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ANAIS DO IV ECAT

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1 
 
 
 
 
 
 
 
ANAIS DO IV ECAT 
ENCONTRO CIENTÍFICO DA 
FACULDADE ARTHUR THOMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Londrina 
2015 
 
 
 2 
EXPEDIENTE 
 
INSTITUIÇÃO ORGANIZADORA 
FACULDADE ARTHUR THOMAS 
LOCAL 
CAMPUS DA FACULDADE ARTHUR THOMAS 
CIDADE 
LONDRINA 
DATA DE APRESENTAÇÃO DOS RESUMOS 
08.10.2015 
 
COMISSÃO CIENTÍFICA ORGANIZADORA 
Profª Mestre Valéria Martins Oliveira – COORDENADORA DO 
CURSO DE DIREITO 
 
Prof Mestre Flávio Pierobon 
Profª Mestre Francielle Calegari de Souza 
Profª Mestre Natalia Branco Lopes Krawczun 
 
 
ORGANIZAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO – ANAIS 
 
Profª Mestre Natalia Branco Lopes Krawczun 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E19aECAT – IVEncontro Científico do Curso deDireito da Faculdade Arthur Thomas 
 
Anais [recurso eletrônico]IVECAT –Encontro Científico do curso de Direito 
 da FaculdadeArthur Thomas - OrganizadoresProf.ª MestreValéria M. de Oliveira, 
 Prof.ªFrancielleCalegari de Souza, Prof. Mestre Flavio Pierobon –Organização e 
Diagramação: Prof.ª. Mestre Natalia Branco Lopes Krawczum -Londrina, 2015. 
 
 Disponível em:<http://www.faatensino.com.br/encontro-cientifico-da- 
 faculdade-arthur-thomas/> 
ISSN 2446-6387 
 
1. Interdisciplinaridade 2. Artigos Científicos 3.Direito. I. Faculdade Arthur 
Thomas. II. Título. 
 
 
CDU340 
Bibliotecária responsável: Ana Regina de Souza CRB 002/2015 
 
 4 
SUMÁRIO 
 
A IMPORTÂNCIA DA PERICIA AMBIENTAL 
Valéria Martins Oliveira e Wilma Calegari __ _____ __________09 
 
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL E DIREITO PENAL 
Renê Chiquetti Rodrigues e Diego Prezzi Santos______ ______ ___________ 11 
 
VIOLAÇÃO E SANÇÃO NA LEI DE DIREITO AUTORAL E SEUS 
CONTRAFATORES 
Michel Gonçalves Borsato e Natalia Branco Lopes Krawczun________________________13 
 
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE NA SOLUÇÃO DE CONFLITOS ENTRE 
LIBERDADE DE INFORMAÇÃO E DIREITO À PRIVACIDADE 
Francielle Calegari de Souza e Miguel Angelo Aranega Garcia_ ____________________15 
 
DIREITO DO INDIO NO BRASIL 
Marcio Gutuzo Saviani, Andrey Vinicius de Sá, Flávia Fernanda Santana, et al 
_________________________________________________________________________17 
 
A RELAÇÃO EMPREGABILIDADE E RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 
Marcio Ricardo Ruiz________________________________ _____ _______19 
 
O DIREITO A LIBERDADE RELIGIOSA 
Marcio Gutuzo Saviani, Alexandre Bilk, Gustavo Vieira, et al _____ ____________20 
 
O DIREITO DE SER MULHER 
Marcio Gutuzo Saviani, Mary Anne Wobeto de Lima, Mirelly Jéssica Batista da Silva 
Faversan, et al__________________________ ______________________22 
 
A MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO COMO MODELO DE COMPORTAMENTO 
ORGANIZACIONAL 
Marcio Ricardo Ruiz__________ ____________ ___________________24 
 
O DIREITO E A QUESTÃO RACIAL NO BRASIL 
Márcio Gutuzo Saviani, Awdrey Michella Bezerra de Araujo, Daniella Giani de Souza Torres, 
et al___________________ __________ _______________________________25 
 
OS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES 
Marcio Gutuzo Saviani, Gabrielli Dias, Elen Conegundes, et al_______________________27 
 
 
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO COMO FATOR MOTIVACIONAL 
Marcio Ricardor Ruiz_____________________ _____________ ______________29 
 
 
 
 5 
HERÓIS E GUERREIROS: UM ESTUDO DE CASO DA CONSTRUÇÃO DO 
ARQUÉTIPO DO HERÓI NA HOMENAGEM DA NIKE AO CORINTHIANS 
Davi Gonçalves Dias________________________________________________________30 
 
A BOA-FÉ OBJETIVA E A INTERPRETAÇÃO DAS CLÁUSULAS EXCLUDENTES 
DE COBERTURA SECURITÁRIA NOS CASOS DE SUICÍDIO À LUZ DA 
APLICAÇÃO DO DIÁLOGO DAS FONTES E DO CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR 
Fernanda Martins Simões e Indyanara Cristina Pini________________________________32 
 
AS REAIS CONSEQUÊNCIAS DA LEGALIZAÇÃO DA MACONHA 
Francielle Calegari de Souza e Jeniffer Kawane de Oliveira__________________________34 
 
A PRIMAZIA DA AFETIVIDADE NAS RELAÇÕES FAMILIARES 
Fernanda Martins Simões e Wilma Calegari______________________________________35 
 
A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DO LAZER E SEUS BENEFÍCIOS À SAÚDE: 
UMA INVESTIGAÇÃO EXPLORATÓRIA 
Claudio Luiz Chiusoli, Arnaldo M. Carvalho, Devanir Jeronimo Silva, et al 
_________________________________________________________________________37 
 
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL - PERSPECTIVAS 
CONSTITUCIONAIS NA LEGISLAÇÃO PENAL 
Erika Fernanda Tangerino Hernandez e Luciana de Souza Sarzedas___________________38 
 
A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM DO LIXO DOMÉSTICO PARA O 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
Claudio Luiz Chiusoli, Ademir Luis, Adevalter Alvin da Silva Junior, et 
al________________________________________________________________________41 
 
UM ESTUDO SOBRE O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR 
UNIVERSITÁRIO DIANTE DAS COMPRAS DE COSMÉTICOSPOR MEIO DO E-
COMMERCE VERSUS COMPRA DIRETA 
Claudio Luiz Chiusoli, AngelaScanavez Frederico, Angelica Barraca Men 
_________________________________________________________________________42 
 
NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS CONSUMIDORES SOBRE A REALIZAÇÃO DE 
COMPRAS PELO COMÉRCIO ELETRÔNICO 
Claudio Luiz Chiusoli, Antenor Viotti Neto, Bruno Ribeiro Correia, et al ______________43 
 
PERCEPÇÃO DOS UNIVERSITÁRIOS SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL NO 
SETOR BANCÁRIO 
Claudio Luiz Chiusoli, Elisangela C. Azevedo, Gabriel Cavalcante, et 
al________________________________________________________________________44 
 
O MUNDO ESTÁ DIMINUINDO! 
Erika Fernanda Tangerino Hernandez e Soraia Giovana Ladeia Forcelin________________45 
 
 
 6 
CARTÃO DE CRÉDITO: MITOS E VERDADES NO USO ENTRE OS 
UNIVERSITÁRIOS 
Claudio Luiz Chiusoli, Diego Augusto, Edson De Almeida Fujiwara, et al 
_________________________________________________________________________46 
 
 
A COLABORAÇÃO VOLUNTÁRIA COMO REFORÇO AO PROCESSO 
DEMOCRÁTICO 
Regina Maria Amãncio, Cristian Demetrio e Flávio Pierobon________________________48 
 
 
VAIDADE MASCULINA: USO DE COSMÉTICOS PELO PÚBLICO MASCULINO 
Claudio Luiz Chiusoli, Daiane Maria Forim, Daniela Maria Forim, et al 
_________________________________________________________________________49 
 
A INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 12.654/2012 QUANTO À 
OBRIGATORIEDADE DA IDENTIFICAÇÃO GENÉTICA DOS CONDENADOS 
POR CRIMES HEDIONDOS 
Erika Fernanda Tangerino Hernandez e Uliana Ferreira Lara_________________________50 
 
O PREJUÍZO DO FORNECEDOR QUANTO AO DIREITO DE ARREPENDIMENTO 
NO COMÉRCIO ELETRÔNICO À LUZ DO CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR E DO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ 
Bruno Galoppini Felix e Thayná Lie de Camargo__________________________________52 
 
ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA: UMA ALTERNATIVA DE PESQUISA A PARTIR 
DO PARADIGMA INTERPRETATIVISTA E SUAS CATEGORIAS 
Marcos Rubo, Mario Nei Pacagnan, Fernando Antonio Prado Gimenez________________54 
 
A IMUNIDADE PARLAMENTAR EM FACE DOS PRINCÍPIOS DA IGUALDADE E 
DA DIGNIDADE 
Erika Fernanda Tangerino Hernandez e Ângela Tereza Lucchesi______________________55 
 
A ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA REVISITADA POR MEIO DE MODELOS 
APLICADOS 
Marcos Rubo, Mario Nei Pacagnan e Fernando Antonio Prado Gimenez_______________58 
 
ESTRATÉGIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO DAS GRANDES EMPRESAS DO 
PÓLO CALÇADISTA DE BIRIGUI 
MarcosRubo e Mario Nei Pacagnan____________________________________________59 
 
LIBERDADE OU DECADÊNCIA: OS PERIGOS DO ANTICONCEPCIONAL 
Stefani Magalhães André, Maira Dias e Adiloar Frannco Zemuner____________________60 
 
O DIREITO AO MORRER COM DIGNIDADE: UMA CRÍTICA À DISTANÁSIA À 
LUZ DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
Alexandro Rodeguer Baggio e Marcos Roger Ribeiro______________________________62 
 
 
 
 7 
A UTILIZAÇÃO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL COM BASE NO ART. 47 DA LEI 
Nº 11.101/2005 COMO FATOR DECISIVO PARA EMPRESAS EM CRISE 
 Alexandro Rodeguer Baggio e Israel Dias Borborema______________________________65 
APAC – MODELO DE RESSOCIALIZAÇÃO 
Francielle Calegari de Souza e Carina de Castro___________________________________68 
 
ASPECTOS CULTURAIS NO PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DOS 
NEGÓCIOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO A PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS DE 
EMPRESAS DA CIDADE DE LONDRINAMario Nei Pacagnan, Renato da Rocha Neto e 
Matheus Soares Campoli ____________________________________________________70 
A DESAPOSENTAÇÃO NO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Mariana Gonzalez Cruz e Bernadete Lema Mazzafera______________________________71 
O COMPORTAMENTO ESTRATÉGICO DE EMPRESAS NO MERCADO DE 
LONDRINA 
Mario Nei Pacagnan, Renato da Rocha Neto e Matheus Soares Campoli________________73 
 
JUSTIÇA RESTAURATIVA: FUNCIONAMENTO NO SISTEMA PENAL 
BRASILEIRO 
Francielle Calegari de Souza e Diva da Silva Pires de Lima__________________________74 
 
A IMPORTANCIA E UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO DE MARKETING PARA 
APOIO A TOMADA DE DECISÃO: UM ESTUDO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO 
CIVIL 
Mario Nei Pacagnan, Renato da Rocha Neto e Matheus Soares Campoli________________76 
 
LEI 13.152 DE 29 DE JULHO DE 2015 – UMA DISCUSSÃO SOBRE A 
VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, O MÍNIMO EXISTENCIAL E A 
RESERVA DO POSSÍVEL 
Marcelo Luiz Hille, Marcello Jordão Gomes Ribeiro e Pamela Mikaeli Vicente__________77 
 
ALINHAMENTO ENTRE GESTÃO DE PROCESSOS E ESTRATÉGIA 
ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO NA UNIMED LONDRINA 
Mario Nei Pacagnan, Renato da Rocha Neto e Matheus Soares Campoli,et al 
_________________________________________________________________________79 
 
REPRODUÇÃO ASSITIDA E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES LEGAIS 
Lídia Francisca Pereira e Flávio Pierobon________________________________________80 
 
LEVANTAMENTO SOBRE AS PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS QUANTO AO TEMA 
ESTRATÉGIA NOS EVENTOS ENANPAD E 3ES DOS ÚLTIMOS DEZ ANOS 
Mario Nei Pacagnan, Renato da Rocha Neto e Matheus Soares Campoli, et 
al________________________________________________________________________82 
 
SANÇÕES AO CYBERBULLYING NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO 
Bruna Caroline dos Santos e Bernadete Lema Mazzafera____________________________83 
 
 8 
O COMBATE A CORRUPÇÃO COMO FORMA DE PROMOÇÃO DO ESTADO 
DEMOCRÁTICO DE DIREITO 
Diego Rodrigues e Regina Maria Amâncio_______________________________________85 
 
UM LEVANTAMENTOSOBRE AS PUBLICAÇÕESCIENTÍFICAS QUANTO AO 
TEMAPLANEJAMENTO DE MARKETING NOS EVENTOS ENANPAD E EMA 
DOS ÚLTIMOS DEZ ANOS 
Mario Nei Pacagnan, Renato da Rocha Neto e Matheus Soares Campoli, et al 
_________________________________________________________________________86 
 
REFLEXÕES SOBRE OS OBJETIVOS DO PROFESSOR DE ENSINO SUPERIOR 
Bernadete Lema Mazzafera, Adilson Vieira Araújo e Valéria Martins Oliveira___________87 
 
DIREITO AMBIENTAL: NATUREZA JURÍDICA, LEGISLAÇÃO E EFICÁCIA DA 
NORMA 
Valéria Martins Oliveira e João Vitor Martins Oliveira _____________________________89 
 
SOBRE CINEMA E PIPOCA 
Vanina Dalto e Silvana Aparecida Plastina Cardoso________________________________91 
 
EXPLORANDO A UTILIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE MARKETING NO CASO 
DE INDÚSTRIAS PARANAENSES 
Marcos Rubo, Mario Nei Pacgnan e Wesley Vieira da Silva_________________________93 
 
O TOMBAMENTO ENQUANTO INSTRUMENTO JURÍDICOS DE PROTEÇÃO AO 
PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO E CULTURAL BRASILEIRO 
Thaís Canhizares Rossini, Bernadete Lema Mazzafera e Adilson Vieira Araújo__________94 
 
ANEXOS 
Fotos do evento____________________________________________________________96 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
, 
 
 
 
 
 
 
 9 
A IMPORTÂNCIA DA PERICIA AMBIENTAL 
 Valéria Martins Oliveira 
 Professora orientadora e coordenadora do curso de 
Direito da Faculdade Arthur Thomas 
 Wilma Calegari 
 Discente da Faculdade Arthur Thomas 
 
RESUMO 
Meio Ambiente, conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, 
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. 
Portanto, todos nós causamos impacto ambiental. O impacto ambiental pode ser 
positivo ou negativo e está baseada na alteração do meio ambiente ou em algum de 
seus componentes por determinada ação ou atividade humana. Alterações positivas 
podem trazer benefícios e alterações negativas malefícios. Avaliar as conseqüências 
destas ações para que possa haver a prevenção da alteração da qualidade do 
ambiente após a execução dessas ações é uma das importantes ações que a 
perícia ambiental proporciona. Quando tratamos da perícia ambiental estamos 
tratando eminentemente de uma perícia científica, portanto, um laudo confeccionado 
não carrega opinião do perito, mas questões baseadas em comprovações 
científicas. Compete enfatizar que crimes contra o meio ambiente são relativamente 
pequenos, tanto na esfera administrativa, civil ou penal, mas isto não interfere na 
agilidade do processo nem nas etapas incluindo a solicitação de perícia, pois dentre 
os crimes temos os mesmos relacionados com a Fauna, a Flora, Poluição ou Crimes 
Ambientais, Crimes contra o Ordenamento urbano e o Patrimônio Cultural e os 
crimes contra a Administração Ambiental, de conformidade com a Lei nº. 9.605/98 
cap. V. Dentro do crime relacionado à Fauna destacamos o tráfico de animais, 
analisado como espécie de crime organizado. Flora, conjunto de espécies vegetais, 
neste quesito destacamos o crime da não conservação da qualidade das águas e de 
proteção do solo. Nos crimes de poluição ou crimes ambientais há uma 
complexidade pericial em razão da necessidade de se caracterizar a poluição, 
partindo de uma fonte e os possíveis poluentes lançados sobre a mesma. Para que 
seja qualificado como crime é necessário que se comprove níveis de poluição com 
possibilidade de se estabelecer limites entre o apresentado e o permitido, constatar 
níveis de mortandade de animais ou destruição da flora. O crime relacionado contra 
a Administração Ambiental trata-se de uma inovação dento da perícia ambiental, 
pois tais crimes estão relacionados a condutas administrativas e não diretamente 
sobre o meio ambiente, não menos importante é feito a perícia em documentos para 
a verificação se a licença concedida estava de acordo com as condutas descritas no 
art. 66 da Lei de Crimes Ambientais. O art. 69-A da presente Lei define as condutas: 
“Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro 
procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou 
parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão”. Pode ser também que se 
faça necessária a perícia de campo para a devida verificação e caracterizar a 
falsidade do documento e a constatação do dano ambiental de forma enganosa a 
partir de uma falsa informação. A perícia ambiental é um ramo da criminalísticaque 
 10 
está se desenvolvimento com certa celeridade graças a programas de parceria entre 
governo e empresas privadas no intuito de se buscar uma aproximação ideal diante 
da justiça ambiental e o cumprimento de dispositivos que prevê um meio ambiente 
equilibrado, direito de todos inclusive das gerações futuras. E assim o Direito 
Ambiental consagra uma forma de lutar para a preservação da qualidade do 
ecossistema e valorização da biodiversidade e assim instituir uma nova relação e um 
novo conceito da relação entre Homem e Natureza. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CARVALHO, Carlos Gomes. O que é Direito Ambiental. Florianópolis: Habitus, 
2003. 
 
JUNIOR, Arthur Migliari. Crimes Ambientais: Lei 9.605/98: novas disposições 
gerais penais: concurso de pessoas: responsabilidade penal da pessoa jurídica: 
desconsideração da personalidade jurídica. Campinas: Interlex Informações 
Jurídicas, 2001. 
 
VELHO, Jesus Antonio; GEISER, Gustavo Caminoto; ESPINDULA, Alberi. Ciências 
Forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas: 
Millennium, 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL E DIREITO PENAL 
 
Renê Chiquetti Rodrigues 
Mestrando em Direito pela UFPR 
Diego Prezzi Santos 
Doutorando em Direito pela FADISP 
 
RESUMO 
O ordenamento jurídico brasileiro recentemente experienciou o que se convencionou 
denominar de “constitucionalização do direito” (SOUZA NETO e SARMENTO, 2007). 
Isto significa não apenas o fato de que a Constituição passa a figurar no centro e no 
topo do ordenamento jurídico e que seu texto normativo para incorporar inúmeros 
temas afetos aos ramos infraconstitucionais do direito, mas, significa, especialmente, 
“um efeito expansivo das normas constitucionais, cujo conteúdo material e axiológico 
se irradia, com força normativa, por todo o sistema jurídico” (BARROSO, 2009, p. 
62). Nesse sentido, a constitucionalização dos direitos fundamentais os imunizada 
em relação ao processo político majoritário – sua proteção passa então a caber ao 
Judiciário, retirando a sua configuração mínima do alcance do legislador ordinário. A 
nova percepção da Constituição e de seu papel na interpretação jurídica em geral 
implicou numa nova configuração hermenêutica do fenômeno jurídico como um todo. 
Isto, pois, a interpretação constitucional exigiu uma construção conceitual inovadora, 
diferente dos instrumentos oferecidos pela clássica hermenêutica jurídica. Em que 
pese a hermenêutica jurídico-constitucional não ignorar os processos que presidem 
a interpretação jurídica em geral, as peculiaridades do texto constitucional e algumas 
de suas funções tornam necessário o estabelecimento de diretrizes ou técnicas 
específicas para a sua interpretação. O objetivo do presente estudo é destacar o uso 
de uma de tais técnicas de hermenêutica constitucional em um dos vários ramos que 
compõem o ordenamento jurídico brasileiro. De modo mais específico, trata-se de se 
investigar o uso da técnica de interpretação conforme à Constituição no âmbito do 
direito penal brasileiro. Apesar da legislação vigente e de alguns autores 
distinguirem a técnica da interpretação conforme à Constituição da técnica de 
declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto (V.g. TAVARES, 
2012) o professor Lothar Kuhlen, ao contrário, sustenta que “a interpretação 
conforme à Constituição coincide com o juízo de inconstitucionalidade [...] em seu 
componente negativo, isto é, na rejeição das variantes interpretativas 
inconstitucionais” (2012, pp. 28 e 29). Para o jurista alemão, “uma norma deve ser 
interpretada conforme à Constituição quando existem várias possibilidades 
interpretativas das quais ao menos uma conduz à conformidade da norma com a 
Constituição e, ao menos outra, à inconstitucionalidade da norma” (ibidem, p. 24). 
Para o respectivo autor, a interpretação conforme à Constituição se distingue da 
interpretação orientada à Constituição na medida em que esta última “exige ter em 
conta as previsões jurídico-constitucionais relevantes na hora de eleger entre 
diversas variantes interpretativas conforme à Constituição”(ibidem, p. 25). A 
interpretação orientada à Constituição “não possui o elemento negativo próprio da 
interpretação conforme à Constituição, isto é, a rejeição de uma determinada 
 12 
variante interpretativa como constitucional (ibidem, p. 27). Uma terceira e última 
possibilidade seria a interpretação conforme à nenhuma Constituição, que ocorre 
quando a norma jurídica é completamente inconstitucional. De tal modo, a partir das 
considerações de Lothar Kuhlen, é possível afirmar que não haveria distinção 
essencial entre a técnica de interpretação conforme à Constituição e a técnica de 
declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, sendo esta última 
um elemento necessário da primeira. Na medida em que à um texto normativo (lei) é 
possível se atribuir vários sentidos distintos (normas) – em razão da inevitável 
“textura aberta” apresentada pelo próprio direito (H.L.A. HART, 1994) – e que as leis 
penais não são capazes de renunciar ao uso de conceitos indeterminados (apesar 
da existência do princípio penal da taxatividade), a interpretação conforme à 
constituição consiste atualmente numa ferramenta interpretativa fundamental para 
se determinar o âmbito do juridicamente punível através de uma perspectiva de 
cooperação entre legislação e jurisdição constitucional. Em suma, a técnica da 
interpretação conforme à Constituição no âmbito do direito penal – no sentido 
proposto por Lothar Kuhlen – implica na tese de que a validade de um tipo penal não 
depende unicamente de considerações acerca da taxatividade do texto legal (plano 
sintático), mas também e necessariamente incluem o enfoque das possibilidades de 
interpretação judicial (planos semântico e pragmático). 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BARROSO, Luis Roberto. “Neoconstitucionalismo e Constitucionalização do Direito 
(O triunfo tardio do direito constitucional no Brasil)”. In: QUARESMA, Regina; 
OLIVEIRA, Maria Lúcia de Paula; OLIVEIRA, Farlei Martins Riccio de. 
Neoconstitucionalismo. Rio de Janeiro: Gen – Forense, 2009. pp. 51-91; 
 
H.L.A. HART. The Concept of Law. 2ed. Oxford: Oxford University Press. 
Clarendeon Law Series, 1994; 
 
KUHLEN, Lothar. La Interpretación Conforme a la Constituición de las Leyes 
Penales. Madrid: Marcial Pons, 2012; 
 
SOUZA NETO, Cláudio Pereira de; SARMENTO, Daniel (Coord.). A 
Constitucionalização do Direito: fundamentos teóricos e aplicações específicas. 
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007; 
 
TAVARES, André Ramos. verbete “Interpretação Constitucional” In: DIMOULIS, 
Dimitri (Coord.). Dicionário Brasileiro de Direito Constitucional. 2ª ed. São 
Paulo: Saraiva, 2012. 
 
 
 
 
 13 
 
VIOLAÇÃO E SANÇÃO NA LEI DE DIREITO AUTORAL 
E SEUS CONTRAFATORES 
 
Michel Gonçalves Borsato 
Discente da Faculdade Arthur Thomas 
Natalia Branco Lopes Krawczun 
Professora orientadora da Faculdade Arthur Thomas 
 
RESUMO 
Ao direito do autor, podemos observar o conceito de que “o homem é um artista por 
sua própria natureza, visto que é provido de raciocínio e capacidade de criação”. A 
este ponto é preciso entender que o Direito intelectual divide-se em direito industrial 
e direito autoral. Sucintamente ambas protegem a criação de um objeto arte criado 
ou aperfeiçoado pelo homem, abrangendo valores que podem ser inseridos no 
mercado como produtos ou não, sendo assim, o que se preza a esse criador é o 
direito que ele tem sobre esse objeto arte. Nesse sentindo o direito autoral divide-se 
em direito moral e direito patrimonial, cada um contendo suas próprias 
características dentro da lei. No art. 5°, inciso XXII e XXIII da Constituição Federal 
de 1988, é expressa a garantia fundamental do direitoda propriedade, como 
também a proposta da função social. Não distante encontramos respaldo na atual 
Lei de Direito Autoral 9.610/1998 (LDA), que rege os Direitos Autorais mínimos tendo 
o autor uma proteção prevista ao mundo jurídico. Não distante observamos que a 
arte criada se direciona ao cuidado moral do criador, em especial ao direito da 
dignidade da pessoa humana, ou seja, a exposição do fruto de seu intelecto o torna 
digno de eternizar seu “nome” de identificação com a obra. É importante salientar 
que o Código Civil, Código de Processo Civil, Código de Defesa do Consumidor, 
Código Penal, Tratados Internacionais, e outros não deixam de complementar o 
assunto autoral. O Código Civil de 2002 no art. 186 complementa tratando dos atos 
ilícitos, em que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, valor direito e causa dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito”, assim, a esse que em ato ilícito vier a causar dano ao próximo 
ficara obrigado a repará-lo, em sua medida, fulcro também ao art. 927, do já citado 
diploma legal. A lei específica - LDA, no titulo III, trata o aspecto moral do autor, 
tendo o legislador a sensibilidade de constar no art. 27, que os direitos morais do 
autor são inalienáveis e irrenunciáveis, logo não podem ser alienados e nem serem 
renunciados. Todavia, diferentemente ocorre com os direitos patrimoniais. O art. 30 
da mesma afirma que “no exercício do direito de reprodução, o titular dos direitos 
autorais poderá colocar à disposição do público a obra, na forma, local e pelo tempo 
que desejar, a título oneroso ou gratuito”, tanto é que em seu art. 3° expõe que “os 
direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis”. Observamos que 
somente é possível a venda dos direitos patrimoniais da obra autoral, mas nunca os 
direitos morais. O titulo VII da LDA, especifica que as violações dos direitos autorais 
civis se aplicam sem prejudicar as penais. Quando há intenção de pleitear o direito 
autoral, há o respaldo sobre a violação civil, ou seja, existe um leque de 
 14 
possibilidades ao autor, é o que acontece em algumas circunstâncias, por exemplo, 
em uma liminar o juiz a pedido do autor pode determinar busca e apreensão das 
obras reproduzidas, ou suspensão da divulgação, sem prejuízo de indenização para 
quem solicita, e, inclusive, se tiver vendido exemplares deverá indenizar o autor. 
Importante o detalhe do parágrafo único do art. 103 que preleciona que, “não se 
conhecendo o número de exemplares que constituem a edição fraudulenta, pagará o 
transgressor o valor de três mil exemplares, além dos apreendidos”. Essa e 
quaisquer outras afrontas ao direito autoral o legislador apresenta como figura do 
contrafator, quando esclarece no art. 104, que responderá com responsabilidade 
solidária os contrafatores - as outras partes que se interligarem - importando e 
distribuindo em caso de reprodução no exterior. Embora existam outras 
possibilidades de sanção, inclusive administrativa e penal. Outra sanção patrimonial 
é o caso do art. 106 da LDA em que o violador do direito autoral pode em sentença 
condenatória perder por destruição os exemplares ilícitos, sua matriz, moldes, 
negativos, maquinas, equipamentos, insumos quando houver finalidade e serviço 
único para o fim ilícito inflacionário ao direito autoral. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BARBOSA, Denis Borges. Direito de autor: questões fundamentais de direito de 
autor. Rio de Janeiro: Lumens Juris, 2013. 
 
BITTAR, Carlos Alberto. Direito do Autor. 5° ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. 
 
BRASIL. Código Civil. Lei 10.406/2002. 
 
BRASIL. Constituição Federal. 1988. 
 
BRASIL. Legislação sobre Direitos Autorais e dá outras providências. Lei 
9.610/1998. 
 
DUARTE, Eliane Cordeiro de Vasconcellos; PEREIRA, Edmeire Cristina. Direito 
Autoral: Perguntas e Respostas. Curitiba: UFPR, 2009. 
 
FIGUEREIDO,Fábio Vieira. Direito de Autor. Proteção e disposição 
extrapatrimonial. São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
PARANAGUA, Pedro; BRANCO, Sérgio. Direitos Autorais. Rio de Janeiro: Editora 
FGV, 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
 
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE NA SOLUÇÃO DE CONFLITOS ENTRE 
LIBERDADE DE INFORMAÇÃO E DIREITO À PRIVACIDADE 
 
Francielle Calegari de Souza 
Professora da Faculdade Arthur Thomas 
Miguel Angelo Aranega Garcia 
Professor da Faculdade Arthur Thomas 
 
RESUMO 
Um dos conflitos mais frequentes ocorre justamente entre o direito à privacidade e o 
direito à liberdade de informação, ambos, como já citado, previstos na Constituição 
Federal. Surge então o conflito entre o interesse privado e uma organização cujas 
finalidades econômica e social proporcionam meios tecnológicos para atingir seus 
objetivos. Uma situação desequilibrada, desproporcional, com uma invasão 
inescrupulosa e agressiva à intimidade e à privacidade de um indivíduo. O problema 
se amplifica quando tais fatos socialmente relevantes e relacionados à vida privada 
apresentam características criminosas, e de um lado se postula um direito coletivo 
de informação em contraponto com o direito de reserva e discrição destes fatos, 
levando-se em consideração repercussão social, consequências morais e jurídicas 
desta publicidade. E na ausência de normas específicas para este problema, aplica-
se o princípio da proporcionalidade, que proporciona uma interpretação equilibrada e 
coerente na solução desses conflitos, tendo em vista que nenhuma garantia 
constitucional possui valor absoluto. Sabe-se que os direitos fundamentais não são 
ilimitados, nem mesmo absolutos, são limitados por outros direitos, também 
fundamentais, por isso se faz necessária sua aplicação com ponderação quando 
surgem conflitos, colisão. Nesse método, a ponderação de interesses aplica-se 
somente quando caracterizado de fato o conflito de direitos, uma vez que um direito 
não é mais importante que o outro. Apenas em determinada situação, em virtude da 
importância no caso em questão, um será preterido em relação ao outro. É nesse 
momento que se aplica o princípio da proporcionalidade, o qual irá sopesar 
princípios e direitos fundamentais, interesses e bens jurídicos em questão, quando 
em contradição, resolvendo o conflito, de forma que não se viole ou desrespeite 
nenhum dos envolvidos no caso concreto. Ao se colidirem os direitos fundamentais 
em um caso concreto, deve-se ponderar, buscar harmonizá-los, evitando o prejuízo 
das partes. Se assim não for, como saber se a privacidade tem maior peso que a 
informação? Sem a ponderação, não existe forma de se resolver essa questão. A 
melhor forma de aplicação destes direitos no caso concreto será melhor traduzida 
com a busca do equilíbrio e da harmonia, da ponderação utilizada pelo princípio da 
proporcionalidade. Muito embora seja impossível determinar primazia absoluta a 
determinado princípio, mesmo utilizando-se o método de ponderação, geralmente 
quando o direito de informar ferir ou provocar qualquer tipo de sacrifício injusto da 
intimidade, da honra ou da imagem dos indivíduos, ou seja, sempre que violar a 
privacidade de alguém, este princípio deve ceder. Nesse contexto, a 
proporcionalidade será responsável por resolver o conflito entre as garantias 
 16 
constitucionais do direito à informação, à liberdade de imprensa e ao direito da 
intimidade. Praticamente unânime é o entendimento dos tribunais superiores, 
quando se trata de conflito entre os direitos à informação e à privacidade. Percebe-
se claramente a aplicação do princípio da proporcionalidade, em que se analisa a 
veracidade da informação e sua importância ao interesse público, em detrimento à 
invasão da privacidade do indivíduo, no caso concreto. Tanto o Supremo Tribunal 
Federal como o Superior Tribunal de Justiça tem se utilizado do método de 
ponderação de princípios para solucionar estes conflitos, priorizando o equilíbrioentre os direitos conflitantes. A circulação da informação é imprescindível para o 
bom andamento da democracia, assim como a privacidade do indivíduo. O que deve 
prevalecer: o direito da sociedade em ser informada ou o direito das pessoas em ter 
sua intimidade e honra resguardada, preservada? Dessa forma, aplica-se o método 
de ponderação, que analisa qual dos lados tem maior peso, maior importância, em 
cada caso concreto. Não existe uma fórmula, existe a necessidade de analisar e 
equilibrar cada um desses casos. Geralmente, baseiam-se no interesse público da 
informação. Se a notícia divulgada sobre determinado fato for de interesse público, 
for relevante à coletividade, “vence” o direito à informação. No entanto, se ocorrer o 
prejuízo do indivíduo em decorrência da invasão de sua privacidade, existe a 
possibilidade de obter indenização por ofensa à honra ou à intimidade. Portanto, o 
direito à informação não é absoluto. Outro fator importante a ser analisado é se a 
informação divulgada é verídica. Tanto o STJ como o STF coloca este fator como 
condição indispensável para configurar o interesse público. Se não for verdadeiro, o 
interesse público não pode consentir ofensa à honra, à dignidade, à intimidade do 
indivíduo. À guisa de conclusão, nesse contexto, infere-se que o princípio aqui 
articulado traduz o equilíbrio e a harmonia da ponderação entre direitos e interesses, 
a partir da luz do caso concreto em detrimento da melhor aplicação e efetivação 
desses mesmos direitos. 
REFERÊNCIAS: 
ARAUJO, Luiz Alberto David. A Proteção Constitucional da Própria Imagem: 
Pessoa física, pessoa jurídica e produto. Belo Horizonte: Del Rey, 1996. 
 
BARROSO, Luís Roberto. Liberdade de expressão versus direitos da personalidade. 
Colisão de direitos fundamentais e critérios de ponderação. In: SARLET, Ingo 
Wolfong (org.). Direitos Fundamentais, Informática e comunicação: algumas 
aproximações, Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007. 
 
CALDAS, Pedro Frederico. Vida Privada, Liberdade de Imprensa e Dano Moral. 
São Paulo: Saraiva, 1997. 
 
FACHIN, ZULMAR. Liberdade de Manifestação do Pensamento versus 
Privacidade: aplicação do princípio da proporcionalidade. Cadernos Jurídicos, v. 
17, abril 2011. 
 
FARIAS, Edilsom Pereira de. Colisão de direitos: a honra, a intimidade, a vida 
privada e a imagem versus a liberdade de expressão e informação. 2ª ed. atual. 
Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2000. 
 
GRINOVER, Ada Pellegrini. Liberdades Públicas e Processo Penal: as 
interceptações telefônicas. 2. ed., atual.. São Paulo: RT, 1982. 
 17 
 
DIREITO DO INDIO NO BRASIL 
 
Marcio Gutuzo Saviani 
Professor orientador da Faculdade Arthur Thomas 
Andrey Vinicius de Sá 
Flávia Fernanda Santana 
 Marcos Rogério Locatelli 
Stefani Magalhães André 
Stefanie Cristina Veloso 
 Discentes da Faculdade Arthur Thomas 
 
RESUMO 
Os índios são possuidores de direitos.No século XVII, a Coroa Portuguesa já 
estabelecia direitos territoriais dos povos indígenas no Brasil, como o Alvará Régio 
de 1680, reconhecendo o direito originário dos povos indígenas sobre suas terras, 
concretizando no ordenamento Brasileiro nos séculos XIX e XX, denominado 
instituto do indigenato. Tal direito dava garantias de titulação e posse, foi mantida 
por meio da lei de terras de 1850, do Decreto 1318, de 1854, das constituições de 
1934, 1937 e 1946 e da Emenda de 1969.Nos anos de 1970, a demarcação de 
terras indígenas, era pautada na lei 6001/73 - Estatuto do Índio, que estabelecia um 
modelo em que a moradia fixa estava associada ao trabalho agrícola, 
descaracterizando o direito de caça, pesca e coleta. Com a Constituição de 1988, 
suas terras passaram a se alicerçar sobre o estudo minucioso de territorialidade, 
onde são assegurados costumes, línguas, território, crenças e tradições. A eles foi 
garantido o usufruto das riquezas do solo, dos rios e lagos existentes nas suas 
terras, além da inalienabilidade e indisponibilidade de suas terras e proibida a 
remoção dos índios dela.Também há os direitos de primeira ordem, como os 
estabelecidos pelo art. 5º que são os direitos a vida, a igualdade, a liberdade, a 
segurança e a propriedade.Os direitos indígenas fundamentais têm função não 
somente de reconhecer essas comunidades, porém também assegurar o respeito 
com o modo deles de se interagirem com o mundo. Em relação a ordenamento 
brasileiro no tratamento jurídico penal, os índios são absorvidos pelo Estatuto do 
Índio, que regularizam a aplicação do direito penal ao agente indígena, a 
culpabilidade é resumida ao critério da inimputabilidade. Compreende-se que são 
inimputáveis os índios isolados, imputáveis os integrados, e a depender de exame 
“antropológico” ficará a culpabilidade dos índios em via de integração, nesse caso 
apresentam-se como semi-imputáveis. Existem na doutrina os que defendem a 
obrigatoriedade da aplicação da atenuante trazida pelo Estatuto do Índio, em que é 
indispensável analisar o grau de integração, que levaria à saber a verdadeira 
compreensão da cultura circulante, no ambiente presente ao momento da infração 
penal, considerado esses fatos para graduar a atenuante e não para servir como 
argumento para deixar de aplicá-la. Em relação ao direito Civil dos Índios em 
território brasileiro, está disciplinada sua capacidade por designação do Código Civil 
de 2002 também disciplinado no Estatuto do índio (lei n 6001/73), segundo o qual o 
 18 
indígena brasileiro ao nascer já se encontra sob o regime de tutela, sendo incapaz 
para os atos da vida civil, respeitando certos requisitos. Essa situação afeta 
diretamente o exercício dos direitos indígenas por seus titulares. São nulos os atos 
praticados entre o índio não integrado e qualquer pessoa estranha à comunidade 
indígena quando não tenha havido assistência do órgão tutelar competente. Não se 
aplica a regra deste artigo no caso em que o índio revele consciência e 
conhecimento do ato praticado, desde que não lhe seja prejudicial, e da extensão 
dos seus efeitos. Qualquer índio poderá requerer ao Juiz competente a sua 
liberação do regime tutelar previsto nesta Lei, investindo-se na plenitude da 
capacidade civil, desde que preencha alguns requisitos como idade mínima de 21 
anos, conhecimento da língua portuguesa, habilitação para o exercício de atividade 
útil, na comunhão nacional, razoável compreensão dos usos e costumes da 
comunhão nacional. A FUNAI foi criação da Lei 5.371 de1967, tendo como objetivo 
proteger os direitos dos índios, como a posse de terras, preservação do equilíbrio 
biológico e cultural, conservação do patrimônio Indígena, prestação médica, saúde, 
segurança, entre outros. Os índios infelizmente perderam o domínio da grandiosa e 
vasta terra no século XVI e hoje seus direitos são limitados por lei, em comparação 
ao seu passado de liberdade. O mundo se encontra em constante transformação, e 
com ele várias práticas culturais vêm se perdendo na atual sociedade brasileira, 
umas delas são a da cultura indígena. Estes tiravam da natureza seu sustento e se 
preveniam em ter contato com o homem branco, hoje em dia vemos uma total 
inversão dessa imagem, são poucas as aldeias indígenas que ainda utilizam desses 
princípios, mas o índio, em nossa atual sociedade brasileira, ainda sofre com forte 
discriminação, quando falamos deles, logo já vem a ideia de uma pessoa sem 
cultura e moral alguma, muitos já estão integrados na atual sociedade, além do mais 
a sua cultura em muito tem a nos ensinar, basta abrirmos nossos olhos e 
enxergarmos o índio como um ser capaz que ele é, não discriminando, porém 
buscando respeitar quem é possuidor de direito desse pedaço de terra. 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
http;//www.ambito_juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=897
8& revista_caderno=9.Data do acesso: 30/09/2015. 
http://jus.com.br/artigos/24072/o-tratamento-juridico-penal-conferido-aos-indigenas-no-ordenamento-juridico-brasileiro. Data do acesso: 30/09/2015. 
http://www.ambienteterra.com.br/paginas/indio/seudireitos.html. Data do acesso: 
30/09/2015. 
http://www.brasil.gov.br/governo/2015/04/populacao-indigena-no-brasil-e-de-896-9-
mil. Data do acesso: 30/09/2015. 
 
 
 
 
 19 
 
A RELAÇÃO EMPREGABILIDADE E RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 
 
Marcio Ricardo Ruiz 
Professor da Faculdade Arthur Thomas 
 
RESUMO 
As constantes mudanças advindas da globalização e da velocidade com que nosso 
mundo (organizado pelas regras sociais, econômicas e políticas), sofre devido o 
desenvolvimento tecnológico e cientifico dinâmico e acelerado, determina 
naturalmente nas pessoas a iniciativa de tomarem uma nova postura em se 
posicionar no mundo corporativo. Para isto, as pessoas buscam condições humanas 
de sobrevivência para assumir os desafios diante das mudanças. Boa formação 
acadêmica, alta performance, ética, visão de futuro, inteligência ,know-how e busca 
constante pela atualização das informações, tem levado as pessoas ao 
individualismo, conforme afirma (BARDUCHI, 2010) "A questão do avanço constante 
da tecnologia, que por um lado, melhora e facilita nossa vida, e por outro, estimula o 
individualismo em um mundo que, mais do que nunca, depende da interação e da 
forte convivência entre as pessoas". De acordo com Bueno (1996), empregabilidade 
é "o conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos que tornam um 
executivo ou um profissional importante para a sua organização e para toda e 
qualquer outra". A organização é formada por diversos grupos de pessoas que no 
decorrer da sua vida profissional, proporcionou a ocupação de posições e cargos 
que corroboraram na sua formação profissional. Tais competências certamente 
comprovam a sua qualificação, enriquecidas pelos conhecimentos e habilidades 
compreendidas e adquiridas. Contudo, o comportamento que o torna importante 
para a sua organização é o conjunto de todos os resultados alcançados. Construir 
relacionamentos sinceros, onde no convívio diário, os parceiros de negócio, que vão 
desde clientes e fornecedores internos e externos, somam aos esforços de se obter 
resultados em um clima de respeito, empatia, troca de conhecimento e exigência de 
qualificação profissional. O profissional que deseja aperfeiçoar sua empregabilidade 
deve refletir sobre o que caracteriza o mundo contemporâneo, e buscar resgatar o 
ser humano como principal protagonista desse espaço. Deve ser versátil, útil para 
vários fins, e considerar que a tecnologia veio para ficar, mas sempre atentar na 
pergunta que não quer calar: Quem controla quem? O homem controla a maquina 
ou é controlado por ela? Cuidar da autoestima, diante de tantas cobranças e 
necessidades de se manter atualizado, seja no mundo real ou virtual pode lhe afetar. 
Este cuidado auxilia a resolver problemas, onde as pessoas, muitas vezes 
enxergadas como parte do problema, na verdade elas serão a ferramenta para 
solucioná-los. 
 
 
 
 
 20 
 
O DIREITO A LIBERDADE RELIGIOSA 
Marcio Gutuzo Saviani 
Professor orientador da Faculdade Arthur Thomas 
Alexandre Bilk 
Gustavo Vieira 
 Rodevaldo Vieira 
Tele de Paula 
Verdison de Lima 
Discentes da Faculdade Arthur Thomas 
 
 
RESUMO 
A Constituição Federal consagra como direito fundamental a liberdade de religião, 
prescrevendo que o Brasil é um país laico. Com essa afirmação podemos dizer que, 
consoante a vigente Constituição Federal, o Estado deve se preocupar em 
proporcionar a seus cidadãos um clima de perfeita compreensão religiosa, lutando 
contra a intolerância e o fanatismo. Não podendo existir nenhuma religião oficial, 
devendo, porém, o Estado prestar proteção e garantia ao livre exercício de todas as 
religiões.Apesar de ser um país secular, com separação quase que total entre 
Estado e Religião, a Constituição faz algumas referências ao modo como deve ser 
conduzido o Brasil no campo religioso. O legislador reconheceu o lado bom da 
pluralidade das religiões para a sociedade, seja qualquer objetivo da pregação para 
o fortalecimento da família, estipulação de princípios morais e éticos que acabam 
por aperfeiçoar os indivíduos, o estímulo à caridade, ou simplesmente pelas obras 
sociais benevolentes praticadas pelas próprias instituições.A liberdade religiosa faz 
parte do rol dos direitos fundamentais, sendo considerada por alguns juristas como 
uma liberdade primária. Não existe como separar o direito à liberdade de religião do 
direito às outras liberdades, existi um inter-relacionamento intenso entre todas as 
liberdades mencionadas na constituição (liberdade de ensino, de consciência, 
liberdade de pensamento, de imprensa, de pregação etc.).A liberdade de religião 
consiste em: liberdade de crença; a liberdade de culto; e a liberdade de organização 
religiosa.A liberdade de religião não está restrita à proteção aos cultos e tradições e 
crenças das religiões tradicionais (Católica, Judaica e Muçulmana), não há diferença 
ontológica (para efeitos constitucionais) entre religiões e seitas religiosas. O Estado 
deve dar proteção aos ritos, costumes e tradições de determinada organização 
religiosa, não pode estar vinculado ao nome da religião, mas sim aos seus objetivos. 
Se a organização tiver por objetivo o engrandecimento do indivíduo, a busca de seu 
aperfeiçoamento em prol de toda a sociedade e a prática da filantropia, deve gozar 
da proteção do Estado.Devemos ampliar ainda mais o conceito de liberdade de 
religião para abranger também o direito de proteção aos não-crentes, ou seja, às 
pessoas que possuem uma posição ética, não propriamente religiosa, saindo, em 
certa medida do âmbito da fé, uma vez que a liberdade preconizada também é uma 
liberdade de fé e de crença, devendo ser enquadrada na liberdade religiosa e não 
simplesmente na liberdade de pensamento.A Constituição Federal, no artigo 5º, VI, 
 21 
estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e as suas liturgias.O inciso VII afirma ser assegurado, nos termos da lei, a 
prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação 
coletiva.O inciso VIII do artigo 5º, estipula que ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar 
para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei.O artigo 19, I, veda aos Estados, Municípios, à União e ao 
Distrito Federal o estabelecimento de cultos religiosos ou igrejas, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de 
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse 
público. A Lei 9.475 de 22 de Julho de 1997 Art.33 diz que o ensino religioso é de 
matricula facultativa e é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui 
disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, 
assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer 
formas de proselitismo. §1º Os sistemas de ensino regulamentarão os 
procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão 
as normas para a habilitação e admissão dos professores. § 2º Os sistemas de 
ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, 
para a definição dos conteúdos do ensino religioso. A constituição da República 
estabelece em seu artigo 210, parágrafo 1º que as escolas públicas de ensino 
fundamental deverão ter, obrigatoriamente, em seu curriculum, como matrícula 
facultativa porém dentro do horário normal de aulas, uma cadeira relacionada ao 
ensino religioso. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 20 deDezembro de 1996 no Art. 33 diz que o ensino religioso, é de matrícula facultativa, 
constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino 
fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres públicos, de acordo com as 
preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis em caráter. 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Senado, 1988. 
BRASIL. Senado Federal.Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 
9394/96.Brasília, DF: Senado, 1996. 
SCHERKERKEWITZ, IsoChaitz. O direito de religião no Brasil. Disponível em: 
http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/revistaspge/revista2/artigo5.htm. Data do 
acesso: 28/09/2015. 
 
 
 
 
 
 
 22 
 
O DIREITO DE SER MULHER 
 
Marcio Gutuzo Saviani 
Professor orientador da Faculdade Arthur Thomas 
Mary Anne Wobeto de Lima 
Mirelly Jéssica Batista da Silva Faversani 
Melissa Beatriz da Silva 
Viviana de Melo Marques de Oliveira 
Sonia Rosa de Souza 
Tailini Messias da Silva 
Discentes da Faculdade Arthur Thomas 
 
RESUMO 
A violência contra mulheres é uma grave violação dos direitos humanos. Seu 
impacto traz conseqüências físicas, sexuais e mentais, até mesmo a morte. Ela afeta 
o bem-estar das mulheres e suas famílias e as impede de participar plenamente na 
sociedade, isso trazendo vários custos para a sociedade. Vários países possuem 
leis contra a violência doméstica, agressão sexual e outras formas de violência, 
tendo como resultado a conscientização social. No entanto, os desafios persistem na 
implementação dessas leis, limitando o acesso de mulheres à segurança e justiça. 
Em geral, não há iniciativas eficazes de prevenção da violência contra a mulher, 
sendo que os culpados permanecem impunes. Porém há algumas organizações que 
estão a favor desta causa, como por exemplo, a ONU Mulheres que vai priorizar o 
apoio à Secretaria de Políticas para as Mulheres para garantir a aplicação da Lei 
Maria da Penha e do programa recém-lançado “Mulher, Viver sem Violência”, que 
visa aumentar o acesso de mulheres vítimas e sobreviventes da violência para a 
rede de prestadores de serviços em todo o país e promover a utilização das 
Tecnologias de Informação para que ocorra todo o tipo de acesso à informação para 
prevenir a violência às mulheres e conscientiza- las do apoio dado a elas e dar mais 
visibilidade a este crime. A ONU Mulheres também pretende desenvolver um modelo 
de serviços para mulheres indígenas, com base em outros países da região. A 
Constituição, tratados e convenções asseguram os direitos das mulheres brasileiras, 
em leis, gozam de uma das mais modernas legislações de proteção do mundo. Não 
obstante, os índices de agressões e violências no âmbito doméstico e familiar ainda 
são dos mais altos nas Américas e na Europa. Pressionado pela comoção e 
repercussão causada pelo atentado a uma mulher que, espancada e alvejada a tiros 
pelo marido, ficou para paraplégica, o Presidente da República enviou ao Congresso 
um Projeto que, convertido na Lei 11.240, de 2006, passou a ser chamada Lei Maria 
da Penha, nome da vítima do atentado, essa lei cria mecanismos para impedir a 
violência doméstica e familiar contra a mulher, institui Juizados para esse fim, altera 
o processo penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal, com o objetivo de 
tornar crime as agressões e lesões contra a mulher. Outra Lei (12.413, de 
12/5/2011) que permite a decretação de prisão preventiva do agressor “se o crime 
envolver violência doméstica contra mulher, criança, adolescente, idoso enfermo, ou 
pessoa com deficiência, para garantir a execução de medidas protetivas de 
 23 
urgência”. A Lei Maria da Penha assegura à mulher todos os direitos fundamentais 
da pessoa humana, garantindo-lhe as oportunidades e facilidades para viver sem 
violência, declara que o Poder Público irá por em prática medidas na esfera 
domiciliar e familiar a fim de resguardá-la de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração, crueldade e opressão. Para tanto, considera violência 
contra a mulher qualquer ação que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual 
ou psicológico. Autoriza o juiz a ordenar a saída de casa do marido ou companheiro 
agressor, bem como, no caso de a vítima ter emprego, o pagamento do salário, se 
determinado o afastamento da mulher da pessoa do agressor, hipótese que pode 
implicar suspensão do contrato de trabalho. Entretanto, mesmo com todas essas 
numerosas garantias legais, as mulheres ainda continuam discriminadas: em relação 
ao salário, trabalho e são vítimas de agressões e abusos sexuais também fora do 
âmbito doméstica; são alvo de violências, estupros e assassinatos, são 
consideradas inferiores no trabalho, no lar e na sociedade em geral. As mulheres, no 
Brasil, obtiveram importantes avanços, como mostra a histórica eleição - até então 
impensável -, da primeira Presidenta do país. Mesmo assim permanecem parte do 
preconceito e da discriminação, produtos de uma tradicional e obscurantista cultura, 
de uma herança machista e patriarcal. O direito de ser mulher ocupa cada vez mais 
espaço perante a sociedade . O feminismo, movimento a favor da voz feminina, está 
cada vez mais presente . As feministas não abandonam a luta, e a expansão do 
acesso à internet fortalece o movimento. Os preconceitos sofridos pela mulher não 
acabaram, mas elas têm mais mecanismos para lutar contra eles e estão mais 
atentas e conscientes de seus direitos e isso ocorre mais facilmente com a ajuda da 
internet. Hoje as mulheres violentadas denunciam mais, o que não as livra das 
represálias físicas, mas traz uma melhora crescente em relação aos casos. Pode 
parecer que não, mas há grandes avanços em relação à violência feminina .De 
forma geral, o século 21 chegou com mais aceitação pelas escolhas femininas, cada 
vez mais elas conquistam a independência financeira e política, expressam seus 
gostos e defendem seus pontos de vista. 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Data de 
acesso: 28/09/2015. 
 
POLITICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER: 
princípios e diretrizes/Ministério da saúde - Brasília: Editora do Ministério da 
Saúde, 2007. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção às mulheres em Situação de violência: 
relatório da Área Técnica de saúde da Mulher - Brasília 2002. 
 
SOUZA, E. R. Masculinidade e violência no Brasil: contribuições para a 
reflexão no campo da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, 
p. 59-70, 2005 
 
 24 
 
A MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO COMO MODELO DE COMPORTAMENTO 
ORGANIZACIONAL 
 
Marcio Ricardo Ruiz 
Professor da Faculdade Arthur Thomas 
 
RESUMO 
A motivação no trabalho tem sido um tema contemporâneo reconhecido como 
importante chave de pesquisa para a compreensão de diversos fenômenos no 
campo do Comportamento Organizacional. O objetivo deste artigo é analisar a 
influencia da motivação para o comportamento organizacional, com base em 
pesquisas bibliográficas pautadas em NEWTON (2008) que trata de identificar as 
necessidades e os desejos dos funcionários e canalizar seus comportamentos para 
motivá-los em direção ao aperfeiçoamento do desempenho das atividades, e 
BERGAMINI (1997) onde afirma que os aspectos motivacionais surgem 
exclusivamente do próprio individuo. Após analise bibliográfica, destacamos em 
NEWTON (2008) a afirmativa de que as necessidades internas e as forças motrizes, 
sendo as Motivações para a Realização, para aAfiliação e para o Poder, 
correspondem sucessivamente a motivação para conquistar objetivos e seguir em 
frente, motivação para se relacionar de forma eficaz com as pessoas e por último 
motivação para influenciar as pessoase situações, onde estas criam tensões que 
são afetadas pelo ambiente de um individuo, e o ambiente onde o individuo está 
inserido é o cenário onde a pessoa irá procurar alcançar esta meta. Deste modo, ele 
direciona que as atitudes dos gestores em identificar nas pessoas as suas 
necessidades de ajuda profissional e comportamental corroboram para um ambiente 
mais produtivo com pessoas mais satisfeitas. Por sua vez, BERGAMINI (1997) cita 
que o processo motivacional é resultado da história de vida obtida pelo sujeito, das 
necessidades encontradas ao encarar os desafios, do modo como constrói as 
relações interpessoais, e da disponibilidade para construir sua carreira e o modo 
como se organiza frente a situações inusitadas, sendo a motivação surgida a partir 
da personalidade do indivíduo. Através das informações obtidas com estas 
pesquisas bibliográficas e das contribuições dos autores sobre os conceitos e 
fatores inerentes à motivação, conclui-se que a motivação no trabalho é o resultado 
das atitudes do gestor em priorizar a satisfação e o bem-estar dos trabalhadores em 
alinhamento com as percepções que o individuo obtém no seu ambiente 
organizacional por intermédio da interação entre a contribuição dos trabalhadores e 
o reconhecimento e recompensa das organizações. 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
O DIREITO E A QUESTÃO RACIAL NO BRASIL 
 
Márcio Gutuzo Saviani 
Professor Orientador da Faculdade Arthur Thomas 
Awdrey Michella Bezerra de Araujo 
Daniella Giani de Souza Torres 
Enéas Liberato 
Ronivaldo Pereira do Carmo 
Discentes da Faculdade Arthur Thomas 
 
RESUMO 
As grandes viagens marítimas dos países do Velho Mundo objetivaram conquistar 
terras para lhes proporcionarem explorar riquezas, desfrutar de mão de obra 
basicamente escrava e também ampliar a atuação da força dos seus exércitos. O 
Brasil aos olhos dos europeus foi alvo fácil para a invasão, instalação e 
denominação mercantilista. No início foi o intenso desmatamento escravizando a 
mão de obra indígena. Seguida do ciclo da cana-de-açúcar, já havendo numerosa 
população de negros africanos destinados ao trabalho escravo. O álcool e a 
rapadura dos engenhos localizados principalmente no Nordeste foram temperados 
com o suor e o sangue negro, sofridos pela privação de sua liberdade.Desse 
histórico, a herança segregada principalmente aos negros, foi uma depreciação 
moral e social, dessa etnia, sinalada por um racismo cortante. Um preconceito 
arraigado àqueles que muito fizeram com sua força, o esteio da nação.Como 
processo de redemocratização do Brasil, conquistou-se ampla defesa dos Direitos 
Humanos buscando a mudança de relações sociais injustas marcadas pela 
violência.No art. 5º, XLII da Constituição de 1988, a prática do racismo configura 
crime inafiançável e imprescritível. Apesar de importante o fato, não houve redução 
da prática dos atos preconceituosos.No Brasil, 48% da população é negra. O ser 
humano de cor negra é alvo fácil de policiais, no que tange às agressões físicas, e 
são abordados com mais continuidade do que os brancos durante uma blitz, 
segundo pesquisa realizada pelo Datafolha.Socialmente logo se observa que há 
uma discriminação engajada, corpórea em quase tudo, os meios de comunicação 
estão sempre apontando comportamentos que denotam toda essa carga pejorativa 
do racismo.Juridicamente se percebe em matéria legal que tal prática delituosa, é 
combatida, seja o racismo e também a injúria. O crime de racismo, previsto na Lei nº 
7.716/89, implica em conduta discriminatória dirigida a um determinado grupo ou 
coletividade. Considerado mais grave pelo legislador, o crime de racismo é 
imprescritível e inafiançável, que se procede mediante ação penal pública 
incondicionada, cabendo também ao Ministério Público à legitimidade para 
processar o ofensor. Essa lei foi modificada pela Lei nº 9.459 de 13 de maio de 
1997, e expandiu significativamente seu alcance tipificado, já que nela está 
apontada, expressamente, a discriminação, acrescentando-se os crimes resultantes 
de preconceito ou discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência 
nacional.A Lei nº 7.716/89 ficou conhecida como CAÓ em homenagem ao seu autor, 
o deputado Carlos Alberto de Oliveira. A partir de 05 de janeiro de 1989, quem 
 26 
impedir o acesso de pessoas devidamente habilitadas para cargos no serviço 
público ou recusar a contratar trabalhadores em empresas privadas por 
discriminação, deve ficar preso de dois a cinco anos.De 1989 até hoje, outras 
legislações importantes na luta contra o preconceito racial foram criadas, como o 
Estatuto HIPERLINK – “http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2010/Lei/L12288.htm” da Igualdade Racial (2010), e a Lei de Cotas (2012), que 
determina que o número de negros e indígenas de instituições de ensino seja 
proporcional ao do Estado onde a Universidade está instalada. “Essas são ações 
muito importantes de reparação”.A injúria é o uso de argumentos no intuito de 
ofender e atingir à honra, à dignidade, à reputação ou a boa fama da vítima, que 
consequentemente esteja ligado à raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de 
pessoas idosas ou portadoras de deficiência, mesmo que a intenção seja de gracejo, 
verídico ou não será caracterizado como crime de injúria como exposto no Código 
Penal art. 140 § 3º; e na Lei nº 5.250/67 art. 22.O crime de injúria de caracteriza na 
manifestação negativa de um sentimento em relação a uma raça. O intuito desta 
norma é resguardar o bem jurídico, sendo este bem jurídico caracterizado como a 
honra subjetiva da vítima. Recentemente de repercussão nacional houve o caso do 
goleiro Aranha, e uma torcedora do Rio Grande do Sul, ofendendo-o com injúrias. 
Em Londrina um caso recente de racismo, “o grupo de senegaleses, que vivem em 
Londrina há dois anos, estava vendendo bijuterias quando uma mulher, moradora de 
um prédio próximo, começou a atirar bananas nos ambulantes, chamando-os de 
‘macaco’, ‘preto’ e ‘ladrão’, de acordo com informações do site local O Bonde. Não 
satisfeita, a moradora ainda desceu e agrediu um dos senegaleses com um tapa ”Se 
como seres civilizados e sociáveis ainda não atingimos alguns degraus de 
maturidade, é preciso a ciência jurídica para buscar um equilíbrio, uma igualdade 
legal. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Data de 
acesso: 28/09/2015. 
 
LIMA FILHO, Lair Ayres de. Preconceito racial contra o negro à luz da Lei nº 
7.716/89 – crimes resultantes de preconceito de raça e cor. Disponível em: JUS 
Navigandi – http://jus.com.br/artigos/29420/preconceito-racial-contra-o-negro-a-luz-
da-lei-n-7-716-89-crimes-resultantes-de-preconceito-de-raca-e-cor#ixzz3nHfJmu4V. 
Data de acesso: 28/09/2015. 
 
ABREU, Laís Oliveira; MONTEIRO, Nayara de Lima; LUCENA NETO, Claúdio S. de; 
PEREIRA, Leonellea. Da Senzala à neo escravidão: abordagem histórico 
jurídica. Disponível em: Âmbito Jurídico.com.br – http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2877. Data 
de acesso: 28/09/2015 
 
ARAÚJO, Thiago. Senegaleses são alvos de bananas em Londrina e mulher 
pede desculpa por todos os brasileiros. Disponível em: Brasil Post – 
http://www.brasilpost.com.br/2015/09/10/racismo-senegales-
londrina_n_8116722.html. Data de acesso: 30/09/2015. 
 
 27 
 
OS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES 
Marcio Gutuzo Saviani 
Professor orientador da Faculdade Arthur Thomas 
Gabrielli Dias 
Elen Conegundes 
Juan Albner Pereira Veloso 
Paloma de Oliveira 
Rodolfo Gonçalves de Aguiar 
Sinézio Sales 
Willian S. Martins 
Discentes da da Faculdade Arthur Thomas 
 
 
RESUMO 
Desde o início do século XX, já havia a preocupação em estabelecer normativas 
inerentesaos direitos das crianças e dos adolescentes.É evidente a necessidade de 
proteção e amparo as crianças e adolescentes, neste sentido, o Estado não 
postergou a estabelecer garantias e direitos fundamentais, além da criação de 
órgãos e institutos de proteção a estes. Desta forma visando todos os diplomas 
jurídicos que tutelam em favor das crianças e adolescentes, pode-se afirmar que de 
modo geral a legislação satisfaz com “eficácia” os interesses dos mesmos.No que 
tange falar de direitos fundamentais o artigo 227 da CF 88 estabelece elementos 
primordiais as crianças e adolescentes: (É dever da família, da sociedade e do 
Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o 
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, 
de 2010). Ou seja, tem todos os direitos fundamentais pertinentes a pessoa 
humana.Ressalta-se que para efeitos legais estabelece a Lei 8069/90, em seu “Art. 
2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade 
incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade.” Mediante a 
este artigo, pode-se afirmar que crianças e adolescentes são indivíduos em 
desenvolvimento, e que necessitam de proteção tanto da sociedade, quanto do 
Estado.Ao se falar de desenvolvimento da criança e do adolescente, merece 
atenção especial, o direito à educação. Nesse seguimento,o Art. 54 do ECA vigente, 
e seus incisos, albergam garantias essenciais a estes.Partindo do ponto de vista 
filosófico,o Iluminista e Pai da pedagogia Jean-Jacques Rousseau o qual defendia 
em sua ideia principal, acerca da educação, que a criança em seu estado natural, ao 
se desenvolver de modo assistido por um preceptor, sem interferência dos saberes 
corrompíveis de um adulto. Desenvolver-se-ia com total integridade e preservada de 
vicio e do espirito do erro. Pois segundo Rosseau “Uma criança que cresce numa 
sociedade civilizada ensinada a refrear os seus instintos naturais, a reprimir seus 
 28 
verdadeiros sentimentos, a impor as categorias artificiais do pensamento conceptual 
sobre os seus sentimentos e a fingir que pensa e sente coisas que ao sente nem 
pensa, torna-se um adulto infeliz. Por conseguinte, “a civilização é corruptora e 
castradora dos valores verdadeiros”. Além disso, destaca-se a importância com que 
Rosseau tratava a relação entre educação e família, pois para ele esta é base da 
sociedade, e fundamental para o desenvolvimento da criança. Sendo que o 
preceptor deve educar de modo que a ampare sem influenciar em suas decisões. 
Nessa perspectiva se a criança, educada da forma supramencionada, quando atingir 
seu ponto de transição para a adolescência passa então a adquirir as qualidades 
que lhe permitem inserir-se na sociedade, abrindo espaço para construção da sua 
cidadania.Observa-se então que nosso ordenamento jurídico, sofreu indiretamente 
influencia do ideal de Rosseau, de maneira que optou pelo sistema assistencialista e 
preventivo, colocando-o a família e o Estado em diligencia à criança e ao 
adolescente. Todavia apesar de possuirmos um ordenamento idealista e filosófico, 
repleto de garantias e direitos que resguardam os mesmos, na prática este não se 
faz totalmente eficaz. Haja vista os diversos problemas enfrentados no cotidiano de 
varias crianças, exemplo disso, pode se salientar o abandono parental, onde muitas 
delas encontram-se em situações precárias e suscetíveis ao afastamento 
social.Deste modo, resta a seguinte indagação; apesar de toda tutela jurisdicional, 
as crianças e adolescentes são realmente alcançadas por todas as garantias e 
direitos inerentes a estes? 
 
REFERÊNCIAS: 
ALMEIDA, Elisangela Santos. A influência filosófica de Rosseau na 
constitucionalização do direito fundamental à educação. Disponível em: 
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11802 . Acesso em: 
02/10/2015. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Data de 
acesso: 28/09/2015. 
 
COURA, Aline Sarmento. Princípios fundamentais da educação em Rosseau. 
Disponível em: http://www.unicamp.br/~jmarques/gip/AnaisColoquio2005/cd-pag-
texto-03.htm. Acesso em 02/10/2015. 
 
FERRARI, Marcio. Jean-Jacques Rosseau, o filósofo da liberdade como valor 
supremo. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/filosofo-
liberdade-como-valor-supremo-423134.shtml?page=all. Acesso em: 02/10/2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
 
 
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO COMO FATOR MOTIVACIONAL 
 
Marcio Ricardor Ruiz 
Professor da Faculdade Arthur Thomas 
 
RESUMO 
A Qualidade de vida no trabalho tem sido reconhecida como uma ferramenta 
essencial na motivação de pessoas nas empresas e assunto de importância para a 
gestão no âmbito das organizações e discussões, tanto acadêmicas e 
empresariais.Diversos autores impõem as suas ideias ao descrever o conceito de 
qualidade de vida no trabalho ligado aos valores ambientais e humanos, fatores 
internos e externos que afetam os processos da organização.Este artigo teve como 
objetivo realizar um estudo bibliográfico sobre a percepção dos funcionários 
referente a qualidade de vida no trabalho. Sua base teórica segue o modelo de 
Walton, apud RODRIGUES (2001), focalizando as oito categorias de analise: 
compensação justa e adequada, condições de trabalho; integração social nas 
organizações; oportunidade de crescimento e segurança; uso e desenvolvimento 
das capacidades pessoais; cidadania; trabalho e espaço total de vida e relevância 
social no trabalho. Delimitaremos o nosso estudo no item condições de trabalho em 
que o autor sugere melhorias neste item, pois as consequências podem afetar a 
produção de forma significativa. Neste sentido abordaremos as questões referentes 
a LER-DORT, relacionadas ao trabalho, de acordo com LIMONGI-FRANÇA (2014) 
elencando os diversos fatores de riscos no ambiente de trabalho. Estas questões 
atingem diretamente o trabalhador causando-lhe danos tanto físicos como mentais 
tornando-se elementos desfavoráveis no desenvolvimento de atividades e de 
condições profissionais prejudicando as pessoas e o bem-estar econômico das 
empresas.Finalizando as discussões desta pesquisa, entendemos que o conceito de 
qualidade de vida encerra escolhas de bem-estar e percepção do que pode ser feito 
para atender as expectativas criadas por gestores e funcionários que recebem estas 
ações no ambiente empresarial. Apontamos o crescimento de inúmeras empresas 
que adotam programas de QVT- Qualidade de Vida no Trabalho com resultados 
satisfatórios ao tratar seus trabalhadores como parceiros na expectativa de colher 
retornos destes investimentos concedendo ações relacionadas a motivação, 
satisfação e bem-estar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
 
HERÓIS E GUERREIROS: UM ESTUDO DE CASO DA CONSTRUÇÃO DO 
ARQUÉTIPO DO HERÓI NA HOMENAGEM DA NIKE AO CORINTHIANS 
 
Davi Gonçalves Dias 
Professor da Faculdade Arthur Thomas 
 
RESUMO 
As mídias procuram alcançar o grande público desde a sua concepção. Assim, 
buscam-se formas de atrair a adesão de um maior número de pessoas centradas 
diretamente nas marcas, entendendo o motivo de compra que transpassa o conceito 
de entregar ao consumidor aquilo que se manifesta apenas no consciente, já que 
suas aspirações são idealizadas num plano mais profundo da mente humana, parte 
onde se inter-relaciona com o fator de realização sentimental. O objetivo das áreas 
de criação de marcas é dotar o produto final de valor emocional, criandopara isto, o 
vínculo entre a marca e o consumidor para que as adesões inconscientes nessa 
relação emocional do usuário não adquiram apenas conveniências de necessidade 
física, mas a satisfação do desejo psicológico que aquilo lhe traz. Para isto, há a 
importância do estudo do inconsciente coletivo, parte da psique que retém e 
transmite a herança comum da humanidade (JUNG, 1964). O trunfo de uma marca 
está na sua construção de acordo com aquilo que se encontra no imaginário 
coletivo, espaço que se tem maior potencial de identificação do consumidor para 
com a marca, não da identificação pessoal. Se a marca tiver uma definição 
arquetípica (dos padrões que existem no inconsciente coletivo, uma “alma”) do 
produto, as possibilidades de venda crescem enormemente (MARTINS, 1999). Este 
estudo mostra por meio da pesquisa bibliográfica a construção da imagem da marca 
em seus aspectos emocionais que, por meio desses estímulos, produzem no 
indivíduo uma identificação com essa. Apoia-se a argumentação, principalmente, no 
pensador Jung (1964), visando entender como houve a concepção de marcas que 
auferiram notoriedade através de sua idealização no inconsciente coletivo, no caso 
específico, o comercial da Nike, Invictos, que homenageia o time de futebol Sport 
Club Corinthians Paulista (SCCP) pela conquista da Copa Libertadores da América 
no ano de 2012, permitindo nas análises do comercial a utilização da teoria 
junguiana na construção do arquétipo do herói. 
 
REFÊNCIAS: 
 
BARTHES, Roland. Mitologias. 4º ed. São Paulo: Difel, 1980. 
CHALHUB, Samira. Funções da Linguagem. São Paulo: Ática, 2002. 
JUNG, G. Carl. O Homem e seus Símbolos. 5º ed. Rio de Janeiro: Editora Nova 
Fronteira, 1964. 
KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 14º ed. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 2012. 
 31 
MARTINS, José. A Natureza Emocional da Marca. São Paulo: Negócio Editora, 
1999. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
 
A BOA-FÉ OBJETIVA E A INTERPRETAÇÃO DAS CLÁUSULAS EXCLUDENTES 
DE COBERTURA SECURITÁRIA NOS CASOS DE SUICÍDIO À LUZ DA 
APLICAÇÃO DO DIÁLOGO DAS FONTES E DO CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR 
 
Fernanda Martins Simões 
Professora orientadora da Faculdade Arthur Thomas 
 Indyanara Cristina Pini 
Discente da Faculdade Arthur Thomas 
 
 
RESUMO 
Segundo relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil é o 8º país em 
número de suicídios. Embora os números sejam alarmantes e inclusive uma questão 
de saúde pública, ao nos depararmos com negativas de cobertura da apólice de 
seguro em razão de suicídio, percebe-se que, via de regra, pelas seguradoras, o 
suicídio é causado apenas com intuito de locupletamento de beneficiários.Estudos 
apontam justamente o contrário, atribuindo a causa do suicídio a uma questão de 
saúde mental.Diante disto, não parece seja possível aceitar uma presunção de má-
fé e uma negativa de pagamento do seguro, como disposto no art. 798 do Código 
Civil, pois, trata-se de um infortúnio que acomete o individuo no auge do 
sofrimento.O contrato de seguro, embora esteja disciplinado no Código Civil, está 
devidamente albergado pelo Código de Defesa do Consumidor, conforme disposto 
no art. 3º, §2º, que disciplina estas relações como consumeristas diante da natureza 
do contrato, bem como da figura do consumidor.Em que pese se tratar de relação de 
consumo, em determinados casos, como nos casos de suicídio, as seguradoras 
negam o pagamento sob a alegação de exclusão de cobertura, quando no período 
de carência, em razão do art. 798 do Código Civil.Todavia, diante do posicionamento 
pacificado, tanto do STF como do STJ, assente o entendimento de que só haveria 
excludente de obrigação de cobertura caso a seguradora comprovasse a 
premeditação, aplicando verdadeiro caráter protecionista, estampado no Código de 
Defesa do Consumidor ao segurado.Além deste entendimento, pautado no que 
disciplina o Código de Defesa do Consumidor e na teoria do dialogo das fontes, tem-
se, nos casos concretos, a incidência do Código Consumerista, com a presunção da 
boa-fé do segurado, principio máximo trazido por tal legislação, afastando assim a 
causa excludente como regra e recaindo sob a seguradora a obrigação de 
comprovar que o segurado efetivamente cometeu o suicídio de forma premeditada, 
ainda que dentro do prazo de carência.Diante disto, partindo da presunção de boa-fé 
das relações consumeristas, da aplicação do Código de Defesa do Consumidor ao 
caso concreto e do ônus probatória como encargo da seguradora, só haverá a 
possibilidade de não ser pago o premio da apólice se restar demonstrado que houve 
premeditação ou má-fé do segurado, que romperia assim com os ditames da boa-fé, 
não fazendo jus, portanto, a garantia de cumprimento da obrigação pela seguradora. 
 
 
 33 
REFERENCIAS: 
ALMEIDA, Fabrício Bolzan de. Direito do Consumidor Esquematizado. São Paulo: 
Saraiva, 2013. 
 
MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do Consumidor, 4ed, São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2010. 
MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor: O 
novo regime das relações contratuais. 6ª Ed, São Paulo: Revista dos Tribunais , 
2011. 
 
MARQUES, Claudia Lima. Manual de direito do consumidor. 2. ed. rev., atual. 
eampl. Antonio Herman V. Benjamin, Claudia Lima Marques e Leonardo Roscoe 
Bessa. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009. 
 
NUNES, Rizzato. Curso de Direito do Consumidor. 7 ed. São Paulo: Saraiva , 
2012. 
 
TARTUCE, Flávio. NEVES, Daniel Amorim Assupção. Manual de Direito do 
Consumidor: Direito Material e Processual, São Paulo: Editora Método , 2012. 
 
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: contratos em espécie. 13 ed. São Paulo: 
Atlas, 2013. Disponível em:<http://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2014/09/brasil-e-o-8-pais-com-mais-suicidios-no-mundo-aponta-
relatorio-da-oms.html> Acesso em 10/09/2015 às 10h<http://portal.fiocruz.br/pt-
br/content/suicidio-brasil-e-8o-pais-das-americas-com-maior-indice> Acesso em 
10/09/2015 às 10 <http://www.miguelreale.com.br/artigos/boafe.htm> Acesso em 
22/06/2015 às 15h30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
 
 
AS REAIS CONSEQUÊNCIAS DA LEGALIZAÇÃO DA MACONHA 
 Francielle Calegari de Souza 
 Professora Orientadora da Faculdade Arthur Thomas 
 Jeniffer Kawane de Oliveira 
 Discente da Faculdade Arthur Thomas 
 
 
RESUMO 
Com base no Direito Penal, Lei de Drogas, e em outras correntes doutrinárias, faz-se 
um estudo das consequências da liberação da maconha (Cannabis Sativa). A lei 
11.343, de 23 Agosto de 2006, em seu Art. 28 relata que é proibido o uso pessoal de 
drogas ilícitas no país. Já faz um tempo que a sociedade debate sobre a legalização 
da maconha, e isto tem gerado muitas discussões jurídicas em torno de seus reais 
benefícios. Alguns países como Argentina, Equador, Uruguai, Canadá, México, 
Espanha, Portugal, Suíça, Reino Unido, Polônia, EUA, já autorizaram o uso em 
lugares autorizados, e em pequenas quantidades, mas no Brasil não funcionaria 
desta forma, pois os brasileiros têm dificuldade em respeitar regras e leis. Muitas 
pessoas defendem a descriminalização e a legalização das drogas no país 
acreditando que reduziria com o tráfico de drogas, pois as pessoas comprariam em 
lugares autorizados. Outro quesito que pesa bastante é sobre o uso medicinal deste 
elemento, a ciência descobriu que a maconha tem diversos efeitos importantes no 
tratamento de doenças graves e degenerativas. Diversas correntes da medicina, 
atualmente, apostam nos benefícios medicinais da Cannabis Sativa, dentre seus 
efeitos médicos estão a redução da náusea e vômitos em pacientes submetidos a 
tratamentos de quimioterapia, o estímulo do apetite e a diminuição da pressão

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