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Aula 10 O planejamento integrado nas ações da segurança pública

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Gabinete de Gestão Integrada (GGI)
De acordo com o Ministério da Justiça o Gabinete de Gestão Integrada é um fórum deliberativo e executivo que opera por consenso, sem hierarquia, respeitando a autonomia das instituições que o compõe.
Trata-se de uma reunião com os órgãos que compõe a segurança pública em âmbito municipal, estadual e federal.
As três linhas de ação do GGI
Objetivo geral do GGI
O objetivo geral do GGI é a promoção conjunta das ações dos órgãos que o compõe na esfera municipal, estadual e federal, visando controle e prevenção da criminalidade em todos os estados da Nação.
Objetivos específicos do GGI
Quais são os objetivos específicos do GGI?
	Implementação das políticas vinculadas aos Planos Nacional, Estaduais e Municipais de Segurança Pública, sempre observando as diferenças locais.
	Estabelecimento de rede de informações de caráter nacional/Estadual, visando intercâmbio, experiências, práticas de gestão que alimente um sistema de planejamento nacional, com agendas de fóruns nacionais e regionais.
	Elaboração de um planejamento estratégico de ações integradas.
	Criação de indicadores que possam medir a eficiência dos sistemas de segurança pública.
	Identificação de demandas, eleição de prioridades, com base em diagnósticos.
	Sistema de inteligência e estatísticas integradas.
	Gestão integrada em Segurança Pública.
	Representação da SENASP para comunicação, articulação e alcance dos objetivos.
Gabinete de Gestão Integrada Municipal-GGI-M
Os municípios têm contribuído na segurança pública com a criação das guardas municipais. 
As guardas municipais possuem o papel de proteger o patrimônio público municipal e colaboram sobremaneira com as ações desempenhadas na segurança pública municipal. 
A respeito das Guardas Municipais, já estudamos em aula anterior a esta. Aproveite o tema e leia novamente sobre esta nobre instituição municipal.
Você já ouviu falar em Secretário de Segurança Municipal?
É comum ouvirmos que o Secretário de Estado de Segurança adotou medidas no estado, visando diminuir a criminalidade, porém existe também esta função nas esferas municipal e nacional.
Alguns municípios já possuem um Secretário de Segurança Municipal.
No município onde você mora possui um Secretário de Segurança Municipal?
Geralmente é um policial. Pelo conhecimento que possui na área de segurança pública, ocupa esta função municipal. Assim sendo, os municípios não poderiam deixar de participar das reuniões do GGI-M.
Perceba que na área de segurança pública faz se necessário o esforço das áreas municipais, estaduais e federal.
Já estudamos que a nossa fronteira é extensa, não menor os problemas advindos desta área, pensando nisto, em abril de 2011, foi criado em Corumbá, Mato Grosso do Sul, o GGI-F, com a finalidade de enfrentar de forma articulada o crime organizado, nos estados que fazem fronteira com os países da América Latina.
Acesse o Google Maps e note que o Brasil possui dimensões continentais; perceba a necessidade de ações integradas na área de fronteiras; anote, em seu material de estudo, quais os estados da Nação que fazem fronteira com outros países latino-americanos.
SENASP
Na aula passada, estudamos a respeito da SENASP, vimos que se trata do órgão pertencente ao Ministério da Justiça, responsável por contribuir com a qualificação profissional, padronização das ações e integração das instituições de Segurança Pública de todo o território nacional. 
Você percebe que a modernização das instituições policiais e o enfrentamento ao crime organizado estão ligados diretamente ao compartilhamento de dados e gestão integrada das informações?
E você sabe o que é informação?
Informação é a principal ferramenta de ação e gestão na área de segurança pública, seja municipal, estadual ou federal. Sua produção demanda investimentos nas áreas de pessoal, da ciência e da tecnologia.
Como a Polícia Militar aplica o policiamento na área sob sua reponsabilidade?
Para aplicar o policiamento nas ruas e ainda, realizar as operações policiais, a Polícia Militar utiliza de estudos estatísticos, provenientes da análise das ocorrências policiais, ou seja, quando um indivíduo é vítima de um crime e denuncia o fato, por meio de um registro de ocorrência ou boletim de ocorrência na delegacia. 
O fato criminoso fica consignado e entra para a estatística daquela área de policiamento.
Assim, todos os registros possibilitam um planejamento estratégico entre as forças policiais.
O ponto sensível na análise destas informações registradas é chamado sub-registro, como veremos a seguir.
O sub-registro ocorre quando uma pessoa é vitimada e não leva o fato à delegacia para ser registrado. Desta forma, os órgãos policiais não possuirão a informação para as providências ulteriores, ou seja, a viatura deixar de fazer o patrulhamento na área que se faz necessário, a operação policial deixará de ocorrer no local que deveria e a investigação não irá existir. 
Vamos relembrar os princípios do SUSP?
São eles:
1º- Proteção dos Direitos Humanos;
2º- Respeito aos Direitos Fundamentais;
3º- Promoção da cidadania e da dignidade do cidadão;
4º- Resolução pacífica de conflitos;
5º- Uso proporcional da força;
6º- Eficiência na repressão e prevenção das infrações penais;
7º- Eficiência nas ações de prevenção e redução de desastres; e
8º- Participação comunitária.
Força Nacional
Criada em 2004, tem como objetivo atuar apenas em situações emergenciais ou quando for detectada urgência de reforço na área de segurança pública estadual.
A Força Nacional atuará antes das Forças Armadas, quando houver decretação de:
- Intervenção Federal;
- Estado de Sítio; 
- Estado de Defesa.
Atuará ainda em eventos de interesse e repercussão nacional, em apoio aos órgãos federais, com anuência ou solicitação do governador do estado.
Convocação e Mobilização da Força Nacional
Cabe ao Presidente da República a convocação ou Mobilização da Força Nacional.
	Como é composta a Força Nacional?
A Força Nacional é composta por Policiais Militares e Bombeiros Militares de todos os estados do país.
	Como é a formação do efetivo da Força Nacional?
Os candidatos selecionados passam por testes físicos e intelectuais. 
A tropa formada é preparada para controlar distúrbios civis, gerenciamento de crises e policiamento ostensivo, utilizando sempre da normatização em Direitos Humanos e no uso legal da força. 
	Onde está localizada a sede da Força Nacional?
A sede da Força Nacional está localizada em Brasília.
Integração dos Órgãos de Segurança Pública – Introdução
Agora que você já conhece todos os órgãos que compõe o Sistema de Segurança Pública do país, nas três esferas, ficará mais fácil compreender o tema que será estudado.
Municipal
Na esfera municipal encontramos as Guardas Municipais.
Estadual
Na esfera estadual encontramos as Polícias Militares e as Polícias Civis.
Federal
Na esfera federal encontramos a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Ferroviária Federal. Com o SUSP temos ainda a Força Nacional que possui no seu efetivo, além de Policiais Militares, os Bombeiros Militares. 
Integração dos Órgãos de Segurança Pública – Eventos anteriores
1880 - A literatura nos informa que desde a época do Império, em 1870, buscava-se criação de um banco de dados contendo informações pertinentes a segurança da cidade.
Neste período, a Família Real encontrava-se no Rio de Janeiro e o príncipe regente já havia criado, em 1809, a Guarda Real de Polícia, a polícia do imperador, que se preocupava com os capoeiras, os baderneiros da época.
O chefe de polícia da corte e o chefe de polícia das províncias coletavam as informações e remetiam as estatísticas policiais ao secretário de justiça e ao presidente das províncias, estes por sua vez, repassavam ao imperador
o cenário existente na área de segurança.
1871 - Em 1871, foi criada a Diretoria Geral de Estatística, subordinada diretamente à Secretaria dos Negócios do Império que era o órgão, á época, responsável pelas estatísticas policiais, função que foi atribuída em seguida ao Ministério da Justiça Imperial.
1936 - Por edição de Resolução da Assembleia Geral do Conselho Nacional de Estatística, foi definido que a gestão dos dados estatísticos dos crimes e contravenções seria de competência do Setor de Diretoria de Estatística Geral do Ministério da Justiça.
1941 - foi criado o Boletim Individual, com o objetivo de integrar os Institutos de Identificação Pessoal, tornando-se possível criar um banco de dados criminais, por meio do número do registro geral da carteira de identidade do indivíduo.
2001 - No ano de 2001, a SENASP inicia o processo de coleta de dados existentes nas Polícias Civis Estaduais, dados estes retroativos a 1999.
2003 - Foi criado o INFOSEG, o banco nacional de dados, ou seja, o Sistema Nacional de Estatística em Segurança Pública e Justiça Criminal.
Quem tem acesso ao INFOSEG?
O acesso, pela internet à Rede INFOSEG é restrito aos agentes nacionais de Segurança Pública, Justiça e Fiscalização.
Atualmente, a rede INFOSEG integra os bancos de dados de todas as Secretarias de Segurança Pública do país. 
Estão em estudos e negociações outros sistemas para comporem o INFOSEG.
De que forma é feita a alimentação dos dados do IFOSEG?
A alimentação dos dados, na rede INFOSEG, é feita pelos órgãos policiais dos estados e pelos Tribunais de Justiça Estaduais.
Processos, inquéritos, mandados de prisão
A rede INFOSEG disponibiliza acesso a informações detalhadas sobre pessoas,  processos, inquéritos, mandados de prisão, dados sobre armas, veículos, condutores, e outros. 
À medida que o sistema de dados é alimentado, os dados são alterados imediatamente, tal alteração se reflete na consulta online, facilitando o trabalho dos profissionais de segurança pública, justiça e fiscalização em todo o país.
Acesse o site do INFOSEG e aprenda ainda mais a respeito deste sistema de dados.

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