quantidade das mercadorias. 
Divergência nos prazos ou nos preços ajustados. 
Protesto
A duplicata pode ser protestada pela falta do aceite, pela devolução e pelo não pagamento. O protesto deve ser realizado dentro do prazo de 30 dias do seu vencimento. 
 
Protesto necessário
Para o exercício do direito de cobrança em face dos devedores indiretos do título e também nas hipóteses de aceite presumido. 
Protesto por indicação
É realizado com base nos dados e “indicações” que o vendedor possui em razão da emissão da duplicata. Esses dados, em regra, estão contidos no livro de registro de duplicata (Art. 19 da Lei de Duplicata). Todavia, dependendo da categoria do empresário ele está dispensado de escriturar regularmente o livro de registro de duplicata, podendo manter essas informações/indicações em um documento equivalente. 
No livro de registro de duplicata ou no documento equivalente consta:
Número da fatura.
Valor da fatura/ valor da duplicata
Endereço do sacado
Data da emissão da duplicata 
Triplicata 
 Conceito 
Trata-se da segunda via da duplicata (art. 23 da Lei de Duplicata). Consegue emitir a triplicata com base no livro de registro ou documento equivalente nos quais constem as informações da duplicata. 
Quando não há triplicata o protesto pode ser realizado por indicações. 
Execução e prescrição 
Ação de execução aplicada aos títulos de crédito, por ser este um título de execução extrajudicial, mas nada impede que seja proposta uma monitória ou ação de cobrança.
Devedor principal: a execução prescreve em 3 anos a contar do vencimento.
Devedor indireto: o prazo é 1 ano a partir do protesto. Se houver a cláusula sem despesas conta 1 ano a partir do vencimento.
Em regresso: prazo de 1 ano a partir da data do pagamento.
Duplicata da prestação de serviços (Art. 20)
NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A FATURA NÃO É OBRIGATÓRIA.
Aval 
O aval em branco avaliza o comprador. 
RECUPERAÇAO JUDICIAL – lei 11.101/2005				10/10/16
A crise do empresário
Econômica: ocorre quando há a retração dos negócios realizados pelo empresário. 
Financeira: ocorre diante da falta de liquidez, ou seja, quando o empresário não possui dinheiro em caixa para efetuar os pagamentos necessários (uma das causas para a duplicata simulada). 
Patrimonial: ocorre quando o passivo é superior ao ativo. Dívidas maiores que o patrimônio. 
O objetivo da recuperação judicial – art. 47 LF 
Tem o objetivo de sanar a crise. 
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Preservação da empresa
Função social: circulaçãode riquezas (criação de empregos, etc. etc.) parte da doutrina entende que a responsabilidade social é inerente a função social, mas outra parte entende que não é inerente. 
Estímulo à atividade econômica: para garantir a observância do princípio da livre iniciativa (art. 170). Porque o estado não consegue produzir tudo o que a sociedade precisa, logo fica a cargo da iniciativa privada. O estímulo proporciona a pessoa que se ingresse no mercado com igualdade de concorrência. 
Sujeito Ativo 
Empresário individual: EIRELI, ME.
Sociedade empresária: em nome coletivo, LDTA, coletiva simples ou por ações. Não pode a em conta de participação. 
Cônjuge sobrevivente
Inventariante e herdeiro 
Sócio remanescente
Excluídos 
Art. 2º Lei de Falências
Empresas públicas;
Sociedade de Economia Mista;
Instituições Financeiras; 
 Art. 2o Esta Lei não se aplica a:
 I – empresa pública e sociedade de economia mista;
 II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
Quem não é empresário (art. 966 CC)
Fundação 
Associação 
Sociedade simples 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Requisitos da Recuperação Judicial 
A sociedade empresária ou empresário individual precisa estar registrado na Junta Comercial. 
 Não pode estar falido.
Existência regular há mais de 2 anos.
Não pode ter obtido o mesmo benefício há menos de 5 anos. 
Os sócios controladores e seus administradores e o empresário individual não podem ter sido condenados por crime falimentar. Ex.: ausência de escrituração regular em livro obrigatório (art. 178 LF)
Objeto – empresa viável 
Para saber se a empresa é viável para recuperação judicial deve-se observar os vetores que influenciarão decisão do magistrado:
Importância social;
Importância econômica;
Tecnologia aplicada;
Número de empregados;
Tempo de existência – mínimo de 2 anos. 
A viabilidade é um dos pressupostos mais importantes para a concessão da recuperação judicial. 
Juízo Competente
Local em que se situa o principal estabelecimento do empresário, podendo ou não coincidir com a matriz. 
Principal estabelecimento é onde o empresário concentra o maior volume de suas atividades. 
Legitimidade Passiva 
A recuperação judicial será requerida em face dos credores do devedor empresário ao tempo do pedido, ainda que os créditos não tenham vencidos. Ex.: cheque pós-datado. (questão objetiva na prova)
Excluídos
Não possuem legitimidade passiva para a recuperação.
Créditos decorrentes de contrato de arrendamento mercantil;
Créditos decorrentes de contrato de alienação fiduciária;
Créditos decorrentes de contrato de compra e venda com reserva de domínio;
 Créditos decorrentes de compra e venda irretratável e irrevogável;
Créditos decorrentes de contrato de adiantamento de câmbio;
Meios de Recuperação – art. 50 LF
São exemplificativos, como por exemplo, a dilação do prazo ou a alteração na condição do pagamento; a fusão, incorporação e a cisão; emissão de valores mobiliários. O devedor ou a sociedade empresária deve apresentar um plano de recuperação judicial com todos os meios possíveis para a recuperação. 
Procedimento
Petição Inicial
Requisitos – art. 319 CPC + art. 51 LF
Situação concreta do devedor;
Situação patrimonial;
Razões da crise econômico-financeira
Documentos que devem instruir a PI 
Procuração;
Atos constitutivos (contrato social ou estatuto);
Certidão de registro na Junta Comercial;
Demonstrações contábeis relativas aos 3 últimos exercícios sociais.
Relação dos credores (nome completo, endereço, classificação do crédito (trabalhista/credor com privilégio geral), valor do crédito. 
Relação dos empregados;
ANALISA PRIMEIRO OS REQUISITOS DO ART. 48 LF + ANALISAR OS REGISTROS DA PETIÇÃO INICIAL (319 CPC +51 LF)
A Petição Inicial é endereçada ao juiz que pode deferir ou indeferir; 
Indeferimento: extinção do processo sem julgamento do mérito; neste caso não há necessidade de observar o prazo de 5 anos.
Deferimento:
Conteúdo da decisão de processamento da recuperação judicial
Nomeação do administrador judicial: o administrador judicial deve ser pessoa IDÔNEA, e de CONFIANÇA do juiz, preferencialmente um advogado, um administrador, um economista ou um contador. A remuneração do administrador será fixada pelo juiz levando em conta a complexidade da causa. Dentre as atribuições do administrador judicial podemos citar:
Fiscalização da execução do plano de recuperação judicial;
Contratação de pessoas que possam auxiliá-lo durante a recuperação judicial, desde que obtenha autorização prévia do magistrado;
Informar quando o plano não está sendo regularmente cumprido, podendo requerer a convolação da recuperação judicial em falência.
Informar os credores e o magistrado quando necessário, ou o requerido a respeito da recuperação judicial. 
O desligamento do administrador judicial pode se dar pela renúncia ou pela destituição do mesmo, devendo outro administrador ser nomeado pelo juiz. 
Suspensão das ações e execuções: opera-se a suspensão de todas as ações e execuções movidas contra o devedor empresário por 180 dias. Também não poderão mover ações, estas automaticamente serão suspensas. Com exceção das ações trabalhistas, fiscais e que demandem quantia ilíquida. 
O congelamento faz com que o credor sinta confiança em negociar com o devedor empresário.
Pela lei o prazo não pode ser prorrogado, no entanto para a jurisprudência quando a prorrogação não é imputável ao devedor empresário ela é admitida. (Não é culpa do empresário que atrasou o plano) 
Dispensa: dispensará o devedor empresário da apresentação de certidões negativas.
Apresentação de contas: determinará a apresentação de contas demonstrativas mensais. 
Efeitos da decisão que defere o processamento da recuperação judicial
Em relação a sociedade e seus sócios
Em relação aos contratos
Em relação aos credores
Após a decisão inicia-se a fase da verificação do crédito e das habilitações 
Verificação do crédito e habilitações
Com a decisão que defere o processamento da recuperação judicial inicia-se a contagem do prazo de 15 dias para que os credores suas habitações ou divergências. 
A habilitação é uma declaração em que o credor informa o juízo a respeito do valor da natureza e da classificação do seu crédito, bem como promove a juntada dos documentos exigidos em lei. (não consta o nome na relação dos credores apresentados pelo devedor)
A divergência consiste em uma declaração do credor informando ao juízo sobre a sua oposição em relação ao valor/natureza ou classificação do crédito. (consta na relação, mas há divergência) 
Tanto a habilitação quanto a divergência devem ser endereçadas/apresentadas ao administrador judicial. 
Após findo o prazo para apresentação de apresentação de habilitações ou divergências o administrador judicial procederá a verificação do crédito em relação a lista de credores apresentada pelo devedor empresário (inserindo credores, modificando valores), tendo o prazo de 45 dias para publicar a relação de credores, contados do final do primeiro prazo. 
Com a publicação da relação dos credores pelo administrador judicial inicia-se a contagem do prazo de 10 dias para as impugnações, que podem ser apresentadas pelo devedor empresário, por qualquer credor ou pelo sócio. Findo para as impugnações o credor será notificado para que conteste/ se defenda no prazo de 5 dias. As impugnações são dirigidas ao magistrado responsável peloprocessamento da recuperação judicial. Não havendo impugnações, ou após o julgamento das ajuizadas o juiz homologará o quadro geral dos credores.
Admite-se habilitação retardatária, ou seja, aquela que for apresentada após os 15 dias das habilitações e divergências, até o momento da decisão que homologa o quadro geral dos credores. 
15 dias para habilitações e divergências
Endereçamento: Administrador Judicial.
45 dias a contar do final do prazo acima para o administrador judicial publicar a relação dos credores.
10 dias para impugnações pelo devedor empresário, credores ou sócios. 
5 dias para que o credor se defenda;
Endereçamento: magistrado. 
Habilitação retardatária: 15 dias após a decisão que defere o processamento da recuperação. 
Listas 
Lista de credores do devedor: 
Lista de credores do administrador judicial; 
Lista de credores do magistrado;
Órgãos da recuperação judicial 
Assembleia geral dos credores 
Compete a assembleia formada por todos os credores:
Aprovar, rejeitar ou modificar o plano de recuperação judicial;
Deliberar sobre a instituição do comitê de credores;
Deliberar sobre qualquer matéria de interesse dos credores;
Analisar o pedido de desistência do devedor empresário; 
Comitê de credores 
Compete ao comitê de credores:
Fiscalização das atividades e das contas do administrador judicial;
Fiscalização das atividades do devedor empresário;
Fiscalização da execução/cumprimento do plano de recuperação judicial;
O comitê é órgão facultativo da recuperação judicial devendo ser instituído por meio da assembleia geral dos credores. Faz parte do comitê um representando de cada crédito. É facultativo porque depende dos recursos, o comitê é remunerado, portanto depende dos recursos da empresa recuperada. 
Plano de recuperação judicial
Deve ser apresentado no prazo de 60 dias, contados da publicação que defere o processamento da recuperação judicial. Após a apresentação do plano de recuperação judicial o juiz ordenará a publicação de edital contendo aviso aos credores do recebimento do plano de recuperação judicial. Os credores possuem o prazo de 30 dias contados da publicação para apresentarem suas objeções.
Sem objeções: na hipótese de não haver objeções o juiz entenderá que o plano de recuperação judicial foi aprovado pelos credores e concederá a recuperação judicial.
Objeções: caso uma ou mais objeções forem apresentadas o magistrado deve convocar a ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES para deliberar sobre o plano de recuperação (aprovando-o, rejeitando-o ou modificando-o).
Assembleia geral de credores: o prazo para deliberação na assembleia não pode ultrapassar 150 dias contados da decisão que defere o processamento da recuperação judicial. Esse prazo justifica-se em razão da suspensão que ocorre com as execuções por 180 dias. Se a assembleia ocorrer antes do termino da suspensão da execução os credores estarão mais calmos. 
O plano de recuperação implica em novação dos créditos sujeitos a ele e obriga o devedor empresário e os credores ao cumprimento do plano. Caso o plano de recuperação judicial não seja apresentado dentro do prazo previsto, ou seja, rejeitado pela assembleia de credores, o juiz decretará a falência do devedor empresário, ou seja, ocorre a convolação da recuperação judicial em falência. 
1 Execução do plano de recuperação judicial 
Nome empresarial: o devedor empresário (seja empresário individual ou sociedade empresária) deverá agregar ao seu nome a expressão “EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL”. Essa expressão serve para proteger novos credores, mas os doutrinadores entendem que para a empresa não é bom, porque o objetivo dela é sair da crise e a partir do dia em que agrega essa expressão dificilmente as pessoas vão querer negociar com ela. Logo prejudica a finalidade da lei que é recuperar o devedor empresário. 
Prazo: o plano de recuperação judicial deve ser cumprido pelo devedor empresário no prazo máximo de 2 anos da concessão da recuperação judicial. Caso o plano não seja cumprido o juiz converterá a recuperação em falência. 
Recuperação extrajudicial 
A recuperação extrajudicial consiste na possibilidade do devedor requerer a homologação em juízo do plano de recuperação extrajudicial. Não podem ser incluídos os créditos de natureza trabalhista e tributária.
FALÊNCIA 
É um processo de execução concursal movida contra o empresário insolvente, é uma execução coletiva com todos os credores, porque todas as ações movidas contra o devedor são atraídas para o juízo falimentar, exceto as de quantia ilíquida, trabalhistas e execução fiscal. 
O pedido de falência é um instrumento eficaz de cobrança.
Não é uma falência econômica, é uma falência jurídica. 
O administrador judicial é nomeado e o devedor empresário é afastado. 
Direito falimentar
É o conjunto de regras pertinentes à execução concursal do devedor empresário que não são as mesmas aplicadas ao devedor civil. 
Duas principais diferenças entre devedor empresário e devedor civil:
Possibilidade do devedor empresário requerer a recuperação judicial;
Declaração da extinção das obrigações caso o devedor pague 50% dos créditos quirografados. 
Existe um regime jurídico para o empresário que serve como um incentivo para abrir uma empresa. 
Destinação legal
Somente o empresário está sujeito à falência, regular ou irregular. Serve para proteção do empresário. O próprio empresário pode pedir sua falência – autofalência. 
Casos de não incidência 
Absoluta: em nenhum momento a sociedade empresária se submeterá à lei de falência, pois possui uma legislação específica com um processo de insolvência próprio. 
Empresa pública;
Sociedade de economia mista;
Entidades de previdência complementar;
Relativa: tem um regramento próprio, mas na sua falta de forma subsidiária aplica-se a lei de falência. 
Instituições financeiras públicas, privadas ou equiparadas;
Sociedades seguradoras;
Sociedade cooperadoras de plano de saúde;
Processo falimentar 
1 Legitimidade ativa 
Para requerer a falência de outro devedor deve ser regular.
Credores;
Cônjuge sobrevivente;
Inventariante ou o herdeiro;
Sócios: não está requerendo em nome da sociedade, mas em seu próprio nome como credor da sua quota parte. 
Próprio devedor empresário – autofalência. 
2 Pressupostos para instauração do processo falimentar
Devedor empresário
Regular ou irregular que preencha os requisitos do art. 966 do CC. 
Empresário rural se estiver registro na junta comercial;
Insolvência jurídica 
São hipóteses de insolvência determinadas por lei (art. 99 da Lei de Falência). 
Impontualidade injustificada: no cumprimento de obrigação liquida cujo valor seja superior a 40x o salário mínimo. 
Obrigação líquida: é representada por título executivo judicial e extrajudicial. Ex.: títulos de créditos. O valor da obrigação pode representar a soma de um único credor ou de credores distintos (litisconsórcio ativo) cuja soma seja superior a 40x o salário mínimo.
Impontualidade injustificada: quando não ocorre o pagamento no prazo previsto. É comprovada mediante o protesto. Não pode ser apresentado um justo motivo. 
b) Tríplice omissão: a execução é frustrada quando o devedor não paga, não deposita ou não nomeia bens à penhora.
c) Prática de ato de falência: 
Quando ocorre alienação do estabelecimento comercial (trespasse) sem que haja a devida anuência dos credores (de forma expressa ou tácita). Se aplica quando o passivo da sociedade ou empresa individual é superior ao ativo. Deve ser comunicado pelo comprador. 
Dissolução de fato: quando a sociedade empresária ou o empresário individual encerra suas atividades por vontade própria. 
Sentença declaratória de falência 
A sentença declaratória tem natureza constitutiva, porque insere o devedor empresário em um regime jurídico diverso.
Etapas do processo falimentar
Pedido de falência 
Tem início com a petição inicial e se encerra com a sentença declaratória da falência. 
Etapa falencial
Tem início com a sentença declaratóriade falência e se conclui com o encerramento da falência.
Reabilitação 
É a fase em que o empresário se reabilita para voltar a exercer a atividade empresária. 
Etapa pré-falimentar
Competência e universalidade do juízo falimentar 
Juízo competente é aquele em que se situa o principal estabelecimento do empresário, ou seja, o local no qual se concentra o maior número de atividades que pode ou não coincidir com a matriz (nem sempre o principal estabelecimento será a matriz). 
O juízo falimentar é universal porque atrai todas as ações do falido (sociedade empresária ou empresário individual). 
Exceções: das reclamatórias trabalhistas, fiscais, que demandam quantia ilíquida e as que a massa falida figura como autora ou litisconsorte ativa (está falando dos direitos dos credores) desde que não sejam reguladas pela lei 11.101/05. 
Petição inicial
Deve atender os requisitos do art. 319 do CPC e deve ser instruída com documento comprobatório da hipótese em que fundamenta o pedido de falência no art. 94 da LF. 
Hipótese do inciso I: a petição deve vir acompanhada do título executivo + a certidão de protesto. 
Hipótese do inciso II: certidão expedida pelo juízo que processa a execução (certidão de execução frustrada pela tríplice omissão)
Hipótese do inciso III: documentos pertinentes a pratica do ato de falência em questão. 
Meios de defesa 
O devedor empresário tem 10 dias para apresentar sua defesa (previsto na LF).
Contestação: alegar que já pagou, que não deve, que o crédito está prescrito, etc. Se o juiz acolhe as razões da contestação a sentença será denegatória, mas se não acolher a sentença será declaratória.
Contestação e o depósito: só cabe na impontualidade e na execução frustrada (art. 94, I e II). 
Depósito elisivo (art. 98 LF): corresponde ao depósito em dinheiro do valor do crédito reclamado acrescido de juros, correção monetária e honorários advocatícios. Esse depósito tem o condão de evitar/elidir a falência. 
No caso da contestação + depósito a sentença será sempre denegatória. Se o juiz acolhe as razões da contestação o depósito será levantado em nome do empresário falido, mas se não acolher o depósito será levantado ao credor, sem decretar a falência.
Efetuar o depósito: somente realiza o depósito, sem contestação. 
Requerer a recuperação judicial: na própria contestação ele pede a recuperação judicial ou somente informa que já deu entrada no pedido de recuperação. 
Sentença 
A sentença atenderá os requisitos do art. 489 do CPC – relatório, fundamentos e dispositivo. Além deles, também seguirá os requisitos do art. 99 da lei 11.101/05. (I, II, IIX e XI – estudar pra prova). 
Nome dos administradores: porque …
Termo legal da falência: período suspeito em que há presunção de ilegitimidade doa atos praticados pelo devedor empresário, uma vez que já tinha conhecimento da possível decretação da falência. Esse prazo pode ser fixado em até 90 dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do primeiro protesto por falta de pagamento. A doutrina entende que deve ser contado do prazo mais antigo. Nesse prazo será realizada uma auditoria para fiscalização dos atos do administrador. 
Relação de credores
Suspensão de todas as ações de execuções: salvo as trabalhistas, fiscais e que demandam quantia ilíquida. 
Proibição de prática 
Determinação de diligencias
A sentença determinará que será agregado ao nome a palavra “falida”
Nomeação do administrador judicial: 
Determinação da continuação ou não das atividades. 
A sentença é publicada na íntegra por edital. 
Recursos cabíveis 
Da sentença declaratória cabe agravo de instrumento no prazo de 15 dias.
Da sentença denegatória cabe apelação. 
Etapa falência 
Administração da falência
Os responsáveis pela decretação da falência:
Magistrado: ao magistrado compete presidir a falência superintendendo as ações do administrador judicial.
Ministério Público: o MP atua como fiscal da lei “custus legis”
Órgãos da falência:
Assembleia geral de credores: 
Função 1: deliberar sobre a instituição do comitê de credores;
Função 2: deliberar sobre as modalidades extraordinárias de venda do ativo. 
Função 3: deliberar sobre qualquer matéria de interesse dos credores. 
Comitê de credores: órgão facultativo de natureza consultiva e fiscal, é instituído pela assembleia geral de credores.
 
Administrador judicial: vide matéria de recuperação judicial. 
Efeitos da falência
Dissolução total - art. 1044 CC.
Inabilitação do devedor empresário – o devedor fica impedido de exercer a atividade empresária por 5 anos – art. 102 LF. O devedor empresário precisa de uma declaração de extinção de suas obrigações para voltar a exercer atividade empresária antes destes 5 anos.
Afastamento do devedor empresário - com a decretação da falência o devedor empresário é afastado da administração, podendo apenas fiscalizar os atos do administrador judicial. A lei elenca os direitos e deveres do empresário falido. 
3 Verificação do crédito 
Com a decisão que defere o processamento da recuperação judicial inicia-se a contagem do prazo de 15 dias para que os credores suas habitações ou divergências. 
A habilitação é uma declaração em que o credor informa o juízo a respeito do valor da natureza e da classificação do seu crédito, bem como promove a juntada dos documentos exigidos em lei. (não consta o nome na relação dos credores apresentados pelo devedor)
A divergência consiste em uma declaração do credor informando ao juízo sobre a sua oposição em relação ao valor/natureza ou classificação do crédito. (consta na relação, mas há divergência) 
Tanto a habilitação quanto a divergência devem ser endereçadas/apresentadas ao administrador judicial. 
Após findo o prazo para apresentação de apresentação de habilitações ou divergências o administrador judicial procederá a verificação do crédito em relação a lista de credores apresentada pelo devedor empresário (inserindo credores, modificando valores), tendo o prazo de 45 dias para publicar a relação de credores, contados do final do primeiro prazo. 
Com a publicação da relação dos credores pelo administrador judicial inicia-se a contagem do prazo de 10 dias para as impugnações, que podem ser apresentadas pelo devedor empresário, por qualquer credor ou pelo sócio. Findo para as impugnações o credor será notificado para que conteste/ se defenda no prazo de 5 dias. As impugnações são dirigidas ao magistrado responsável pelo processamento da recuperação judicial. Não havendo impugnações, ou após o julgamento das ajuizadas o juiz homologará o quadro geral dos credores.
Admite-se habilitação retardatária, ou seja, aquela que for apresentada após os 15 dias das habilitações e divergências, até o momento da decisão que homologa o quadro geral dos credores. 
15 dias para habilitações e divergências
Endereçamento: Administrador Judicial.
45 dias a contar do final do prazo acima para o administrador judicial publicar a relação dos credores.
10 dias para impugnações pelo devedor empresário, credores ou sócios. 
5 dias para que o credor se defenda;
Endereçamento: magistrado. 
Habilitação retardatária: 15 dias após a decisão que defere o processamento da recuperação. 
4 Arrecadação 
Após a nomeação do administrador judicial este deve proceder à arrecadação de todos os bens e documentos na posse do falido, inclusive os que não são de propriedade da sociedade ou do empresário, com exceção dos bens impenhoráveis. Juntamente com a arrecadação o administrador judicial deve realizar a avaliação dos bens. 
Em relação aos bens que estão na posse, mas não são de propriedade da cabe ao proprietário requerer a restituição do bem por meio do pedido de restituição disciplinada no art. 85 da Lei 11.101/05. 
5 Liquidação 
A liquidação é a realização do ativo e o pagamento do passivo.
Realização do ativo 
VENDA ORDINÁRIA: essa ordem deve ser seguida, buscando a forma mais rentável para os credores. Nada impede que utilize-se duas modalidades devenda.
 Venda do estabelecimento em bloco;
 Venda das filiais de forma isolada; 
 Venda em bloco dos bens que compõe o estabelecimento;
 Venda dos bens de forma isolada;
VENDA EXTRAORDINÁRIA: realiza-se por decisão do juiz deferindo o requerimento do administrador judicial ou em razão do elevado grau de consenso dos credores. 
Pagamento na falência 
Ta na folha 
Encerramento da falência 
Ta na folha
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Etapa pós-falimentar
O falido pode voltar a exercer atividade empresarial após uma declaração da extinção de suas obrigações. Caso não obtenha essa declaração, pode voltar a exercer as atividades em 5 anos, se cometeu crime falimentar em 10 anos.

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