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Por que empreender é a bola da vez?
Murillo Leal -CEO e Redator na Staff Digital
Staff Digital Universidade Norte do Paraná
A geração atual declarou o emprego convencional como seu inimigo número um. Como jovem, entendo perfeitamente porque esse fenômeno de repulsa aos modelos de trabalho convencionais começou a ganhar força nos últimos anos. Creio isso ocorre como resultado de diversos fatores, mas alguns deles são bem evidentes.
Não quero esgotar o assunto, mas tentar entender porque empreendedorismo tem estado na boca de muita gente, mas poucas pessoas realmente sabem do que se trata.
A crise da falta de sentido.
Estamos em conflito conosco mesmo. Tenho conhecido muita gente que já considerou mais de uma vez pedir demissão de seus trabalhos, e o principal fator que motiva a tomar essa atitude é que muitas pessoas não sabem ao certo porque decidiram fazer o que estão fazendo.
Na realidade de trabalho atual de quarenta horas semanais - e isso já foi bem maior na história - o sujeito se vê sem a possibilidade de desfrutar totalmente do seu tempo, da sua saúde, do seu dinheiro e da sua vida. Ou seja, não estamos desfrutando daquilo que conquistamos com o trabalho, e pior, estamos com a sensação de nosso trabalho não deve ganhar tanto espaço em nossa vida.
Não foi a nossa geração que percebeu isso. No entanto, os meninos e meninas de hoje têm a tecnologia na sua mão, tem mais acesso ao preparo acadêmico e não tem mais a obrigação de trabalhar apenas para comer. Com o tempo, era óbvio que o significado de trabalho passaria a ter que contemplar uma perspectiva diferente da antiga. A moçada não tem encontrado sentido para trabalhar.
Cada esquina um novo negócio.
Estamos em um momento delicado da nossa economia. Empresários com medo de apostas, retendo recursos, diminuindo riscos e ponderando melhor altos investimentos. Com isso, o desemprego já é uma realidade notável e concreta em muitas localidades.
Nunca vi tanta gente se aventurando em empregos informais, investindo suas economias em uma nova fonte de renda. Desde carrinho de churros gourmet até pequenos investimentos, está todo mundo querendo escapar dos danos de uma economia frágil.
Cada dia mais vejo pessoas que abrem um pequeno negócio com margens de lucros pequenas, só pra garantir um fluxo de caixa corrente para sobreviver. Todo dia tem alguém vendendo algo novo, todo dia alguém abrindo uma página de negócio no Facebook oferecendo serviços e produtos. São pessoas que arriscam tudo na busca de uma realidade alternativa mais rentável.
Claro que isso nos faz pensar sobre as situações muitas vezes precárias de capacitação, de planejamento, de estratégia que muitos têm se utilizado para dar esses passos largos (e os picaretas do empreendedorismo ganhando mais espaço.) Enfim, mas isso é discussão para um outro dia.
O fato é que o cenário econômico atual contribui grandemente para que a cada dia mais as pessoas tentem se livrar do trabalho formal em busca de alternativas e arriscam-se em seus próprios empreendimentos.
Saúde, bem-estar e trabalho.
Pegamo-nos em uma realidade que o trabalho ganhou um peso desproporcional em relação às questões fundamentais da vida. Nós recusamos a ideia de que somos o que fazemos e optamos por uma imagem de que o trabalho é um meio necessário para conseguir o que se deseja.
Basta procurar uma lista de cargos em qualquer empresa que vamos perceber que mais da metade dos cargos não existiam a uma ou duas décadas. Isso quer dizer, não só novas modalidades de trabalhos começaram a surgir, mas também uma nova geração de trabalhadores.
De uma forma ou outra, temos decidido dedicar menos tempo e energia a nossos empregos e mais em outras áreas das nossas vidas. Escolhemos mudar de ramo com mais facilidade, seguir um caminho novo, deixar de lado a carreira em busca de um estilo de vida mais saudável. Isso tem sido um choque de cultura dentro das empresas.
Em um lugar onde a maioria das empresas gostaria que o trabalho fosse parte da identidade das pessoas, elas, por outro lado, não fazem mais questão de associar trabalho a emprego. É por essas e outras que, mesmo sem as pessoas saberem muito bem sobre o assunto, empreender é a bola de vez.

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