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Este conteúdo foi retirado integralmente do livro de Igor Ansoff DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO Problemas fundamentais para a administração estratégica Primeiro os desafios ambientais, descritos a seguir: 1. Ingressando na década de 1990, umas poucas indústrias ainda têm uma agenda muito semelhante à do primeiro quartel do século XX. O principal desafio, nessas indústrias, é continuar a satisfazer uma demanda básica de produtos não- diferenciados, confiáveis e inalteráveis dentro dos limites de um mercado nacional. 2. Muitas indústrias ainda enfrentam os desafios do segundo quartel do século XX, de atender as necessidades diferenciadas e continuamente mutáveis de seus clientes. 3. Em sua maioria, as indústrias se defrontam com novos desafios da década de 1990. Tais desafios são numerosos, descontínuos, variados e complexos. As empresas dessas indústrias devem: Monitorar continuamente o ambiente em busca de sinais de descontinuidade futura e possíveis surpresas Enfrentar a rápida saturação dos mercados Responder a mudanças frequentes da estrutura e da dinâmica da concorrência Reagir a concorrência global Adaptar-se a mudanças politicas Responder as pressões sociais sobre a empresa 4. Um grupo pequeno (mas crescente) e importante de indústrias compreende os criadores do progresso econômico e tecnológico. Essas são as indústrias de tecnologia avançada oriundas de novas tecnologias. Também incluem novas indústrias de prestação de serviços. Seu desafio é utilizar tecnologia de vanguarda para criar produtos que atendam necessidades previamente insatisfeitas da sociedade, criando assim novos setores de atividade. Assim, na década de 1990 empresas diferentes enfrentaram desafios distintos e em mudança constante, e para muitas empresas os desafios de amanhã serão diferentes dos de ontem. Isto produz duas consequências para a administração: 1. A evolução permanente da agenda de mudança faz com que seja perigoso basear os planos futuros em respostas bem-sucedidas a desafios passados. 2. Não existe uma receita única para o sucesso futuro que se aplique a todas as empresas. Este conteúdo foi retirado integralmente do livro de Igor Ansoff Em consequências, a administração defronta-se com dois problemas básicos: 1. Cada empresa precisa diagnosticar sua configuração própria de desafios, ameaças e oportunidades futuras. 2. Cada empresa precisa projetar e implantar sua própria respostas a esses desafios. Hipótese de sucesso estratégico A hipótese de sucesso estratégico afirma que o potencial de desempenho de uma hipótese é otimizado quando as três condições seguintes são satisfeitas: 1. A agressividade do comportamento estratégico da empresa equipara-se à turbulência do ambiente. 2. A capacidade de reação da potencialidade da empresa equipara-se à agressividade de sua estratégia. 3. Os componentes da potencialidade da empresa apoiam-se mutuamente. Ansoff e McDonnell apresentam em escala de 1 a 5, o nível de turbulência esperado no ambiente, que varia de repetitiva a surpreendente. O significado desses níveis é apresentado no quadro a seguir. Este conteúdo foi retirado integralmente do livro de Igor Ansoff A turbulência de nível igual a 1 descreve um ambiente plácido no qual o seguinte: Uma empresa pode limitar sua atenção a seu mercado tradicional. Os sucessivos desafios não passam de uma repetição do passado. A mudança é mais lenta do que a capacidade de reação da empresa. Espera-se que o futuro seja uma repetição do passado. O nível 1 de turbulência raramente é observável nas chamadas economias de livre mercado, nas quais atuam as forças naturais da concorrência. No nível 2, no qual o ambiente muda lenta e gradativamente, uma empresa obtém êxito quando muda seus produtos somente em resposta a manobras dos concorrentes. Na ausência de ameaças dos concorrentes, tais empresas aferram-se a seus produtos ou serviços tradicionais, ao mesmo tempo em que minimizam os custos e cobram preços inferiores aos seus concorrentes. No nível 3, os "heróis" são as empresas que melhoram progressivamente seus produtos ou serviços tradicionais em antecipação à evolução das necessidades dos clientes. A agressividade ao nível 4 é muito mais complexa do que nos demais níveis: As empresas bem-sucedidas no nível 4 examinam permanentemente seu ambiente para tentar identificar descontinuidades econômicas, competitivas, tecnológicas, sociais e políticas futuras. Quando uma indústria perde a atratividade, ou a empresa não é mais capaz de competir, ela deixa a indústria na hora oportuna. A empresa procura continuamente e ingressa em outras industrias nas quais o futuro é promissor e ela tem condições de ter sucesso. A formula de sucesso no nível 5 é simples: continuar a ser lider no desenvolvimento de produtos ou serviços que incorporem as últimas novidades em termos de inovação e tecnologia. A turbulência ambiental é uma medida combinada de variabilidade e da previsibilidade do ambiente da empresa. Descritas através de quatro características: Variabilidade Complexidade do ambiente da empresa. Novidade relativa dos desafios sucessivos enfrentados pela empresa no ambiente. Este conteúdo foi retirado integralmente do livro de Igor Ansoff Previsibilidade Rapidez da mudança. Trata-se da relação entre a velocidade com a qual os desafios evoluem no ambiente e a velocidade de reação da empresa. Visibilidade do futuro, o que considera a adequação e a oportunidade da informação a respeito do futuro. Uma escala de turbulência ambiental é apresentada no quadro abaixo. Evolução dos Sistemas de Administração A medida que os níveis de turbulência se alteravam, a administração ia desenvolvendo enfoques sistemáticos, visando lidar com níveis crescentes de imprevisibilidades, novidade e complexidade. A evolução dos sistemas de administração pode ser agrupada em quatro estágios distintos de evolução: 1. Evolução por controle (a posteriori) o desempenho. Que era adequada as mudanças muito lentas; 2. Gestão por extrapolação, quando a mudança se tornou mais rápida, mas o futuro ainda podia ser previsto mediante extrapolação do passado. 3. Gestão por previsão, quando começaram a surgir descontinuidades, mas a mudança, embora rápida, ainda permitia previsão e resposta oportunas. 4. Gestão através de resposta flexível e rápida, atualmente em ascensão, para condições em que muitos desafios importantes surgem com rapidez demasiadamente elevada para permitir a elaboração de previsões oportunas. Este conteúdo foi retirado integralmente do livro de Igor Ansoff Planejamento a Longo Prazo e Planejamento Estratégico No planejamento a longo prazo (PLP), acredita-se que o futuro possa ser previsto a partir da estrapolação do crescimento passado. As metas são detalhadas em programas de ação, orçamentos e planos de lucro para cada uma das unidades-chave da empresa. A alta administração tipicamente supõe que o desempenho futuro possa e deva ser melhor do que o passado, e negocia metas mais elevadas. O processo produz metas otimistas que não condizem completamente com a realidade. No planejamento estratégico, como primeira medida é feita uma analise das perspectivas da empresa, identificando-se tendências, ameaças, oportunidades e descontinuidades. A segunda etapa é uma analise de competitividade que identifica a melhoria de desempenho que a empresa poderia conseguir com aperfeiçoamentos das estratégias de competição em suas áreas de negocio. A terceira é chamadade um processo de analise estratégica de carteira: as perspectivas da empresa nas diversas áreas de negócio são comparadas. A etapa seguinte é uma analise de diversificação que diagnostica as deficiências da carteira presente e identifica novas áreas de negócio, as quais a empresa deveria ingressar. Administração da Postura Estratégica Quando o planejamento estratégico foi inventado, um dos principais critérios de seleção de estratégias era o de que as novas estratégias de competição nas áreas tradicionais de negocio, bem como nas novas áreas, fossem comparáveis com os pontos fortes tradicionais da empresa. Entretanto, a experiência começou a mostrar que a insistência no emprego de pontos fortes tradicionais se transformava numa limitação ã ação estratégica da empresa. Assim, a primeira diferença significativa entre o planejamento estratégico e a administração da postura estratégica é a adição do planejamento de potencialidades ao planejamento estratégico. A experiência tem mostrado que, quando o planejamento exige uma mudança descontinua da potencialidade de administração geral, a implantação do plano choca- se com uma forte resistência organizacional à mudança. A segunda distinção é a adição da administração sistemática à mudança. Este conteúdo foi retirado integralmente do livro de Igor Ansoff Administração de Questões Estratégicas A época de sua introdução na década de 1950, o ambiente parecia ser suficientemente previsível para se confinar o planejamento estratégico a um único plano mais provável. A medida que a previsibilidade se reduziu, tornou-se necessário elaborar planos múltiplos: básico e de contingência. Em meados da década de 1970, entretanto, os planos de contingência deixaram, por si sós, de representar preparação suficiente para um futuro imprevisível: a velocidade da mudança havia aumentado a um ponto no qual os eventos surgiam e se desenvolviam com rapidez excessiva para que esses planos pudessem ser elaborados em base oportunas. A medida que a turbulência ambiental começou a se aproximar do nível 4, as empresas começaram a usa sistemas em tempo real, ou a administração de questões estratégicas, que são os seguintes: 1. Introdução de monitoramento continuo das tendências ambientais; 2. O impacto e a premência das tendências são estimados e apresentados como questões estratégicas fundamentais; 3. Juntamente com o departamento de planejamento, a alta administração classifica as questões e; 4. Entregam-se as questões urgentes para estudo e solução. Sinais de Baixa Freqüência e Resposta Graduada As questões identificadas através do monitoramento do ambiente tendem a diferir no que diz respeito à quantidade de informação que contem. Certas questões serão suficientemente visíveis e concretas. Essas são as questões com sinal de alta freqüência. Outras questões serão as com sinais de baixa freqüência, contendo indícios imprecisos de eventos importantes eminentes. Estes sinais de baixa freqüência amadurecem com o passar do tempo e se transformam em sinais de alta freqüência. Portanto, a níveis elevados de turbulência, torna-se necessário começar a reação da empresa enquanto os sinais ambientais ainda são de baixa freqüência. A reação mais forte é o desenvolvimento e a implantação de alguma providencia direta em resposta à ameaça ou oportunidade, tal como uma nova linha de produtos, uma nova estratégia de marketing, entrar ou deixar uma área de negócio, etc. Este conteúdo foi retirado integralmente do livro de Igor Ansoff Administração de Surpresas Estratégicas Tal como num sistema de monitoramento por radar, apesar dos melhores esforços possíveis, algumas questões passarão despercebidas pelos responsáveis pelo monitoramento e se transformação em surpresas estratégicas. Isto quer dizer quatro coisas: 1. A questão surge repentina e inesperadamente. 2. Cria problemas novos, com os quais a empresa possui experiência anterior muito limitada; 3. A falta de reação leva a uma importante perda financeira ou grande oportunidade; 4. A necessidade de reação urgente, mas ela não pode ser empreendida com rapidez adequada pelos sistemas e procedimentos normais. Com isso, há uma torrente de novas informações a processar e analisar. A empresa corre o risco de sobre carga de informação. O elemento surpresa e a possibilidade de uma perda substancial, geralmente reconhecida por toda a organização, criam o perigo e pânico generalizado. As iniciativas descentralizadas podem acelerar a reação, se tornam ineficazes e até potencialmente perigosas. Se a empresa acredita que a turbulência ambiental atingirá o nível 5, ela precisa investir num sistema de surpresas estratégicas, cujas características são: 1. Quando surge a surpresa estratégica, uma rede de comunicação de emergência entra em funcionamento. 2. Dentro da rede, um centro de avaliação e distribuição de informações é instituído. 3. Enquanto perdurar a emergência, as responsabilidades da alta administração são redistribuídas; 4. Para lidar com as surpresas, é ativada uma rede de grupos de trabalhos estratégicos. Poucas empresas, se é que existe alguma, parecem ter desenvolvido e se comprometido com um sistema formal de administração de surpresas. Escolha de um Sistema de Administração para uma Empresa Há uma complicação nas empresas diversificadas que operam com níveis diferentes de turbulência. Historicamente, as empresas resolviam esse problema usando um sistema que era apropriado para o “núcleo”tradicional de negócios da empresa. Nos últimos anos, porem, algumas empresas começaram a usar sistemas distintos para as áreas de negocio diferentes. Este conteúdo foi retirado integralmente do livro de Igor Ansoff Nos níveis de turbulência de 1 a 3, os sistemas de posicionamento são adequados para assegurar uma resposta eficaz e oportuna. Nos níveis superiores a 3, torna-se necessário suplementar os sistemas de posicionamento com um sistema em tempo real. Administração da Complexidade A medida que os ambientes foram se tornando cada vez mais complexos e imprevisíveis, as empresas mais progressistas desenvolveram sistemas mais sutis, complexos e rápidos. Ao mesmo tempo, administradores e pesquisadores propunham a solução contraria: a redução da complexidade. Roy Ashby propõe a teoria da variedade necessária onde, para uma reação bem- sucedida ao ambiente, a complexidade e a velocidade da resposta das empresas devem ter a mesma complexidade e velocidade dos desafios ambientais. Herbert Simon, com base em sua pesquisa do comportamento gerencial, afirma que os indivíduos, bem como as organizações, não são capazes de lidar com problemas que ultrapassam certo nível de complexidade.
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